31 de agosto de 2009

AMAZÔNIA: PRESENÇA MILITAR É TEMA DE DOUTORADO

Agência USP
Nas últimas décadas, as forças armadas brasileiras têm intensificado sua presença na Amazônia. "De acordo com os militares, há tempos que a região é fruto da cobiça internacional por suas riquezas e recursos naturais", diz a cientista política Adriana A. Marques.
Em sua pesquisa de doutorado na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, a pesquisadora analisou o que a região representa aos militares brasileiros e a forma de intensificação da presença militar. Segundo ela, a partir da década de 1990, fica nítida a preocupação do Brasil com as fronteiras da Amazônia e com os países vizinhos localizados ao norte.Adriana lembra que a presença das forças armadas na região ficaram mais nítidas principalmente após o final da Guerra Fria, quando a grande ameaça era o comunismo, e o período inicial da redemocratização no Brasil.
"Com final do antagonismo entre os Estados Unidos e a então União Soviética, os militares brasileiros passaram a dar mais atenção ao seu entorno regional, à América do Sul", descreve a cientista política. Foi justamente nesse momento que a presença das forças armadas ficaram mais evidentes.
"Vários outros eventos, como a Guerra das Malvinas, fizeram com que políticos e militares passassem a olhar com mais atenção para os países vizinhos. Entre Brasil e Argentina, por exemplo, houve algumas rivalidades", conta, lembrando que, mais recentemente, "as atitudes dos governantes dos países fronteiriços daquela região também despertaram mais ainda a atenção para a Amazônia."

Mais unidades Militares: presença marcante na Amazônia
A pesquisadora ressalta também que programas governamentais passaram a evidenciar a maior atenção à região.
Ela cita como exemplo o Projeto Calha Norte. Idealizado em 1985 durante o governo Sarney, a iniciativa já previa a ocupação militar de uma faixa do território nacional situada ao norte da Calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas.
"Desde então, a transferência de unidades militares para a região tem sido constante. E há ainda planos de novas transferências", conta Adriana.
Ela lembra também do Projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), na década de 1990, que foi elaborado com a finalidade de monitorar o espaço aéreo da Amazônia.
Além destas estratégias e projetos, Adriana conta que houve as transferências de unidades militares para a região.
"Até o final de minha pesquisa, em 2007, haviam cinco brigadas de infantaria de selva. Destas, três vieram transferidas de outras regiões do País", conta. Ela reforça que as transferências ainda continuam e fazem parte dos planos militares de ocupação da região.

Técnicas de guerrilha
Além dos projetos e planos governamentais, os militares marcam sua presença na Amazônia utilizando-se de estratégias de resistência.
"Essas estratégias são baseadas em técnicas de guerrilha. Ou seja, o maior conhecimento da região permite que um possível inimigo seja derrotado pela persistência. Podemos tomar como exemplo claro disso a guerra do Vietnã, onde os soldados vietnamitas conseguiram derrotar o poderio norte-americano pela resistência", compara a pesquisadora.Para realizar sua pesquisa, Adriana recorreu a uma extensa bibliografia militar e a monografias de cursos de academias militares, bem como a discursos de oficiais. Seu trabalho envolveu as três forças armadas: exército, marinha e aeronáutica. Como conta a pesquisadora, o exército tem uma presença mais forte em relação às outras forças. A marinha, mesmo tendo na região um distrito naval desde 1933, somente no ano de 2005 inauguraram o 9º Distrito Naval.

CPI DOS JATINHOS DA FAB

O Palhaço do Planalto vai achar nada engraçada uma nova ideia em gestação pela oposição.
Pedir a abertura de uma CPI para investigar porque a Força Aérea Brasileira anda cedendo seus jatinhos para as viagens constantes do deputado federal que mais fala e influencia o chefão Lula da Silva.
O blindado parlamentar – que costura, nos bastidores, todos os negócios importantes para o time de Lula -, em tese, podia economizar o combustível da FAB que falta para as operações de treinamento.
Do blog ALERTA TOTAL

HAITI: OFICIAIS PM BRASILEIROS COMANDAM OPERAÇÃO ANACONDA

Operação planejada e comandada pelos 3 Oficiais PM Brasileiros atualmente servindo na MINUSTAH-HAITI, CAP PMPA Fabricio Bassalo, CAP PMAM Algenor Filho e 1º TEN PMDF Davis Heberton, conseguiu aplicar um duro golpe no trafico internacional de entorpecentes.
A operação denominada "Anaconda", ocorreu em GRAND DESALINE, região de Saint Marc area litoranea/rural do Haiti, a qual, identificou e destruiu mais de doze mil pés de maconha prontos para a colheita, bem como 150 kilos da droga pronta para comercialização e consumo no mercado internacional.

A Operação teve o Comando e planejamento de informações realizados pelo Cap PMAM Algenor filho, o qual contou com o apoio técnico (INTELIGÊNCIA) de um agente do departamento anti-drogas dos EUA (DEA).Após a fase inicial, o Cap Fabricio Bassalo planejou o emprego das tropas de FPU (Formed Police Unit) no terreno; e o Ten PMDF Heberton, atuou no emprego conjunto dos times de SWAT (HNPSWAT e JORDAN SWAT).
Contando com um efetivo total de 130 Policiais da MINUSTAH e PNH (POLICE NATIONAL D'HAITI), a operação deu um "prejuizo" de 1,8 milhoes de dolares aos traficantes segundo calculos do DEA, uma vez que o destino da droga era abastecer o mercado americano onde a droga tem um alto custo.
Nenhum suspeito foi preso, pois fontes deram conta que os traficantes receberam uma contra informação sobre a operação, dando tempo apenas para que eles não estivessem mais no local após início da operação.A 2ª fase da operação será a de efetuar a prisão da quadrilha, quase todos já identificados como Haitianos de cidadania Norte America, com livre trânsito para os EUA.
Enviado direto do Haiti pelo Tenente Heberton.

ARAGUAIA: EX-COMBATENTES QUEREM AUXILIAR NAS BUSCAS

Inconformados por não terem sido procurados pela comissão governamental que busca ossadas no Araguaia, militares que atuaram na repressão à guerrilha preparam um mapeamento com a indicação de pelo menos 20 locais de sepultamentos clandestinos.
Fora do Exército desde o fim da guerrilha, no início dos anos 70, eles dizem lembrar de áreas onde estariam enterrados alguns dos cerca de 60 militantes do então clandestino PC do B oficialmente desaparecidos.
Fundador da Associação dos Ex-Combatentes da Guerrilha do Araguaia, que reúne cerca de 600 membros, Raimundo Pereira de Melo, 56, foi soldado no Araguaia. Ele diz que a maioria dos locais vasculhados no último mês pelos membros da comissão está correta, mas que os pontos de abertura de valas são equivocados.
A associação ouviu ex-militares radicados no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. As informações são as de que há guerrilheiros enterrados em Xambioá e nos municípios paraenses de Marabá, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia e Brejo Grande.
Pereira de Melo diz que pode apontar, em Xambioá, onde foram enterrados Osvaldo da Costa, o Osvaldão, e Valquíria Afonso. Seria na antiga base, hoje desativada.O Ministério da Defesa informou que a comissão tem interesse em ouvir todos aqueles com informação sobre as ossadas e que está à disposição dos ex-militares.
Folha de S.Paulo

30 de agosto de 2009

CABO ANSELMO: O QUE FOI SEM NUNCA TER SIDO

"CABO" ANSELMO MORRE HOJE À NOITE NA TELEVISÃO

Jorge Serrão

O lendário "Cabo" Anselmo – um dos líderes da revolta dos marinheiros que serviu de estopim para o movimento militar de 1964 – será autopsiado e finalmente enterrado neste final de domingo, a partir das 23h 30min, no programa Canal Livre da Rede Bandeirantes.O Brasil vai conhecer um sujeito de 67 anos que sobrevive clandestino, sem documentos, com problemas de saúde e na falta de dinheiro comum a tantos brasileiros.

A inédita foto acima, tirada mês passado pelo nosso funcionário BlackBerry, antecipa uma face que será vista logo mais à noite com o retoque do pó rebatedor da maquiagem televisiva.

José Anselmo dos Santos promete falar o que lhe for perguntado sobre um homem que não existe: o "Cabo" Anselmo. José Anselmo dos Santos, que existe de verdade, deseja comprovar, logo mais, a grande farsa histórica que foi criada em torno do personagem “Cabo Anselmo” – taxado de “traidor” pela Marinha e por aqueles que optaram pela luta armada para implantar o comunismo no Brasil, na Era pós-64.

Anselmo contará alguns detalhes do livro que escreveu com a provocação deste repórter do Alerta Total – com quem se comunica diariamente. Anselmo se compromete a contar detalhes que vão comprovar a grande farsa que é o “Cabo Anselmo”. Sua entrevista de logo mais acabará com o falso mito do passado, construído em cima do nada esperto e pragmático “Cabo” Anselmo.

José deseja mostrar caminhos para o presente do futuro. Dele, pessoalmente, e do Brasil.José Anselmo dos Santos luta para que a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça lhe restitua os direitos e o anistie de verdade – o que não ocorreu até agora. José quer apenas renascer como cidadão. Mas também se sente na obrigação moral de transmitir ao mundo, sobretudo aos mais jovens, as lições pro-positivas de uma vida (ironicamente) sem História Oficial. Tem muito a ensinar. Aprende quem quiser.

O “Cabo” Anselmo – que nunca foi cabo na vida, apenas um marinheiro de primeira classe – é um cadáver politicamente insepulto da mal contada história brasileira. Da autopsia de sua vida, só vale a pena relatar todos os erros que ele cometeu de verdade para que outros agentes inconscientes das ideologias não entrem, tão facilmente, de gaiatos no navio da História. Sobre ele já foram repetidas centenas de mentiras e fábulas macabras.

O “Cabo Anselmo” participou da guerrilha que sonhava implantar o comunismo no Brasil. No meio da batalha, fez sua própria autocrítica. Sentiu-se usado. Viu que não era aquilo que queria para sua vida e o Brasil. Mas era um prisioneiro das ideologias que se deixou assimilar. Achava-se um cara inteligente e esperto.

No fundo, hoje José Anselmo constata isto, foi um jovem otário – um inocente inútil como tantos outros o foram naquela época de radicalizações pré e pós-64. O "Cabo" - aliado de Leonel Brizola - viveu anos em Cuba aprendendo guerrilha. Quando voltou ao Brasil, no começo dos anos 70, acabou preso e a polícia lhe deu uma não-opção. Colaborava com o sistema de repressão ou “dariam cabo” dele, literalmente. Seu espírito pragmático de sobrevivência bem como a experiência e reflexão na clandestinidade em Cuba, falou mais alto: preferiu sobreviver.Anselmo insiste que não teve opção: colaborava, ou morria.

O “Cabo” ajudou a destruir a guerrilha por dentro, como infiltrado pelo Departamento da Ordem Política e Social. Jura, por Deus, que nunca matou nem torturou ninguém, nas operações das quais é acusado de ter feito parte nos tempos da repressão ao terrorismo ideológico no Brasil.

Mas por ter colaborado com a repressão, acabou assinando sua própria sentença de morte.Não morreu “justiçado” pelos companheiros que se sentiram traídos. Mas acabou justiçado pela própria história. Ainda mais quando acabou, mais tarde, abandonado pelos “órgãos de repressão” com os quais colaborou. Sem lenço e nem documento, virou um refém de si mesmo, da insegurança material e do medo de ser morto, caso a identidade do seu personagem “Cabo” fosse descoberta.

Na UTI da História tupiniquim, o morto-vivo “Cabo” Anselmo não tem salvação. Já está condenado. Por isso, José quer enterrar o “Cabo-cadáver-insepulto”. Só assim pode dar vida às lições (aprendidas nos erros e acertos) pelo ser humano que existe de verdade. José Anselmo dos Santos, tardiamente, resolveu mostrar sua cara agora e falar porque cansou de viver, amedrontado, escondido em um casulo quase secreto.

Pois é exatamente deste falso abrigo psicológico – mais parecido com uma torturante prisão - que José Anselmo dos Santos resolveu sair. Ele agora só quer colaborar, com sua vivência, para que se escreva, no Brasil, uma história verdadeira – que reflita a realidade dos simples mortais que se trabalham por um objetivo mais humano de vida e querem ser felizes. Só isso. Nada mais.

José Anselmo dos Santos se sente indignado porque foi obrigado a brigar na Justiça Federal, com a Marinha, para ter direito a uma simples carteira de identidade. Além de abraçar esta causa inédita, seu advogado Luciano Blandy também luta administrativamente para demonstrar o óbvio ululante: que José Anselmo dos Santos tem direito à anistia e a receber seus proventos da Marinha, sem necessidadede indenização milionária.

Quem conseguir assistir ao programa logo mais à noite terá a chance de constatar que José Anselmo dos Santos é um homem estudioso e comprometido com valores humanos e na defesa de um Brasil melhor. Se não houver censura ideológica ou “justiçamento” editorial – tão comuns em nossa imprensa tupiniquim -, a entrevista de logo mais com José Anselmo dos Santos vai surpreender até aqueles que aprenderam a odiar o difamado “Cabo” Anselmo.

Tenho a honra e felicidade de ter me tornado amigo de José Anselmo dos Santos. Do personagem inventado "Cabo" Anselmo, com certeza, não seria amigo. Vou comemorar a morte definitiva dele logo mais. E o livro que o José escreveu será o atestado de óbito definitivo do "Cabo". Sem choro e nem vela.

Que a televisão lhe seja leve, José Anselmo dos Santos. Se não for, o livro que você escreveu – assim que alguma editora séria tiver a coragem de publicá-lo – lhe fará Justiça Histórica, dando cabo, definitivamente, do “Cabo” mal inventado.
Alerta Total

GUERRILHA:EXÉRCITO ASSUME MORTE DE "JONAS"

Do Globo Online:
Num dossiê mantido em sigilo há quatro décadas, o Exército assume a responsabilidade pela morte do guerrilheiro Virgílio Gomes da Silva, o Jonas, considerado o primeiro desaparecido político da ditadura militar, informa reportagem de Bernardo Mello Franco publicada na edição deste domingo do Globo.
O guerrilheiro comandou a ação mais ousada da luta armada contra o regime: o sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, de 4 a 7 de setembro de 1969 - que completa 40 anos na próxima sexta-feira. Segundo relatos de presos políticos, Jonas foi morto a pontapés, ao fim de uma longa sessão de tortura feita por militares e civis da Operação Bandeirante (Oban), em São Paulo.
O paradeiro do corpo nunca foi revelado, e as Forças Armadas jamais admitiram o crime oficialmente. O documento obtido pelo GLOBO foi produzido pelo Centro de Informações do Exército (CIE), vinculado ao gabinete do então ministro da Força, general Aurélio de Lyra Tavares. Sua existência comprova que a cúpula da ditadura foi avisada sobre a morte de Jonas nos porões. Mesmo assim, a Justiça Militar o condenou "à revelia" duas vezes, em 1970 e 1977, com base na Lei de Segurança Nacional. Somadas, as penas chegariam a 33 anos de prisão.
O relatório foi redigido em 8 de outubro de 1969, com o título de "Informação n. 2.600" e carimbos de "confidencial". Jonas foi capturado e morto nove dias antes, em 29 de setembro. No documento, os militares evitam a palavra tortura. Dizem que o guerrilheiro reagiu à prisão e morreu em virtude de "ferimentos recebidos" sob custódia da Oban.
O trecho que elucida o crime ocupa apenas quatro linhas do relatório. Diz o seguinte: "Virgílio Gomes da Silva, vulgo Jonas, vulgo Borges, reagiu violentamente desde o momento de sua prisão, vindo a falecer em consequência dos ferimentos recebidos, antes mesmo de prestar declarações". Segundo o cabeçalho, o documento circulou na época por dez órgãos militares, incluindo os serviços secretos da Marinha e da Aeronáutica.
Ao fim do dossiê, foram anexadas informações e fotos de 19 militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) presos após o sequestro. Há cópias de três documentos de Jonas (título eleitoral, carteira de habilitação e uma carteirinha de sócio do Jardim Zoológico de São Paulo) e três retratos 3x4, nos quais ele aparece com e sem bigode. E uma anotação, à mão: "Jonas - Morto - Participou do Sequestro".

29 de agosto de 2009

MUDANÇAS NA DEFESA: "MILITAR VAI VIRAR ENFEITE", DIZ GENERAL (NÃO IDENTIFICADO)

JOBIM VAI À GUERRA
Ao anunciar a nova estrutura das Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, declarou guerra à caserna. Além de subordinar ainda mais os militares ao poder civil, o projeto prevê a redução de postos de comando, transfere o controle sobre as compras de materiais das três Forças e alija os militares de todas as decisões políticas.
Se custaram a digerir a criação do próprio Ministério da Defesa há dez anos, os oficiais do Exército, da Aeronáutica e da Marinha agora terão de engolir uma pílula ainda mais amarga. Na opinião de generais ouvidos por ISTOÉ, o abalo maior atingirá o Exército. Um deles, com posto de chefia no comando do Exército, afirma que as mudanças impostas por Jobim serão funestas para os quartéis.
“O foco dessa reorganização é a retirada de poder das Forças Armadas. Militar vai virar enfeite”, revolta-se.Uma das medidas que tiram o sono dos militares é a criação da Secretaria de Compras do Ministério da Defesa, que vai acabar de vez com a independência das três Forças de adquirir seus respectivos materiais. O principal argumento de Jobim é que a unificação permitirá ganho de escala.Mas, para os generais, cada Força tem suas necessidades específicas.
Outro projeto que assusta os quartéis é a fusão dos comandos do Exército com os distritos da Marinha e os comandos da Aeronáutica. A fusão das três Forças em “Estados-Maiores Regionais” é encarada como uma pulverização do poder militar, que terá como resultado a redução de cargos de chefia.A cúpula teme o aparelhamento das Forças Armadas por civis e sindicalistas, como ocorreu em diversas estatais e autarquias controladas pelo PT e o PMDB.

No pacote de medidas que o ministro enviará nas próximas semanas ao Congresso estão o projeto de lei para a transferência da sede da Escola Superior de Guerra do Rio para Brasília e outro para a criação de cargos de direção e assessoramento superior na ESG. Trata-se de cargos passíveis de indicação política.
Para o presidente do Clube Militar, o general da reserva Gilberto de Figueiredo, certos setores exercem função de Estado.
“Estão politizando o que não deve ser politizado. A Receita Federal, por exemplo, funcionava bem”, compara.
A nova política é orientação de Dilma
Na Aeronáutica, a preocupação é com a ideia de Jobim de transformar o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) em órgão civil. Estima-se na Aeronáutica que toda a estrutura de prevenção e investigação de acidentes no País comporte 250 cargos, grande parte DAS 8 e 9, ou seja, os maiores salários, e outros 60 de segundo escalão.
Em maio, Jobim disse ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, que a nova política segue orientação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O brigadeiro argumentou que o Cenipa é 100% militar e que não há mão de obra civil para assumir as atividades de investigação de acidentes aéreos.
“Será uma transição traumática”, disse Saito. E desabafou com auxiliares: “A batalha está perdida.”
Para os militares, Jobim é pródigo em ideias, mas não resolve o problema crônico das Forças Armadas de falta de recursos.
“O orçamento é pequeno e temos 30% contingenciados”, disse à ISTOÉ o comandante do Exército, Enzo Peri.
Segundo um general-de-brigada, o Exército não será contemplado com nenhum dos grandes projetos a serem assinados no dia 7 de setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu colega francês Nicolas Sarkozy. Enquanto a Aeronáutica se prepara para ganhar novos caças e a Marinha, modernos submarinos, o Exército deve se contentar com alguns helicópteros.
“Os projetos da Aeronáutica e da Marinha já estavam em andamento há muito tempo”, justifica o general Peri, para apaziguar os seus comandados. Ele ressalta também que há em andamento um projeto de novos blindados.
Comento: estamos diante do resultado de uma série de concessões, feitas pelos comandantes militares ao longo dos últimos vinte anos. Muitos sapos foram engolidos pelos altos-coturnos nesse período, pretensamente em nome da disciplina castrense. In pectore, entretanto, na maioria dos casos, a anuência valeu a manutenção dos privilégios dos ocupantes dos postos mais elevados.
Caso emblemático se deu quando da edição da nefasta medida provisória 2.131, de 28 de dezembro de 2000, divulgada na surdina, em meio às dispensas de final de ano nos quartéis, que fez um tremendo estrago na remuneração, nas vantagens e na carreira dos militares.
Os efeitos arrasadores da MP foram sendo entendidos e sentidos aos poucos pela tropa, mas uma coisa ficou clara desde o início: t-o-d-o-s os oficiais-generais e coronéis com estado-maior, à época, tiveram seus direitos preservados.
Convém lembrar também, o episódio das fotos do padre confundido com Vladimir Herzog, em que o Comandante do Exército, General Albuquerque, desmentiu uma nota do centro de comunicação social do Exército e retratou-se publicamente, deixando que um subordinado assumisse, também em público, uma responsabilidade que era sua, como superior hierárquico e chefe direto, princípio comezinho de lealdade e responsabilidade funcional.
Some-se a isso o deplorável episódio do motim dos sargentos controladores de vôo, em que o Brigadeiro Saito foi sucessivamente desmoralizado, primeiro, por Waldir Pires, então Ministro da Defesa, que se reuniu com sete sargentos para tratar da desmilitarização do setor, sem conhecimento do Comandante da Força e, depois, pelo Presidente Lula, que designou o Ministro Paulo Bernardo para negociar com os amotinados, algo inimaginável em termos de disciplina militar.
Ambos os generais submeteram-se a humilhação pública e permaneceram agarrados aos cargos, numa equivocada confusão entre disciplina e servilismo, quando a única atitude digna seria pedir o boné e ir para casa. Aliás, são raros hoje em dia os comandantes com “aquilo roxo”, como o General Heleno.
Por conta da falta de lideranças que tem permitido o sucateamento progressivo das Forças Armadas, a moral da tropa está mais rasteira do que barriga de cobra há muito tempo, pronta, portanto, para o aparelhamento ideológico dos quartéis, principal objetivo dessa reestruturação.


SENADO: SHOW DE DESPERDÍCIO

Lauro Jardim
Sabe de quanto é o orçamento da Secretaria de Comunicação do Senado? Trezentos milhões de reais por ano. Só de jornalistas são 127 – ou 1,5 jornalista para cada um dos senadores (que, aliás, já têm seus próprios assessores de comunicação).
VEJA

UNASUL: ENTÃO TÁ! TUDO CERTO, NADA RESOLVIDO

A reunião da União de Nações Sul-americanas (UNASUL), realizada ontem em Bariloche, terminou como começou: sem nenhuma novidade.
A transmissão ao vivo do encontro pela TV motivou alguns líderes, principalmente Chávez e Corrêa, a “jogar para a [sua] platéia”, deixando de lado a objetividade.
Isso irritou Lula, que passou uma descompostura em Correa, atual presidente da UNASUL.
"Não temos o direito de passar um dia inteiro discutindo", disse, muito irritado com os discursos repetitivos depois de seis horas de discussões.
Antes, ele havia sido corrigido por Uribe, que lembrou que não existem bases americanas na Colômbia, como disse Lula em seu discurso.
Sobre a afirmação do brasileiro de que os americanos estão na Colômbia desde 1952 e não resolveram o problema, Uribe lembrou que "recebemos muita solidariedade de muitos lados, mas foram os EUA que nos ajudou, na prática, contra o 'narcoterrorismo”.
Lula sugeriu uma reunião do Conselho de Segurança da Unasul para avaliação da situação do narcotráfico: "Que o nosso conselho de defesa visite todas as nossas fronteiras e faça um levantamento real da situação em nossa região, para ver onde essas coisas acontecem. Para que a gente possa ver entre nós não a disputa de um pais contra o outro pela imprensa, mas que possamos ter, da boca do conselho de defesa, a realidade dessa questão", disse.
Ao final do dia, foi divulgada uma nota genérica, que, se afirma que "forças militares estrangeiras não podem (...) ameaçar a soberania e a integridade de qualquer nação sul-americana", sem citar os EUA, como gostariam Lula, Chávez, Evo e Correa, também ressalta o “compromisso de fortalecer a luta e a cooperação contra o terrorismo, a delinquência transnacional organizada e delitos conexos: o narcotráfico e o tráfico de armas”, omitindo o apoio de Chávez as FARC e as armas compradas pela Venezuela à Suécia e encontradas em poder dos narco-guerrilheiro-traficantes da Colômbia.
Do ponto de vista do pretendido protagonismo do Brasil em questões internacionais, restou claro que Lula continua a reboque da “raposa” Chávez, que pretende usar a Unasul como contraponto à OEA, onde os EUA exercem grande influência.
Nessa toada, a tendência é o esvaziamento da Unasul, pela radicalização dos bolivarianos, que acabará por liquidar a incipiente credibilidade do órgão.

28 de agosto de 2009

VANNUCHI: DITADURA COMUNISTA ESTÁ PRÓXIMA?

"Bergson, você hoje volta para o Ceará para descansar em paz e vitorioso, porque o Brasil pelo qual você morreu começa a nascer".
Com essas palavras o Secretário Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, pretende homenagear, à beira do túmulo, o ex-guerrilheiro do Partido Comunista do Brasil, Bergson Gurjão Farias, cuja ossada foi identificada e deverá ser sepultada em Fortaleza, em 6 de outubro.
Farias foi morto no Araguaia pelos militares em junho de 1972. Os despojos serão transportados em um avião da FAB e o caixão será coberto com as bandeiras do Brasil e do PCdoB.
Não cabe reparo às homenagens que a família e correligionários queiram prestar ao falecido, nem mesmo o transporte por aeronave do Estado, responsável pela execução de um cidadão sob sua guarda.
O que surpreende (na verdade, nem tanto) é a fala do ministro, emprestando ao ex-guerrilheiro uma aura de paladino da democracia que é tão falsa quanto o currículo da Dilma.
Nunca na história "deste paíz" ou da humanidade um partido comunista lutou pela liberdade. No Araguaia, houve a tentativa de derrubada de uma ditadura para implantar outra. O resto é balela retórica, habilmente plantada e repetida à exaustão por Vannuchi, Tarso et caterva.
Serve para manipular a opinião pública, conferindo falsos ares de heroísmo a quem pretendia implantar um regime totalitário de esquerda no Brasil, tão democrático quanto souberam ser os regimes que jazem sob os escombros do Muro de Berlim.
Ah!Claro, presta-se também para engordar as indenizações milionárias do Bolsa-Ditadura, que ninguém é de ferro. Nem os comunistas.

SOLDADO DO EXÉRCITO É PRESO, SUSPEITO DE ASSALTO

O Soldado Flávio Gustavo de Andrade, 20 anos, recruta da Brigada de Infantaria Paraquedista (RJ), foi preso em Nova Iguaçu no final da noite de ontem, após perseguição que resultou em um tiroteio entre uma patrulha da PM carioca e cinco elementos suspeitos de assaltos na Baixada Fluminense.
Do confronto, além do militar preso, resultaram mais dois suspeitos baleados. Os outros dois conseguiram fugir.
Informações do site G1
Comento: o único nome divulgado pela imprensa foi o do militar. É impressionante a visibilidade que os fatos negativos que atingem as forças armadas tem por parte da mídia. Coincidência?

RAPOSA SERRA DO SOL II: UMA BOMBA RELÓGIO ATIVADA

O TRF da 3ª Região derrubou a liminar que impedia o trabalho dos grupos designados pela FUNAI para identificar e delimitar terras de 26 municípios da região de Dourados, no MS, que são reivindicadas pelos índios guarani.
Estamos diante de episódio semelhante ao da reserva Raposa Serra do Sol, porém, com componentes potencialmente muito mais explosivos, pois a densidade populacional é bem maior do que em Roraima e a presença de fazendeiros muito mais antiga.
Quanto a posição do Governo Federal, é sintomático que o Chefe do GSI, General Félix, tenha se encontrado em julho com os caciques e com a Delegada da Funai, mas não com os produtores rurais.
Uma coisa é certa: os distúrbios ocorridos no Norte do país foram café pequeno, se comparados com o que poderá ocorrer no Mato Grosso do Sul.

ARAGUAIA: GRUPO DE TRABALHO CONCLUI SEGUNDA FASE DAS BUSCAS SEM RESULTADOS

José Romildo
O Grupo de Trabalho Tocantins (GTT) conclui, neste domingo (30/08), a segunda fase de escavações em busca dos corpos de guerrilheiros e militares mortos na Guerrilha do Araguaia, episódio ocorrido de 1972 a 1974, nas Regiões do Sul do Pará e Tocantins.
Essa etapa de trabalho de campo deve durar até 31 de outubro. O balanço parcial informa que foram finalizadas – por ausências de vestígios e ossadas - as investigações realizadas por equipes de geólogos e médicos legistas em cinco dos 17 locais, sendo três deles estabelecidos por indicações de guias e testemunhas que viveram, na época da guerrilha, nas áreas apontadas. As áreas já exploradas sem resultados positivos estão situadas no Sul do Pará: Água Fria, Tabocão, DNIT, Dois Coqueiros e o ponto Grota da Pulga, em Matrinxã.
As equipes de geofísica e antropologia forense, que compõem o GTT, decidiram, graças às novas informações que obtiveram junto a pessoas que conviveram com guerrilheiros, realizar escavações na cabeceira do Córrego Ezequiel para tentar localizar o corpo de Jaime Petit, um dos integrantes da guerrilha. Já as áreas da Fazenda São Sebastião e Reserva Indígena Sororó somente serão objeto de investigações depois de confirmadas as condições prévias estabelecidas pelas equipes técnicas. Segundo o médico legista Ricardo César Frade Nogueira, do IML do Distrito Federal, que integra o GTT, os trabalhos de escavações são feitos com base em uma metodologia científica, que seleciona as informações que chegam aos integrantes do Grupo. Os critérios metodológicos, de acordo com ele, envolvem a combinação da existência de testemunhas oculares, indicação pontual dos locais onde podem existir restos mortais e, por último, uma edificação, árvore, rio, morro ou qualquer outra referência física que sirva de orientação.
“Não devemos perder de vista esses critérios, senão entramos em um emaranhado de dados que nos distanciará dos nossos objetivos”, afirmou Nogueira. Nos trabalhos em curso, os integrantes do GTT concentraram a atenção em depoimentos de José Wilson Brito, Antônia Ribeiro da Silva, mulher do ex-mateiro Arlindo Piauí, e de João Santa Cruz, sargento da reserva do Exército.
Brito afirmou, em entrevista, que morou, quando tinha 13 anos, com guerrilheiros. Relatou ainda que, posteriormente, também morou com militares.
Já Santa Cruz, que servia ao Exército na época na região do conflito, informou, também em entrevista, que deseja contribuir com informações que possam levar à descoberta e identificação de corpos de guerrilheiros.
Ao comentar o surgimento de novos dados, o Coordenador de Apoio Logístico do GTT, General-de-Brigada Mário Lúcio Alves de Araújo, disse que as informações consideradas relevantes e que possam auxiliar a busca pelos corpos do Araguaia serão investigadas.
“Temos o compromisso de investigar a fundo qualquer indício para que os objetivos do Grupo sejam atingidos”, disse.
As informações trazidas por José Wilson Brito estão sendo cotejadas nas áreas de Tabocão e Água Fria, dois pontos já encerrados.
Qualquer área pode voltar a ser pesquisada caso surjam evidências que exijam o retorno dos peritos aos trabalhos de reconhecimento. Com relação à área da Reserva Indígena de Sororó, o Grupo de Trabalho, com base nas informações obtidas no reconhecimento complementar técnico, chegou à conclusão de que não há indícios e dados que orientem a necessidade de realizar trabalhos de campo nesse ponto.
As informações indicam que a existência de uma árvore conhecida como “estopeira” poderia levar à descoberta de corpos. Com base nesse dado, o GTT determinou a execução de uma limpeza na área. Se for achada a estopeira, o GTT retornará à área para deliberar sobre a execução ou não dos trabalhos de campo e em que condições.
O General Araújo observou que a participação de dona Antonia Ribeiro na “indicação de um provável local de inumação (enterro) de corpos na área de fazenda São Sebastião”, constitui uma das pistas que vem sendo investigadas no momento. Essa indicação será submetida ao grupo, que decidirá sobre a reinserção, ou não, desse ponto na agenda do grupo. O GTT constitui a 14ª expedição para a Região do Araguaia. De todas já realizadas, é a mais completa, já que, conforme lembrou o General Araújo, utiliza “não só equipamentos como também recursos humanos altamente capacitados na aplicação de metodologia científica, com capacidade de gerar laudos com valor jurídico”.
Tudo isso vem sendo aplicado no intuito de instrumentalizar o cumprimento da sentença judicial que determinou a criação do GTT.

27 de agosto de 2009

BOLSA FAMÍLIA: NADA COMO UM LULA ANTES DO OUTRO

Este vídeo está nos blogs do Reinaldo Azevedo e do Ricardo Noblat. Sigo a corrente, para demonstrar a discrepância entre o Lula-Presidente que, em 2009, chama de "imbecis e ignorantes" os críticos do bolsa-família e o Lula-candidato que, em 2000, critica a distribuição de cestas-básicas e a despolitização do processo eleitoral, "por que a sociedade empobrecida é conduzida a pensar pelo estômago e não pela cabeça".
Nada como um Lula antes do outro. Confira:

SOBROU PRO EXÉRCITO: JUSTIÇA QUER ADVOGADOS PRESOS EM QUARTÉIS

A Justiça do Espírito Santo solicitou ao Comandante do 38º Batalhão de Infantaria, de Vila Velha, que disponibilizasse sala de Estado-Maior para garantir prisão especial a dois advogados presos durante a Operação Duty Free, da PF.
O Comandante, Tenente Coronel José Goes, argumentou ao magistrado as dificuldades que a unidade militar teria para atender o pedido, pelas as alterações no funcionamento que seriam necessárias, dificultando o cumprimento da tarefa constitucional. O juiz acatou as razões do oficial.
Já pensou se a moda pega? Vai faltar lugar nos quartéis para acomodar tanto preso com direito à prisão especial.

EMBRAER RECEBERÁ QUARENTA MILHÕES PARA PROJETO DE AVIÃO CARGUEIRO

A Aeronáutica deverá liberar R$40 milhões de reais para a EMBRAER em setembro, dentro do projeto de desenvolvmento do avião de transporte KC-390, especial para a FAB.
Atualmente, 80 engenheiros trabalham no projeto, mas o número deve chegar a 400 até 2011.
Dentro de dez anos, o cargueiro deverá disputar um mercado de cerca de 700 unidades, o que representa um volume de negócios na ordem de U$1,3 bilhões de dólares.
Leia mais.
PODER AÉREO (imagem:Embraer)

26 de agosto de 2009

BRASIL E COLÔMBIA REAFIRMAM BOAS RELAÇÕES MILITARES

A Agência France Press (AFP) divulgou hoje que Brasil e Colômbia decidiram manter os exercícios conjuntos na fronteira e "aprofundar ainda mais o intercâmbio industrial e tecnológico nos setores naval, aéreo e terrestre", conforme relatório divulgado nesta terça-feira (25) pelas pastas de Defesa dos dois países.
Os ministros Nelson Jobim, do Brasil e Gabriel Silva, da Colômbia, comprometeram-se em "ampliar a cooperação de defesa no campo da educação e da doutrina" e "ratificaram o excelente momento em que se encontram as relações bilaterais".

DILMA x LINA:GENERAL FÉLIX COLOCA-SE À DISPOSIÇÃO DOS PARLAMENTARES PARA ESCLARECIMENTOS

O senador e líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) disse nesta quarta-feira, durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que entrou em contato com o chefe de Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, o general Jorge Armando Félix, que afirmou que se colocaria à disposição de parlamentares do Senado não apenas para apresentar a “estrutura do Palácio do Planalto” como para prestar os esclarecimentos sobre dúvidas em relação às câmeras de segurança do local.
Nesta terça-feira, o presidente nacional do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), protocolou uma representação contra o GSI na Procuradoria Geral da República (PGR). O documento pede a investigação sobre a suposta queima de arquivo pelo GSI das imagens do suposto encontro entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e a ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira, no fim do ano passado no Palácio do Planalto.
Agência Senado
O senador José Agripino (DEM-RN) retrucou o colega peemedebista pedindo que em vez de esclarecimentos fossem exibidas as fitas. “Os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo dispõem de registros que ficam guardados por mais de 30 dias. O assunto ficaria em grande medida esclarecido [com as fitas] se houve ou não houve o encontro”, alegou.
Na sequência, o senador tucano Alvaro Dias (PR) avisou aos senadores presentes que encaminhou um ofício ao general Félix, solicitando cópia do contrato da empresa que presta serviço de segurança à instituição, para verificar em que termos estão definidos o tempo de armazenagem de imagens da movimentação no Palácio do Planalto. Dias disse que leverá este documento para análise de pessoas especializadas no assunto.
Na última sexta-feira (21), o governo informou, por meio de nota, que não havia registros de placas de carros de autoridades nem imagens de pessoas que estiveram no Palácio do Planalto no final do ano passado.

NEM SAMPAIO ESCAPOU: BUSTO DO PATRONO É ROUBADO DA FRENTE DO QUARTEL

Só faltava essa.
O busto de bronze do General Antônio de Sampaio, patrono da Arma de Infantaria do Exército, foi roubado de uma praça fronteira ao quartel do 23º Batalhão de Caçadores, no Bairro de Fátima, em Fortaleza.
O busto, juntamente com duas placas comemorativas, foi roubado à noite, sem que autoridades, militares ou população possam precisar a data ou dar qualquer informação.
“Isso é uma vergonha. Levaram o busto do general nas vistas do Exército”, reclama o comerciante Luiz Carlos de Oliveira, 64, morador do bairro.
As informações são dos sites:

GENERAL, O SENHOR PODERIA DORMIR SEM ESSA!

Os militares assistem, com espanto contido e silencioso, como convém à classe, a “saia justa” em que se enfiou o General Félix, Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, em face do imbróglio em que se meteu o órgão que chefia, por conta das gestões do Governo Lula para apagar os rastros da suposta reunião entre Dilma Roussef e Lina Vieira, onde a Ministra teria sugerido à então Secretaria da Receita Federal a “agilização” do processo contra Fernando, filho do Senador Sarney.
Embora contrária ao jogo democrático, a preocupação institucional em surrupiar informações à opinião pública tem razão de ser, uma vez que a confirmação do encontro pode acarretar graves prejuízos ao projeto de Lula de fazer “a mãe do PAC” sua sucessora.
Furto-me de analisar o aspecto político da questão. Prefiro debruçar-me sobre um viés estritamente castrense, que consiste no fato de um oficial que atingiu o ápice de uma carreira que prima por valores pisoteados à exaustão pela classe política e cujo Estatuto preconiza, como primeira premissa da ética militar, “amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal”, se submeta a interesses espúrios, contribuindo para jogar uma cortina de fumaça sobre os fatos.
Não há como crer que não existam registros dos visitantes do Palácio do Planalto no mês de dezembro passado! Qualquer recruta sabe disso! Se, numa improvável demonstração de incompetência, os arquivos de vídeo foram apagados, como diz o GSI, certamente restarão registros escritos diários, que poderão comprovar (ou não) as visitas de Lina ao Planalto naquele período.
É constrangedor para os militares assistir políticos como Ronaldo Caiado e Álvaro Dias fustigarem um general de quatro estrelas, exigindo (com razão) explicações sobre as informações fornecidas, cópia do contrato com a empresa de segurança e articularem a convocação do ministro pela Câmara para dar explicações.
Não há meio termo: ou o General Félix vem a público e, “duela a quien duela”, presta as informações que a sociedade exige, ou estará avalizando procedimentos que envergonham a classe militar e que passam longe dos preceitos de ética e moral que lhes são tão caros.

INFRAERO:FIM DA BOQUINHA...

Do site do CLÁUDIO HUMBERTO:
Fim do amadorismo
A Infraero deve devolver sua área de comunicação a profissionais. O setor está entregue à mulher de um coronel da Aeronáutica, protegida do ex-presidente da estatal, brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva.

25 de agosto de 2009

DIA DO SOLDADO: CARTA A UM FILHO RECRUTA

Minha homenagem a todos os Soldados do Brasil, com este texto intitulado "Carta a um filho recruta", de autoria de uma pessoa extraordinária com quem tive o privilégio de conviver, o Tenente Ruben Barcellos de Mello.

CARTA A UM FILHO RECRUTA
Ruben Barcellos de Mello
Quando estiveres suando o topete na ordem unida, na formatura ou na marcha a pé, estarei atento aos teus movimentos, aos teus passos e às tuas tensões. Quando estiveres em instrução, posso estar em dois lugares: no lugar do aprendiz e no do instrutor. Porque já estive lá por muito tempo. Na verdade, este tempo consumiu mais da metade de minha vida. E estarei atento porque tu és a minha continuação, e a poeira que cobriu o meu coturno há de cobrir o teu também.
Quando estiveres no campo, estarei espichando as cordas que receberão teu cansaço e tua determinação. Na barraca, serei o teto que te abriga e o chão que te ampara. Quando a bússola em tuas mãos buscar a direção dos pontos no terreno, estarei afastando os metais que podem representar a diferença entre o sucesso e a desclassificação do percurso. Porque já orientei a carta que manuseias e os prismas nunca voltaram as costas para mim.
Quando estiveres na guarita, minha sombra vai pisar onde pisas, vai se inquietar com a aproximação do rondante e vou respirar aliviado, quando a guarda vier substituir-te para o merecido repouso. Porque conheço a solidão das madrugadas e a geada que amortece teus dedos e o calor que te faz suar da testa até a sola do pé.
Quando estiveres no alojamento, estarei na porta, atento ao bater das portas dos armários, ao fechar dos cadeados e às vassouras correndo atrás do lixo. Estarei em frente da TV, contando vantagens e aumentando um ponto a cada conto. Porque já dormi na cama que hoje estendes e já levantei muitas alvoradas antes mesmo que tivesses nascido.
Quando estiveres debaixo da chuva, ensopado até os ossos, estarei atento, seguro de que após o molho, uma roupa seca vai te trazer de novo o conforto que te falta. Isso porque já torci muitas fardas e outras tantas secaram no calor do meu corpo.
Quando estiveres de folga, ainda assim estarei por perto, rindo o teu riso, pregando peças que não constrangem; ao contrário reforçam a amizade e confirmam a camaradagem. E te digo que valores maiores do que estes - a amizade e a camaradagem - só dois lhes sobrepõem: o amor de Deus e o respeito pela Pátria. Porque vivi a alegria da camaradagem e o conforto da amizade.
Quando estiveres no campo de futebol, não me procures na platéia. Estarei ziguezagueando por entre a grama macia, mudando a trajetória da bola, montando num pé-de-vento ou balanceando a rede dos sonhos onde jamais perdemos um gol. Porque senti o clamor da torcida, a euforia da vitória e a incredulidade da derrota.
Quando, enfim, estiveres no final da carreira, avançando em anos, com alguns dentes a menos e alguns quilos a mais, ainda assim estarei contigo. Prá te dizer que começaria tudo de novo, renovado na experiência da vida que se ganha, na bagagem profissional que se conquista e no amor pela Pátria, que nunca se acaba. Porque fui o soldado comum que és, com tudo o que faz dele um homem... fora do comum.



BRASIL ACIMA DE TUDO!

O GENERAL FÉLIX, LINA, DILMA E O SISTEMA DE SEGURANÇA DO PLANALTO












Da coluna do Cláudio Humberto, hoje:

Cadê o sistema?
Em 2005, o general Jorge Félix (Segurança Institucional) gastou R$ 3,2 milhões no sistema de “identificação digital” de quem entra no Planalto.
Lina, a invisível
A “identificação digital” do general Félix inclui 225 câmeras, sensores cancelas, catracas, cartões. Agora diz que nada disso “viu” Lina Vieira.
Foto deletada
A “identificação digital” fotografou e fez imagens de Lina Vieira, que sumiram para Dilma Rousseff não passar por mentirosa.
Perguntar não prova
O apagador de fitas de vídeo está entre os gastos secretos da Presidência da República?

HAITI: ENTREVISTA COM O COMANDANTE DA FORÇA DE PAZ

O braço militar da missão da ONU é atualmente chefiado pelo general-de-brigada brasileiro Floriano Peixoto Vieira Neto, ex-professor da academia militar americana de West Point, uma das melhores do mundo. O force commander, como é chamado, falou ao Jornal do Senado:

Jornal do Senado – Por que o Exército considera importante participar dessa missão de paz e coordená-la?
Floriano Peixoto – Esse trabalho projeta o Brasil internacionalmente, mostra a nossa capacidade de liderar e de contribuir para um esforço multinacional. Para o Exército, a missão testa, na prática, nossa instrução militar, nossas técnicas e materiais.

O Exército oferece formação militar específica para missões de paz?
O Brasil tem, na base militar do Rio de Janeiro, um centro de instrução reconhecido internacionalmente, com ênfase em direitos humanos e direito internacional. Lá são preparadas as tropas e o Estado-Maior.

Qual a situação hoje no Haiti?
No que diz respeito à segurança pública, o país está totalmente pacificado. É claro que temos protestos, ações de meliantes, mas nos níveis normais em qualquer sociedade.

Como a população haitiana reage hoje à presença do Exército?
Eles amam e respeitam o Brasil. Adoram nossa Bandeira e usam suas cores. Não só pelo futebol, mas pelo nosso trabalho. O Brasil foi o primeiro país a dizer "eu ajudo o Haiti", atraindo para a missão, pela sua credibilidade, muitos outros países, especialmente da América Latina. A reação do haitiano só melhorou desde que chegamos, em 2004. Hoje há enorme identidade com o soldado brasileiro, não só porque ele é eficiente, como também porque demonstra sua consideração e respeito pelo povo.

Como deve estar o país para que se considere a missão cumprida?
O Haiti deve ter instituições mais sólidas e ser capaz de realizar as funções do contingente militar. Hoje tenho plena convicção de que as instituições do país não estão preparadas, nem equipadas, para substituir totalmente as forças da ONU e garantir a estabilidade do país.
JORNAL DO SENADO

ANISTIA: O ANISTIADO ESTÁ ANISTIADO, DIZ JOBIM

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro da Justiça (governo FHC), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, defende que, juridicamente, a anistia não pode ser revista para punir os torturadores.
“Acho que a Lei da Anistia resolveu um problema da transição. E é uma lei que se esgotou. Esgotou-se no sentido de que cumpriu sua finalidade. O anistiado está anistiado. Se você inventasse de revogar a Lei da Anistia, a revogação não teria efeito retroativo. O anistiado está anistiado”, afirmou, por meio de sua assessoria.
A Folha pediu uma entrevista com Jobim no final da semana retrasada, mas sua assessoria alegou problemas de agenda. Ele tem evitado falar sobre o tema, que está em análise no STF. Na manifestação repassada ao jornal, Jobim disse que a Lei da Anistia “foi a forma política encontrada” e que “era a condição estabelecida à época para uma transição gradual, progressiva, para a regra civil”.
Em declarações que fez em junho, Jobim classificou de “revanchismo” a proposta de punir torturadores: “Uma coisa é o direito à memória, outra é revanchismo. E, para o revanchismo, não contem comigo”.
Jobim argumentou também que os crimes de tortura estão prescritos. Apesar de tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário afirmarem que a tortura é crime imprescritível, o ministro diz que a Constituição é superior a eles e nela o único crime sem limite para expirar é o de racismo: “Se o Supremo decidir que a Lei de Anistia não é bilateral, o que eu não acredito, terá que enfrentar um outro assunto: a prescrição. Há um equívoco”.
A Advocacia Geral da União, em manifestação no STF, também defende que a lei não seja revista. “A regra é que a anistia dirija-se aos chamados crimes políticos, nada impedindo, no entanto, que seja concedida a crimes comuns. Com efeito, o conceito evoluiu com o tempo, para abranger, também, delitos comuns, em casos especiais, e atos punitivos de modo geral.”
“O diploma legal surgiu da negociação havida entre a sociedade civil e o regime militar, que possibilitou, à época, a transição para o regime democrático. Dessa forma, assegurou-se, com a lei, que ambos os lados seriam beneficiados com a anistia, evitando-se, inclusive, qualquer espécie de revanchismo no novo governo”, diz a AGU, para a qual “não estabeleceu esse diploma legal qualquer discriminação, para concessão do benefício da anistia, entre opositores e aqueles vinculados ao regime militar”.
Em junho, Jobim criticou países que investigaram as ditaduras: “Quero que o futuro se aproxime do presente. Às vezes gastamos uma energia brutal refazendo o passado. Existem países sul-americanos que estão ainda refazendo o passado, não estão construindo o futuro. Eu prefiro gastar minha energia construindo o futuro”.

24 de agosto de 2009

HAITI: SENADOR PETISTA APOIA PERMANÊNCIA DO EXÉRCITO

O senador João Pedro (PT-AM) fez, nesta segunda-feira (24), um relato sobre a viagem de uma comitiva de senadores liderados pelo presidente da CRE, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ao Haiti. João Pedro fez um alerta sobre as condições de vida dos quase 9 milhões de haitianos e defendeu a permanência do Exército brasileiro naquele país.
A construção de estrada pelo Exército e o trabalho desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foram exemplos apontados pelo senador da importância da missão brasileira no Haiti. Ele também assinalou a ajuda da Argentina, que administra o único hospital e o trabalho de diversas organizações não governamentais brasileiras.
João Pedro disse que não há como comparar a pobreza do Brasil e a ausência do estado brasileiro em algumas localidades com a situação do Haiti.
- Numa das visitas a um bairro da capital, Porto Príncipe, parte da nossa comitiva chorou. Comem-se gatos no Haiti e não há iluminação pública na capital - contou.
João Pedro acrescentou que faltam comida e água em Porto Príncipe. Em sua avaliação, a situação atual do Haiti ainda está diretamente ligada à sua colonização pela França, num longo processo de dominação com a monocultura da cana de açúcar, que deixou o país com florestas em apenas 3% do seu território. Ele acusou o presidente da França, Nicolas Sarkozy, de tratar a ex-colônia com indiferença.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse, em aparte, que ainda se surpreende quando ouve críticas à ajuda brasileira a países mais pobres. Para ele é fundamental manter os laços de solidariedade com esses países. Ele elogiou o serviço que as tropas brasileiras estão prestando à paz no Haiti e defendeu a sua manutenção enquanto a ONU desejar.
Da Redação / Agência Senado

FRANCENILDO, O CASEIRO:"SE JULGASSEM O MINISTRO[PALOCCI] EU IA ACENDER UMA VELA E AGRADECER A DEUS!"

O circo está armado no STF para a rejeição do pedido de abertura de processo contra o ex-ministro Antônio Palocci, pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa.
Em entrevista a Rosa Costa, do Estado de São Paulo, "Nildo" demonstra todo o seu desalento, que reflete muito bem o sentimento do povo brasileiro com "tudo isso que esta aí", como diziam antigamente os petistas :
Como o sr. se sente sabendo que os ministros do STF devem rejeitar a denúncia contra o ex-ministro Antonio Palocci pela quebra do seu sigilo bancário?
Se julgassem o ministro, eu ia acender uma vela e agradecer a Deus. Mas como vai dar em pizza, só tenho a lamentar.
O sr. sente decepção?
Eu já sabia. Hoje o Brasil está como está. Tem mais de um mês que está nessa novela, sai Sarney, não sai Sarney e fica nisso mesmo. Ainda mais mexendo com político. O Brasil está muito bagunçado.
A que atribui essa decisão?
É tudo a mesma coisa, foi uma coisa grave (a acusação), não foi leviana, mas o passado passou, já era, aí eles pegam e enterram, botam na gaveta. Para ele (Palocci), isso aí significa uma boa vitória, porque vai ser absolvido. Lá tem muitas amizades, são muitos amigos. Se eu tivesse um amigo e se meu amigo estivesse precisando de dinheiro e, se eu tivesse, eu iria emprestar a ele. É um amigo ajudando outro.
Até agora nenhum dos envolvidos na quebra de seu sigilo teve de prestar contas à Justiça. E a sua situação, como está?
Eu estou na pior. Os outros estão bem. O homem vai se candidatar e, pelo andar da carruagem, com certeza tem condições de se eleger.

ANISTIA:O ABSURDO DO ABSURDO DO ABSURDO DO ABSURDO DO ABSUR...

Leia abaixo esta matéria da Folha, sobre as indenzações pagas a funcionários da VASP. Comento logo abaixo.

Pedro Dias Leite - Folha de ~São Paulo

Um dos casos mais controversos na discussão sobre possíveis distorções na concessão de indenização a perseguidos pela ditadura militar (1964-85) está em processo de anulação na Comissão de Anistia e pode vir a ser cancelado.

A indenização a 29 funcionários da extinta Vasp, que custa por mês R$ 285 mil à União e tem decisão de pagamento de retroativos de R$ 37,67 milhões (suspenso por ordem do Tribunal de Contas da União), passa desde junho por um processo de anulação. Se confirmada, será proporcionalmente o maior valor já anulado pela comissão, criada em 2001 para centralizar a análise de todos os casos de indenização já concedidos e estudar novos pedidos.

Os aeroviários foram demitidos depois de uma greve de quatro dias no Carnaval de 1988, com base num decreto da ditadura. Houve depois um acordo para que todos fossem reintegrados à Vasp, que passou, a partir de junho de 1989, a ter controle estatal.A comissão argumenta que eles de fato foram perseguidos e que têm direito ao reconhecimento como anistiados políticos, mas que o prejuízo material foi reparado quando tiveram a opção de reintegração. Segundo um técnico da comissão, todos voltaram a trabalhar.

Os aeroviários afirmam que a lei não proíbe a reintegração e que garante a anistia em razão da perseguição. Segundo um representante do setor, que pediu para não ser identificado por estar entre os 29 casos que fazem parte do processo de anulação, “a mudança na interpretação da lei é mais uma perseguição política”.
Os oito pilotos recebem mensalmente pensão vitalícia de R$ 18.488,85 cada um, enquanto os comissários ganham R$ 6.926,47 mensais. A Folha calculou que o governo já gastou R$ 15,9 milhões com esses pagamentos -número que leva em conta apenas os valores fixados pela comissão de anistia, excluindo as prestações que eles já recebiam antes.Os aeroviários já haviam sido anistiados no início dos anos 1990, mas, com a comissão, seus processos foram reavaliados. Nos processos que a Folha consultou, todos os valores foram elevados na revisão.O caso mais emblemático é o do copiloto Sergio da Silva Del Nero, que recebia R$ 1.832,62 até então e passou a ganhar R$ 18.488,85 mensais -retroativo a que ele tem direito, R$ 3,2 milhões, é o maior de todos os cerca de 50 mil casos que já foram julgados até agora.

A explicação técnica para a alteração é que a lei determina que o pagamento mensal tem de ser feito ao perseguido “como se na ativa estivesse”. Para chegar a esses valores, a comissão perguntou às empresas aéreas qual o salário de um piloto, copiloto ou comissário que tivesse seguido a carreira.

O processo de anulação começou no final de junho deste ano. Os aeroviários estão apresentando sua defesa, e a questão deve ser levada ao plenário da comissão para a decisão final. Técnicos acreditam que as indenizações serão anuladas.

Comento:
Entendeu? É isso mesmo! JÁ PAGAMOS QUASE DEZESSEIS MILHÕES DE REAIS A UM PUNHADO DE PICARETAS QUE SE BENEFICIARAM DA LEI DA ANISTIA, DE 1979, POR UM FATO OCORRIDO EM 1988, EM PLENO GOVERNO SARNEY!
Quem concedeu um benefício absurdo desses deveria ser preso! Mas, na Terra Brazilis, isso não acontece.

EM QUE DATA O PT MORREU?



Ricardo Noblat

Em que data o PT morreu? Não falo deste PT que abana o rabo e faz todas as vontades do seu único dono. Falo daquele que um dia se imaginou o partido mais ético e movido à indignação jamais surgido na história do país.
Pois um sapo barbudo ingeriu, deglutiu e obrou o PT que se levava rigorosamente a sério. O sapo barbudo você sabe quem é.
Dá-se por certo que o PT abandonou seus valores e princípios originais depois de subir a rampa do Palácio do Planalto.
Que nada!
Para escalá-la, ele os abandonara um pouco antes. Mais exatamente na eleição de 1998, a terceira consecutiva perdida por Lula. Na campanha daquele ano, quase todos os escrúpulos foram mandados às favas.
Na seguinte, Lula avisou com antecedência: ou o PT adotava sem vacilação os métodos utilizados pelos outros partidos para ganhar eleições – e uma vez que as ganhasse governar – ou ele não seria mais candidato.
Ali nasceu a desculpa que serviria para justificar mais adiante qualquer malfeitoria do PT: “Mas se os outros fazem...”
O apoio do PL a Lula em 2002, por exemplo, custou a bagatela de pouco mais de R$ 6 milhões. Refestelados no terraço de um apartamento de Brasília, Lula e seu futuro vice José Alencar acompanharam o arremate do negócio discutido dentro de um quarto por José Dirceu, Delúbio Soares e o presidente do PL.
Não era assim que se fazia?
Mais tarde, o escândalo do pagamento de propinas para que deputados federais trocassem de partido e votassem como mandava o governo apenas escancarou o que se praticava até então às escondidas.
Certa vez, um dos cérebros do mensalão, o publicitário mineiro Marcos Valério, primeiro ameaçou contar tudo, depois pediu ajuda. Estava com os bens bloqueados. Respondia a processos. Precisava de uma grana.
Um senador se ofereceu para fazer a ponte entre Valério e Lula. “Você procurou Okamotto?’ – perguntou Lula ao senador depois de olhar em silêncio a paisagem árida do cerrado recortada nas janelas do seu gabinete no Palácio do Planalto.
Okamotto é o atual presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Fundador do PT, amigo de Lula, cuidava da contabilidade da família Silva e pagou do próprio bolso ao partido uma dívida de Lula não reconhecida por ele.
Okamotto é madeira que cupim não rói. Se ele socorreu Valério? Não sei.
Sei que a um ano e quatro meses do fim do seu governo, Lula pode bater no peito com orgulho e proclamar sem medo do ridículo: “Eu sou um sucesso”. Estão aí as pesquisas que não o deixam mentir.
Lula sairá do palácio para entrar na História como um dos três presidentes mais queridos pelos brasileiros, ao lado de Getúlio e Juscelino.
Mas que preço foi pago por isso? E quem o pagou?
O PT certamente, que se transformou em uma caricatura mal desenhada do que já foi um dia. Suas estrelas mais reluzentes perderam o brilho – José Dirceu, Antonio Palocci, José Genoino, Luiz Gushiken. Outras sumiram pelo ralo. Afinal, quem dentro do PT ousa contrariar Lula?
Aquele que tentou mais recentemente foi humilhado e forçado a revogar o irrrevogável.
Entre preservar a própria biografia e se arriscar a ver o partido lhe negar a chance de disputar a reeleição, Aloizio “Mercadejante” preferiu a derrota antecipada. Virou a mais nova Geni da praça. Todo mundo lhe joga pedras. Deve fazer algum sentido para ele.
As instituições também pagaram um preço alto pelo sucesso de Lula.
Promovido à condição de semideus, ele contribuiu para aumentar o descrédito dos partidos e desmoralizar o Congresso.
A crise do Senado foi do Senado, depois foi do Sarney e por fim é de Lula. Em larga medida, a política deixou de estar a serviço do bem público. Foi privatizada.
Para completar sua obra, Lula só precisa eleger Dilma.Se conseguir, deixará aberto o caminho para voltar ao poder.
Não acredite se ele disser:“Presidente, nunca mais”.
Dilma será um intervalo entre Lula e Lula.

ENTREGA DE ESPADINS NA AMAN: UFA! SARNEY NÃO FOI.

Para que não se diga que só tem acontecido coisas negativas com os militares no últimos, penúltimos e antepenúltimos tempos, desta vez os astros conspiraram a favor e José Sarney não compareceu à entrega dos espadins aos cadetes da turma Bicentenário do Marechal Osório, ocorrida sábado, na AMAN, em Resende (RJ), poupando os autores do convite, feito com pompa e circunstância, de (mais) um grande constrangimento.


A solenidade foi presidida pelo Ministro Nelson Jobim, da Defesa e contou com a presença do Comandante do Exército, General Enzo Peri.


Em discurso, Jobim ressaltou que uma nação não pode, nem deve, depender da sorte ou armas alheias para assegurar sua soberania e definir seu destino.


O ministro comentou a importância de reativar a indústria de armamento brasileira, que no passado já teve maior destaque. Segundo Jobim, para que isso aconteça é importante uma integração entre as Forças Armadas e o setor privado.


"Nós vamos fazer isso, tornar a defesa parte da agenda nacional em termos de possibilitar a integração das Forças Armadas com o desenvolvimento nacional".

ARAGUAIA: GUERRA É GUERRA! DIZIA A GUERRILHEIRA AO MENINO (II)

O menino José Wilson cresceu e tornou-se um homem muito esperto. Sabem muito bem de onde o vento sopra. O circo está armado e ele entra na fila para receber uma grana da Comissão de Anistia.Confira este trecho da matéria de O GLOBO deste domingo:
"Laura [irmã] diz que Wilson era uma garoto "topetudo e atrevido", e que foram os guerrilheiros que pediram para levá-lo. O pai inicialmente hesitou, mas acabou convencido.
- Ele (Wilson) ficou todo metido porque aquele pessoal era de fora e usava arma, mas chorei muito quando ele foi embora - diz Laura, que não vê o irmão há sete anos.
Hoje, no Amapá, Wilson afirma que não sabia de nada do que estava acontecendo com sua família na época.
- Não tinha noção de nada disso.
Wilson vai entrar com pedido de indenização na Comissão de Anistia. Ele afirma que o tempo que passou com os militares também não foram fáceis:
- Esses anos que fiquei lá com eles também foram uma prisão. Sofri dos dois lados, com guerrilheiros e com militares. "
Vai uma pensãozinha especial aí?

23 de agosto de 2009

ARAGUAIA: GUERRA É GUERRA! DIZIA A GUERRILHEIRA AO MENINO (I)

Pela primeira vez, José Wilson Brito, hoje com 49 anos, dá detalhes dos três meses em que conviveu com os guerrilheiros. Ele conta que decidiu acompanhá-los em troca da promessa de que dariam a ele condições de estudar. Ainda garoto, estava ao lado da guerrilheira Lúcia Maria de Souza, de codinome Sônia, quando ela foi morta em combate com a tropa do então capitão Sebastião Curió, na região do Araguaia, em 24 de outubro de 1973.
- Saí correndo. Meu revólver caiu e ainda voltei para pegá-lo. Sônia ficou e trocou tiros com eles. Não consegui dar um tiro. Sentia vento de bala passando do meu lado. Pensei que tava varado. Foram 45 minutos de tiros - revelou Wilson.
Capturado pelo Exército no fim daquele ano, Wilson ficou três anos em poder dos militares, que o usaram para reconhecer terroristas e dar informações sobre a localização deles na selva amazônica.
- Eu não presto (combino) com a mentira. Graças a Deus nunca apanhei e hoje tô vivo prá contar essa história - disse Wilson, que se orgulha por nunca ter mentido ou sofrido tortura ou maus-tratos por não cooperar com o Exército.
O GLOBO

Comento:
Interessante a lógica dos guerrilheiros: em prol da causa, vale até mesmo engambelar e por em grave risco a vida de uma criança. Fico imaginando o que estaria reservado para nós se esses "defensores da democracia" tivessem obtido êxito.

ANISTIA: VAI UMA PENSÃOZINHA ESPECIAL AÍ???

O especial do Estadão de ontem sobre os 30 anos da promulgação da anistia, aborda, entre outros assuntos, a situação de alguns milhares de ex-militares que brigam por uma "boquinha" governamental, por terem sido licenciados ex-officio após 31 de março de 1964, com base em portaria ministerial.
Trata-se de mais uma esperteza que pretende arrancar alguns reles milhões dos cofres públicos, vale dizer, do nosso bolso.
A situação dos militares temporários, de ordinário, passa por uma renovação contratual de um ou dois anos, chamada engajamento, situação que já existia no período pré-regime militar.
A modificação das condições e prazos de permanência desses militares no serviço ativo é ato de caráter administrativo, ditado pelas prioridades das Forças Armadas, pelas necessidades de efetivo e pelos recursos disponíveis.
Não existe para o militar temporário a presunção de uma estabilidade que não faz parte de sua perspectiva de carreira, limitada pela duração da prorrogação em vigor.
Aproveitar-se do oba-oba patrocinado pela Comissão de Anistia para obter amparo do estado é apenas mais uma desonestidade, das tantas que tem sido promovidas sob o manto, esfarrapado mas generoso, da anistia política.

BRASIL PODERÁ INTEGRAR FORÇA DE PAZ NO SUL DO LÍBANO

Agência Estado
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, não descarta a possibilidade de o Brasil participar da força internacional de paz no Líbano. Em entrevista à Agência Estado, o chanceler afirmou que a decisão do governo brasileiro será tomada depois de definido o caráter dessa força militar. Ao Brasil não interessaria compor uma tropa com poder de fogo contra ambos os lados, sob o pretexto da imposição da paz, e tampouco sem a aceitação plena de Israel e do Líbano. Nos próximos dias, o Itamaraty enviará ao Oriente Médio o embaixador Affonso Celso Ouro Preto, cuja função é exatamente a de tratar das relações entre o Brasil e os países da região e de acompanhar situações críticas.
De acordo com Amorim, é evidente que o Brasil tem interesse concreto, e "não teórico", no Oriente Médio. Esse interesse está embasado nos fatos de que milhares de famílias brasileiras vivem na região e de que há negócios crescentes de empresas brasileiros no Oriente Médio.
"O mais urgente não é saber se haverá ou não uma força de paz, mas saber que paz ela vai manter. Para isso, é preciso o cessar-fogo imediato", afirmou. "A participação do Brasil depende de saber se será uma força da Organização das Nações Unidas, se estará amparada no capítulo da Carta da ONU que trata de ações militares e de sanções e se terá consentimento pleno das duas partes. Temos de ver também se podemos ser úteis", completou o chanceler.

EMPACOU O PAC? CHAMA O EXÉRCITO! BATALHÃO DE ENGENHARIA APRRESENTA SUGESTÕES PARA ASSUMIR OBRAS EM CUIABÁ

O comandante do 9º Batalhão de Engenharia de Construção (9º BEC), tenente-coronel Fernando Miranda do Carmo, encaminhou ao Comando Geral do Exército, em Brasília, um relatório sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá. No documento, ele sugere três opções à instituição: assumir de vez o projeto a partir de 2010, se responsabilizar apenas pelas obras emergenciais nesse ano em parceria com empresas privadas ou ficar de fora do problema.
O relatório foi encaminhado ao Comando do Exército porque o prefeito Wilson Santos (PSDB) pediu ao 9º BEC que assuma as obras. O pedido foi feito depois da anulação dos contratos com as empresas que vinham realizado o serviço, mas foram acusadas de fraudar os processos licitatórios pela Polícia Federal através da operação Pacenas. Leia mais.

22 de agosto de 2009

SUPREMO DEVE JULGAR AÇÃO SOBRE TORTURA NESTE SEMESTRE

O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá julgar neste semestre a ação na qual a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) questiona a anistia concedida a policiais e militares que praticaram atos de tortura durante o regime militar. A ação está desde fevereiro na Procuradoria Geral da República, aguardando um parecer. A OAB reclamou da demora. O procurador-geral, Roberto Gurgel, pretende devolvê-la ao STF em setembro.
ESTADÃO

GOVERNO APROVA REFORMULAÇÃO DA DEFESA

ELIANE CANTANHÊDE
Folha de São Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou ontem a reformulação da área de Defesa, inclusive com a criação de um Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, a ser comandado por um oficial de quatro estrelas (o mais alto da hierarquia militar), com a função de articular a doutrina, exercícios e as operações comuns a Exército, Marinha e Aeronáutica.
Trata-se, de certa forma, de uma reconstituição do antigo EMFA (Estado Maior das Forças Armadas), que existiu durante os governos militares e foi extinto pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, quando foi criado o Ministério da Defesa, que coordena as três Forças, e que irá coordenar também o novo órgão. A diferença é que o EMFA era essencialmente burocrático e o seu sucessor será operativo.
A tendência é que o primeiro comandante do novo órgão, responsável por sua implantação e transição, seja o almirante de esquadra João Afonso Prado Maia de Faria (quatro estrelas), que atualmente ocupa a chefia do Estado Maior da Defesa.Não há norma sobre o processo de escolha do comandante do órgão, mas a tradição, desde o EMFA, é que haja rodízio entre almirantes, generais e brigadeiros, sempre de quatro estrelas, por escolha direta do presidente da República.
O projeto de reformulação está em gestação há pelo menos um ano e meio, mas precisou de intensas negociações dentro das Forças até ser acatado pelos respectivos comandantes. O novo chefe terá o mesmo status hierárquico que eles.
A questão foi levada ontem a Lula pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, cujo projeto prevê também mudanças no próprio ministério, com a criação de uma secretaria exclusiva, vinculada ao ministro, para centralizar os projetos de compras das Forças Armadas.Hoje, a Marinha planeja e executa compras de submarinos. A Aeronáutica é responsável pela aquisição de aviões de caça, e o Exército, de tanques.
A secretaria segue um modelo aproximado ao da DGA (Delegação Geral de Armamento), da França, que Jobim visitou no início de 2008, e que tem um orçamento anual de cerca de 10 bilhões, para todas as compras militares do país.
Outro ponto considerado fundamental no projeto aprovado por Lula ontem é uma mudança operacional: a Aeronáutica e a Marinha vão passar a ter poder de polícia nas áreas de fronteira terrestre e marinha. Hoje, só o Exército tem.
Todas as mudanças dependem de votação no Congresso, porque alteram a lei complementar 97/117, de 1999, que criou o Ministério da Defesa.

OS SUPERSOLDADOS


Linda Geddes

Batalhões de supersoldados vão ser selecionados para tarefas específicas de acordo com sua disposição genética, e, em seguida, serão monitorados para que se possam detectar sinais de fraqueza.
É o que diz um relatório da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos (NAS). Quando o soldado estiver em más condições, um assistente digital vai avisá-lo das ameaças ao seu redor ou pedir a algum colega que emita um sinal eletromagnético para estimulá-lo. Caso toda uma unidade enfrente problemas, biossensores vão entrar em contato com a central de comando e pedir sua substituição.
Conforme os avanços na neurociência transformam cenas como essa em realidade, surgem questões éticas que precisam ser analisadas. Em maio, a NAS divulgou um relatório no qual define o potencial militar da neurociência. O documento revela como as forças armadas poderão desenvolver os soldados do futuro. Patrocinado pelo exército americano e elaborado por 14 neurocientistas, o estudo enfoca áreas nas quais a ciência é madura o suficiente para produzir tecnologias úteis às forças armadas .
"A compreensão cada vez mais ampla da neurociência traz oportunidades para aperfeiçoar o desempenho dos soldados no campo de batalha", diz o relatório. Leia mais.

21 de agosto de 2009

LINA NO PLANALTO: GSI NÃO SABE, GSI NÃO VIU!

Leia esta notícia do G1. Comento mais abaixo.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República divulgou nota nesta sexta-feira (21) informando que não há como fornecer imagens do circuito interno de vídeo do Palácio do Planalto para checar se a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, esteve no prédio em dezembro passado para uma audiência com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O pedido de acesso às imagens foi encaminhado ao GSI nesta quinta-feira (20) pelo presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), atendendo a pedido do líder do Democratas, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). O deputado quer ter acesso a vídeos do circuito interno, registro de carros que estiveram no local e cópia da agenda de compromissos.
O objetivo é provar que a ex-secretária da Receita fala a verdade quando diz que esteve no gabinete da ministra no final do ano passado em uma reunião em que, segundo Lina, Dilma pediu para que ela “agilizasse” a investigação sobre empresas da família Sarney. A ministra nega que o encontro tenha ocorrido. Lina reafirmou em depoimento no Senado na última terça-feira (18) que esteve com a ministra.
Segundo o GSI, pelo contrato de segurança assinado em 2004, o período médio de armazenamento das imagens registradas no Palácio do Planalto é de 30 dias. Segundo a nota, as câmeras são acionadas por sensores de movimento. Quando a capacidade de armazenamento do HD (disco rígido) se esgota, novas imagens substituem as antigas.
“Desse modo, não mais existem as imagens relativas aos meses de novembro de dezembro de 2008″, diz o GSI. Segundo o GSI, também não há registros de entrada de veículos que transportam autoridades que entram pela garagem do Palácio do Planalto. “Com relação ao ingresso de veículos, após reconhecidos, [eles] não têm suas placas anotadas”, diz a nota do governo.
O GSI informa também que não são feitos registros de autoridades que chegam pela garagem do Palácio Planalto. O governo explica que no caso “das pessoas com audiências previamente agendadas, os convidados são identificados e credenciados”. Mas não são registrados em nenhum livro ou planilha de computador.
“No caso de audiências sem agendamento prévio, feita a identificação dos convidados, os gabinetes das autoridades são consultados, oportunidade em que, após credenciamento, é autorizado seu ingresso”, diz a nota do GSI. Também nesses casos, não ficam registrados os dados dos visitantes.
Portanto, mesmo que a secretária esteja falando a verdade, não é possível atestar isso por meio dos registros feito nos visitantes do Palácio do Planalto que entram pela garagem.
“Nos registros existentes, correspondentes aos meses de novembro e dezembro de 2008, não foi encontrado o nome da ex-secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira”, conclui a nota. O procedimento normal é fazer os registros apenas de pessoas que acompanham os convidados, mas que não participam diretamente da audiência.

Jeferson Ribeiro - G1


Comento:

Nos meus longos anos de Exército, nunca vi a guarnição de um quartel, por menor que este fosse, por mais distante, inóspito mesmo, que pudesse ser, de um paiol de munições perdido em meio às coxilhas à guarda de uma vila militar na margem de um rio da Amazônia, nunca vi, repito, uma guarnição qualquer, mesmo básica, de um cabo e três soldados, não ter seus registros de entrada e saída de viaturas e de pessoas.
Em algum livro sebento, lá estavam as anotações: dia tal, viatura tal, entrada tal hora, saída tal hora. Fulano de tal, entrada tal hora, saída tal hora.
E aqueles dados eram guardados por anos, muitas vezes décadas, mesmo porque haviam rígidas normas para sua destruição.
Lembrei dos velhos livros do pessoal de serviço quando li a nota do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, informando que não há imagens nem registros escritos das entradas e saídas de pessoas e carros no Palácio do Planalto ocorridas em novembro e dezembro de 2008, incluída aí, claro, a suposta visita da então Secretaria da Receita Federal Lina Vieira à Ministra Dilma Roussef.
Das duas uma: ou bem a informação é verdadeira, o que escancara uma incompetência descomunal, ou bem ela é falsa e os registros foram apagados às pressas ou estão sendo sonegados, o que revela a que ponto chega o servilismo que assola certos setores do Governo Federal.