31 de julho de 2009

WORKSHOP QUER REVISAR FRONTEIRAS ENTRE CIVIS E MILITARES NO PÓS-CONFLITO

Workshop Revisão das fronteiras entre civis e militares
Segurança e Desenvolvimento em Operações de Paz e Situações de Pós-Conflito
Nos dias 3 e 4 de agosto, o Viva Rio realizará o workshop "Revisão das fronteiras entre civis e militares: segurança e desenvolvimento em operações de paz e em situações de pós-conflito". Baseado em experiências recentes no Haiti e no Afeganistão, o evento reunirá especialistas de todo o mundo a fim de compartilhar saberes e propor melhorias para governos e agências da ONU envolvidos neste tipo de contexto.
Durante os dois dias do evento, representantes da ONU, dos governos brasileiro, canadense, britânico, holandês e da União Europeia (UE), bem como oficiais militares e policiais, pesquisadores e funcionários de organizações não-governamentais apresentarão propostas de "ação integrada", isto é, cooperação entre civis (incluídos os policiais) e militares, como maneira de promover melhorias nas operações de paz e nas missões em situações de pós-conflito.
A ideia que norteará o debate é a de que reestruturar cidades e países em situação de pós-conflito, consolidando um ambiente pacífico sustentável que evite a recorrência de conflitos armados, deve ser um trabalho conjunto que privilegie a comunicação, a integração, a cooperação e o compromisso de compartilhar responsabilidades entre os principais atores envolvidos em tais missões.
Dentre os resultados concretos do workshop, pretende-se elaborar uma cartilha com recomendações para a melhoria da cooperação entre civis e militares nas intervenções em situações de pós-conflito e nas operações de paz da ONU, além da compilação dos trabalhos apresentados durante o evento.
A abertura do evento acontecerá às 9h do dia 3 de agosto, com a participação do diretor-executivo do Viva Rio, Rubem César Fernandes, do representante do Centro de Informações das Nações Unidas (UNIC-Rio), Giancarlo Summa, e da vice-coordenadora de Operações de Paz do Viva Rio, Eduarda Hamann.
Às 11h, os palestrantes da primeira mesa, que abordará o tema "Cooperação entre Civis e Militares no Haiti", concederão uma entrevista coletiva. São eles: Luiz Carlos da Costa, Vice-Representante Especial do Secretário-Geral da ONU; General Santos Cruz, ex-Comandante das Forças da MINUSTAH; Ministro Carlos Duarte, do Departamento de Organizações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores; e Rubem César Fernandes, diretor executivo do Viva Rio. Veja programação completa em anexo.
Rubem César apresentará o programa "Honra e Respeito por Bel Air", implementado no Haiti, país mais pobre das Américas, que possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo.
Em 2004, o Viva Rio prestou consultoria ao programa de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da missão das Nações Unidas no Haiti. A partir de 2007, através do programa "Honra e Respeito por Bel Air", começou a implementar projetos que visam à reabilitação urbana e priorizam a segurança, o desenvolvimento e os direitos humanos da população local.
Desde o início da atuação no país, o Viva Rio se preocupou em desenvolver uma boa relação com diferentes atores sociais, entre eles a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), os líderes das comunidades locais e as tropas do exército brasileiro, contando com o apoio também dos Governos da Noruega e do Canadá e do Open Society Institute, em todas as suas ações.

ARAGUAIA: APÓS DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS, ESCAVAÇÕES COMEÇAM EM AGOSTO

Alex Rodrigues

Com o fim da primeira etapa das atividades em campo, ontem (28), o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Defesa para localizar e resgatar os restos mortais dos desaparecidos da Guerrilha do Araguaia acrescentou três novos locais à relação de prováveis pontos onde podem ter sido enterrados os corpos de guerrilheiros e de eventuais agricultores mortos durante os combates entre opositores do regime militar e tropas do Exército, durante a primeira metade da década de 1970.
Segundo o general Mário Lúcio Alves de Araújo, coordenador logístico do grupo, os três novos locais foram indicados por ex-mateiros e por moradores de Marabá, São Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia, cidades paraenses próximas à região onde estão concentradas as buscas.
Dos 17 pontos identificados durante a fase de reconhecimento da área onde os corpos podem ter sido enterrados, dez serão escavados já a partir do próximo dia 10 de agosto. De acordo com o general, há “fortes indícios da presença de restos mortais” nestes locais, apontados por pessoas que presenciaram as mortes e a ocultação dos corpos e que, hoje, servem voluntariamente de guias para o grupo de militares, antropólogos, geólogos, médicos legistas e observadores nomeados pelo ministério. A ausência de representantes de parentes dos desaparecidos motivou críticas à iniciativa por parte da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
“Vamos limpar o terreno, passar um radar de penetração terrestre [GPR ou Geo-Radar] capaz de fazer a leitura do terreno, em busca de alvos [vestígios], a uma profundidade de até dois metros. Onde estes alvos forem identificados, será feita uma escavação para verificar se de fato se trata de ossadas”, explicou Araújo à Agência Brasil. “Pode ser que entre os outros sete pontos surjam novos dados, indícios fortes, que então serão submetidos ao grupo para que sejam incluídos ou não entre os factíveis de encontrar restos mortais.”
A fase de escavações se estenderá até o final de outubro, quando começam as chuvas na região. “A partir daí não há mais como escavar [o terreno]. A parte técnica fica muito prejudicada com o período chuvoso”, afirma o general, lembrando que, se necessário e a critério do Ministério da Defesa, as escavações poderão ser retomadas após o fim do período chuvoso.
Segundo o general, com o tempo decorrido desde o episódio, a região passou por inúmeras mudanças, o que dificulta a localização do ponto exato onde alguns corpos foram enterrados. Daí a importância dos guias locais. Araújo diz que os ex-mateiros foram identificados e indicados para colaborar com o grupo por alguns dos observadores independentes, pessoas que já atuam na região.
“Essas pessoas têm grande conhecimento da área devido ao trabalho político que desenvolvem na região e conseguiram agregar ex-mateiros e guias remanescentes do episódio. E são estas pessoas que têm contribuído para apontar os locais onde ocorreram os enterros. Apesar da passagem do tempo, essas pessoas dispõem de lembranças para nos indicar esses locais. Sem o trabalho dos guias, teríamos que nos basear apenas nos relatórios de expedições anteriores e na bibliografia existente.”
Araújo evitou comentar suas expectativas quanto ao resultado das buscas, mas garantiu que todos os esforços estão sendo empreendidos para que os restos mortais sejam encontrados. “Não posso adiantar nada, mas estamos com muita esperança de que a missão seja exitosa e estamos trabalhando com muito empenho para isso. A abordagem tem que ser extremamente técnica e sem paixão.”
De acordo com o oficial, pelo menos 30 pessoas estão envolvidas diretamente nas buscas. Considerando o trabalho logístico, desde alojamento até transporte dos integrantes do grupo de trabalho, outras 70 pessoas participam indiretamente da operação. Ainda segundo o general, somente a fase de reconhecimento custou em torno de R$ 600 mil, alocados pelo Ministério da Defesa. Os custos das duas próximas etapas – escavações e identificação dos corpos, esta última a cargo de laboratórios especializados contratados para esse fim – ainda estão sendo levantados.

GRIPE SUÍNA: COLÉGIO MILITAR DE PORTO ALEGRE ADIA VOLTA ÀS AULAS

O Colégio Militar de Porto Alegre decidiu, nesta quinta-feira (30), adiar o retorno às aulas por conta da nova gripe. O reinício das atividades estava previsto para 3 de agosto, mas foi alterado para 17 de agosto.
A medida foi adotada em decorrência do avanço dos casos confirmados de pacientes com a nova gripe no Rio Grande do Sul e do número de mortes no estado provocados pela doença.
A Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial (DEPA), órgão militar responsável pelos 12 colégios militares existentes no Brasil, autorizou a suspensão das aulas no Colégio Militar de Porto Alegre. Leia mais.

CAMINHÃO DO EXÉRCITO BATE EM MURO DE RESIDÊNCIA NO RS

Um caminhão do Exército colidiu contra o muro de uma residência, por volta das 8h30 desta quinta-feira, no bairro Rio Branco,em São Leopoldo, RS.
O veículo, pertencente ao 16º Grupo de Artilharia de Comando Autopropulsada 16º GAC/AP, era conduzido em direção à Avenida São Borja, quando teve uma falha mecânica, conforme informações do tenente do 16º GAC/AP Rodrigo dos Santos Munzert.
Segundo Munzert, a colisão foi induzida pelo condutor como medida de emergência, para evitar maiores danos.
Dois soldados e um sargento ocupavam o caminhão no momento do acidente. Ninguém ficou ferido.
Para investigar se a falha foi mecânica ou humana, um inquérito será aberto pelo Exército com base nos laudos da perícia militar. Independentemente do resultado, a União ressarcirá os danos à propriedade. Além da assitência militar, a Guarda Municipal esteve presente no local. O resultado do inquérito será divulgado 30 dias após o acidente.
Foto: Carine Sobé/GES - Especial

30 de julho de 2009

FUNDO DO POÇO: DILMA VETA MILITARES DIRIGINDO ESTATAIS

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) assinou recomendação interna em que veta militares chefiando estatais. A medida tem endereço: a pressão da FAB para o brigadeiro Jorge Godinho, Secretário de Aviação Civil do Ministério da Defesa, presidir a Infraero.
Após as restrições ao chefe de gabinete do ministro o Nelson Jobim, outro militar passou a ser cotado: o brigadeiro Paulo Rhorig de Britto, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.
Nota editor:é de prever que os Chefes Militares, como de costume, aguentem de boca fechada, afinal, sempre se pode vislumbrar uma vaguinha muito bem remunerada num conselho "qualquer", como o da Petrobrás, com salários nanabescos. E a tropa, a dignidade, a vergonha na cara, ... óóó!

LULA QUER DISCUTIR IV FROTA COM OS EUA

O presidente Lula disse nesta quinta (30) que o governo brasileiro precisa discutir com os Estados Unidos a questão da Quarta Frota da Marinha Americana no Oceano Atlântico, que foi reativada no ano passado para atuar nas Américas do Sul e Central. Lula destacou que esse tipo de assunto deve ser debatido “com muito cuidado”, pois a linha territorial da Quarta Frota é muito próxima à camada pré-sal, onde foram descobertas grandes reservas de petróleo. O presidente também disse que não pretende provocar “nenhum conflito com outros países”, apenas “demonstrar preocupação com a soberania do Brasil”. Ele aproveitou para criticar a instalação de uma base militar norte-americana na Colômbia, que tem causado conflitos com outras regiões. Segundo Lula, o assunto deverá ser discutido na próxima reunião da União das Nações sul-americanas (Unasul) no dia 10 de agosto, em Quito.

EXÉRCITO E SENAR PREPARAM QUALIFICAÇÃO DE FUTUROS RESERVISTAS EM ALAGOAS

A Federação da Agricultura e Pecuária no Estado de Alagoas (Faeal), através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional de Alagoas (Senar - AR/AL), está firmando convênio com o 59º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMtz) para a realização de cursos profissionalizantes destinados ao efetivo da corporação militar.De acordo com o presidente da Federação, Álvaro Almeida, serão elaborados projetos determinando a demanda da instituição militar na área de qualificação rural. Os projetos elaborados pelo Exército serão enviados ao Senar.“Fizemos uma visita ao comando do 59º BIMTz, onde foi levantada a possibilidade de ser fechado um convênio. Serão realizados cursos de qualificação rural a exemplo do plantio de árvores frutíferas, entre outros. Afinal, cerca de 90% dos soldados são oriundos do interior do Estado”, acrescentou Álvaro Almeida.O presidente da Federação visitou as dependências do batalhão do Exército, localizado no bairro do Farol, segunda-feira passada, onde participou de uma reunião com o comando geral da corporação militar.

SUPOSTO MILITAR DO EXÉRCITO É PRESO POR DESACATO EM BETIM (MG)

DANIEL SILVEIRA
daniel.silveira@otempo.com.br
Um militar do exército foi detido no fim da noite dessa quarta-feira em Betim, na Grande Belo Horizonte, acusado por policiais militares de ter desacatado à autoridade. Além de desacatar os policiais verbalmente, o militar teria tentado agredí-los fisicamente.
De acordo com a Polícia Militar (PM), os policias faziam patrulhamento de rotina pelas ruas do bairro Betim Industrial quando notaram a movimentação de suspeitos em um local que seria conhecido como ponto de venda de drogas.
Quando os policiais anunciaram a abordagem, o militar do exército teria advertido a eles que não permitiria ser revistado, alegando que era oficial do exército. Os policiais insistiram na abordagem e o militar resistiu.
Segundo a PM, o militar tentou agredir fisicamente os policias e foi contido após entrarem em luta corporal. Ele foi levado para a Delegacia Regional de Betim onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência. A PM não revelou se o militar do exército portava algum material ilícito.

29 de julho de 2009

PROJETO ALTERA PRAZO PARA MILITAR CONDENADO PERDER CARGO

Diógenes Santos

A Câmara analisa o Projeto de Lei 5192/09, do deputado Capitão Assumção (PSB-ES), que prevê a perda do cargo do militar condenado a mais de quatro anos de reclusão por crime comum ou a mais de um ano de reclusão em casos de abuso de poder e violação do dever.
Atualmente, a perda de posto e patente ocorrem quando o militar é condenado a mais de dois anos de prisão.Para o parlamentar, no regime constitucional democrático não mais se justifica que os efeitos de uma condenação criminal do militar sejam diferenciados dos demais servidores públicos civis."O atual Código Penal Militar foi elaborado durante o regime ditatorial de 1964-1984, e cria condições extremamente rigorosas e inconstitucionais aos militares em virtude do seu regime disciplinar diferenciado e discriminador", afirma.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será examinado pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

HONRA: A MARINHA ENSINA

Francisco Caminha
As elegantes e suaves manobras de um boto emolduraram a manhã que recepcionou nas águas do porto do Mucuripe o mais novo navio incorporado a Marinha de Guerra Brasileira batizado com o nome Almirante Sabóia.
Henrique Sabóia nasceu em Sobral e dedicou toda sua vida a Marinha. Exerceu todos os comandos de destaque na vida militar até alcançar o cargo de Ministro da Marinha no período de 1985 a 1989.
Ao largo no mar junto com o cetáceo, as jovens netas do Almirante faziam isoladamente graciosas e silenciosas manobras em dois pequenos barcos a vela da classe Laser, prestando honras ao avô. Foi um momento de respeito, de reconhecimento e uma emoção indescritível inundou o local com a execução do hino Cisne Branco.
Nosso povo esqueceu o conceito da honra, e assim, testemunhar esta cerimônia aumenta em mim a crença que é possível despertar a consciência deste valor na nação brasileira.
Temos muito que aprender com o espírito de Marinha. A amizade sincera, o conceito da honra, o culto às tradições, a disciplina, a organização, o respeito, a alegria do cumprimento do dever e o prazer da partilha.
A cultura náutica pode colaborar decisivamente na educação de nossos jovens ensinando, acima de tudo valores que se incorporam na alma e geram cidadãos livres e conscientes de sua missão nesta existência.
As sementes que foram plantadas na família de Henrique Sabóia podem ser semeadas na educação brasileira perpetuando a honra, o reconhecimento e o amor fraterno.
Francisco Caminha - Deputado estadual/Turma 76 Colégio Naval

28 de julho de 2009

EMPACOU O PAC? CHAMA O EXÉRCITO!

EMPREITEIRAS DÃO PARA TRÁS E EXÉRCITO ASSUME OBRAS EM CUMBICA
A Infraero deve assinar ainda nesta semana um acordo para que homens do Exército concluam as obras de ampliação e reforma do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Capitaneados pela Construtora Queiroz Galvão, os trabalhos estão parados desde o ano passado, por causa de divergências entre os valores aplicados no contrato e um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
"Como não foi possível dar continuidade com as empreiteiras, decidimos acionar o Exército", disse o brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva, que preside a Infraero até o fim desta semana. Segundo ele, os termos do acordo já foram tratados, restando apenas alguns detalhes. O presidente da estatal preferiu não fixar um prazo para a conclusão dos trabalhos no pátio remoto de estacionamento de aeronaves e no sistema de pistas, mas adiantou que haverá uma data para a entrega da obra.

FALSO CAPELÃO É PRESO POR ESTELIONATO EM BH

LARISSA NUNES
Um homem, vestido de padre, foi preso na tarde desta segunda-feira (27), no Centro de Belo Horizonte, suspeito de se passar por um capelão do exército para enganar e roubar fiéis.
Segundo informações da Polícia Militar, ele foi detido quando discutia com um mulher em frente ao Juizado Especial, no Centro da Cidade.
Algumas pessoas que estavam no local relataram à polícia que, há muito tempo, ele vinha montando falsas igrejas em várias regiões de Belo Horizonte. No bairro São Geraldo, região Leste da cidade, ele organizou um templo católico na casa de uma mulher, que ao descobrir a "verdadeira identidade" do capelão, desfez o negócio.
Por causa disso, os dois entraram na Justiça para brigar pelos móveis da falsa igreja. Como a audiência prevista para hoje foi cancelada, os dois, com algumas testemunhas, começaram uma discussão fervorosa no Centro de Belo Horizonte.
Neste momento, a Polícia Militar foi chamada e o falso capelão, desmascarado. Vestido de padre, o suspeito entrou em contradição ao dizer que era capelão e depois que era pastor. Segundo relatos de testemunhas, ele demonstrava completo desconhecimento da bíblia.
O suspeito foi encaminhado à Delegacia Especial Criminal onde responderá por estelionato.

CRISE E APERTO FISCAL AFETAM MODERNIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS

Daniel Rittner
A crise econômica e a queda da arrecadação tributária ameaçam transformar em peça de ficção os planos de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas, que ganharam impulso com a Estratégia Nacional de Defesa, divulgada em dezembro. Os investimentos para a compra e a reforma de armamentos chegaram a ser contingenciados em até 47% neste ano, comprometendo o planejamento dos militares. Para 2010, em meio à lenta recuperação da economia, os três comandos estão pedindo um orçamento que excede em até oito vezes os níveis atuais de investimentos.
O Exército foi o primeiro a detalhar, em novo documento, seus planos de reaparelhamento e modernização para as próximas duas décadas. Preocupado com a "ocorrência de ações" que podem deixá-lo em situação de "acentuada visibilidade" na Copa do Mundo - e, possivelmente, nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro -, o Exército estima a "necessidade emergencial" de aplicar pelo menos R$ 2 bilhões todos os anos, até 2014. "O caráter de emergência decorre do acentuado índice de indisponibilidade e do elevado grau de sucateamento que atingem todo o Exército", diz o documento, intitulado "Estratégia Braço Forte".
As restrições orçamentárias indicam um cenário bem menos promissor para os generais. Quase todos os contratos de defesa têm financiamentos de longo prazo, o que ameniza o problema da imediata escassez de verbas, mas o pagamento das parcelas sai do orçamento anual das Forças Armadas. Os recursos do Exército para 2009, já incluindo crédito especial para a construção do QG do Comando Militar do Planalto, alcançam R$ 458 milhões. No entanto, diante da queda de receitas tributárias com a crise, o governo deixou R$ 148 milhões contingenciados.
A tesoura nos orçamentos militares contraria a espinha dorsal da estratégia de defesa: o fortalecimento da indústria brasileira de armamentos. O plano de reaparelhamento do Exército fala em priorizar "a progressiva nacionalização e as aquisições no mercado interno", com o desenvolvimento tecnológico de sistemas e produtos, como a viatura Urutu III, pertencente à nova família de blindados do comando.
Com o dinheiro sendo liberado pouco a pouco, torna-se mais difícil comprometer o setor privado com o desenvolvimento de projetos, argumenta Jairo Cândido, diretor do Departamento da Indústria de Defesa da Fiesp. "A indústria de defesa é diferente de outros setores. Os projetos nascem em parceria com as empresas e elas não podem se envolver em um programa que não seja prioritário para as Forças Armadas e sem compromisso de compra ao fim desse projeto", afirma ele.
Como não há previsibilidade sobre as liberações de orçamento, Cândido nota que os militares ficam sujeitos à tentação de comprar apressadamente novos equipamentos, mesmo que seja no exterior, a fim de evitar que os recursos se percam ao término do ano fiscal. "E aí prevalece a lei do mínimo esforço: comprar um equipamento pronto em vez de desenvolver um projeto nacional de longo prazo", complementa.
A Estratégia Nacional de Defesa, preparada pelo ministro Nelson Jobim (Defesa) e pelo exministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), listava 22 iniciativas - projetos de lei, decretos e planos internos - que o governo se comprometia a tomar até fim de 2010. Do total, 20 ações estavam previstas para encaminhamento até junho de 2009, mas o ministério não divulgou nenhuma delas.
Entre as medidas estava a criação de um regime jurídico especial para a indústria nacional, viabilizando incentivos tributários e desamarrando-a da Lei de Licitações. Também havia a previsão de uma proposta para garantir, de forma continuada, a alocação de recursos orçamentários sem os riscos de contingenciamento. Procurado há duas semanas, o Ministério da Defesa não informou o estágio das ações.
"É preciso alocar recursos para as Forças Armadas e saber que se pode contar com essas verbas", afirma o pesquisador de assuntos militares Expedito Bastos, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ele cita como exemplo o Chile, que vincula 10% de suas receitas com a exploração do cobre a investimentos nas Forças Armadas. "Por isso, elas conseguem manter-se no topo tecnológico", diz. No Brasil, cabe à Marinha, conforme a Lei do Petróleo, fatia de 15% dos royalties sobre a produção de óleo em plataformas continentais, mas foram bloqueados mais de R$ 3 bilhões desde 1997.
A Marinha foi contemplada em 2009 com um orçamento de R$ 544 milhões para programas de reaparelhamento e modernização - volume 18% superior ao do ano passado -, mas os recursos efetivamente disponíveis caíram para R$ 355 milhões após o contingenciamento definido para arrumar as contas do governo.
Em plano de reaparelhamento recém-concluído, foram definidas oito prioridades. Elas incluem submarinos e torpedos - projeto que abrange a compra de quatro submarinos franceses e a conclusão do primeiro submarino nuclear brasileiro -, helicópteros, a modernização do porta-aviões São Paulo e navios-patrulha para emprego na Amazônia e no Pantanal.
O plano tem um horizonte de 21 anos, aponta projetos necessários para "proporcionar a capacidade plena de cumprir as tarefas básicas do poder naval" e está estruturado na "priorização da indústria nacional de material de defesa e na redução da indesejável dependência externa". Para o primeiro ano de vigência, em 2010, prevê-se um investimento de R$ 4,7 bilhões. Parece algo pouco factível, já que soma oito vezes e meia o orçamento deste ano, sem levar em conta o contingenciamento.
Para o professor da UFJF, os comandos às vezes funcionam como "ilhas fora da realidade" ao elaborar esse tipo de plano. "Como podemos convencer a sociedade de que é necessário ter um submarino nuclear se ela não se sente bem atendida nos postos de saúde mais básicos?", questiona Bastos. Ele elogia os conceitos da Estratégia Nacional de Defesa, mas acentua: "É uma carta de intenções, que precisa ser executada, mesmo que parcialmente".
A FAB busca implementar um plano com investimento anual de R$ 1,5 bilhão. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) informou que as prioridades são os projetos "ora em andamento", como a aquisição dos helicópteros franceses de multiemprego EC725, os helicópteros de ataque russos MI-35 e bilionário programa F-X2, para a compra de um lote inicial de 36 caças, que "representa alta prioridade devido aos aspectos estratégicos que lhe são inerentes".
A Fiesp acredita que, no segundo semestre, estará pronto um projeto de lei complementar discutido com o governo para mudar o artigo 24 da lei 8.666/93, dando mais flexibilidade na dispensa de licitação para produtos de defesa. A federação também reivindica tratamento tributário isonômico em relação a fornecedores estrangeiros, que têm isenção fiscal nas vendas ao governo.
Cândido, da Fiesp, avalia que "há uma pauta grande de assuntos para serem enquadrados em uma série de novas legislações", mas enaltece a Estratégia Nacional de Defesa. Para ele, é a primeira vez em que o tema é tratado como política de Estado, não de governo. O diretor acredita que o caso dos caças do F-X2 e o dos submarinos franceses demonstram o comprometimento em negociar transferência de tecnologia e estabelecimento de parcerias comerciais. "Há uma mudança de postura do Ministério da Defesa e das Forças Armadas. Acho que estamos andando."

27 de julho de 2009

INVESTIMENTOS MILITARES BRASILEIROS NÃO ESTÃO DE ACORDO COM AS PRETENSÕES DE PROTAGONISMO DO PAÍS

"Se entrarmos no Conselho de Segurança com
as forças militares que temos hoje, seríamos apenas enfeite"
Se no lado econômico Brasil, Rússia, Índia e China - têm semelhanças e potenciais de crescimento comparáveis, quando o assunto é defesa o Brasil tem "outra realidade".
A avaliação de militares e especialistas ouvidos pela BBC Brasil é que os investimentos militares estão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.
"Não precisamos nos tornar uma potência militar, capazes de conquistas. É apenas uma questão de termos forças compatíveis com a ambição estratégica do país", diz o general Augusto Heleno Ribeiro, que chefiou as tropas brasileiras em missão no Haiti.
Os historiadores costumam classificar o Brasil como um país de caráter pacifista, ou seja, que evita utilizar recursos militares em situações de conflito com outros países.
O Brasil, por exemplo, está vetado pela constituição de produzir armas nucleares. Já os outros três emergentes do grupo têm esse tipo de arma.
"Não temos a necessidade, felizmente, de ter o aparato que esses países possuem. Mas ainda assim estamos longe do ideal", diz o general Heleno.
O pesquisador Thomas Costa, da National Defense University, em Washington, diz que o país não precisa necessariamente abrir mão da característica pacifista, mas que essa cultura precisará ser "repensada", se o país quiser atingir certos objetivos.
"O fato de um país ter uma força bem estruturado não significa que terá de usá-la. Mas a partir do momento em que o Brasil demonstra interesse em participar de questões relativas à segurança mundial, terá de estar preparado para o custo", diz Costa.
Influência
O Brasil vem pleiteando uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, demanda que se tornou uma das marcas da diplomacia atual.
Ainda que a reforma no Conselho fosse aprovada - o que os especialistas acham improvável, mesmo nos próximos dez anos - a avaliação é de que o país, hoje, não estaria preparado para assumir essa função.
"Se entrarmos no Conselho de Segurança com as forças militares que temos hoje, seríamos apenas enfeite", diz o especialista em Ciências Políticas e consultor da MCM, Amaury de Souza.
Segundo ele, a diversificação dos pólos de poder, uma tendência para os próximos anos, exige que países de média influência, como o Brasil, tenham um arsenal militar relativamente maior. "Um mundo multipolar é também um mundo mais instável", diz.
Mesmo fora do Conselho de Segurança, o Brasil vem demonstrando interesse em ampliar sua participação em questões internacionais. Recentemente, o Itamaraty tentou contribuir na intermediação entre palestinos e israelentes.
"É o tipo de questão da qual só participa quem tem algum poderio militar. A influência brasileira cresceu muito, mas ainda está restrita a assuntos econômicos", diz Souza.
Diretrizes
Em novembro passado, o governo brasileiro divulgou sua Estratégia Nacional de Defesa, um conjunto de diretrizes que pretende reformular a questão militar no país.
Mesmo vago, o plano foi bem recebido por especialistas. O texto de quase cem páginas prevê a readequação das três forças armadas de acordo com os "interesses estratégicos" do país.
O texto traça os objetivos de médio e longo prazo para o setor, como por exemplo, a modernização das três forças e o incentivo à indústria bélica nacional.
Falta agora o governo discutir como essas tarefas serão colocadas em prática. O plano não fala, por exemplo, de orçamento e prioridades nos gastos - principal alvo de críticas por especialistas.
O Brasil é 12º país que mais investe em defesa no mundo, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). É também o campeão na América Latina. A previsão, para este ano, é de um gasto de R$ 50 bilhões.
Desse montante, 80% é destinado ao pagamento de salários e pensões. Outros 12% vão para despesas administrativas (custeio) e 8% para investimentos.
"Esse desequilíbrio compromete a modernização das forças armadas", diz Souza.
Tabu
Além da questão orçamentária, os especialistas apontam ainda outro fator que pode atrapalhar o desenvolvimento militar brasileiro: a memória da ditadura.
"Em diversos setores da sociedade, sobretudo nas camadas decisórias, existe uma forte rejeição aos militares", diz o historiador Carlos Fico, da UFRJ. Segundo ele, essa rejeição "não permite nem que o assunto da defesa seja debatido".
Na avaliação do professor, os militares, por sua vez, "são prisioneiros de velhos hábitos corporativistas", o que também prejudica o debate.
"O país vai ter de amadurecer para esse debate. As forças armadas precisam acompanhar a maior proeminência do país", diz. Fonte:BBC
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SOLDADO GAY É CAPA DE REVISTA DO EXÉRCITO BRITÂNICO

Pela primeira vez na História, a capa da "Soldier", revista oficial do Exército britânico, mostra o soldado gay e fardado James Wharton sob o título "Orgulho".
A edição mostra que uma década após as Forças Armadas suspenderem a proibição de homossexuais na caserna, o Exército finalmente se sente à vontade com o novo perfil de seus componentes.
Militares britânicos hoje marcham em paradas gays em seus uniformes e há, poucos meses, o chefe do Exército, general Richard Dannatt, fez História ao discursar em um congresso da comunidade LGBT. Leia mais.

CAPITÃO SUSPEITO DE PEDOFILIA É AFASTADO DO COLÉGIO MILITAR DO RJ

O capitão de intendência L.E.D.F., 35, foi afastado do tradicional Colégio Militar, na Tijuca, Rio, onde está ligado à disciplina de Educação Física, e ficou preso por 30 dias por suspeita de ser pedófilo.
A PE (Polícia do Exército) encontrou na sala do oficial CDS e DVDs com fotos pornográficas de crianças. Em um disco rígido externo de grande capacidade de armazenamento e no laptop dele também havia fotos de pedofilia.
A informação é do jornal carioca O Dia, que não conseguiu saber se, na coleção do capitão, há fotos de crianças e adolescentes do colégio.
Solto na semana passada, agora L.E.D.F. vai responder a um IPM (Inquérito Policial Militar).
Ele se formou com distinção em 1996 na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras). Estava servindo no Rio dede 2007.
Em março deste ano, foi diretor de prova de esgrima da Sétima Copa Aman de Pentatlo Moderno.

PAULOPES WEBLOG

25 de julho de 2009

40 ANOS DEPOIS

O destino fictício do último exilado brasileiro, que pode até vir a se tornar real

LEONARDO ATTUCH

A ditadura já era, Neguinho. - Acabou nada. Aquela gauchada braba continua lá. O Costa e Silva, os irmãos Geisel, o Golbery. E tem ainda o Fleury, a turma do Dops. Vão me matar com uma rajada de balas, assim como fizeram com o Marighella.

- Que nada, Neguinho. Os milicos, os torturadores, quase todos morreram. Nossos companheiros tomaram o poder. E os militares já não mandam nada. Qualquer aumento de salário aquieta os generais de pijama

- Vocês acham que eu sou trouxa. Isso é arapuca. Chego lá, piso no Galeão e na imigração mesmo eles me mandam para o xilindró. Eu assaltava banco, cara. Não era dessa esquerda festiva, cheia de filhinhos de papai.

- O AI-5 acabou, fizemos a anistia. Garanto até que você arruma uma boquinha. E sua história vai virar filme, pago com incentivo fiscal. Sabe aquele

"Adeus, Lênin", da turma que achava que o comunismo ainda existia?

O seu vai ser "Adeus, Médici".

- Mas será que eles não voltam?

- Relaxa, o próximo presidente vai ser o Serra ou a Dilma. Dois perseguidos políticos, como você. Gente nossa.

Neguinho refletiu e, depois de anos ouvindo a mesma ladainha, pagou para ver. Tomou o avião em Estocolmo, na Suécia, fez escala em Lisboa e pousou no Rio de Janeiro. No desembarque, o medo. Amarrado ao cinto de segurança, foi o último a descer do Airbus.

- O seu voo termina aqui, meu senhor - disse a aeromoça.

Neguinho não teve escolha. Entrou na fila e seguiu cabisbaixo como um boi a caminho do matadouro. Pensou em se esconder no free shop, mas logo desistiu. Como Che Guevara na Bolívia, quis encarar de frente seus algozes. E, assim que a porta para o saguão se abriu, veio a surpresa.

Em vez da rajada de balas, flashes de fotógrafos e faixas de apoio. Neguinho não era mais um fugitivo. Era um herói. Distribuiu até autógrafos.

Consta que, depois dessa chegada triunfal, o emprego público não lhe foi dado. As antigas namoradas, com as quais ele sonhava nas noites geladas da Escandinávia, já estavam velhas e cheias de netos. O filme, pago pela Lei Rouanet, também não saiu.

- O Barretão está filmando a vida do Lula, Neguinho. O seu vai ter que esperar um pouco mais. O que a gente consegue é uma indenização

Conformado, o ex-revolucionário procurou o Ministério da Justiça e lhe ensinaram todo o caminho das pedras

O dinheiro rapidamente caiu na sua conta. Neguinho não era mais reconhecido nas ruas. Nem pela polícia nem pela esquerda. Não era mais fugitivo, não era mais herói, mas havia se tornado milionário. Tomou um táxi, seguiu para o Galeão e se dirigiu ao balcão da companhia aérea.

-Um bilhete para Estocolmo, minha senhora. Só de ida, por favor.

ISTO É

UM HERÓI DO ARAGUAIA



Cabo Odílio Cruz Rosa
Hás de voltar, meu filho! E não voltaste.
Pelo bem do País que tanto amaste
o teu corpo caiu, morreu teu passo.
De tua mocidade generosa
ficou somente a farda gloriosa
tinta de sangue. E o capacete de aço.
Tua mãe chora sempre a tua falta.
Árvore frágil para ser tão alta,
a precisão de um tiro traiçoeiro te cortou
as promessas risonhas de fartura,
o desejo de glória ou de ventura,
o civismo sem par que te abrasou
(Oliveira Ribeiro Neto)


Um preito de reconhecimento.
Aprendi, desde as primeiras letras e ainda nos bancos da catequese, que todas as pessoas são iguais em essência. Por isso, ao acompanhar o noticiário sobre a busca de ossadas humanas na região onde houve a guerrilha do Araguaia, causa-me estranheza a forma desigual como são tratadas as personagens daquele episódio histórico.
Os jovens integrantes de organizações de esquerda que lá estavam para instalar um foco guerrilheiro, por influência de seus chefes partidários, pensavam derrotar a chamada “ditadura militar”, a fim de “restabelecer a democracia” no Brasil. Na verdade, era a senha para a implantação sim de uma forma radical de comunismo, fosse aos moldes da China, de Cuba ou, surpreenda-se, até da Albânia.
Hoje, aqueles jovens são tidos pela imprensa como “idealistas fuzilados pelo Exército”, num endeusamento que já vem de anos. Como se, dentre as forças em presença, só a eles fosse concedida a prerrogativa de serem heróis e idealistas.
Pouco ou nenhum caso é feito para com os militares de todas as Forças que para lá seguiram a fim de debelar o foco guerrilheiro. Desta forma, torna-se digno de nota que a chamada grande imprensa não procure destacar as condições nas quais foi morto o Cabo do Exército Odílio Cruz Rosa – o Cabo Rosa – que, este sim fuzilado pelos guerrilheiros treinados em Pequim/China e Cuba, veio a ser a primeira vítima fatal da guerrilha, apanhado numa emboscada desencadeada pelos “idealistas”, morrendo a oito de maio de 1972.
O Cabo Rosa, justamente por ser Cabo, também era jovem. Tinha pai, mãe, irmãos, amigos. Tinha gostos, aspirações, preferências, torcia por um time ... E por que então não é resgatada a sua história de vida ou, pelo menos, as circunstâncias de sua morte? Certamente, não daria muito trabalho à imprensa. Sua história seria fácil de contar, pois, afinal, foi uma vida simples, sofrida como a de tantos outros jovens brasileiros. Porém, foi curta, interrompida bem cedo, pelo chumbo dos idealistas, estes, por sua vez, já retratados em vários filmes patrocinados com verbas públicas. Para ser justo, devo destacar o estudo da vida do Cabo Rosa feito pelos jornalistas Thais Morais e Eumano Silva em livro do ano de 2005, mas que, por seu preço elevado, ficou confinado a um grupo restrito de leitores.
Acredito que boa parte das pessoas que procuram informar-se pelos jornais gostaria de saber como está vivendo, se ainda viva, a senhora mãe do Cabo Rosa, com a mirrada pensão militar que o filho falecido lhe legou. Como estão seus irmãos e amigos, que não tiveram a oportunidade de se auto-exilarem e formarem-se em cursos superiores de elevado nível no exterior?
Ou considera-se que, em essência, a dor e a saudade dos familiares do Cabo Rosa são menos dolorida e sentida que a de outros?
O Brasil não nasceu quando os jovens jornalistas atualmente em serviço terminaram suas faculdades, nem nasceu com o fim dos governos revolucionários pós-1964. O Brasil nasceu bem antes e construiu sua História ao longo dos séculos, criando, desenvolvendo, aperfeiçoando e tornando permanentes certas instituições, como a Justiça, por exemplo; como as Forças Armadas, por exemplo; como o Exército Brasileiro, por exemplo.
Por isso, quando os militares receberam a missão de neutralizar o foco guerrilheiro, não saíram por aí qual um “bando” de facínoras que fuzilava idealistas. Integravam sim uma força armada legalmente constituída e taticamente organizada, em combate – destaco: combate - contra uma outra força, também armada, que lhe opunha resistência.
Se a força guerrilheira (e ela própria assim se intitulava) era mal armada, mal alimentada, mal vestida, mal suprida, enfim, mal comandada, quem deve responder são os ícones partidários. Alguns já são falecidos, mas outros estão aí, bem vivos. Quem sabe eles, ou seus partidos políticos, possam também ser acionados judicialmente e responsabilizados pelas mortes dos idealistas insidiosamente afastados de suas famílias e enviados para o Araguaia?
Tomo o caso do Cabo Rosa como emblemático. Sei de outros militares que combateram a guerrilha – tanto na cidade como no campo – que foram mortos ou feridos, e há ainda aqueles aos quais os jovens idealistas não concederam nem o supremo orgulho de morrerem combatendo, matando-os à traição. Todos tinham famílias. Como elas estão hoje?
Senhores, “Cabo Rosa” não é apenas o nome de uma clareira perdida na mata, onde, conforme os jornais, militares fuzilavam idealistas. “Cabo Rosa” é nome dado pelo Exército a uma base de instrução especializada localizada às margens da Rodovia Transamazônica, onde “outros jovens idealistas” são muito bem treinados na arte da guerra na selva. “Cabo Rosa” é, antes de tudo o nome de um verdadeiro herói. E o Exército cultua seus heróis.
Ou, modernamente, ser herói é uma questão partidária ligada ao pensamento “politicamente correto”?
O que diriam a “Dona” Olindina e o “Seu” Salvador, pais do Cabo Rosa?
Os filhos dos outros são tidos como heróis. E o filho deles? Não?
Se a todos os idealistas e familiares for concedida certa reparação econômica, a família do Cabo Rosa também será contemplada?
Jorge Alberto Forrer Garcia – Coronel R1

MUJAHDINCUCARACHA

MILITAR DO EXÉRCITO PRESO EM RECIFE POR PORTE ILEGAL DE ARMA

Um soldado do exército foi preso na tarde desta sexta-feira (24), no bairro de San Martin, Zona Oeste do Recife, por posse ilegal de arma. De acordo com a polícia, Fellipe Ximenes Cisneyros, 21 anos, foi preso com uma arma calibre 38 com número de série raspado.

A polícia chegou até o soldado durante cumprimento a um mandado de prisão na comunidade de Roda de Fogo, nos Torrões, Zona Oeste do Recife. No bairro, os policiais identificaram um possível local de venda de drogas. Eles ficaram observando a área até que avistaram um veículo saindo do local e o seguiram até San Martin, onde foi feita a abordagem.

No carro, estava o soldado Fellipe Cisneyros com a arma com número de série raspado. O jovem foi encaminhado para a delegacia da Mustardinha, onde será autuado em flagrante e, em seguida, deverá ser entregue a polícia do Exército.

pe360graus

CUMPRINDO ORDEM JUDICIAL, EXÉRCITO DESPEJA SEM-TERRA DE ÁREA DO INCRA EM MS

Exército despeja 120 famílias de área do Incra em MS

JOÃO NAVES DE OLIVEIRA - Agencia Estado

Em uma operação bastante ostensiva, soldados do Exército garantiram ontem o despejo de 120 famílias de sem-terra que ocupavam uma área do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Ponta Porã (MS), a 330 quilômetros de Campo Grande. A tropa do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizada chegou ao imóvel fortemente armada e com carros blindados, entre eles um tanque de guerra. O local com 400 hectares fica dentro do Assentamento Itamarati, e é destinado à criação do núcleo urbano do assentamento, mas o projeto está tramitando há anos na Prefeitura Municipal de Ponta Porã.
Entretanto, cinco soldados da Polícia Militar, integrantes do pelotão do posto policial do assentamento, dividiram a área e venderam lotes para os sem-terra. Segundo informações do Incra, os acusados, Wilson Alves Rech, Teófilo Cezário da Silva, Júnior Sobrinho do Amaral, Luiz Artur dos Santos e Aparecido Antunes de Souza, fundaram uma associação de moradores para facilitar a comercialização da gleba, atuando como dirigentes da entidade.
A denúncia está incluída em processo aberto pelo Ministério Público Federal, que investiga o caso. A juíza federal Adriana Delboni Taricco, que determinou o despejo, alegou a existência de forte disposição de resistência à ordem judicial e possível enfrentamento por parte dos ocupantes ilegais dos lotes. O despejo foi realizado sem qualquer incidente.
ESTADÃO.COM.BR
Nota do editor: perceba como a manchete original, do Estadão (em negrito, no topo da notícia) empresta (propositalmente?) uma conotação negativa a atuação dos militares. Parece-me o mesmo condicionamento ideológico que classifica a deposição de Zelaya como "golpe militar".

24 de julho de 2009

MILITARES NO COMBATE À GRIPE SUÍNA

Devido a fragilidade no controle das fronteiras com a Argentina e outros Países sul-americanos, principalmente em decorrência da chamada gripe suína, estão ocorrendo capacitações de emergência. Nesta semana receberam orientações básicas para atuar nestas barreiras – 45 profissionais do setor de saúde e 75 militares do Regimento de Cavalaria Mecanizada de Santa Rosa. Esse grupo começa as operações a partir de hoje em Porto Vera Cruz, Porto Lucena, Alecrim, Novo Machado, Doutor Mauricio Cardoso, Esperança do Sul, Tiradentes, Crissiumal e Derrubadas.

rádio progresso de Ijuí

MILITARES DO EXÉRCITO SÃO DENUNCIADOS POR FALSA BLITZ


Um sargento, um soldado e um cabo do Exército foram denunciados pelo Ministério Público Militar por montarem uma falsa blitz que teria o fim de extorquir outros militares na zona oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com o inquérito, no dia 24 de setembro de 2008, por volta das 16h30, quatro militares do 2º Regimento de Cavalaria de Guardas foram parados, na estrada São Pedro de Alcântara, em Deodoro, zona oeste, por uma falsa blitz formada pelos denunciados e dois guardas municipais.

Como os militares interceptados não possuíam habilitação, os integrantes da falsa operação fizeram insinuações, constrangimentos e ameaças com vistas a receberem R$ 100 de cada um dos condutores para que fossem liberados. O valor teria sido estipulado pelo sargento, que, mesmo sem farda ou autorização para realizar a missão, se identificou como o chefe da operação.

Segundo o Ministério Público Militar, houve quebra de sigilo telefônico dos denunciados, que deu base para a elaboração da acusação.

TERRA

MINUSTAH! BRASIL A CINCO ANOS CONSTRUINDO A PAZ NO HAITI

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti completou cinco anos. Desde sua criação pelo Conselho de Segurança da ONU, em 2004, coube ao Brasil o comando da força militar dessa operação de paz. Inicialmente com o General Augusto Heleno Ribeiro Pereira, seguido pelos generais Urano Teixeira da Matta Bacellar - morto em 2006 num suposto suicídio, explicação ainda hoje contestada pelo Exército Brasileiro -, José Elito Carvalho Siqueira, Carlos Alberto dos Santos Cruz, e mais recentemente pelo general Floriano Peixoto Vieira Neto.
Dois destes comandantes - Heleno e Elito - ocuparam os mais importantes comandos militares dentro do território brasileiro - Amazônia e Sul - e tiveram seus comandos pautados por polêmicas e delicadas declarações, ganhando a admiração na caserna e, sobretudo, da população civil.
A presença brasileira no Haiti vai muito além da Projeção do Poder Nacional. Ela dá a oportunidade do País preparar um contingente que, desde 2004, já superou os 15 mil soldados do Exército, e 2 mil Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, em operações de Garantia da Lei e da Ordem, engenharia de combate em ambiente urbano e, principalmente, em Guerra Irregular, umas das principais características do Teatro de Operações haitiano, que foi predominante na primeira metade da Missão
Além disso, foram incorporadas ao Exército Brasileiro e o Corpo de Fuzileiros Navais, a experiência, o exercício e adaptação de doutrinas de emprego de veículos blindados em combate urbano. Esse conhecimento veio inicialmente com a utilização do VBTP Urutu pelas tropas do Batalhão Brasileiro, e mais recentemente com a entrada em operação dos modernos VBTP Mowag Piranha IIIC dos Fuzileiros Navais. Esse conhecimento obtido no terreno em missões reais de combate está sendo incorporado no desenvolvimento do novo VBTP-MR do Exército.
O General de Divisão Santos Cruz, grande exemplo de comando brasileiro, duas vezes a frente da MINUSTAH, tornou-se respeitado internacionalmente. Suas medidas incisivas no combate à criminalidade haitiana foram as responsáveis pela atual situação de calma existente no país. Após deixar o Haiti, já que o Brasil negou à ONU o pedido de um terceiro mandato como Force Commander, ele veio ocupar o comando da 11º Brigada de Infantaria Leve - Brigada GLO -, a força especializada em combate no Front Interno e que será responsável por desenvolver operações nas grandes cidades, principalmente no Rio de Janeiro, caso seja ordenada e amparada legalmente. É a experiência adquirida no Haiti pronta para ser utilizada em ações no território nacional em prol da segurança do cidadão.
Foi com o comando e a presença ostensiva dos nossos militares nas caóticas ruas do país caribenho que o Brasil conquistou o respeito internacional. A forma como o País vem conduzindo a MINUSTAH chamou a atenção da ONU que ofereceu o comando de outras missões de paz. As estratégias utilizadas para a conquista de corações e mentes haitianas têm sido aplicadas por outros exércitos em diferentes Teatros de Operações. O próprio exército português se interessou em levar militares brasileiros para integrar seu efetivo no Afeganistão por acreditar que a “receita” brasileira de conduzir operações militares em meio às populações civis é singular e eficaz.
A participação do Brasil na MINUSTAH - muito criticada internamente - tem trazido resultados significativos para a Política Externa e nas relações com outros exércitos. Efetivos militares de diversos países estão trabalhando conjuntamente com o Batalhão Brasileiro de Força de Paz e sob as ordens do Force Commander. Até mesmo nações que não integram a missão de paz no Haiti renderam-se em admiração ao trabalho brasileiro. Conheça o que pensam alguns destes militares:
Capitão Peter Amadi – Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos –P.I.O. MINUSTAH- É um prazer trabalhar com os militares brasileiros. São ótimos soldados e muito profissionais. Para mim as tropas do Brasil são as melhores.
Coronel Oscar Sandoval – Exército da GuatemalaAssessor Jurídico da MINUSTAH- Os militares do Exército da Guatemala observam com muita admiração o trabalho desenvolvido pelos militares brasileiros na missão de paz no Haiti. Este trabalho conjunto serve para estreitar as relações militares entre nossos países. As tropas de infantaria, engenharia e dos fuzileiros navais do Brasil têm demonstrado extremo profissionalismo no cumprimento da sua missão e no contato com as Forças irmãs. Eu tive a oportunidade de trabalhar sob o comando do General de Brigada Carlos Alberto dos Santos Cruz, e agora com o General de Brigada Floriano Peixoto, e digo que são homens espetaculares e militares muito profissionais.
Coronel Guillermo Simoncini – Armada da ArgentinaChefe de Pessoal do Contingente Argentino na MINUSTAH- O trabalho realizado pelos brasileiros com a ajuda dos argentinos nesta missão de paz recebe nosso respeito e nos traz muita alegria. A troca de experiências e o esforço integrado em prol da missão marcam a união de nossos países pela paz e em solidariedade à nação haitiana. O Force Commander é um militar altamente profissional e um verdadeiro cavalheiro. Para nós é uma honra trabalhar subordinados a ele.
Coronel Max Piraino - Exército do ChileAdido de Defesa do Chile no Haiti- Os brasileiros têm desenvolvido um excelente trabalho nesta missão de paz. A qualidade das suas tropas é evidente. Nossos contingentes têm mantido uma estreita relação aqui no Haiti.
Vice-Almirante Luis Miguel Galindo Méndez – Armada da VenezuelaComandante da Guarnição de Vargas – Venezuela- Há muito tempo estamos unidos por laços de amizade. Sempre tivemos uma ótima relação com o Brasil, e isto nos compromete em apoiar as aeronaves brasileiras que façam escala técnica em Maiquetia-VE rumo ao apoio de suas tropas na Missão de Paz no Haiti. Nos sentimos muito orgulhos com a presença brasileira no Haiti, e com sua passagem por aqui para compartilhar conosco. A Venezuela não integra a MINUSTAH, mas mantém uma Companhia de Engenharia formada por militares do exército e fuzileiros navais, que têm realizado um importante trabalho na construção de casas ao povo haitiano. O Haiti é um país irmão e nós sabemos que nossos países têm que ajudar os mais necessitados, independente da cor e da nacionalidade que têm.
Tenente Coronel Freddy Merizalde – Exército do EquadorChefe da Seção de Engenharia Militar da MINUSTAH- Quero deixar registrado que tive a sorte de cursar a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), em 2006, o que me deu a oportunidade de conhecer o Exército Brasileiro e saber o valor que tem seus oficiais e soldados. Agora designado para esta missão, tenho a satisfação de novamente encontrar-me com seu pessoal militar. Sobre a Companhia de Engenharia de Força de Paz do Exército Brasileiro, penso que fazem um trabalho muito importante, tanto em benefício da segurança do país, ao apoiar as operações militares executadas pela MINUSTAH, quanto apoiando à população haitiana, executando obras de engenharia que melhoram suas condições de vida. Eu vejo que o Exército Brasileiro é muito profissional, e para que isso aconteça deve dispor de líderes qualificados para comandar estas tropas, como no caso no Ten Cel Fernando Ferreira Elesbão, que elevou o nome da Cia de Engenharia Brasileira nesta missão de paz. Temos também a vantagem de possuir um Force Commander do Exército Brasileiro, que está fazendo seu trabalho com muita qualidade, colocando todo seu profissionalismo para que todas as tropas integrantes da MINUSTAH cumpram sua missão. Quero deixar registrado minha saudação a todos os militares brasileiros. Que sigam trabalhando e engrandecendo seu país e também colaborando com outras nações, como o Haiti, que tanto necessitam de sua ajuda.
Kaiser Konrad - Enviado Especial ao Haiti

SOLDADO DECLARADO INDEVIDAMENTE INCAPAZ PARA O SERVIÇO DO EXÉRCITO VAI RECEBE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL

A 5.ª Turma do TRF da 1.ª Região manteve a condenação da União para pagar indenização por danos materiais e danos morais a soldado excluído indevidamente das fileiras do exército. Em 1999, o soldado foi declarado incapaz definitivamente para o serviço do exército pela Junta de Inspeção de Saúde de Guarnição de Manaus. Com nova inspeção, em grau de recurso, pela Junta de Inspeção de Saúde de Recurso, ele foi declarado apto, anulando-se o ato que o excluíra das fileiras do exército.

Este ficou sem receber o seu soldo até a data em que se encerrou seu tempo de serviço, num primeiro momento pelo afastamento médio e depois porque ao ser reintegrado às fileiras do exército, o soldado não retornou às atividades devido ao término da prorrogação do tempo de serviço militar.

A União afirma que não subsiste a responsabilidade civil por erro de diagnóstico, desde que comprovado que o médico tinha condições de emitir opinião correta e precisa sobre o paciente.

O relator, juiz federal convocado, Pedro Francisco da Silva, explicou que as considerações da União acerca da responsabilidade civil por erro de diagnóstico não têm relevância, pois no campo da responsabilidade objetiva não se investiga a existência de culpa. Leia mais.

HN HOJE NOTÍCIAS

AINDA O PORQUÊ DA "GUERRA" AOS MILITARES

Veja-se o exemplo Brasileiro...
Para os que acham que o Exército nada faz nesse país. É uma pequena amostra em relação principalmente à Amazónia onde os soldados, nas regiões mais distantes, além de manterem o território, prestam todo tipo de auxílio às populações em especial no ambito da saúde, dos transportes e educação.
Só quem um dia visitou um Pelotão de Fronteira sabe dar o verdadeiro valor àqueles homens. "Brasil acima de tudo".
Segundo um artigo n' O Estado de SP, o que começou como uma solução temporária para acelerar as obras de infra-estrutura tem se transformado em uma das principais armas do governo federal para concluir os projetos. Nos últimos três anos, a transferência de obras para o Exército cresceu cerca de 900% e elevou a receita anual de R$ 40 milhões para mais de R$ 400 milhões. A demanda tem sido tão forte que, em alguns casos, o serviço precisa ser terciarizado por falta de mão de obra. A expansão da carteira de projectos, que anda na ordem dos R$ 2 bilhões, tem causado inveja até mesmo às grandes construtoras, que torcem o nariz e contestam o avanço do Exército no sector.
No total, os militares estão à frente de 92 obras, que vão de simples recapeamento de rodovias ao desafiante projecto de transposição do Rio São Francisco, no Nordeste. Acresce a possibilidade de construção de aeroportos, ferrovias e obras portuárias.
Para aumentar ainda mais a tensão entre as construtoras, agora os Estados também resolveram aderir aos serviços do Exército. As obras dos novos ramais da ferrovia Ferroeste no Paraná, cujo principal accionista é o governo do Estado, deverão ser tocadas pelos militares. O plano de trabalho foi discutido sexta-feira pelo Exército e o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes.

22 de julho de 2009

DESERTOR E EX-TERRORISTA É RECEBIDO COMO HERÓI NO RIO DE JANEIRO

Antonio Geraldo da Costa , de 75 anos, último exilado da ditadura militar, chegou nesta terça-feira, 21, ao Aeroporto Internacional do Rio. 'Neguinho-tigre', como era conhecido, é ex-integrante da Associação de Marinheiros em 1964, realizou ações da Aliança Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de Carlos Marighella, e fugiu para a Suécia na década de 70.

Pensando bem...

Cada país tem o herói que merece. É mais um na fila do bolsa-ditadura.

GENERAL FOI VÍTIMA DE GRAMPO ILEGAL

O General Manoel Theópilo Gaspar de Oliveira Neto (já falecido), foi vítima de grampo ilegal em 2005, quando era Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Nordeste.
O grampo ao militar foi um dos 1.864 solicitados pelo delegado Maurílio Pinto e autorizados pelo juiz Carlos Adel, ambos do Rio Grande do Norte, sem atender os requisitos legais.
Nenhuma degravação consta dos processos, “o que significa que era pura invasão de privacidade, sem fins de investigação policial e a privacidade é um direito fundamental do cidadão”, disse o procurador geral de justiça, Manoel Onofre Neto.
O Tribunal de Justiça potiguar está decidindo se aceita ou não a denúcia do Ministério Público contra o juiz e o delegado.

FAB PEDE ABERTURA DE INQUÉRITO CONTRA ASSOCIAÇÃO DE CONTROLADORES

Bruno Tavares – Jornal do Brasil
O comando da Força Aérea Brasileira (FAB) requisitou à Procuradoria-Geral da Justiça Militar a abertura de investigação sobre a conduta da diretoria da Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA). A entidade, representante de controladores militares, publicou em seu site mensagens orientando os filiados a encaminhar, por e-mail ou carta, denúncias e reclamações sobre o sistema de controle do tráfego. Os chefes da FAB interpretaram a atitude como um desrespeito ao artigo 214 do Código Penal Militar.
O dispositivo prevê detenção de seis meses a um ano para quem "propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público". O ofício foi expedido pela chefia de gabinete do tenente-brigadeiro Juniti Saito, comandante da FAB. Encaminhado em caráter confidencial à Procuradoria-Geral no início deste mês, o documento foi distribuído aos procuradores do 2º Ofício da Procuradoria Militar, em Brasília. O Estado apurou que agentes já começaram a fazer diligências para tentar descobrir qual seria o intuito da associação e verificar se houve conduta criminosa.
Não é a primeira vez que integrantes da ABCTA são alvo de investigação. Há dois anos, a FAB indiciou por motim seis sargentos controladores do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta-1), em Brasília, a maioria ligada à associação. O grupo foi acusado de liderar a greve que paralisou todos os aeroportos do País em 30 de março de 2007. Na ocasião, Saito determinou o afastamento imediato de 14 controladores para tentar debelar a crise.
A disputa entre FAB e controladores teve início depois do acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, que matou 154 pessoas, em setembro de 2006. Criticada por sua atuação no episódio, parte da categoria se insurgiu contra o que classificou de "insensibilidade" dos superiores, passando a apontar falhas no sistema de controle aéreo e falta de pessoal.
A Aeronáutica sempre negou o sucateamento do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) e, desde então, mantém vigilância sobre a associação. Neste ano, auditoria da Organização de Aviação Civil Internacional (Icao) deu nota 95 para o Decea.
OUTRO LADO
O advogado Roberto Sobral, defensor da ABCTA, criticou o pedido de investigação. "É uma estratégia para tentar barrar a publicação da revista da associação." O defensor disse que o controle militar "está com os dias contados". "É uma atividade civil e que não se confunde com a defesa do espaço aéreo", afirmou. Sobral também disparou contra a Justiça Militar: "É um tribunal de exceção. A FAB só pede esse tipo de investigação porque sabe que pode contar com a complacência do Ministério Público Militar."

NOTA DA MARINHA SOBRE CABO DO NAVIO-ESCOLA BRASIL QUE FALECEU NO CHILE

No dia 17 de julho, o Cabo CN-SB ALEXANDRE PINTO FERREIRA, tripulante do Navio-Escola “Brasil”, que se encontrava atracado na cidade de Valparaíso, Chile, um dos portos da 23ª Viagem de Instrução de Guardas-Marinha, faleceu após uma parada cardiorrespiratória.
O militar procurou a enfermaria do navio dia 14 de julho, queixando-se de tosse e secreção, com febre de 40 graus, e ali foi internado pelo médico de serviço. Exames laboratoriais indicaram infecção bacteriana e o CB Pinto Ferreira foi medicado com antibiótico e anti-térmico. No dia 16, o paciente apresentou importante melhora em seu quadro clínico e continuou sendo acompanhado pela equipe médica do navio. Porém, na manhã do dia 17, apresentou parada cardiorrespiratória, vindo a óbito, após 50 minutos de procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar realizados por 2 médicos de bordo.
No dia 17 de julho, o Comando-em-Chefe da Esquadra, representado pelo Comando da Força de Superfície, pelo Capelão Naval e pelo Núcleo do Serviço de Assistência Integrada para o Pessoal da Marinha, compareceu à residência do militar para prestar toda assistência à sua família. O translado do militar falecido até o Brasil será feito por um avião da Força Aérea Brasileira, após a liberação do corpo.
O Comandante do Navio-Escola “Brasil”, Capitão-de-Mar-e-Guerra Fernando Antonio Araújo de Figueiredo instaurou Sindicância para apurar as circunstâncias em que ocorreu o falecimento. O Comandante-em-Chefe da Esquadra e toda a sua Tripulação lamentam profundamente a insubstituível perda e solidarizam-se com a Família Pinto Ferreira neste momento de dor.
NOTA: O Cabo CN-SB ALEXANDRE PINTO FERREIRA nasceu no dia 8 de agosto de 1973, natural do Rio de Janeiro, tendo ingressado na Marinha do Brasil através da Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina, em 2 de julho de 1990. Serviu no Comando da Força de Superfície, Escola Naval, Centro de Instrução e Adestramento “Almirante Áttila Monteiro Aché” (CIAMA), Navio-Transporte de Tropas “Custódio de Mello”, Contratorpedeiro “Pará”, Submarino “Tapajó” e Navio-Escola “Brasil”, além de outras Organizações Militares, por ocasião da realização de cursos de carreira. Foi promovido a Cabo em 30 de setembro de 1996.
FONTE: COMANDO-EM-CHEFE DA ESQUADRA / SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

21 de julho de 2009

LULA CEDE À PRESSÕES E CRIA GRUPO PARA SUPERVISIONAR BUSCAS NO ARAGUAIA

Cedendo a pressão dos ativistas do bolsa-ditadura, o presidente Lula criou um grupo interinstitucional para supervisionar as buscas no Araguaia, integrado, entre outros, pelos ministros Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos, Antônio Hermann, do STJ, José Gregori, ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique, o ex-procurador-geral Paulo Fonteles e o jornalista Ricardo Kotscho.
Vai dar pano prá manga.

"DEMOCRATA" AHMADINEJAD AGRADECERÁ LULA PELA CORAGEM E INDEPENDÊNCIA

Leila Suwwan
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, escolheu o Brasil como o primeiro destino internacional de seu segundo mandato, afirmou ontem o embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh. Além de estreitar laços, a visita representa uma espécie de agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: segundo o embaixador, durante o tumulto pós-eleitoral no país, Lula teria demonstrado coragem e independência ao descartar a suspeita de fraudes nas urnas e ao comparar os protestos violentos nas ruas de Teerã como uma disputa entre "flamenguistas e vascaínos". Ahmadinejad cancelou a visita marcada para maio, alegando compromissos de campanha. Leia mais.

CAMPO DE EXCECUÇÃO NO ARAGUAIA É LOCALIZADO POR EX-GUIAS DO EXÉRCITO

O mais simbólico dos campos de execução de guerrilheiros comunistas do Araguaia, a Clareira do Cabo Rosa foi localizada na tarde da última sexta-feira por dois ex-guias do Exército.
Depois de um silêncio de mais de três décadas, José Francisco Pinto, o Zé da Rita, e José Maria Alves Pereira, o Zé Catingueiro, voltaram às matas onde militares teriam fuzilado uma boa parte dos 41 prisioneiros comunistas.
A história da terceira campanha militar contra a guerrilha do PCdoB, entre outubro de 1973 e o final de 1974, começa a ser contada pela ótica dos principais mateiros do Exército. Liberados do pacto de silêncio feito com oficiais, os dois mateiros percorreram durante três dias os campos de execução.
Uma parte da floresta ainda está de pé e fica nas áreas das fazendas Rainha do Araguaia e Cabocla, a 28 quilômetros de estrada de terra do centro de Brejo Grande do Araguaia, uma cidade de dez mil habitantes no sul do Pará.
A chegada à mata da Rainha do Araguaia exigiu um esforço de memória dos ex-guias. Nos anos 1980, os castanhais deram lugar aos bois. Há, porém, outros pontos de referência. “A floresta acaba. Mas os córregos e os grotões, mesmo com pouca água, e as montanhas, continuam”, disse Catingueiro, de 72 anos.
Foi por essas referências que ele e Zé da Rita, de 70 anos, chegaram a um morro onde possivelmente foram executados os guerrilheiros Antônio Teodoro de Castro (o Raul), Cilon Cunha Brum (o Simão) e Vandick Coqueiro (o João Goiano).
videVERSUS

GENERAL CANDIDATO

O PTB do RS comemora a filiação do General Luiz Alberto Cureau ao partido.
O General será candidato a Deputado Federal.

EXÉRCITO RECOMENDA SEGURADORA???

Uma ordem do Exército
Pelo menos cinco bancos que atuam fazendo crédito consignado para o Exército recebem uma estranha recomendação: têm de contratar a corretora Okita para repassar um seguro de vida aos tomadores de empréstimo. Além da peculiar recomendação, o tal seguro é 30% mais caro que o do mercado e, de acordo com o INSS, não seria obrigatório.
Da coluna RADAR, da VEJA
Atualização das 17:00h:
Leia aqui a resposta do Centro de Comunicação do Exército à Revista Veja.

ÚLTIMO EXILADO FINALMENTE "PERDE O MEDO" E VOLTA AO BRASIL

Retorna ao Brasil amanhã, o ex-marinheiro Antônio Geraldo da Costa, o Neguinho, desertor da Marinha Brasileira e exilado a quarenta anos.
Ex-militante do MAR (Movimento de Ação Revolucionária), Neguinho fugiu do Brasil em 1969, tendo vivido no Chile até a derrubada de Allende.
Em 1973 seguiu cladestinamente para a Europa e, após algumas peripécias, instalou-se com nome falso na cidade sueca de Lund, onde aposentou-se a pouco tempo como auxiliar de enfermagem.
Mesmo anistiado pelo Ministério da Justiça em 2008, sómente agora o paraibano "perdeu o medo" e retornou ao país, indo residir no Rio de Janeiro.

ATIVISTA REPASSOU A MILITARES MAPA PARA BUSCAS NO ARAGUAIA

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O ativista social Paulo Fonteles Filho repassou à 23ª Brigada de Infantaria de Selva, responsável pela logística da expedição de busca de ossadas de guerrilheiros do Araguaia, uma série de áreas no sul do Pará que merecem uma análise detalhada de geólogos e legistas.

O mapa montado por Fonteles e por Sizostrys Alves da Costa, da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, contou com a colaboração dos principais mateiros do Exército na fase final dos combates com os comunistas.

A ideia de parceria com os ex-guias dos militares, homens pobres que sempre foram discriminados pelos chamados grupos de direitos humanos, já era defendida no final dos anos 1970 pelo pai de Paulo Fonteles Filho - Paulo Fonteles, o primeiro advogado da causa da guerrilha, assassinado por pistoleiros em 1987. "Eles se tornaram guias do Exército pela tortura e pela coação psicológica. Meu pai já dizia que eles eram vítimas da ditadura e isso se expressa na miséria em que se encontram e no abandono", diz Fonteles Filho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

20 de julho de 2009

PESSOAS QUE FICAM

Ricardo Montedo

Existem as pessoas que passam. Elas são inúmeras, incontáveis, iguais, embora díspares, boas ou más, belas ou feias, gordas e baixas ou altas e magras, homens ou mulheres, todas com algo em comum:

- Elas passam!

Passam por nossa vida, por nossa rotina; pelo nosso dia-a-dia, até mesmo por nosso coração. Porém, invariavelmente, inexoravelmente, cedo ou tarde, dia mais, dia menos, as impressões por elas deixadas desaparecem quais palavras apagadas num quadro-de-giz.

Destas, pouco ou nada fica. Ao se perderem na poeira do tempo, não divisamos mais suas pegadas pelo caminho que seguiram, suas marcas não permanecem como registro de sua passagem.

Claro, todas têm seu valor, sua essência, sua importância, que talvez não tenhamos conseguido apreender, mas fato é que elas se vão, sem deixar vestígios em nossa existência.

Porém, há também aquelas pessoas que ficam. Não fisicamente, bem entendido, que o destino esta aí, a postos, para volta e meia nos distanciar uns dos outros.

Mas, ainda assim, elas permanecem em nosso coração e em nossa vida, em nossa mente e sentimentos, em nossas lembranças e saudades, enfim, permanecem conosco vida afora, com o que possuem de melhor.

Aos olhos do vulgo, talvez pareçam pessoas comuns. E até podem sê-lo, mas não para nós.

Em nosso coração, elas são presenças marcantes, importantes, benéficas e indeléveis.

São aquelas que, ao final da jornada, em meio ao cansaço das batalhas da vida, entre as lágrimas de desespero ou alegria, em meio a um mar de dor ou de felicidade infinita, poderemos chamar, sempre e sempre, de

AMIGOS!

DOIS MILITARES DO EXÉRCITO MORRERAM NO FINAL DE SEMANA

Dois jovens soldados do Exército morreram de forma trágica neste final de semana.
Orenci Rodrigues de Azevedo Júnior, 19 anos, acidentou-se na MS-450, em Aquidauna (MS), na noite de sábado, quando perdeu o controle da moto que dirigia. O militar foi arremessado a uma distância de quinze metros e morreu na hora.
Já em Pirituba (SP), um soldado de 21 anos, não identificado, foi alvejado por dois homens ao tentar reagir ao roubo de sua moto, neste domingo. O rapaz foi encaminhado ao pronto socorro, mas não resistiu aos ferimentos.

PAPÉIS SECRETOS REVELAM ATUAÇÃO MILITAR NO ARAGUAIA

Patrícia França
Em 1972, quando foi iniciada a primeira operação de repressão à Guerrilha do Araguaia, que durou três anos, as Forças Armadas já tinham identificado quase todos os guerrilheiros militantes do PC do B. Dos 69 com batentes do movimento de oposição ao regime militar, apenas cinco ainda mantinham a identidade desconhecida para os militares. O dado, que consta do Relatório Especial de Informações nº 1/74, elaborado pelo Centro de Informações do Exército (CIE), ao qual A TARDE teve acesso, só recentemente veio a público, depois de mais de 30 anos do fim da guerrilha nas selvas dos estados do Pará e Tocantins.
Isso demonstra que um farto material da época – que deveria estar em posse de órgãos públicos – repousa em arquivos pessoais ou estão perdidos em porões da burocracia. Razão pela qual familiares de guerrilheiros mortos e desaparecidos ainda lutam para abrir os arquivos daqueles tempos sombrios, e saber as circunstâncias em que se deram as execuções e as torturas dos militantes.
O documento do CIE visava dar conhecimento aos organismos envolvidos nas operações militares do andamento da “Operação Marajoara” – a última das três operações antiguerrilha comandada pelo então major Sebastião Curió, que tinha ordem para “executar o inimigo”. Em relato recente, o hoje tenente-coronel da reserva revelou que pelo menos 41 guerrilheiros foram mortos no Araguaia, mesmo quando já não ofereciam nenhum perigo aos militares.
Cópia do relatório foi entregue a A TARDE pela economista Luzia Ribeiro, única sobrevivente entre os 11 guerrilheiros baianos que participaram da Guerrilha do Araguaia. Presa e torturada em Xambioá (TO), onde ficava o principal acampamento das Forças Armadas, Luzia (codinome “Lúcia”) recebeu a cópia dos jornalistas Eumano Silva e Tais Morais (autores do livro Operação Araguaia). O documento pertencia ao pai de Tais, ex-oficial do Exército que participou do combate aos guerrilheiros. Leia mais.
A TARDE
(Nota do editor: a campanha das Forças Armadas contra os guerrilheiros do PC do B no Araguaia, em 1972, foi a terceira e última, e não a primeira como escreve a repórter)

19 de julho de 2009

EXÉRCITO ATUARÁ EM 24 MUNICÍPIOS DA FRONTEIRA NO COMBATE À GRIPE SUÍNA

O Exército agirá em vinte e quatro cidades fonteiriças de dez estados, para esclarecer a população sobre a prevenção contra a gripe A H1N1.
Confira a relação das cidades:
Rio Grande do Sul (9) - Porto Xavier , Aceguá ,Santana do Livramento,Jaguarão, Itaqui,Porto Lucena,Porto Vera Cruz,Porto Mauá, Porto Soberbo;
Santa Catarina(1)- Dionísio Cerqueira;
Paraná (2)- Foz do Iguaçu, Guaíra;
Mato Grosso do Sul (3)- Mundo Novo, Corumbá e Ponta Porã;
Mato Grosso(1)- Corixa;
Rondônia(1)- Guajará-Mirim;
Amapá(1)- Oiapoque;
Acre(3)- Assis Brasil, Epitaciolância e Brasileia;
Amazonas(1)- Tabatinga.
Roraima (2)- Paracaima e Bonfim;

18 de julho de 2009

NA ONDA DE DILMA

A Justiça Militar processa um falso capitão-tenente da Marinha que dava palestras e oferecia bolsas de estudos na Escola Naval em Curitiba (PR).

PRINCIPAL INIMIGO DO EXÉRCITO PARA PROTEGER A AMAZÔNIA É A FALTA DE DINHEIRO, DIZ GENERAL

Daniela Amorim
Mata fechada, calor intenso, nuvens de mosquitos e serpentes venenosas são alguns dos desafios enfrentados pelo Exército brasileiro para fazer o patrulhamento da Amazônia, sobretudo na área de fronteira.
O general-de-brigada Alberto Martins Bringel, chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, expôs a realidade das tropas que atuam na região amazônica durante uma conferência na 61ª Reunião Anual da SBPC, em Manaus.Mas a biodiversidade está longe de ser um inimigo. Oficiais e soldados são treinados na selva para entender que a natureza é o patrimônio a ser preservado.“Em nenhum lugar do país essa integração com a natureza é tão intensa e completa. Os homens que servem sabem que a natureza precisa ser protegida”, afirmou o general Bringel.
Os números da região impressionam pela magnitude. São 3,6 milhões de km2, cerca de 42% do território brasileiro, sob a responsabilidade do Comando Militar da Amazônia. Estão incluídos seis estados (Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, Acre e Amazonas) e 13 milhões de habitantes. O Exército é responsável pelo patrulhamento de 11.000 km de fronteira terrestre e 1.300 km de fronteira litorânea.
“As pessoas reclamam que o Exército não patrulha a fronteira direito, deixa entrar drogas e armas. A fronteira dos Estados Unidos com o México tem só 2.400 km. Passam drogas, passan imigrantes ilegais, passa muita coisa que não devia. Lá é o país mais desenvolvido do mundo. E não tem nem a dificuldade dessa floresta”, disse Bringel.
Quando questionado sobre a atuação em áreas protegidas, o general afirmou que o patrulhamento de áreas indígenas não muda com a criação de reservas como a Raposa Serra do Sol.“Não muda nada. As reservas indígenas são terras federais, então o exército está presente. Há um decreto presidencial para que tenha um pelotão em todas as reservas indígenas e unidades de conservação. Temos pelotão em algumas e vamos construir mais. Em unidades de conservação eles funcionam em sistema de rodízio. O camarada não leva a família, só passa um tempo e depois é substituído”, explicou Bringel.
Uma das principais preocupações, além de proteger a fauna e a flora e combater o tráfico, é preservar as riquezas do solo. A tarefa se torna mais difícil quando não há a presença do poder público na maior parte da região.“A principal ameaça interna é a ausência do Estado. Porque permite ilícitos, destruição do patrimônio e a ação de organizações internacionais. Então a ausência do Estado é como uma doença, uma mazela nossa. E como combater essa ausência? Através da presença federal. Temos que ter a presença e a atuação do poder público em todos os seus segmentos: justiça, segurança, educação, transporte, saúde. A ausência do Estado agrava a questão indígena, ambiental e fundiária, as ações isoladas das ONGs e os ilícitos de toda ordem”, lamentou o militar.
O Exército tem oficiais e sargentos especialistas em operações na selva. Já são 4.671 militares formados e 391 estrangeiros, com destaque para franceses, equatorianos e argentinos. Os cabos e os soldados são recrutados na região, porque conhecem a floresta e operam com desenvoltura. Apesar de procurarem manter a ordem nas áreas mais longínquas, Bringel ressalta que é preciso deixar claro quais são os papéis de cada instituição.“Como o Exército está relativamente bem representado em diversos pontos da Amazônia, parte da população confunde o Estado com o Exército. Mas não é bem isso. Por exemplo, desmatamento é missão do Ibama. O Exército não usa a patrulha dele em uma operação para combater o desmatamento. Estaria ocupando o espaço do Ibama. Mesmo porque os recursos que eu tenho já estão direcionados. Ao montar uma operação para combater o desmatamento estou desviando recursos do Exército para outra finalidade. Agora, estamos fazendo patrulhamento da fronteira e nos deparamos com um desmatamento. Aí nós paramos, olhamos, verificamos e, se for o caso, prendemos. Geralmente a gente já convida uma dupla do Ibama ou pelo menos um agente para ir junto da patrulha, de carona. Vai comendo a nossa comida, no nosso barco, e se a gente se depara com o ilícito eles fazem a autuação”, relatou o chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia.
Segundo o general, atualmente as pessoas procuram o Exército para solucionar os mais variados problemas.“As pessoas vão no Exército como se fôssemos cuidar da missão de todos os ministérios. O Exército mal tem recursos para a sua própria sobrevivência. Agora, quando estamos fazendo nossa missão e nos deparamos com o delito, seja tráfico ou o que for, por termos poder de polícia na faixa de fronteira, nós autuamos, nós prendemos. Mas é preciso entender que fazemos na carona, não como missão principal”, explicou Bringel.“Se o Ibama precisa de apoio logístico, ele solicita ao Exército e paga a conta da operação. Ele é o artista principal e o Exército é o suporte, coadjuvante. Se a Funasa solicita: tenho que vacinar índios e preciso do helicóptero, o Exército fornece. A Funasa paga a conta chamada horas de voo, porque a gente não pode pegar o helicóptero, que custa dinheiro. Só para girar a hélice já custa dinheiro. Então o Exército coopera com todos os órgãos que solicitam”.
Se a atuação de madeireiros, garimpeiros e traficantes são uma preocupação dentro do território brasileiro, a principal ameaça externa não é tão objetiva. A guerra é contra a opinião pública disseminada na comunidade internacional.“A principal ameaça externa é a opinião pública internacional estar convencida de que o Brasil não é capaz de cuidar da Amazônia. E a estratégia da dissuasão é a presença militar. Se você tem força, se os outros países veem que você é forte naquela região, se desestimulam, desistem de sua pretensão”, avaliou Bringel.“As pessoas dizem que não precisam de Exército porque o Brasil não entra em guerra desde a 2ª Guerra Mundial. Mas tirar 10 com louvor na guerra é você evitar a guerra. Quando há conflito armado é porque alguém errou. Ou o presidente, ou o congresso... É porque alguém deixou a crise ir longe demais. Por isso existem os generais em vários batalhões na Amazônia. Eles estão lá para gerenciar crises e conflitos, para não deixar que saiam do controle”, contou.
Em 1950, havia mil militares na Amazônia. Hoje esse número é de 26.300 homens atuando na região. Há 28 organizações militares na linha de fronteira, duas companhias, 22 pelotões e quatro destacamentos.“Tenho que ser forte e mostrar que sou forte para desestimular inimigos, adversários, quem quer que seja. Para isso precisamos de dinheiro. Mas o Brasil não é um coitadinho. Estamos entre as principais economias do mundo. Dinheiro há. Não pergunte a mim, pergunte aos homens”, afirmou.
Segundo o general, um dos maiores desafios é justamente trabalhar com orçamentos reduzidos.“Nosso problema é um só: tutu. Porque se você tem mais, você compra mais, usa mais. Se tem menos dinheiro, compra menos, usa menos, tem uma preparação menor”, lamentou Bringel, para quem investir na preservação dos recursos naturais é indispensável. “O desenvolvimento da Amazônia independe da nossa vontade. O que depende de nós é que seja sustentável. A conscientização da sociedade é fundamental para desencorajar os ilícitos predatórios”.

EXÉRCITO AUJADÁRA NO COMBATE À GRIPE SUÍNA EM OSASCO

Com duas mortes e 18 casos confirmados, Osasco declarou guerra à gripe suína. A partir de quinta-feira, o Exército ajudará no atendimento a pessoas com sintomas do vírus Influenza A (H1N1). O serviço funcionará em tendas, que serão montadas em dois prontos-socorros, no Jardim Santo Antônio e Helena Maria, e no Hospital Municipal Antônio Giglio, no centro do município. O objetivo é reduzir o tempo de espera por atendimento nos prontos-socorros. Casos mais graves serão encaminhados para internação. Leia mais.

APROVADA A CRIAÇÃO DE SEIS CARGOS DE JUIZ E PROMOTOR NA JUSTIÇA MILITAR

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou na quarta-feira (15) o Projeto de Lei 5312/09, que cria um cargo de procurador e dois de promotor da Justiça Militar. O impacto orçamentário da proposta é de R$ 78,5 mil por mês, que serão cobertos pelo Ministério Público da União, autor do PL.O projeto recebeu parecer favorável do deputado Vicentinho (PT-SP). Segundo ele, a criação dos três novos cargos foi motivada pelo envio do PL 4572/09, de autoria do Superior Tribunal Militar (STM), que prevê a criação de três cargos de juiz militar. A ampliação do corpo de magistrados exigiu o aumento do número de promotores.O PL 4572 já passou pela Comissão de Trabalho, onde o relator também foi o deputado Vicentinho.TramitaçãoO PL 5312/09 será analisado agora pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois segue para o Plenário.