31 de outubro de 2009

O DIA DAS BRUXAS E O DA PÁTRIA


Ricardo Montedo

Esta semana, fui intimado por meu filho caçula a adquirir uma fantasia para uma tal festa de elouín.
- Elouín?! estranhei, em minha santa ignorância.
- Dia das Bruxas, pai, explicou o pequeno, com paciência.
- Ah! Halloween! Exclamei, compreendendo finalmente.
“Mais um modismo americano importado pelo Brasil!” pensei com meus botões, sem ânimo de iniciar uma discussão doméstica.
Lembrei do porque “los hermanos” nos chamarem de “macaquitos”. Além da óbvia conotação racista, a expressão também se aplica a nossa mania de copiar quase tudo da cultura dos “irmãos do norte”.
Foi assim que o Natal transformou-se em festa comercial, onde o aniversariante é figura secundária e o personagem principal tem características bem tropicais: usa capotão e gorro de arminho, mora no Pólo Norte e conduz um trenó puxado por renas, uma das quais tem nariz vermelho. Tudo isso emoldurado por intensas nevascas, coisa comum no Brasil, ainda mais em dezembro.
Ji-Paraná, em Rondônia, se auto-intitula, orgulhosamente, “Capital Country da Amazônia”. Ao circular por suas ruas, não é raro encontrar amazônidas vestidos (ou fantasiados?) de cowboys americanos. Quem vai a um rodeio na paulista Barretos tem a sensação de estar numa cidade do Alabama.
Mas nem só de americanismos é que se vive. Nós, gaúchos, tão ciosos de nossos costumes e tradições, somos vítimas da aculturação café-com-leite nos festejos juninos. Sem exceção, o que assistimos são “festas no arraiá”, com casamento na roça, todos trajados à caipira, roupas remendadas, dentes pintados de preto, bochechas femininas avermelhadas e com pintinhas pretas, cavanhaques e bigodes traçados à carvão, enfim, festas típicas de paulistas e mineiros, sem absolutamente nada a ver com os belíssimos festejos juninos do folclore e da cultura gaúchos.
Antes que me acusem de provincianismo excessivo (uma vez que entendo ser ele salutar, em certa dose), esclareço que compreendo perfeitamente que neste mundo on line é impossível manter-se alheio a enxurrada de novas informações com que tomamos contato a cada página virtual ou no zap-zap do controle remoto.
O que me surpreende é a facilidade com que substituímos nossas referências históricas e valores culturais por outras, que não tem nada a ver com a realidade em que vivemos.
Você observou as vitrines das lojas esta semana? Repletas de lanternas de abóboras, chapéus e vassouras de bruxas, estilo Maga Patalójika (se não souber quem é, pergunte pro seu pai - he he he), máscaras do Jason, do Pânico e outros monstros. Venderam mais do que pastel em cancha de carreira, e a festa do Dia das Bruxas bombou em inúmeras escolas.
Porém, voltemos há dois meses atrás: Semana da Independência, Sete de Setembro, Grito do Ipiranga, sabe, aquele papo chato de civismo, patriotismo, etc.
Você lembra de alguma vitrine decorada com motivos verde-amarelos? Uma fitinha, uma miserável bandeirinha do Brasil? Alguma imagem de Dom Pedro I, José Bonifácio, esses caras?
Lembra de ter visto pelas ruas bandeiras hasteadas?
Sabe de alguma escola que tenha reunido seus alunos para cantar o Hino Nacional durante aquela semana?
O surto de gripe A motivou a suspensão do desfile de Sete de Setembro. Mas serviu também como pretexto para que o Fogo Simbólico ficasse recolhido ao interior de um quartel, para que as bandeiras nacional, do estado e do município não fossem hasteadas nem no palanque, nem tampouco no prédio da Prefeitura. A gripe foi, também, a desculpa para que o Hino Nacional não fosse executado uma única vez em praça pública.
No embalo, a imensa maioria tratou de ignorar solenemente aquela que deveria ser a maior data da Nação. E o Dia da Pátria passou como outro qualquer, engordando a lista já extensa de feriadões.
Penso que o sucesso do Dia das Bruxas tem muito a ver com o fracasso das comemorações(?) da Independência.
Essa comparação é um claro sinal de que estamos perdendo nossa identidade cultural, os valores nacionais, a essência do sentido de Pátria, de Nação.
Estamos perdendo o orgulho de ser brasileiros, sem que necessariamente tenhamos vergonha dessa condição. Apenas, nós não estamos nem aí!
Afinal, uma festa de Halloween é muito mais divertida do que passar horas em pé esperando para desfilar, não é mesmo?
Esse papo de civismo, patriotismo, orgulho nacional, a gente deixa pra Seleção na Copa do Mundo. E já está de bom tamanho.
Concluindo, pergunto: se é para imitar os americanos, porque não começamos pelo patriotismo?

BOLSONARO: "COM QUE MORAL VÃO ME CASSAR AQUI?"


Câmara absolve parlamentar que xingou Lula e Dilma

Corregedoria arquiva oito denúncias contra Jair Bolsonaro (PP-RJ), que chamou presidente de “homossexual” e ministra de “assaltante”, e tripudiou busca por mortos na Guerrilha do Araguaia
A Mesa Diretora da Câmara arquivou de uma só vez oito representações contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), acusado de dar declarações "violentas de ódio e desrespeito" em pronunciamentos na Casa, entre 2004 e 2005. O deputado foi denunciado por, entre outras coisas, chamar o presidente Lula de “homossexual” e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de “especialista em assalto e furto”.
O parecer que recomendou o arquivamento das representações, incluindo as declarações contra Lula e Dilma, é do corregedor da Casa, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). O corregedor sugeriu que o parlamentar fosse apenas “alertado" de que, em caso de reincidência, poderá responder a processo por quebra de decoro parlamentar.
O deputado do PP também escapou de punição por ter afixado um cartaz em seu gabinete em que tripudia as buscas do governo federal por corpos dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. Na legislatura passada, a Casa havia arquivado uma representação contra ele após uma briga com a deputada Mario do Rosário (PT-RS), que por pouco não terminou em agressão física.
Jair Bolsonaro é um sobrevivente na Câmara. Em seu quinto mandato consecutivo na Casa, o deputado recebeu seis punições por causa de pronunciamentos agressivos e entrevistas polêmicas. Foram três censuras verbais e duas por escrito. Em todos os casos, escapou da abertura de processo de cassação do mandato. "Com que moral vão me cassar aqui?", provoca (leia mais).

Fuzilamento
No governo Fernando Henrique Cardoso, a Câmara foi menos complacente com o parlamentar fluminense. Em programa exibido pela TV Bandeirantes em 2000, o deputado sugeriu o fechamento do Congresso. E, para espanto dos entrevistadores, afirmou que durante a ditadura militar deveriam ter sido fuzilados "uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso".
Por pregar o fuzilamento do então presidente da República, a Mesa Diretora decidiu, em fevereiro daquele ano, suspender o mandato do deputado por 30 dias. Capitão e paraquedista do Exército, Bolsonaro é o único parlamentar a defender abertamente a ditadura militar.
Autor do relatório que rejeitou em bloco as novas denúncias contra o colega, ACM Neto nega que tenha agido de forma política ao absolver Bolsonaro. "Decidi pelo arquivamento, pois os fatos são antigos e os deputados que me antecederam na Corregedoria não tinham sequer notificado o deputado", disse o corregedor ao site.
"Verifico que os acontecimentos que ensejaram a representação encontram-se superados", diz o parlamentar baiano em seu relatório, aprovado pela Mesa Diretora no último dia 22 de setembro.

“Homossexual”
O presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff entraram na mira de tiro da metralhadora verbal de Bolsonaro em 23 de junho de 2005, durante pronunciamento feito na Câmara. "Cumprimento o presidente Lula por ter nomeado para a Casa Civil uma pessoa técnica, especialista em assalto e furto", disse Bolsonaro, ao se referir à nomeação da ministra-chefe da Casa Civil.
No mesmo discurso, o deputado chamou o presidente de “homossexual”. "Se a corrupção existe nesta Casa, quem a pratica, o homossexual ativo, é o presidente Lula. Temos de começar um movimento para desbancar o presidente da República. Não queremos homossexual passivo, nem ativo, neste governo", afirmou.
As frases homofóbicas levaram o Grupo Dignidade - pela Cidadania de Gays Lésbicas e Transgêneros a representar o deputado. A representação foi encabeçada ainda pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e pela então deputada Teresinha Fernandes (PT-MA).

“Piores que baratas”
Outros aliados do presidente Lula – sobretudo aqueles que se envolveram na luta armada durante a ditadura militar – também foram vítimas da artilharia de Bolsonaro.
O deputado José Genoino (PT-SP), ex-preso político e militante da Guerrilha do Araguaia, foi tratado pelo parlamentar fluminense como "delator de colegas". O ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) foi chamado de "portador de Lesão por Esforço Repetitivo por contar dinheiro obtido em indenizações milionárias à conta da viúva.”
Já o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi retratado como "terrorista, precursor de Bin Laden e especialista em tortura, sequestro e carro-bomba". Quando comandava o Ministério da Justiça, o advogado Márcio Thomas Bastos foi apontado por ele como "defensor de marginais de alta periculosidade".
Aos petistas, Bolsonaro disse que eram "piores do que baratas", e a ministra Dilma Rousseff aparece novamente no discurso como "integrante de quadrilha que assaltou uma casa, sendo especialista em roubo e assalto".

Confusão no Exército
O histórico de indisciplina do deputado remonta aos tempos da caserna. Quando era capitão de arma da artilharia do Exército, Jair Bolsonaro foi preso disciplinarmente por 15 dias após liderar manifestação contra os baixos soldos (salários) dos militares em 1986. O caso teve desdobramento: no ano seguinte, ele foi acusado pelo então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, de indignidade para o oficialato.
Bolsonaro acabou sendo absolvido, em 1988, pelo Superior Tribunal Militar (STM) por nove votos a quatro. Naquele mesmo ano, entrou para a vida política ao se eleger um dos vereadores mais votados da cidade do Rio de Janeiro.

“Ditadura de merda”
As divergências do capitão do Exército com o comando militar continuam. Na porta de seu gabinete, o deputado do PP afixou recentemente um cartaz ironizando a procura dos restos mortais dos militantes de esquerda desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia. O cartaz dizia: “Desaparecidos da Guerrilha do Araguaia: quem procura osso é cachorro”.
"Coloquei cartaz mesmo, pois estão usando dinheiro público para coisas inúteis. Não sei por que eles estão reclamando. Essa ditadura foi uma ditadura de merda, pois sumiram só 300 pessoas; e em Cuba, na ditadura do Fidel, foram 17 mil mortos", dispara Bolsonaro.
Por causa do cartaz, o PCdoB ingressou na Câmara com pedido de instauração de processo ético-disciplinar contra o deputado. ACM Neto também arquivou essa representação e pediu apenas que o cartaz fosse retirado da porta do gabinete de Bolsonaro.
Fonte: Congressoemfoco.com.br

Comento:
Discordo de muitas posições do Deputado Bolsonaro, do seu radicalismo ultradireitista, das barbaridades que profere a torto e a direito, da falta de educação que permeia seu comportamento, embora esse estilo polêmico lhe garanta o voto cativo dos militares cariocas, eleição após eleição e o tenha transformado no maior representante em nível nacional.dos fardados de baixo coturno.
Agora, uma coisa não se pode negar: Ele tem "aquilo" roxo. Lembro muito bem o terremoto desencadeado quando ele ocupou espaço no Ponto de Vista, da Veja, para manifestar-se a respeito da evasão de cadetes da AMAN e da defasagem salarial dos militares de baixa patente.
Foi um Deus nos acuda! O ultra-prepotente Ministro do Exército, General Leônidas, pediu a cabeça de Bolsonaro numa bandeja, chegando a proibí-lo de entrar na AMAN.
Na verdade, cada vírgula do que o então capitão escreveu na Veja refletia a mais pura verdade, e antevia uma situação que hoje está concretizada: a desmoralização das Forças Armadas, fruto da pusilanimidade de seus chefes nos últimos trinta anos.
Confira a matéria histórica de Bolsonaro na Veja.

"HERÓI" ANTIDROGAS ACUSA: GOVERNO FEDERAL É OMISSO

Discreto, recusa o epíteto, mas o juiz federal Odilon de Oliveira faz sua heróica parte: condenou 114 traficantes, alguns mega, como o foragido Fuad Jamil, “rei da fronteira” no Paraguai. Em Mato Grosso do Sul, 24h sob vigilância armada, acha que o governo é omisso no combate a um dos maiores corredores de drogas e armas do país. “Aqui entra arma a rodo, mas não existe ação conjunta de fiscalização e repressão”.

Com as Forças Armadas
O juiz Odilon acha que o governo deveria equipar as Forças Armadas para combater o crime nas fronteiras criticas de Bolívia e Paraguai.

Queijo esburacado
Odilon reclama ainda que “faltam presídios em Mato Grosso do Sul, onde poucos agentes fazem o que podem em três postos de fronteira”.

Longe daqui
O juiz Odilon é taxativo: “O problema do Rio está na Colômbia, nos países produtores. Cego a isso, não vencerá a guerrilha urbana.”
CLÁUDIO HUMBERTO

MILITARES FORMAM BANDA POP E FAZEM SUCESSO NA GRÃ-BRETANHA

Os sargentos Gary Chilton e Richie Maddocks e o cabo Ryan Idzi decidiram partihar a carreira militar com a de ‘boys band’. O resultado? Três militares entregues à música e um disco de estreia acabado de ser lançado – Coming Home (regressar a casa) – em homenagem aos colegas abatidos em combate.
No Reino Unido o álbum tornou-se num sucesso.
O sargento Gary Chilton não esconde a satisfação com o sucesso do disco: “Estamos muito satisfeitos com os temas escolhidos e com o resultado. São canções que nos fazem sentir bem, estão associadas à vida no exército…”
O soldado Ryan Idizi acrescenta: “Não há um único tema que me desagrade!”. Para o sargento Richie Maddocks: “O meu tema favorito é “A little help from my friends” – o título diz tudo. Fala-nos dessas situações em que conseguimos algo devido à ajuda dos amigos. Regra geral, esse é o fio condutor do álbum”.
O dinheiro obtido com a venda do álbum vai ser revertido para as organizações que se dedicam a ajudaros veteranos de guerra ou familiares de soldados mortos. E os membros do grupo não pensam deixar o exército, como confirmou Gary Chilton: “Preferimos manter os pés na terra. Chegámos até aqui graças ao nosso trabalho no exército e não o vamos deixar agora. Somos três rapazes normais que gostam do que fazem e que, felizmente, estão a ganhar muito dinheiro para as obras de caridade”.
Confira o vídeo aqui.

HONDURAS: PRINCIPAIS PONTOS DO ACORDO

1- Apoiar a proposta que permite a votação no Congresso Nacional, com uma prévia opinião da Suprema Corte de Justiça, para restituir Zelaya.

2- Criação de um governo de unidade e reconciliação nacional

3- Rechaço da anistia de delitos políticos e moratória das ações penais

4- Renuncia à convocação de uma constituinte ou reforma da Constituição

5- Reconhecer e apoiar as eleições gerais de 29 de novembro e a transferência de governo

6- Transferir a autoridade para o Tribunal Supremo Eleitoral, as Forças Armadas e a Polícia Nacional

7- Criar uma comissão de verificação para garantir o cumprimento dos dispositivos do acordo

8- Criar uma comissão de verificação que investigará os fatos, antes, durante e depois de 28 de junho de 2009

9- Pedir para que a comunidade internacional normalize as relações com Honduras

PAPEL DAS FORÇAS ARMADAS DIVIDE CIENTISTAS POLÍTICOS

Resenha EB (29 Out 09) - Discussões sobre o papel das Forças Armadas no país e as implicações da liderança do Brasil na América do Sul esquentaram ontem os debates entre intelectuais reunidos no 33º Encontro anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), em Caxambu. Para a cientista política Maria Celina D'Araújo, da PUC-RJ, o Brasil precisa primeiro arrumar a casa para, depois, exercer esse protagonismo local. Segundo ela, há um "mantra" que cobra o exercício dessa liderança: - É uma visão de Brasil que acaba relegando os problemas internos. Isso me incomoda: o Brasil tem que exercitar sua liderança, e a educação continua a mesma coisa, as pessoas estão morrendo nas filas dos hospitais... O país pode liderar uma região se ele não é capaz de tratar bem seu povo? - questionou a pesquisadora. Do ponto de vista estratégico, o Brasil, segundo ela, vem se equiparando, nas escolhas feitas pelos planos de Defesa, à Venezuela e à Bolívia. E se distanciando de modelos mais modernos, como o do Chile. Apesar de frisar que o país ainda não chegou à situação já vivida nos países andinos, onde as Forças Armadas estão sendo usadas para "projetos políticos", a pesquisadora disse considerar preocupante que o país mantenha na Estratégia Nacional de Defesa o conceito da instituição como "berço da cidadania", como se estivesse pronta para um ataque inimigo. - A Estratégia Nacional de Defesa aproxima o Brasil dos países andinos e nos afasta de países como Argentina, Chile e Uruguai, que sofreram com ditaduras muito parecidas com as nossas, mas que estão vivendo um processo de subordinação dos militares a um ministério da Defesa, que é civil - diz ela. - Há uma demanda muito grande, inclusive de partidos de esquerda, no sentido de colocar as Forças Armadas para fazer segurança. Isso já é assim na Colômbia e na Venezuela. Não é assim na Argentina e no Chile. A gente tem que debater isso. A cientista social Maria Regina Soares Lima, do Iuperj, defendeu que o papel de liderança do Brasil é inevitável, mas que pode ser exercido tanto de forma coercitiva quanto cooperativa. Ela usou números para atestar o crescimento do país na região: de 1980 a 1984, o PIB argentino era 27% do da América do Sul e o brasileiro, 34%. Hoje, o PIB argentino corresponde a 11% e o brasileiro, a 50%. - Certamente, a América do Sul sempre será pequena para o tamanho da economia brasileira - avalia a pesquisadora, ressaltando ser fundamental encontrar estratégias políticas de liderança: - Estamos em um processo de mudança social e política muito rápido. Por isso a gerência política dessa relação é fundamental. A questão é ter vontade política de se integrar dessa forma. O cientista político Tullo Vigevani, da Unesp, diz que o papel brasileiro é fundamental neste momento da América do Sul: - Há uma mudança de atitude da sociedade sulamericana em relação ao Brasil. Isso já vinha se desenvolvendo no governo (Fernando Henrique) Cardoso. Hoje, a exigência em relação ao Brasil é que ele se torne um líder. Ainda que (essa exigência) tenha contradições e se manifeste na forma de luta contra o imperialismo brasileiro, caso da Bolívia, do Paraguai. ________________________________________________________________________________________________ (palavras minhas:... eu compartilho com a visão da professora Maria Celina, concordando com a afirmação de que o governo faz uso político das Forças Armadas, com um fim eleitoral e com um projeto de poder, equiparando nossas instituições militares com as dos modelos dos países andinos, mais atrasados, e nos afastando dos modelos das corporações militares dos países mais desenvolvidos. As informações que têm sido veiculadas na mídia nos fazem pensar que o governo elaborou a estratégia nacional de defesa sem ter levado em consideração as ideias dos militares. ...Ainda que os oficiais generais da ativa não tenham se manifestado sobre o projeto elaborado pelo governo, o meu juízo me leva a pensar que a visão do pessoal da ativa se aproxima do ponto de vista dos militares da reserva, que julgam o projeto de estratégia como um mero pacote político do governo atual, que espera permanecer no poder por longos anos. Se Dilma não ganhar as eleições em 2010, Lula voltará nas eleições de 2014, propagando aos quatro ventos as suas conquistas e realizações obtidas durante os 8 anos de seu governo...Qual é o projeto político do PT e de seus partidos aliados ? )

30 de outubro de 2009

LULA E SARNEY: LEALDADE A TODA PROVA

O vídeo mostra a relação estreita, "entre tapas e beijos", de Lula com Sarney.
A bem da verdade, muito mais beijos do que tapas.

NOSSO PÉ DE MACONHA DE TODO DIA

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP)  apoia a descriminalização do uso e do porte de drogas para consumo pessoal. O parlamentar defende que a lei beneficie o pequeno traficante,com a instituição de penas alternativas e redução de pena para réus primários.
Para coroar suas propostas, o petista quer regulamentar o plantio de drogas na casa do usuário:
O nosso país também precisa regular o autoplantio, com licenças concedidas pelo Ministério da Saúde e acompanhamento médico, para permitir que, as pessoas que queiram, possam consumir maconha sem ter de recorrer a criminosos para adquiri-la”.
Então, tá!

HONDURAS: ENFIM, O ACORDO


Finalmente, as comissões negociadoras do deposto Manuel Zelaya e do interino Roberto Micheletti chegaram a um acordo para o fim da crise hondurenha.
O ponto principal é que a restituição de Zelaya ao cargo será decidido pelo Congresso Nacional e não pela suprema corte.
Será criada uma "comissión de la verdad" para apurar os fatos ocorridos antes, durante e depois de 28 de junho, data em que Zelaya foi apeado do poder.
Imagem: EL HERALDO

FILHOS DA VIÚVA

Do blog do Cláudio Humberto:
A UNE, que só faz passeata a favor, ganhou mais uma et pour cause: vai levar R$ 30 milhões de indenização pelo incêndio da sede no Rio, em 1964. O acordo passou na Câmara, por unanimidade.

O PAC DA CONVERSA FIADA

"Não vinha de inauguração nenhuma, não estava a caminho de algum canteiro de obras nem aparecera no Rio para inaugurar alguma."

Augusto Nunes
“Agora desgraçou tudo, porque agora os home tão ficando nervoso porque nós tamo inaugurando obra”, desandou o presidente Lula num palanque no Rio, espancando a língua portuguesa com especial selvageria. ”Calma, que nós ainda nem começamo a inaugurár o que nos temo para inaugurá nesse país. Tem muita coisa pra acontecêr e tem muita coisa que nós vamo fazê ainda pra frente.” Sempre à frente de uma comitiva de bom tamanho, não vinha de inauguração nenhuma, não estava a caminho de algum canteiro de obras nem aparecera no Rio para inaugurar alguma. Vinha da Procissão dos Pecadores do São Francisco, estava em território carioca para outro comício e, de lá para cá, só inaugurou pela segunda vez uma quadra usada na Mangueira.
Pelo andar da carruagem, Lula corre o risco de terminar o segundo mandato sem ter deixado pronta uma única obra física efetivamente relevante. A transposição do Rio São Francisco, as grandezas do pré-sal, as hidrelétricas do Rio Madeira, pontes, rodovias ─ tudo vai demorar. Acossado pelo tempo cada vez mais curto, o maior dos governantes culpa o Tribunal de Contas da União, o Ibama, o fiscal da esquina, o cartório, qualquer coisa. Quer inaugurar qualquer irrelevância. Até quadras de segunda mão.
Incapaz de criar, o governo não cuida direito nem do que existe, confirmou nesta quarta-feira o levantamento da Confederação Nacional dos Transportes sobre a situação das estradas do país. O estudo abrangeu quase 90 mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Desse total, quase 70 % foram reprovados. A rede federal é a mais devastada. Segundo a CNT, a recuperação da malha rodoviária exige investimentos que somam R$ 32 bilhões. Seis vezes mais do que o governo Lula gastou em 2008. O PAC vai acabar programando outra operação tapa-buraco para 2010. E o chefe já prometeu outro PAC para 2011, com prazo de validade até 2015.
Por enquanto, só avança em bom ritmo o PAC da Conversa Fiada.

Do blog do Augusto Nunes

29 de outubro de 2009

BOLSA DITADURA: A CONFISSÃO DE LULA DESMONTA O PALAVRÓRIO DO DOUTOR



O presidente Lula nunca foi um preso político da ditadura. Em abril de 1980, não havia ditadura. A ultradireita fora neutralizada pelo presidente Ernesto Geisel, o general João Figueiredo não era um tirano. Como atesta a entrevista acima, gravada em 1997, Lula foi apenas hóspede involuntário do hotel-cadeia instalado pelo delegado Romeu Tuma nas dependências do Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS.
É verdade que, durante 31 dias, não dormiu em casa, ficou fora das assembléias dos metalúrgicos e nâo pôde zanzar por portas de fábricas. Mas o gerente do estabelecimento levou-o várias vezes ao hospital onde a mãe agonizava, chamou um dentista para atendê-lo de madrugada, não confiscou o aparelho de rádio e permitiu que lesse jornais na sala do delegado. É essa a cadeia com que sonha todo engaiolado.
Lula estava em liberdade, tinha fundado o PT, virado presidente do partido e começava a preparar-se para a disputa do governo de São Paulo quando foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional e perdeu tanto o comando do sindicato quanto os direitos sindicais. Na prática, foi proibido de fazer o que já não o interessava. Pois onde gente sensata vê uma condenação inócua o procurador da República no Distrito Federal Peterson de Paula Pereira acabou de enxergar um tremendo castigo a ser reparado em dinheiro vivo.
Na semana passada, Peterson comunicou à nação que foi muito acertada a promoção de Lula a perseguido da ditadura e anistiado político com direito a aposentadoria excepcional. A decisão do procurador, que revalidou o benefício concedido em 1993,  sepultou a denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal pelo deputado estadual Eliseu Gabriel da Silva Júnior, do PSDB paulista. Por considerá-las injustas e imerecidas, o parlamentar solicitou o cancelamento da promoção e a suspensão da mesada.
O procurador discordou em juridiquês castiço:  “Após perquirição dos autos e abreviada súmula daquilo que pertine ao objeto desta representação, não havendo afetação a nenhum interesse público ou direito indisponível a ser guarnecido, promovo o arquivamento dos presentes autos ante a inexistência do interesse de agir”.
Basta reler o palavrório do doutor e rever o vídeo, divulgado com exclusividade pela coluna em 2 de maio, para chegar-se à tradução em língua de gente: deixa o presidente embolsar em paz a mesada que não merece.
Do blog do Augusto Nunes

OS MILITARES E A DEMOCRACIA

Se existe alguma tentação golpista no Brasil, ela não veste uniforme.

Reinaldo Azevedo
Leitores me perguntam como foi a palestra de ontem no Comando Militar do Sudeste. Excelente! No dia 7 deste mês, falei no Clube Militar, no Rio. Encontro igualmente agradável. Não chego a dizer que é “impressionante” a formação intelectual dos oficiais — inclusive a dos jovens — porque isso faria supor que eu esperasse coisa diferente, tendo sido surpreendido. E não esperava. Estão mais bem-informados, e pensam segundo modelos de precisão freqüentemente mais atilados, do que muitas categorias profissionais das quais se deveria cobrar especial apuro intelectual — jornalistas, por exemplo. Minha palestra desta quarta encerrou o “III Estágio de Comunicação Social — Exército na Sociedade: Conhecer, Integrar, Comunicar”. É a segunda vez que sou convidado para o evento.
A petralhada chiou pra chuchu. “Aí, hein?, está querendo dar golpe!”.Os mediocremente informados procuraram me associar a Carlos Lacerda. Vocês imaginam o rol de bobagens de que essa gente é capaz. Pois é… Nas duas vezes — ou três, se eu levar em conta o convite do ano passado —, falei em defesa das instituições democráticas e da Constituição. Dos militares, em suas intervenções nos debates, só ouvi palavras de defesa da Carta que rege o país. E nem poderia ser diferente.
Se existe alguma tentação golpista no Brasil, ela não veste uniforme. Se existem pessoas que hoje desrespeitam abertamente as leis que nos regem, elas não estão nos quartéis. Na América Latina — e também por aqui, ainda que de modo um tanto mitigado —, as tentações autoritárias partem daqueles que pretendem que as urnas abram caminho para uma espécie de absolutismo do voto. Querem alguns que, porque eleitos, podem fazer da Constituição e das leis o que bem entendem. E eu existo, entre outras razões, para dizer: “NÃO PODEM!!!”
Sinto-me honrado com tais convites. E participarei quantas vezes me convidarem. O Exército entende hoje em dia a imprensa com muito mais clareza e propriedade do que a imprensa entende o Exército. Ademais, vale a minha frase que deixa alguns irritadinhos: as Forças Armadas são a democracia de farda. E são, como em todas as democracias, as garantidoras últimas do regime de liberdades. Os absolutistas das urnas não gostam de pensar que algo possa ser superior à sua vontade — as leis, por exemplo. Mas elas são.
É sobre isso que falo nessas palestras.
D blog de Reinaldo Azevedo

APARELHAMENTO DAS FORÇAS ARMADAS, QUAL?

Sob a justificativa de seu aparelhamento e o guarda-chuva pseudopolítico da subordinação dos "militares ao poder civil", intenta-se a mais profunda intervenção política na área militar já vista na tão decantada história republicana do Brasil.

Por Sérgio Paulo Muniz Costa

Enquanto usa sua maioria parlamentar para defletir uma miríade de polêmicas, o governo federal vai fazendo avançar sem resistências um assunto que trará consequências duradouras à vida política no país: a missão, o emprego e a estruturação das Forças Armadas.
Sob a justificativa de seu aparelhamento e o guarda-chuva pseudopolítico da subordinação dos "militares ao poder civil", intenta-se a mais profunda intervenção política na área militar já vista na tão decantada história republicana do Brasil.
A moldura desse quadro estava pronta havia tempos. Os ressentimentos de toda sorte em relação ao regime militar, a ânsia dos poderosos de cada momento em exibir obediência castrense e os interesses estrangeiros em formatar nossa estrutura de defesa segundo suas conveniências ambientaram o mal disfarçado projeto hegemônico de longo prazo que agora se estende às Forças Armadas.
Um simples acompanhamento do planejamento e da execução orçamentários permite verificar que o Ministério da Defesa extrapolou em muito, há tempos, as atribuições previstas na lei de sua criação.
Mas foi no início do segundo mandato presidencial que se inaugurou uma nova escalada de confrontação com as Forças Armadas, em particular com o Exército.
Alguns ministros depois -novos titulares de pastas criadas e inventadas-, foram enviesadamente apresentadas medidas caudatárias de uma Estratégia Nacional de Defesa que não se coadunam com a Política Nacional de Defesa, alteram as condições de cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas e dão ao poder político condições de intervir partidariamente na estrutura militar, um pesadelo erradicado da vida pública brasileira há mais de 40 anos.
A inauguração da atual República em 1985 foi a única na história do Brasil que não se deu por um golpe de Estado, e isso se deveu, em boa parte, ao apartidarismo das Forças Armadas.
Ao contrário do que a maioria dos analistas costuma apontar, foi durante o regime militar que elas se afastaram da política partidária e se profissionalizaram definitivamente.
Deixar para trás o salvacionismo das primeiras décadas do século 20, as correrias de 1920 e 1930, o golpe de 1937 e a intervenção pela retomada democrática em 1946, deteriorada com a instabilidade dos anos 1950, que culminou na ruptura de 1964, foi uma consistente evolução.
É compreensível que governos atuem ideologicamente, explorando oportunidades de aperfeiçoamentos sociais, políticos e econômicos. Mas não é razoável implementar modificações na estrutura do Estado que colidam com a evolução histórica do país e tenham o potencial de trazer instabilidade. Muito menos sensato é introduzir os objetivos de grupos de pressão hospedados no governo como variáveis da complexa equação da Defesa nacional.
A alguns causará estranheza isso estar acontecendo, acomodados na percepção de que a questão é afeta aos militares.
Além de não se tratar de uma exclusividade, é fácil verificar na leitura da Estratégia Nacional de Defesa que ela foi redigida à revelia e mesmo em contraposição a ponderações de comandos das Forças Armadas.
Alegações de tomada de modelos estrangeiros não resistem à mais elementar comparação, considerada a irrelevância político-estratégica de uns e a política do "faça o que eu digo, mas não o que eu faço" de outros.
De fato, o emprego das Forças Armadas como elemento vital para a preservação da soberania e da democracia no Brasil está sendo alterado pelo governo em exercício, e não cabe aos militares questioná-lo.
Àqueles que não podem evitar um sorriso de satisfação diante dessa situação, porque comemoram a subordinação do "poder militar ao civil" ou porque se comprazem nos seus sentimentos de revanche, cabe lembrar que o estamento militar se subordina ao poder político em qualquer regime, situação ou direção.
Se evoluímos como democracia responsável e consolidada, além dos arautos do governo, cabe à classe política se pronunciar quanto ao aparelhamento das Forças Armadas que realmente interessa ao Brasil.

Sérgio Paulo Muniz Costa é historiador. Foi delegado do Brasil na Junta Interamericana de Defesa, órgão de assessoria da OEA (Organização dos Estados Americanos) para assuntos de segurança hemisférica.
Originalmente publicado na Folha de São Paulo de 28 de outubro.
Do blog Alerta Total
 
Comento:
Infelizmente, a análise do componente idelógico que permeia o projeto de reestruturação das Forças Armadas parece não ser a preocupação principal dos chefes militares.
A inconformidade dos fardados relaciona-se muito mais a extinção de vários cargos de oficial general, em consequencia da nova estrutura.

PAISANARIA: MARINHA RECOMENDA, "PELO AMOR DE DEUS", QUE MILITARES MANTENHAM A COMPOSTURA!

Por Jorge Serrão


Fardamento

A Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha observou desvios no cumprimento das normas e regulamentos vigentes sobre o comportamento Social de Militares da Ativa Uniformizados.
As críticas se dirigem, especialmente, às mulheres militares, e a DGPM baixou uma ordem unida:
“Recomenda-se o conhecimento e a ampla divulgação das normas e regulamentos em vigor, em especial a Portaria nº 286/2007, do Comandante da Marinha e a DGPM-319 - Normas para a Conduta Ético-Militar e Atividades Sociais no Âmbito Militar, bem como a disseminação enfática sobre as saudações e cumprimentos admitidos entre militares uniformizados, a fim de evitar que venham a ocorrer exageros que deponham contra os bons costumes e o decoro militar”.

Probleminhas
Os problemas de comportamento e vestimenta foram relacionados em um ofício interno:
1) saudações entre militares fardadas por meio de beijos na face ou com intimidade incompatível com a situação militar e não por continência ou aperto de mão;
2) apresentação pessoal sem o devido apuro e utilização de uniformes em desalinho ou em desacordo com as normas em vigor, contribuindo para a descompostura social, a saber:
a) uniformes amarrotados e desbotados;
b) uso de adereços inapropriados como brincos, colares, pulseiras e óculos extravagantes;
c) calças e saias em comprimento aquém do regulamentar;
d) gravatas verticais não regulamentares;
e) camisas sociais com colarinhos abertos e mal ajustados;
f) cabelos femininos soltos além do comprimento permitido ou com enfeites externos;
g) cabelos femininos presos de forma inadequada, quando trajando uniformes externos ou em cerimônias e formaturas, quando no uniforme interno; e
h) barbas mal escanhoadas.

Academia neles...
Comentário irônico, na Internet, de um militar da reserva da Armada sobre a recomendação da Marinha:
“Falta agora uma circular da DGPM condenando as enormes panças que vêm sendo ostentadas por oficiais e praças, principalmente os mais antigos. As camisas nem fecham mais! Antigamente, os militares exibiam biceps; agora, exibem panceps, em total desprezo à higidez militar”.

Ou seja, seria de bom tom os militares cuidarem melhor da forma física, também...

Do blog Alerta Total

Comento:
Uma recomendação desse tipo é o suprasumo do ridículo! Alertar para que militares andem bem fardados e tenham compostura é reflexo direto da falta de ação de comando e de profissionalismo por parte dos quadros da marinha.
Fardar-se e apresentar-se condignamente e ter comportamento social compatível com a função são requisitos básicos, eu diria primários, na profissão militar.
Quando o Comando chega ao cúmulo de emitir nota chamando a atenção sobre barba mal-feita, é porque, antes disso, centenas ou milhares de superiores hierárquicos deixaram de cumprir o papel que lhes cabe, advertindo de imediato um militar que assim se apresente.
Pelo jeito, na Marinha, a coisa tomou proporção tal que só pedindo "pelo amor de Deus, gente, andem bem fardadinhos, tá"!
Fundo do poço.


TRÊS SOLDADOS DO EXÉRCITO SÃO SUSPEITOS DE ASSALTO EM SP

Três soldados do Exército foram presos na madrugada desta quinta-feira (29) por suspeita de assaltar um posto de combustíveis em Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Segundo a polícia, eles estavam em um carro roubado. Os militares estavam de folga e à paisana. Eles chegaram ao posto de combustíveis em um carro roubado dois dias antes do assalto.
“Houve uma troca de tiros no local, a gente não sabe informar se foi com cliente, como aconteceu. Mas após o roubo, tentavam sair do local e foram surpreendidos”, explicou o sargento da Polícia Militar Valter Santiago.
Com os suspeitos foram apreendidos um revólver calibre 38, uma pistola de brinquedo e R$ 2.800 roubados do posto. Eles foram levados para o 102º Distrito Policial, no Socorro.
Militares do pelotão de investigadores criminais do Exército acompanharam o interrogatório. Os três soldados serão encaminhados para a carceragem do batalhão do Exército, que fica em Osasco, na Grande São Paulo.
A polícia ainda não sabe quem trocou tiros com os três soldados. Segundo a PM, o segurança do posto de combustíveis não estava armado. Ninguém ficou ferido.

SARGENTO DO EXÉRCITO É PRESO POR HOMICÍDIO

Está preso na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) o sargento Walter José Trindade Alves, que confessou ter matado o comerciante Luis Cláudio Barbosa, 45 anos, dia 14. Amigos há mais de 20 anos, suspeito e vítima teriam discutido em virtude de uma transação financeira e depois disso o militar, que se dizia ameaçado pelo comerciante, o matou em sua casa, no bairro Toyota. O corpo foi abandonado em Vargem Alegre, Barra do Piraí, quando o acusado utilizou o próprio carro da vítima, o Monza placa KTL-5450.
Desde o ocorrido, familiares do comerciante denunciaram seu desaparecimento na delegacia e iniciaram buscas por conta própria, culminando na localização do carro da vítima nas dependências da Aman. O veículo estaria sob a responsabilidade do sargento Walter, mas ele estava ausente da sua unidade, o Batalhão de Comando e Serviços, desde o dia 16. Walter se apresentou ao Comando da Aman no dia 18 e confessou ter matado o amigo e auxiliou os policiais na localização do corpo. Por ter expirado o prazo de flagrante, a Justiça não pôde decretar sua prisão imediata.
O caso foi conduzido para a Polícia Civil, e com base nas investigações policiais o Juizado da Vara Criminal da Comarca de Resende emitiu mandado de prisão preventiva por tempo indeterminado contra o militar, sob acusação de homicídio.
Walter foi conduzido terça-feira, por volta das 18h50min, para a 89ª Delegacia de Polícia. Por ser militar, foi transferido para a carceragem da Aman, onde permanece preso. “Trata-se de um mandado de prisão que o deixará preso na Aman por ser militar, aguardando os procedimentos da Justiça”, afirma o delegado titular da 89ª DP, Marcos Henrique de Oliveira Alves.

28 de outubro de 2009

HONDURAS PROCESSA BRASIL NO TRIBUNAL DE HAIA

O governo interino de Honduras iniciou nesta quarta-feira os trâmites para processar o Brasil na Tribunal Penal Internacional, em Haia, por "ingerência" em seus assuntos internos. A intromissão do Executivo brasileiro diz respeito à presença do presidente derrubado de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada que Brasília mantém em Tegucigalpa.
O representante de Honduras em Haia, Julio Rendón, já entrou com o processo no tribunal, diz uma nota do Ministério das Relações Exteriores hondurenho, que pode pedir uma indenização ao Brasil. Rendón "apresentou um pedido introdutivo de instância contra a República Federativa do Brasil por questões jurídicas relativas às situações diplomáticas e ao princípio de não-intervenção nos assuntos que são da competência interna do Estado" hondurenho, acrescenta a nota.
Uma fonte da Chancelaria explicou à Agência Efe que esse passo é uma "solicitação para iniciar ações" contra o Brasil, como a imposição de medidas cautelares ou a cobrança de uma indenização. O chanceler do governo interino, Carlos López, disse em entrevista coletiva que, agora, a Corte Internacional decidirá se aceita ou não a causa.
Caso o pedido seja deferido, o tribunal entrará em contato com o Brasil, os países-membros das Nações Unidas e própria ONU. López disse ainda que a presença de Zelaya na representação brasileira, onde o presidente derrubado está desde 21 de setembro, e seus apelos à "insurgência" representam "uma ingerência nas atividades internas de Honduras".
O comunicado destaca que o fundamento da solicitação recai na "comissão de (atos) ilícitos que geram responsabilidade internacional com relação às obrigações (do Brasil) estabelecidas na Carta das Nações Unidas e na Convenção das Nações Unidas sobre Relações Diplomáticas".
Ainda segundo a nota, o governo de Micheletti "se reserva o direito de solicitar à Corte a adoção de medidas provisórias ou cautelares caso não sejam interrompidas as atividades ilegais do governo do Brasil que alteram a ordem pública interna de Honduras e que representam uma ameaça ao desenvolvimento pacífico do processo eleitoral" de 29 de novembro.
O chanceler hondurenho, por sua vez, ressaltou que, ao apresentar uma ação contra o Brasil, Tegucigalpa quer "resolver pacificamente" este assunto "com a participação da Corte Internacional de Justiça".
Do portal Terra (enviado por Wagner)

DEPUTADO DE RONDÔNIA QUER QUE EXÉRCITO COMBATA SEM TERRAS NA AMAZÔNIA. COITADO...

O trabalho que pretende desenvolver como integrante efetivo da CPI mista que investiga o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), indicado pelo PTB, e suas propostas para conter o tráfico e a violência no país, serão apresentadas pelo deputado federal Ernandes Amorim, ao alto Comando do Exército da Amazônia, durante a viagem que se inicia nesta quinta-feira (28) na região.
A viagem é uma iniciativa do Exército Brasileiro – de quinta-feira até sábado – com o propósito de mostrar a um grupo de parlamentares convidados o trabalho desenvolvido na Amazônia e a realidade na área de fronteira. Nesse périplo, os parlamentares vão visitar o Comando Militar da Amazônia, em Manaus; as unidades militares subordinadas a 16 ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé e Tabatinga, e o 4º Pelotão Especial de Fronteira de Estirão do Equador.
Apoiador da atuação do Exército na Amazônia, Amorim defende a maior presença nas áreas de fronteira, mais subsídios do orçamento para essa finalidade, até para coibir a atuação de narcotraficantes e grupos terroristas disfarçados de movimento social sem terra como a Liga Camponesa Pobre. “Já foi denunciado a prática de guerrilha e de terrorismo desse grupo com atuação em Rondônia. Vemos esse tipo de movimento crescer no país, com depredações do patrimônio público, invasões, assassinatos, como ocorridos em Pernambuco e em Rondônia, roubos, outras práticas criminosas de intimidações e mais recentemente o puro vandalismo com a derrubada de laranjais em terras produtivas no interior de São Paulo”, afirma o parlamentar.
Ele também quer aproveitar a viagem para além de tomar conhecimento do trabalho do Exército na Amazônia e em área de fronteira, discutir outro tema de grande preocupação no momento e, que em sua visão, afeta a sociedade e todas as instituições: mudanças na lei antidrogas.
Amorim defende uma concentração maior da força pública na repressão aos grandes traficantes, como também no combate ao tráfico de armas que vem sendo feito em áreas de fronteiras, já de conhecimento, inclusive, da Polícia Federal. “Não adianta ficar punindo os pequenos, e ampliando os gráficos estatísticos da superlotação de presídios do país. Essa prática se mostra inútil e dispendiosa ao Estado. Precisamos nos unir na repressão de outras formas, seguindo experiências que já deram certo lá fora. Pois aqui o país vem perdendo a guerra no combate e, por tabela, ajudado a aumentar a violência”, afirma.

Comento:
O deputado, ex-senador e ex-garimpeiro Ernandes Amorim  não é conhecido em Rondônia por sua inteligência, da qual a manifestação acima é demonstração inequívoca.
Usar o Exército para combater os sem-terra? Fala sério, deputado! Se a afirmação não fosse uma besteira por outro motivo, o é pelo completo alinhamento do governo Lula com os "movimentos sociais", sem-terra à frente.
Além do mais, caso isso fosse mesmo necessário, duvido que o deputado encontrasse um (unzinho só) general do Exército disposto a vir a público defender a tese e queimar o filme" com Lula, Dilma, Tarso et caterva.

MARINHA GASTARÁ U$ 90 BILHÕES PARA AFASTAR COBIÇA AO PRÉ-SAL

O coordenador do Programa de Reaparelhamento da Marinha, contra-almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, revelou a esta coluna, nesta terça-feira, que os gastos da Marinha do Brasil, nos próximos 20 anos, serão muito superiores aos que vêm sendo noticiados. Frade Carneiro participou de seminário do grupo IBC, realizado no Hotel Miramar, na Zona Sul do Rio.
- Ao longo desse período, a Marinha aplicará nada menos de US$ 90 bilhões. Parece muito, mas o gasto anual corresponderá a 0,5% da receita esperada com o pré-sal. E quase nada comparado com o valor do pré-sal. Outras fontes estimam em US$ 650 bilhões o investimento no pré-sal, cuja riqueza pode atingir alguns trilhões de dólares.
Segundo Frade Carneiro, há uma relação direta entre esse investimento e a descoberta de tanta riqueza no pré-sal:
- O mundo vive em paz, mas com tanta riqueza no mar, manda a prudência que se invista um pouco em segurança. Se um cidadão faz seguro de seu carro, a nação tem de dispor de seguro para uma riqueza tão ampla.
Lembrou que, além disso, o equipamento protegerá a costa e o próprio comércio exterior, que movimenta US$ 400 bilhões por ano. A imprensa tem noticiado a compra de cinco submarinos Scorpene, da França - quatro convencionais e um adaptado para motor nuclear. Um estaleiro será construído em Itaguaí (RJ) para fabricação dessas unidades e o motor nuclear será desenvolvido pela Marinha, em São Paulo. O pacote de compras inclui ainda 16 helicópteros Super Cougar franceses, para apoio a plataformas; quatro helicópteros americanos, equipados de mísseis e torpedos; e seis navios-patrulha, dos quais dois estão sendo concluídos no Ceará e quatro terão construção iniciada no Eisa (Rio).
Além de fabricação de equipamentos no Brasil - no caso dos submarinos e navios-patrulha - e importação de helicópteros, o orçamento da Marinha prevê gastos com a construção do estaleiro de Itaguaí - a cargo da francesa DCNS e da brasileira Odebrecht - e gasto com a compra de tecnologia. Comenta-se que o Exército está com ciúmes da Marinha, mas nada impede que a força receba verba especial para proteger a Amazônia - contra entrada de armas e drogas e para prevenir invasões esporádicas.

Riqueza do mar
Frade Carneiro afirmou que, no momento, o Brasil reivindica, na ONU, a extensão de sua fronteira marítima de 200 para 350 milhas.
- Pela Convenção de Direitos do Mar, ou Tratado da Jamaica, um país pode almejar essa faixa, desde que prove que fez pesquisas na região. O processo do Brasil está em fase adiantada na ONU e ainda não houve aprovação total, porque foram pedidas novas informações, mas acreditamos que o país obtenha esse direito.
Segundo o representante da Marinha, com essa incorporação da Fronteira Leste, o Brasil finalmente atingirá seu limite territorial máximo. Comparou o fato às incursões dos bandeirantes, após o descobrimento.
- A riqueza das 200 milhas, mais o acréscimo agora pretendido, chegando a 350 milhas, importará a agregação, ao Brasil, de área que corresponde a 49% do território nacional, em terra. Essa é a Amazônia Azul, com riquezas iguais ou maiores do que as da Amazônia Verde - declarou.
Leia mais.
MONITOR MERCANTIL

Perguntinha:
Será que sobra alguma merreca para aumentar o salário dos militares?

A PERSEGUIÇÃO AOS BRASILEIROS NA ÁREA DE FRONTEIRA DA BOLÍVIA I

O site Rondônia ao Vivo publicou ontem extensa matéria, que detalha a situação das dezenas de famílias brasileiras que estão sendo expulsas da Bolívia pelo governo do cocalero Evo Morales.
A reportagem detalha a sucessão de fatos deflagrados a partir de 2006, face ao plano de reforma agrária do governo boliviano. Governo que, desde então, passou a promover ações cada vez mais agressivas contra as duzentas e quarenta e três famílias brasileiras que, há mais de cinquenta anos, praticam o extrativismo  na província boliviana de Pando, próximo ao Rio Mamu, na fronteira com Acre e Rondônia.
Há dois anos, trinta famílias brasileiras foram expulsas por forças paramiliitares, travestidas de "movimentos sociais", lideradas pelo agitador profissional Iver Manguayo Amutary.
Nos posts a seguir, você confere registros feitos pela equipe do Rondônia ao Vivo, que retratam a situação desesperadora vivida pelas famílias despejadas de suas terras e repercutem o clima de terror e incerteza das centenas de brasileiros que permanecem em solo boliviano, sob o risco iminente.
Isto tudo, vale lembrar, a despeito dos exatos US$ 10.256.410,25 (dez milhões, duzentos e cinqüenta e seis mil, quatrocentos e dez dólares norteamericanos e vinte e cinco centavos), repassados pelo governo brasileiro em 2008, via Ministério das Relações Exteriores, para uma tal de Organização Internacional para as Migrações (OIM), por conta de um certo Programa Latino-americano de Cooperação Técnica em Migrações – PLACMI.
O objetivo do repasse da módica quantia é "a concepção e desenvolvimento de projetos destinados à ocupação econômica de cidadãos brasileiros que devam retirar-se de terras que hoje ocupam na faixa de fronteira", conforme acordo firmado entre os Governos do Brasil e da Bolívia com a OIM, em Brasília, há um ano.
Confira, na íntegra, a matéria do Rondônia ao Vivo.

A PERSEGUIÇÃO AOS BRASILEIROS NA ÁREA DE FRONTEIRA DA BOLÍVIA II

Confira o discurso inflamado dos representantes de Evo, ao "garantir a soberania" da Bolívia sobre a província de Pando. A imagem de Che Guevara ornamenta o quadro, de forma bem significativa.

A PERSEGUIÇÃO AOS BRASILEIROS NA ÁREA DE FRONTEIRA DA BOLÍVIA III

Depoimento do Professor Marquelino Santana, líder do Projeto Ecocidadania.

A PERSEGUIÇÃO AOS BRASILEIROS NA ÁREA DE FRONTEIRA DA BOLÍVIA IV

Roberval Francelino Pereira da Silva, com oito dos filhos nascidos em território boliviano, descreve a atuação do "multinacional" Iver Manguayo:

A PERSEGUIÇÃO AOS BRASILEIROS NA ÁREA DE FRONTEIRA DA BOLÍVIA VI

LUIS LINO NAZARENO, EXPULSO DE SUAS TERRAS:"Só pode ter sido mandado dele [Evo]né? Eles não respeita autoridade, eles não respeita nada!Eles tem uma grande força pra fazê uma coisa dessas, porque se não fosse um mandado do presidente eles não fazia!

A PERSEGUIÇÃO AOS BRASILEIROS NA ÁREA DE FRONTEIRA DA BOLÍVIA VII

Francisco das Chagas: "Entreguei 463 latas de castanha pra eles."

A PERSEGUIÇÃO AOS BRASILEIROS NA ÁREA DE FRONTEIRA DA BOLÍVIA VIII

Leonardo Fragoso, 71 anos: "Queriam me matá pra fazer charque. Mas carne de negro é amarga, eles disseram."

MILITARES DISCUTEM NANOTECNOLOGIA

Fonte de importantes inovações tecnológicas usadas na medicina, vestuário, eletrônica, engenharia de materiais, informática e vários outros setores, a nanotecnologia, no Brasil, ainda é pouco usada para fins militares. Já em outros países, onde essas mesmas inovações ocupam papel de destaque na formulação das estratégias de segurança e defesa, os pesquisadores veem recebendo cada vez mais recursos públicos e privados para desenvolver equipamentos capazes de dar uma vantagem a seus soldados.
É o caso dos Estados Unidos. Segundo Adam Madison Rawlett, do U.S. Army Research Laboratory, quando as tropas norte-americanas desembarcaram no Iraque, em 2003, cada soldado carregava cerca de cerca de 45 quilos em equipamento. Com o emprego de material fabricado com os recursos da nanotecnologia, esse peso foi reduzido para cerca de 18 quilos, tornando o soldado mais ágil e lhe permitindo carregar mais munição. O mesmo ocorreu com os tanques de guerra, que de 70 toneladas passaram a pesar apenas 30 toneladas.
"A nanotecnologia tem um efeito imenso para vários setores, inclusive o militar, onde precisamos desenvolver materiais leves e flexíveis que deem maior proteção aos soldados. Na robótica, por exemplo, se numa missão pudermos mandar um robô, em vez de um soldado, estaremos protegendo uma vida", afirma Rawlett, um dos convidados para o Seminário Internacional Nanotecnologia e Defesa, que ocorreu nesta segunda e terça-feira em Brasília.
Além do norte-americano, o evento, realizado pelo Exército com o objetivo de discutir os avanços do setor com pesquisadores civis e militares, contou com a participação de representantes da China, Inglaterra, Índia, França e Israel.
"É importante iniciarmos um debate nacional para o País enxergar o que está acontecendo em ciência e tecnologia e projetar isso para o futuro", explica o general da reserva Flávio César Terra de Faria, vice-presidente da Fundação Trompowski, entidade organizadora do seminário. "O Brasil precisa priorizar esse setor e temos condições de fazer isso. Essa é uma questão de política de Estado".
O diretor do Departamento de Políticas e Programas Temáticos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, Mario Norberto Baibich, destaca que o País já é capaz de pesquisar e desenvolver novas aplicações em nanotecnologia, mas que a indústria nacional ainda não se apropria adequadamente deste conhecimento.
"A nanociência no Brasil vai muito bem. Somos capazes de publicar estudos em revistas internacionais com bom padrão de qualidade, mas ainda não temos a transferência do conhecimento dos centros de pesquisa para as empresas", diz o físico. "Precisamos de políticas públicas que favoreçam a nanotecnologia e de empresas que se organizem e ofereçam produtos desenvolvidos com uso deste conhecimento".
"Inovação não acontece como consequência de decisões de cúpula ou por distribuição de incumbências funcionais. É necessário promover uma cultura permeável à inovação", afirmou o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Augusto Heleno, ao apresentar alguns dos projetos desenvolvidos pelo próprio Exército brasileiro.
TERRA

REPRESENTANTES DE EXÉRCITOS AMERICANOS SE REÚNEM NA ARGENTINA

O chefe do Estado-Maior do Exército argentino, general Luiz Pozzi, disse que as Forças Armadas "são institucionais, a serviço de seus povos", ao inaugurar a XXVIII Conferência de Exércitos Americanos.
O evento, que começou ontem e ocorrerá até a próxima sexta-feira na capital da Argentina, Buenos Aires, reúne altos dirigentes dos Exércitos da Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, El Salvador, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Já Honduras foi excluído da reunião devido à crise política local, gerada por um golpe de Estado dado em junho contra o presidente Manuel Zelaya.
Pozzi mencionou que os objetivos fundamentais da conferência são "a construção de sistemas multilaterais para enfrentar desastres naturais e problemas de meio ambiente, além do (incentivo ao, ndr.) desenvolvimento de operações de paz".
"Os Exércitos americanos têm papel na construção da paz, que se encontra no marco da legislação dos respectivos países", analisou o chefe de Estado-Maior do Exército argentino.
A ministra argentina da Defesa, Nilda Garré, presidiu a cerimônia de abertura da conferência, da qual participaram também o major-brigadeiro do ar Machado e Silva, presidente da Junta Interamericana de Defesa, e o ministro da Defesa de El Salvador, David Munguía Payes, representando a Conferência das Forças Armadas da América Central.(ANSA)

27 de outubro de 2009

TEERÃ E BRASÍLIA, OU AHMADINEJAD E LULA, ESTÃO NA MESMA SINTONIA


O governo iraniano aposta na relação com o Brasil, considerado com bom trânsito internacional, para aliviar o seu isolamento diplomático

Teerã e Brasília estão na mesma sintonia no que diz respeito a energia nuclear. Essa é a opinião do chanceler do Irã, Manouchehr Mottaki, que defendeu ontem a intensificação da parceria com o Brasil também em outras áreas. As declarações, feitas em meio aos preparativos da visita a Brasília do presidente Mahmoud Ahmadinejad, no dia 23 de novembro, mostram que o governo iraniano aposta na relação com o Brasil, considerado com bom trânsito internacional, para aliviar o seu isolamento diplomático e amparar politicamente o seu controverso programa de enriquecimento de urânio. De acordo com a Folha (para assinantes), as declarações de Mottaki estão afinadas com o discurso do presidente Lula, que durante a última Assembleia Geral da ONU, no mês passado, rejeitou pressões internacionais para forçar Teerã a suspender seu programa nuclear e destacou o direito, assegurado pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear, de todos os países enriquecerem urânio para produzir energia atômica civil. O Estadão destaca que o chanceler iraniano deu o primeiro sinal de que Teerã pode aceitar o acordo proposto na quarta-feira pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, segundo o qual o Irã enviaria seu urânio para ser enriquecido na Rússia.

Comento:
Ahmadinejad é aquele lunático que nega o holocausto e prega a destruição de Israel. Parece que ele vem mesmo ao Brasil, dia 23.
A respeito da visita, na famosa entrevista em que Lula, o pragmático, pregou aliança com Judas, o amável repórter perguntou a Nosso Guia se ele não temia a reação da "comunidade judaica" à presença do líder iraniano, como se apenas os judeus tivessem o direito de  manifestar sua indignção contra um louco homicida que afirma perempetoriamente (lembra alguém?) que um dos maiores genocídios praticados na história da humanidade não exisitiu.
Porém, convenhamos, tal afinidade tem razão de ser. Para quem nega, sem piscar, a existência do Foro de São Paulo e do Mensalão, não há nada de estranho em aliar-se com outro mentiroso contumaz. São mentes que transitam numa mesma e obscura sintonia.

ACIDENTE COM VIATURA DO EXÉRCITO DEIXA TRÊS MILITARES E UM CIVIL FERIDOS EM MACEIÓ

Um acidente de trânsito registrado no começo da tarde desta segunda-feira, 26, em um trecho da Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, deixou quatro pessoas feridas. O acidente ocorreu próximo à sede do Ibama e envolveu uma motocicleta e um jipe do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado.


De acordo com informações fornecidas por agentes de trânsito, o jipe teria capotado e atingido o motociclista, que foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado. Sua identidade e estado de saúde não foram divulgados pelas equipes de resgate.

Já os ocupantes do jipe foram identificados previamente como Edcarlos, Leandro Henrique e Alisson Alves, que foram encaminhados para a Santa Casa de Maceió, onde serão submetidos a tratamento médico. Bombeiros removeram o jipe, que ficou atravessado na via. O trânsito ficou lento no sentido Tabuleiro/Centro.
Segundo informações da Assessoria de Comunicação Social do 59º BIMtz, o Comando do batalhão instaurará um Inquérito Policial Militar para apurar as causas e responsabilidades no acidente.
ALAGOAS 24 HORAS

DISPARO ACIDENTAL FERE SOLDADO DO EXÉRCITO EM DOURADOS(MS)

O soldado Deivid Ricardo Gomes Ribeiro, que serve no esquadrão de comando da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados, foi ferido com um tiro no pé direito, na noite deste domingo. De acordo com nota oficial divulgada pelo serviço de comunicação da Brigada, por volta de 19h20 de ontem o soldado estava de serviço no quartel quando disparou um tiro com o fuzil 7,62 que manuseava.

O militar foi levado ao posto médico do quartel e depois transferido para o Hospital Evangélico, onde foi medicado e passa bem, segundo o próprio Exército.
De acordo com o comando da 4ª Brigada, Deivid Ribeiro estava “devidamente habilitado” a manusear a arma e instruído para realizar o serviço para qual tinha sido escalado. A Brigada Guaicurus anunciou que vai instaurar Inquérito Policial Militar para apurar os fatos.

MARINHA APRESENTA PLANOS DE MODERINIZAÇÃO

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A construção de submarinos e de navios-patrulha e o desenvolvimento de estratégias para aumentar a presença da Marinha na Amazônia estão entre as prioridades do Programa de Equipamentos e Articulação desse segmento das Forças Armadas. A informação foi dada hoje (26) à Agência Brasil pelo comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio de Moura Neto.
Durante a manhã, ele apresentou a associados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) um esboço das metas de modernização incluídas no programa, que será executado ao longo das próximas quatro décadas e cujos projetos estão sendo avaliados pelo Ministério da Defesa.
“A Marinha quer construir navios e outros equipamentos aqui no país e vamos nos valer da capacidade da indústria para que ela cresça mais ainda”, afirmou Moura Neto.
Perguntado se o plano está associado a novas estratégias de exploração visando ao crescimento econômico do país, como, por exemplo, o pré-sal, o almirante respondeu: ”O governo brasileiro precisa e já decidiu pela melhor capacitação das Forças Armadas. Com a descoberta do petróleo no mar, ficam claras as responsabilidades ainda maiores da Marinha.”
Segundo o almirante, as prioridades são a construção de submarinos, de navios-patrulha e da segunda esquadra do reforço do poder naval, o projeto de povoamento da Amazônia e o sistema de gerenciamento das águas jurisdicionais brasileiras, que é chamado de Amazônia Azul.
De acordo com o diretor do Departamento da Indústria de Defesa (Comdefesa), Jairo Cândido, o plano, a ser desenvolvido até 2050, “é extremamente ambicioso” e abrange desde a viação naval e todos os meios de navegação marítima até a vigilância do mar e a estrutura para a operação nas águas internas.
Cândido informou que já estão em andamento os planos do navio de superfície e de um navio de l.800 toneladas, entre outros, para melhor capacitação da Marinha. ”Chegamos quase ao sucateamento das Forças Armadas”, afirmou o diretor do Comdefesa. Ele ressaltou, porém, que, desde dezembro do ano passado, o governo está empenhado em corrigir essa defasagem.
Para Jairo Cândido, o Brasil o está preparado para absorver toda a transferência de tecnologia necessária para a nacionalização do fornecimento à Marinha. Dizendo-se animado com o impulso que esse programa deverá proporcionar ao setor produtivo, ele destacou que só três projetos envolvem compras em torno de R$ 50 bilhões.

OLIMPÍADA 2016: VEREADOR QUER USAR INSTALAÇÕES ESPORTIVAS DA AMAN PARA TREINAMENTO DE ATLETAS

O vereador de Resende (RJ), Pedro Paulo Florenzano, quer que a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) se incopore ao esforço olímpico.
A proposta prevê a descoberta e preparação de atletas da região, utilizando para isso as instalações da AMAN, adequadas à formação de atletas de elite.
“Quero incentivar o uso da estrutura poliesportiva da Aman. Sendo o Rio de Janeiro a cidade sede, a Aman deve abrigar modalidades como as provas de tiro. Resende pode ser destaque em função do espaço que a Aman tem para essa preparação”, diz Florenzano.

26 de outubro de 2009

FUGA DA FARDA ATRÁS DE SALÁRIO

Baixa remuneração faz com que técnicos qualificados abandonem Exército para ingressar na iniciativa privada

Edson Luiz
Enviado Especial
Rio de Janeiro – O Brasil está se tornando uma referência no desenvolvimento de tecnologia militar na América Latina, mas corre o risco de ver um trabalho de mais de duas décadas atrasar por vários anos. A cada dia que passa, as Forças Armadas estão perdendo seus melhores quadros técnicos para a iniciativa privada por causa dos baixos salários. Somente este ano, 10 especialistas de várias áreas deixaram o Instituto Militar de Engenharia (IME) e não foram substituídos. No Centro de Tecnologia do Exército(1) (CTEx), não há renovação de pessoal e muitos estão prestes a se aposentar. Quando os militares não perdem seus técnicos para empresas, perdem para outros órgãos do governo que pagam melhores salários.
O problema é considerado tão sério que foi um dos assuntos da última reunião do Alto Comando do Exército, realizada há duas semanas, em Brasília. O diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira se mostrou preocupado com o cenário que viu no Rio de Janeiro, onde esteve na semana passada. Ele recebeu muitas queixas de subordinados. “Há uma evasão significativa”, diz Heleno. “É uma pena a gente perder engenheiros top de linha dessta forma. Foi um investimento do Exército”, acrescenta o general.
Todos os profissionais que trabalham na área de ciência e tecnologia do Exército foram formados nas próprias fileiras da Força. Além dos militares, o IME e o CTEx contratam civis, mas o processo de seleção para o instituto é tão rigoroso que poucos conseguem passar. No CTEx, a situação é inversa, já que muitos dos especialistas são civis, mas em número reduzido. “Alguns estão próximos a se aposentar, pois o último concurso que tivemos foi em 1990”, afirma o subchefe do centro, coronel Hildo Vieira Prado Filho.
No CTEx também existe outro problema. Como 78% dos engenheiros que trabalham no local são oficiais, eles são obrigados a fazer cursos de graduação e suas vagas não são preenchidas. Com isso, os projetos em que estavam envolvidos ficam paralisados. “Hoje temos mais militares do que civis, mas o ideal seria o contrário disso”, afirma Prado. “Quando os militares retornam ao centro estão desatualizados, pois eles não são substituídos”, observa o coronel. O mesmo problema ocorre no Centro de Avaliação do Exército (CAEx), onde é testado tudo que é desenvolvido no CTEx.

 A evasão é causada pela questão salarial
“A evasão é causada pela questão salarial. Isso impossibilita a realização profissional.O engenheiro acaba não trabalhando naquilo que gosta”, explica o general Heleno. No caso do IME, as dez perdas deste ano foram para concursos públicos e a iniciativa privada, onde os salários são melhores e as perspectivas de crescimento, maiores. Segundo o diretor de ensino do instituto, general Amir Elias Abdalla Kurban, há casos em que empresas assumem a indenização que os técnicos teriam que pagar ao governo.
Além de especialistas nas áreas em que trabalham, os engenheiros militares possuem profundo conhecimento de questões estratégicas, como o desenvolvimento do míssil Superfície-Superfície, hoje em fase de avaliação no CTEx. Mas não apenas pesquisas voltadas para a área militar estão sendo trabalhadas pelos especialistas. No centro, por exemplo, os jovens oficiais estão testando a transformação de resíduos de petróleo em fibras de carbono, cuja tecnologia hoje só é dominada pela China e Estados Unidos. Durante a pesquisa, os engenheiros do Exército descobriram um tipo de piche menos poluente para ser usado na indústria de alumínio.

Doutores e mestres integram quadro
Ao todo 780 funcionários trabalham no Centro de Tecnologia do Exército. Há 516 militares, sendo que 115 são pós-graduados -— doutores ou mestres — e 219 são civis, com 53 graduados. O CTEx está situado em uma área de 28km de preservação ambiental, onde também está o Centro de Avaliação do Exército (CAEx). Além dos técnicos na área militar, o quadro dos dois órgãos têm biólogos que cuidam da fauna e flora do local.

Comento
A evasão dos qualificadíssimos engenheiros militares é a parte mais visível de um problema grave que assola as Forças Armadas em todos os níveis, devido a baixa remuneração.
Algo semelhante ocorre também com os pilotos das três Forças, seja de jatos ou helicópteros, que tem abandonado a carreira militar com frequencia cada vez maior, seduzidos pelas propostas da iniciativa privada.
Há pouco tempo, no sul, um comandante de unidade, já tenente-coronel, passou para a reserva tão logo foi exonerado do comando, abrindo mão de um possivel generalato, para ser piloto de helicóptero numa companhia privada.
Mas não é somente entre os profissionais de alta qualificação técnica que essa realidade se retrata. De há muito, o nível sócio-econômico dos jovens que ingressam na AMAN vem diminuindo, pois a carreira deixou de ser atrativa para a classe média alta.
Assim, os "filhos de" estão sendo substituídos cada vez mais por "filhos da" no tradicional estabelecimento de ensino e sobrenomes que, tradicionalmente, integram a alta oficialidade do Exército, desaparecerão do Almanaque Militar muito em breve.

RORAIMA: PF E EXÉRCITO RETIRAM ESTRANGEIROS DAS RESERVAS


ANDREZZA TRAJANO
Ao mesmo tempo em que policiais federais e militares do Exército Brasileiro destruíram garimpos nas terras indígenas Raposa Serra do Sol e Yanomami, durante a Operação Escudo Dourado, as tropas também retiraram estrangeiros que transitavam irregularmente pelas reservas.
A ação foi executada entre os dias 11 e 16 de outubro, com o objetivo de combater o garimpo em terras indígenas, bem como outros ilícitos que ocorrem nas regiões de fronteira com a Venezuela e a Guiana.
De acordo com o delegado Alan Gonçalves, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente (Delemaph), cinco estrangeiros, sendo quatro europeus e um asiático, foram retirados das áreas indígenas.
Quatro foram encontrados na Raposa Serra do Sol, na região do Maturuca, e se identificaram como missionários. Dois eram espanhóis, um português e o outro era italiano. Eles estavam legalmente no País, mas não possuíam autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) para transitar pela reserva.
Na terra Yanomami, na comunidade do Paapiu, foram encontrados diversos jornalistas sul-coreanos, integrantes de uma rede de TV estrangeira. Todos possuíam autorização da Funai para transitar pela região, mas um deles estava sem o passaporte. Por este motivo, foi trazido a Boa Vista para provar a legalidade da permanência dele no País.

GARIMPOS
Na operação foram desativados dez garimpos e dez garimpeiros foram presos. Os agentes federais destruíram materiais utilizados para garimpagem tanto em garimpos ativos quanto abandonados. Na Raposa Serra do Sol, as ações se concentraram na cachoeira do Urucá, nos rios Maú e Pauá, igarapé do Sol e nas comunidades Mutum, Nova Vida, Paruê, Flexal, Puxa Faca e Água Fria.
Na reserva Yanomami, as atividades foram desempenhadas em Hakoma, Paapiu, Catrimani, Parafuri, Inaja, Quincas, Watau, Praimu e nos garimpos Chico Veloso, Raimundo Nenem, Pista do Hélio, Chimarrão, Baiano Formiga, Feijão Queimado, e Garimpo Novo.
Entre os garimpeiros presos, um é guianense e quatro vivem em Roraima. Os outros cinco são indígenas. Conforme Gonçalves, os garimpeiros não-índios são pessoas que já trabalhavam em garimpos na década de 90 e que não possuem qualificação profissional nem estudo para atuar em outra atividade.
A ação só reforçou o que ele já havia informado anteriormente à Folha, que há pessoas de Boa Vista financiando garimpos em reservas indígenas. Todas as informações reunidas já estão sendo investigadas.

RESULTADO
Ainda na operação, foram inutilizadas duas balsas que auxiliavam a atividade garimpeira, cumpridos três mandados de busca e apreensão, em local não informado, e apreendido ouro na terra indígena Yanomami em poder de um garimpeiro.
Ainda nesta reserva, foi destruída uma barragem construída por garimpeiros para desviar o curso de um igarapé. A Escudo Dourado cumpriu também decisão proferida na Ação Civil Pública de nº 91.00.13363-9 (17 VF/DF), em agosto deste ano, que determinou a retirada de garimpeiros da Raposa Serra do Sol.
“Todos os garimpos encontrados foram desativados. Nos últimos anos temos concentrados esforços tanto para desativar garimpos em terras indígenas quanto para coibir a ação de diamantários”, disse lembrando algumas operações realizadas pela PF, como a que ocorreu em Bonfim no início deste ano, em que 600 quilos de mercúrio, utilizado para separar o ouro da terra, foram apreendidos.
FOLHA DE BOA VISTA