30 de setembro de 2015

Bingo!

Na postagem

Ministério da Defesa explica nomeação do marido de Ideli Salvatti

DENILSON ACOSTA disse...
Está resolvido o problema dos baixos salários das forças armadas!!! Eu mesmo, agora, mandei convite de amizade (por enquanto!!!) para o facebook da Graça Foster!!!!
Só pra lembrar, esta é Graça Foster

Justiça Federal anula transferência ex officio de coronel do Exército

O autor da ação judicial, um Oficial Superior do Exército Brasileiro, propôs a demanda objetivando a desconstituição do ato que o removeu ex officio da cidade de Natal⁄RN para Porto Alegre/RS, sustentando que a nulidade do ato está na ausência de motivação, e que a transferência, na verdade, teria ocorrido como forma de punição, em face de denúncia, apócrifa e anônima, apresentada por meio eletrônico junto ao Comando da 7ª Brigada, mas cujo teor acusatório não foi sequer objeto de apuração pela autoridade militar competente.
A denúncia anônima, mesmo sem apuração, foi a causa direta da ordem de movimentação forçada (transferência) de todos os oficiais militares acusados, por supostos atos de irregularidade cometidos no exercício de suas funções públicas.
A transferência do Oficial foi publicada com o fundamento genérico da “necessidade do serviço”, referindo-se ainda o ato de transferência que o objetivo seria a aplicação da previsão abstrata contida no inciso IV, do art. 13 do R-50 (desenvolver potencialidades, tendências e capacidades, de forma a permitir maior rendimento pessoal e aumento da eficiência do Exército), mas sem apresentar qualquer motivação concreta que justificasse o motivo aludido genericamente no ato discricionário.
A alegação de “necessidade do serviço”, como se verificou com a chegada do autor a Porto Alegre, se mostrou sem qualquer sustentação, uma vez que o requerente foi incluído como “excedente” no Colégio Militar de Porto Alegre, porque sequer havia vaga prevista para a sua lotação, passando a realizar atividades de menor complexidade, muito distante das importantes atribuições que desempenhava no Hospital Militar de Natal/RN.
O militar, inconformado com a transferência, e porque a movimentação lhe causou vários prejuízos, incluindo a desagregação do núcleo familiar e a desmoralização profissional, ao ser punido indiretamente, por conta de denúncias (falsas) anônimas, sem que lhe fosse oportunizada qualquer chance de defesa, mesmo porque inexistiu qualquer processo administrativo disciplinar em que os fatos pudessem ser efetivamente apurados, resolveu ainda apresentar pedido administrativo de “Reconsideração de Ato de Movimentação”, no qual, alegando existência de atos administrativos de autoridades do Exército Brasileiro realizados sem amparo legal, contaminados por vício de motivação e finalidade, foi encaminhado para o Chefe do Departamento-Geral de Pessoal.
Não obstante, o pedido de reconsideração foi arquivado.
Promovida a ação judicial em Porto Alegre, sobreveio a sentença de PROCEDÊNCIA, inclusive com a concessão de LIMINAR, anulando-se o ato administrativo inválido.
O advogado MAURÍCIO MICHAELSEN defendeu os interesses do Oficial do Exército.

DA DECISÃO JUDICIAL
Em apurada sentença, o MM. Juízo da 4ª Vara Federal de Porto Alegre assim decidiu o feito, verbis:
"(...)
Trata-se de pedido de anulação do ato administrativo de sua movimentação do autor da cidade de Natal/RN para Porto Alegre/RS, realizado sob o fundamento de necessidade de serviço.
O requerente alega que sua transferência tem motivação punitiva, em razão de denúncia anônima ocorrida por meio eletrônico, apontando supostas irregularidades no Hospital Militar de Guarnição de Natal/RN. Sustenta seu pedido na necessidade de manutenção da unidade familiar, pois se encontra incapacitado para o trabalho temporariamente, motivado pelo estresse decorrente de tal situação, bem como pelo fato de que uma de suas filhas, que veio para Porto Alegre com o autor, teve desempenho escolar insuficiente, enfrentando grande dificuldade de adaptação, acabando por ser reprovada na instituição de ensino militar, necessitando que sua mãe (ex esposa do autor) venha de Natal constantemente a fim de dar suporte emocional a menor.
A movimentação do autor de Natal para Porto Alegre, em novembro de 2012, foi realizada ex officio, alegando-se necessidade do serviço, conforme o disposto no inciso IV do art. 13 e o art. 14 do R-5-, aprovado pelo Dec. nº 2.040/1996, ou seja, objetivandodesenvolver potencialidades, tendências e capacidades, de forma a permitir maior rendimento pessoal e aumento da eficiência do Exército.
Todavia, tal motivação não restou justificada pela União, o que se soma ao fato de o autor ter sido movimentado para uma Organização Militar em situação de excedente do quadro, sem que fosse apresentada uma razão para esse fato também, o que permite concluir que a movimentação não teve por finalidade atender objetivos específicos previstos em planos de movimentações para preenchimento de efetivos mínimos nos diversos quartéis do Exército, como alegado nas informações prestadas inicialmente.
Apesar de não haver prova cabal de que a transferência do autor seja em decorrência da denúncia anônima alegada na inicial, os indícios são de que efetivamente a movimentação dos militares citados na denúncia, incluindo o autor, possa ter sido desencadeada em decorrência dessa denúncia. Já o inquérito policial militar nº 0000085-26.2013.7.07.0007 (evento 121, OFIC 1, pp. 1 - 7) foi instaurado em data posterior à transferência do demandante.
Por outro lado, há que se ponderar que a movimentação do demandante para a Organização Militar de Porto Alegre poderia ser prejudicial à sua saúde. Foi juntada documentação, conforme as atas de inspeção juntadas do evento 148, OUT 3, demonstrando que o autor possui depressão F 32.2 (diagnosticada como grave, em determinados períodos; e moderada, noutros), além de apresentar transtorno mental devido ao uso de álcool – FF 10. 2 - síndrome de dependência, encontrando-se incapacitado para o serviço do Exército temporariamente.
Ademais, com base na avaliação do quadro clínico, sugeriu-se o “tratamento farmacológico e psicoterápico. Este pode ser favorecido se obtiver suporte familiar.” (evento 148, LAU 2, p. 4). (grifei)
Destarte, denota-se que o problema psicológico do autor se acentuou a partir do momento em que o ato de transferência se consumou, sobressaindo-se, no caso, as consequências danosas suportadas pelo demandante e pela família (evento 1, ATESTMED 6: “Não apresenta-se em condições para o trabalho em seu OM, o que é agravado pelo afastamento de sua família”).
Assim, não resta dúvida quanto a existência de situação excepcional e peculiar no caso concreto.
De outra parte, em que pese as movimentações de unidades sejam inerentes à carreira militar, obedecendo à discricionariedade da Administração, ao interesse público e à legalidade, ocorre que, em casos especiais, em que haja fundado prejuízo à saúde ou à família do militar com a transferência, deve prevalecer o direito à saúde e a proteção à família, garantias constitucionais que, se devidamente comprovadas, podem, excepcionalmente, sobrepor-se ao interesse público.
A Carta Magna, no art. 1º, inciso III, estabelece o princípio da dignidade da pessoa humana como diretriz do Estado democrático de Direito em que se constitui o Brasil.
Se é certo que não pode o servidor escolher o seu local e órgão onde trabalhar, sobretudo o servidor militar sujeito à legislação especial, face ao interesse público, a movimentação arbitrária do servidor, em prejuízo de sua saúde e em desvio de finalidade, visto que realizada possivelmente em razão de motivo diverso do declarado.
Ademais, o interesse contraposto - movimentação do autor para preenchimento de vaga em Porto Alegre - não sofrerá maiores prejuízos, porquanto, segundo afirmado pelo o autor e confirmado pela ré, em sede de contestação, o demandante compõe o quadro como "excedente" (evento 1, OUT 10), demonstrando que a sua movimentação não decorre de necessidade da unidade de destino.
Nesse contexto, deve-se ponderar que a atuação da Administração deve buscar a harmonia entre os princípios constitucionais que a delineiam, de forma a privilegiar a razoabilidade e a proporcionalidade, ou seja, a legalidade deve ser exercida com vistas ao bem estar do cidadão e ao seu progresso social. Assim, a razoabilidade quanto à interpretação e aplicação da legislação pertinente é medida que se impõe.
Com efeito, é o caso de ser adotada providência que preserve, em primeiro lugar, a saúde e o bem-estar da família, sem prejuízo do seu cargo militar e da sua remuneração, que tem natureza alimentar e é indispensável à sua sobrevivência e de sua família, principalmente no momento tormentoso que atravessa, em que é necessário ter calma e tranquilidade para que sejam mantidas a estabilidade familiar e a integridade física e psicológica sua e dos familiares, não sendo lícito à Administração Pública a tudo isso ignorar, por mais relevantes que sejam as suas razões."
(...)"
O DIREITO DO MILITAR/montedo.com

DF: carro de militar do Exército pega fogo e causa danos em apartamento

Redação do Jornal de Brasília
O proprietário do automóvel é militar do Exército e estaria, há dois meses, em missão no Haiti
Na tarde desta terça (29), um Fiat Siena pegou fogo por volta das 14h, no Cruzeiro Novo, próximo ao supermercado Super Maia. Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o proprietário do automóvel é militar do Exército e estaria, há dois meses, em missão no Haiti. Os bombeiros foram acionados pela população, logo iniciando o combate contra o incêndio por volta das 14h25.
O incêndio deixou vestígios no local e, também, no apartamento de cima, que ficou tomado por fumaça. O responsável pelo prédio, onde o carro pegou fogo, foi instruído a procurar técnicos para evitar mais danos e restaurar o local atingido pelo fogo. Da mesma forma, a esposa do proprietário foi orientada a registrar ocorrência.
A perícia do Corpo de Bombeiros foi acionada para verificar o ocorrido.
iG Brasília/montedo.com

Comunista Aldo Rebelo deve ser o novo Ministro da Defesa

Resultado de imagem para ALDO REBELOJaques na Casa Civil; Aldo Rebelo na Defesa
CRISTIANA LÔBO
Na tentativa de dar uma guinada no governo e reverter a crise política que vem se agravando a cada semana, a presidente Dilma Rousseff decidiu aprofundar a reforma ministerial em curso e substituir Aloizio Mercadante na Casa Civil – uma já antiga sugestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT e do PMDB.
Para o lugar dele, irá Jaques Wagner, atual ministro da Defesa, e, para a Defesa, será deslocado o ex-deputado Aldo Rebelo (PCdoB), que deixará o Ministério da Ciência e Tecnologia. Antes de viajar para os Estados Unidos, Dilma enviou mensagens ao PSB com sondagens para o partido ocupar a pasta de Ciência e Tecnologia, que já foi comandada por Eduardo Campos durante o governo Lula.
As mais importantes mudanças na equipe, além da abertura de espaço para o PMDB, mostram que os principais conselhos do ex-presidente Lula foram acolhidos pela presidente – com exceção da troca de comando no Ministério da Justiça. José Eduardo Cardozo vai continuar no posto.
Dilma insistia na importância de remover Mercadante da Casa Civil para ampliar o diálogo do governo com o universo político. Jaques Wagner teve seu nome defendido pelo PT e pelo PMDB para a Casa Civil, tanto pela habilidade política quanto pela experiência administrativa em dois governos da Bahia.
Efetivadas essas mudanças, o Palácio do Planalto passará a abrigar os ministros Jaques Wagner, na Casa Civil; Ricardo Berzoini, na Secretaria-Geral, que será reforçada com articulação política e diálogo com os movimentos sociais, uma reivindicação de Berzoini; e Edinho Silva, ministro da Comunicação de Governo. Além do assessor especial Giles Azevedo, que pode ser o segundo de Berzoini e tem recebido mais e mais missões da presidente.
O PMDB vai levar o que pediu e todas as alas serão atendidas: do grupo do vice Michel Temer vão permanecer em seus postos Eliseu Padilha, na Aviação Civil, e possivelmente Helder Barbalho, no Ministério da Pesca. A bancada na Câmara vai indicar o ministro da Saúde – o nome mais cotado agora é o de Marcelo Castro; e o dos Portos, com uma indicação do líder Leonardo Picciani. Kátia Abreu segue na Agricultura e Eduardo Braga no Ministério de Minas e Energia.
Para cumprir a promessa de reduzir o número de ministérios, poderão ser reunidos num só ministério as pastas de Trabalho, Previdência e Desenvolvimento Social. Cada área terá um vice-ministro com força política. Os atuais ministros podem ficar com esses cargos.
A presidente pode, ainda, fundir as secretarias que têm status de ministério – Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
As mudanças devem ser anunciadas na quinta-feira.
G1/montedo.com

Luísa, a pequena guerreira!


Essa gracinha aí ao lado, de uniforme da PM/SC, é a Luísa, neta do meu grande amigo Sérgio Tarouco Silveira, tenente da reserva do Exército. Ela tem Síndrome de Kostmann e precisa de um transplante de medula óssea. 

Abaixo, um texto do Jornal O Líder, de São Miguel D'Oeste, editado por mim:

A luta de Luisa
A pequena Luisa Silveira dos Santos de apenas um aninho de idade de São Miguel do Oeste, filha de Mariju, 34 anos e José Adilson dos Santos Júnior, 32 anos, enfrenta uma batalha desde os seis meses de idade, quando os primeiros sintomas de sua doença começaram a aparecer. Por enquanto o tratamento que ela tem feito é por medicação com aplicação subcutânea, a qual inclusive é disponibilizada pelo Estado pelo alto custo. Porém conforme a mãe de Luisa, os médicos já alertaram que a medicação não pode ser usada por muito tempo já que pode causar leucemia.
Luisa aguarda pr um doador compatível. “Saber que se a gente pudesse comprar com o dinheiro que fosse a gente ia gastar para comprar, mas não a gente precisa da solidariedade, a gente precisa do amor ao próximo e contar com as pessoas que não tem nenhum vinculo, mas que pode vir a ter o maior vinculo para o resto da vida que é salvar a vida da nossa filha”, emociona-se a mãe. A síndrome de Kostmann é uma doença rara que segundo estatísticas acomete uma pessoa para cada dois milhões.

Voltei
A busca por um doador para Luísa tem mobilizado muita gente, sendo tema inclusive de uma campanha institucional da PM/SC (o pai, Adílson, é sargento PM).  A procura foi tanta que o Hemosc (Hemocentro de Santa Catarina) deslocartá mensalmente uma equipe de Chapecó até São Miguel D'Oeste para fazer a coleta da amostra de sangue das centenas de voluntários.

Lanceiros solidários
A luta de Luísa sensibilizou também os integrantes do 14º R C Mec. Ontem (29), feriado municipal na cidade catarinense, 173 militares e familiares coletaram sangue para a campanha.
Parabéns ao Comandante Zucco e a todos os integrantes do velho "14". Lanceiros!!!

Viatura capota e militares da Aeronáutica ficam feridos no RJ



Dez militares sofreram ferimentos leves e foram levados para o Hospital de Força Aérea do Galeão

Rio - Uma viatura capotou da Aeronáutica capotou, na Rua Marechal Âncora, em frente à entrada do Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), no Centro do Rio, por volta das 8h30 desta terça-feira (29). Dez militares do Grupamento de Apoio do Rio de Janeiro sofreram ferimentos leves. Eles foram levados para o Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG). De acordo com a Aeronáutica, um inquérito será instaurado para apurar a ocorrência.

O DIA/montedo.com

Marinha solidária com "o momento difícil vivido pelos brasileiros".

Tim tim brecado
Marco A. Birnfeld

A Marinha do Brasil revogou a licitação para compra de utensílios para cozinha e jantar no valor de R$ 8 milhões. Menos mal. Pesaram as restrições orçamentárias que recaem sobre o governo e, principalmente, "o momento difícil vivido por todos os brasileiros".

Espaço Vital (Jornal do Comércio)/montedo.com

Comentários moderados

Caros, acabei de moderar os 117 comentários de ontem que estavam na fila. Como certamente vocês já perceberam, esta semana está sendo atípica.  A moderação dos comentários será feito uma vez ao dia e as postagens ocorrerão somente no início da manhã e à noite.
Agradeço a todos pela paciência e compreensão.

29 de setembro de 2015

Ministério da Defesa explica nomeação do marido de Ideli Salvatti

Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
O ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT) nomeou o marido da ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti para o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa, em Washington, nos Estados Unidos. De acordo com reportagem da revista Veja, as nomeações provocaram desconforto na própria OEA, no Itamaraty e entre militares. Ideli Salvati é assessora de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede também na capital americana.
Segundo a semanal, o segundo-tenente músico do Exército, Jeferson da Silva Figueiredo, casado com a petista, assume as novas funções no dia 1º de outubro. Ele vai exercer o cargo por dois anos e terá remuneração de 7.400 dólares, o que corresponde a mais de R$ 30 mil mensais. Figueiredo também recebeu ajuda de custo para sua ida para os Estados Unidos de cerca de 10.000 dólares, mais de R$ 40 mil.
Por meio de nota enviada ao Bocão News, o Ministério da Defesa esclarece que para ocupar o cargo de ajudante da diretoria de subsecretaria de serviços administrativos e de conferências da Junta Interamericana de Defesa - JID é preciso ser militar, policial ou civil com conhecimento na área administrativa. “O segundo tenente do Exército Jeferson da Silva Figueiredo possui tais requisitos. É militar, e segundo tenente do Exército. E por estar a dois anos exercendo funções desta natureza na Seção de Apoio Administrativo da Subchefia de Logística Operacional do Ministério da Defesa, órgão ligado ao EMCFA (Estado Maior Conjunto das Forças Armadas)– onde desempenhava funções como gerenciamento eletrônico de documentos, auxilio em serviços de viagens e coordenação de reuniões – o 2º Tenente do Exército Jeferson da Silva Figueiredo preencheu os requisitos necessários para ocupar o referido cargo”, diz trecho da nota.
Ainda de acordo com o esclarecimento, no caso do cargo de ajudante da subsecretaria de serviços administrativos da JID, as atribuições são funções administrativas como: protocolar documentos oficiais dos organismos da subsecretaria e de conferências da JID e elaborar requerimentos funcionais do diretor da subsecretaria.
O Ministério explica também que a jornada de trabalho é de 32 horas semanais e o honorário é o previsto na Lei de Remuneração no Exterior para o posto de 2º Tenente. Por ocasião da sua movimentação para o estrangeiro, o militar ou funcionário civil também faz jus a ajuda de custo, indenização de bagagem e passagens para si e para seus dependentes.
Por fim, a assessoria finaliza afirmando que é “prerrogativa do ministro da Defesa a designação para cargos em órgãos diretamente ligados à pasta de Defesa, como a JID e a Escola Sul-Americana de Defesa (ESUDE). A nomeação se deve à mudança de sua família para o exterior. Nada teve a ver com a alteração do decreto 2.790, de 1998. Pois a nomeação foi assinada em agosto e o decreto somente em setembro”.
Bocão News/montedo.com
Pessoal, moderação dos comentários somente à noite, ok? Grato pela paciência.

Alto Comando do Exército está reunido em Brasília

Reunião fará análise de conjuntura
A reunião do Alto Comando do Exército começou hoje [ontem] e se estende até quinta-feira. Nos próximos dias, os generais farão uma exposição dos problemas de suas áreas com a proposição de soluções. Cabe ao chefe do Estado Maior do Exército, general Sérgio Etchegoyen, a análise conjuntural do que assombra o Brasil.
Como Dilma falou na ONU, o Brasil não tem problemas estruturais, apenas conjunturais.

Inteligência do Exército preparou relatório
O Centro de Inteligência do Exército preparou um relatório secreto sobre a atual conjuntura brasileira. O documento será analisado na reunião do Alto Comando que começou hoje [ontem].
Nele constam projeções sobre as consequências da crises econômica e política, avaliação de possíveis impactos da Lava Jato em obras de infraestrutura com a participação da força terrestre e um levantamento de acampamentos de sem-terra considerados 'atípicos'.

Jobim tem "olhos e ouvidos" no Alto Comando
Nelson Jobim, o homem por trás do fatiamento da Lava Jato, tem "olhos e ouvidos" no Alto Comando do Exército. Trata-se de Sérgio Etchegoyen, chefe do Estado Maior.
Etchegoyen foi assessor militar de Jobim e deve ao ex-ministro, de quem é muito amigo, sua promoção a 4 estrelas.
O Antagonista/Edição: montedo.com

Tenente da FAB é acusado de agredir motorista durante briga de trânsito

Motorista fica ferido após briga de trânsito com tenente da aeronáutica
Oficial teria se irritado com tentativa da vítima de fugir de congestionamento.
Polícia cita abuso de autoridade no registro do caso, mas militar foi liberado.

Do G1 Campinas e Região
Campinas (SP) - Um motorista de 34 anos se feriu após uma discussão de trânsito com um tenente da aeronáutica na Vila Joaquim Inácio, em Campinas (SP), na manhã deste domingo (27). De acordo com a vítima, o oficial quebrou o vidro do carro e o esmurrou várias vezes no rosto após um bate boca em uma via congestionada. O militar diz ter sido atacado primeiro, mas responderá por lesão corporal, dano, ameaça e abuso de autoridade. Os envolvidos foram ouvidos na Polícia Civil e liberados.
A briga ocorreu na Avenida Comendador Enzo Ferrari, que estava com trânsito lento, segundo os envolvidos, por conta de um concurso realizado em uma universidade das imediações. A vítima estava acompanhada da esposa, que teria pedido passagem ao militar para o marido tentar fugir do congestionamento. A confusão se iniciou nesse momento.
A vítima afirma que o militar se recusou a dar passagem e a esposa o acusou de usar o celular enquanto dirigia. Os três iniciaram um bate-boca e, segundo as vítimas e uma testemunha, irritado, o tenente desceu do carro, quebrou o vidro da janela e deu vários socos na boca do motorista que ficou preso ao cinto de segurança sem poder reagir. Outros motoristas teriam tentado intervir, mas o suspeito teria dito que por ser militar não temia qualquer punição.
Tanto a vítima quanto o autor procuraram o distrito policial após a confusão. A Polícia Civil registrou um termo circunstanciado de ocorrência com as versões da vítima, da esposa da vítima, de uma testemunha e do tenente da aeronáutica. Em defesa própria, o militar afirmou que, antes de se irritar, o motorista do outro carro tentou jogar o veículo contra ele e também teria acertado a lateral do automóvel do militar, que solicitou, inclusive, perícia. O tenente também negou ter utilizado a posição de oficial das Forças Armadas para se beneficiar.
O G1 tentou contato com o oficial, mas ele não foi localizado. A reportagem também tentou contato com a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira por telefone e email, mas até esta publicação não teve retorno.
G1, via Militares Brasil/montedo.com

Soldado do Exército morre vítima de descarga elétrica ao usar telefone celular

Soldado do 8º BEC morre após ser atingido por descarga elétrica
Vítima estava utilizando aparelho celular no momento em que foi atingida.
Outro soldado que estava ao lado também sofreu consequências da descarga.

Do G1 Santarém
Santarém (PA) - Um soldado do 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8º BEC), identificado como Tiago dos Santos Bentes, de 19 anos, morreu no domingo (27) após ser atingido por uma descarga elétrica no Destacamento Igarapé Preto (DIP), localizado no KM 174, da BR-163, em Placas, oeste do Pará.
De acordo com o 8ºBEC, a descarga elétrica ocorreu em um transformador de energia que fica em frente ao DIP. Tiago estava utilizando um aparelho celular que estava conectado à tomada quando foi atingido. Outro soldado identificado como Nadson Francisco, que no momento do incidente estava ao lado de Tiago, também sofreu consequências da descarga elétrica.
Ainda segundo o 8º BEC, os dois soldados foram socorridos e encaminhados para o Hospital de Rurópolis. No caminho para a unidade de saúde, Tiago teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. Já Nadson teve uma parada cardiorrespiratória, mas foi estabilizado e passou por exames preliminares no hospital e depois foi transferido para Santarém, onde está internado em um hospital particular.
O corpo de Tiago foi trasladado na manhã desta segunda-feira (28) em uma balsa do exército para a comunidade Cuipiranga, na região do Arapiuns, onde será sepultado. Militares acompanharam o traslado e vão participar da cerimônia de sepultamento.
O 8º BEC informou que solicitou perícia junto a concessionária de energia para apurar as causas da descarga na rede elétrica.
G1, via Militares Brasil/montedo.com

28 de setembro de 2015

Exército vai apurar discriminação de jovem transgênera

Laís Martins
iG São Paulo
Um caso de discriminação de uma menor de idade transsexual dentro de um quartel de São Paulo será investigado pelo Exército. Na última quarta-feira (23), Marianna Lively, de 17 anos, foi a um quartel para resolver pendências referentes ao alistamento militar obrigatório. Um soldado fotografou a jovem nas dependências do Exército e divulgou suas fotos em redes sociais.
Por meio de nota, o Exército admitiu ter conhecimento do caso, "que envolveu a divulgação, sem autorização, das informações da pessoa em questão" e diz já ter tomado "as medidas administrativas necessárias para o esclarecimento do ocorrido e os envolvidos serão responsabilizados por suas ações."
Embora Marianna seja uma jovem transgênera, isso não a exclui do processo de alistamento militar.
O soldado que atendeu a jovem, que havia ido ao quartel para resolver pendências referentes ao 
O soldado que atendeu a jovem, que havia ido ao quartel para resolver pendências referentes ao alistamento militar, divulgou as fotos da garota no WhatsApp e no Facebook
A jovem diz que foi tratada com respeito e educação enquanto esteve no quartel, conforme relato publicado em seu perfil no Facebook. No entanto, a partir das 14h do mesmo dia teria começado a receber telefonemas, procurando-a pelo seu nome de registro, David.
Alguns faziam piadas inapropriadas, enquanto outros diziam ter gostado dela, deixando o número para que Marianna entrasse em contato.
Foi somente mais tarde, por volta das 22h, quando uma amiga de Marianna a avisou que fotos suas dentro das dependências do quartel circulavam pelo Facebook e WhatsApp, que a jovem relacionou os fatos. As fotos haviam sido tiradas pelo soldado que a atendeu no quartel.
No dia seguinte (24), a jovem voltou ao quartel a fim de buscar esclarecimentos com o capitão da base. Embora ele tenha pedido desculpas e dito a ela que o soldado seria responsabilizado, ele também "aconselhou" que ela se acalmasse e trocasse de número de celular, segundo o relato no Facebook.
Em nota, a assessoria do Exército Brasileiro declarou que "o Exército Brasileiro não discrimina qualquer pessoa, em razão da raça, credo, orientação sexual ou outro parâmetro."
iG/montedo.com

Quinze milhões de visualizações; isso não tem preço!



O Montedo.com atingiu quinze milhões de visualizações de páginas, sinaliza o contador oficial do Blogger (confira, à direita do Blog).
A vida por vezes nos brinda com experiências muito especiais, e este nosso contato diário representa para mim uma recompensa extraordinária. Quando iniciei aqui, em maio de 2009, jamais poderia imaginar algo assim. Desde lá, as quase treze mil postagens geraram mais de quarenta e cinco mil comentários publicados e transformaram o Blog numa referência no meio militar. 
A audiência do Montedo.com aumenta em proporção geométrica. Levamos quatro anos e meio para atingir a marca de dez milhões de visualizações, em outubro passado. Onze meses depois, chegamos aos quinze milhões. Imitando a propaganda, "isso não tem preço", afinal, credibilidade não se compra no boteco da esquina. Credibilidade se ganha, dia após dia.
Obrigado a todos pelo reconhecimento. 
Vamos em frente!

Comandante do Exército fala sobre vencimentos dos militares: 'Deveriam estar no topo". E ri dos pedidos de "intervenção militar constitucional"!

Publicado em 27/9 (15h32min)

"Não cabem atalhos na Constituição", diz comandante do Exército Villas Boas
"Não há hipótese de os militares voltarem ao poder", declara o general


Ana Dubeux , Carlos Alexandre / , Leonardo Cavalcanti / , Nívea Ribeiro /
O gaúcho Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, é o chefe de 217 mil militares. Comandante do Exército desde o último mês de fevereiro, ele enfrenta duas das missões mais difíceis de uma carreira iniciada em 1967: o corte orçamentário que atinge os projetos definidos como estratégicos pela Força e a ausência de reajustes da categoria. “Corremos o risco de retroceder 30, 40 anos na indústria de defesa”, disse Villas Bôas. Durante entrevista exclusiva na manhã da última sexta-feira, o general também lamentou a defasagem dos rendimentos da tropa, principalmente se comparados aos de outras carreiras.
Villas Bôas teme que todos os projetos estratégicos — que incluem defesa antiaérea e cibernética, proteção das fronteiras, renovação da frota de veículos — se percam por falta de dinheiro. Ao longo de 90 minutos, no gabinete principal do Quartel-General do Exército, Villas Bôas falou pela primeira vez com um veículo de imprensa. Ele disse não haver chance de os militares retomarem o poder no Brasil, elogiou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, e disse que o país precisa de uma liderança efetiva no futuro. “Alguém com um discurso que não tenha um caráter messiânico — e é até um perigo nessas circunstâncias. Alguém que as pessoas identifiquem como uma referência.”

Programas das Forças Armadas, mais especificamente do Exército, sofrerão cortes drásticos. Como o senhor avalia essa dificuldade?
Com preocupação. A situação financeira que a gente tem ouvido é que o ano que vem será tão ruim quanto este. E 2017 também será um ano muito, muito ruim, seguido de um período razoável de crescimento muito baixo. Isso indica que não vão haver mudanças significativas no orçamento. Estamos correndo o risco de retroceder 30, 40 anos quando uma indústria de defesa era a oitava do mundo, tinha conquistado mercados externos, mas se perdeu praticamente toda. A gente corre o risco de isso vir a acontecer novamente, porque nesses anos os projetos ficaram no mínimo para não serem descontinuados. Mas, se isso prosseguir, acredito que as empresas não terão condições de manter projetos. E a perda é muito grande.

Qual é o risco imediato?
O Guarani é um programa de longo prazo, de um custo total de R$ 20 bilhões. Íamos comprar 1.200 carros, mas, neste ritmo dos cortes orçamentários, de adquirir 60 carros por ano, vamos levar 20 anos. O ciclo de implantação não será concluído e já estará obsoleto. Atravessamos um período de 30 anos de penúria orçamentária. Com isso, o Exército foi se esgarçando, porque não é da nossa natureza dizer não. Se se estabelece que é necessário o cumprimento de alguma tarefa, vamos cumprir. Nós nos acostumamos a matar um leão por dia, mas perdemos a capacidade de pensar a longo prazo, estrategicamente. Até que veio o governo do presidente Lula e essa série orçamentária que era declinante se reverteu e começou a melhorar.

Com o ministro Nelson Jobim?
O marco foi quando o presidente Lula chamou o ministro (Nelson) Jobim para o Ministério da Defesa e disse: “Sua missão é colocar a defesa na pauta de discussão nacional”. E, aí, o ministro Jobim, com o ministro Mangabeira Unger, elaborou uma Estratégia Nacional de Defesa, um marco na história da defesa. Pela primeira vez, o poder político disse aos militares qual era a concepção de Forças Armadas, o que entendiam como necessário para o Brasil. Por exemplo, a estratégia nacional de Defesa determina que o Exército deve cumprir a estratégia da presença, principalmente na Amazônia. Sempre estabelecemos que a nossa estratégia da Amazônia era a presença. Por uma coisa autoimposta. Porque a gente entendia que era a maneira adequada de tratar o tema. Mas, com a estratégia, isso teve um efeito especial, porque há uma contrapartida. Tive condições de apresentar a nota para o governo. Outra mudança importante foi em relação aos projetos estratégicos. É importante que os recursos das Forças Armadas tenham previsibilidade e regularidade, porque não adianta ter um volume grande de recursos num ano e, no outro, não ter. Com a estratégia nacional de Defesa a gente pôde fazer uma reestruturação interna do Exército.

Como assim?
Em 2010, houve o terremoto no Haiti, em 12 de janeiro. Já estávamos no Haiti. Imediatamente a ONU pediu que o Brasil dobrasse o efetivo. Eram mil e poucos homens e pediram que a gente dobrasse o efetivo. Isso custou três semanas para reunir um batalhão para levar para o Haiti. Veja que um Exército de 200 mil integrantes levar três semanas para organizar um batalhão para ir para o Haiti — isso porque a gente já estava lá — não podia ser assim. Aquilo foi uma gota d’água. Um Exército como o nosso, de um país como o nosso, tem que estalar os dedos e deslocar um batalhão nas áreas de interesse estratégico, em 24 horas, 48 horas. Então isso foi um alerta que ligou e começamos um processo de transformação. A Marinha e a Aeronáutica saíram na frente, porque eles estavam acostumados a grandes projetos, como no caso dos projetos dos aviões. A Marinha já vinha tratando do projeto do submarino. E a gente se estruturou para gerenciar esses sete grandes projetos que agora é que estão amadurecendo. Ainda estamos na fase de operação, e vamos ter essa interrupção.

É uma frustração?
É uma reversão de uma expectativa extremamente positiva.

O Brasil defende uma presença no Conselho de Segurança e, no ntanto, as Forças Armadas sofrem restrições. Não há incoerência?
Um país como o Brasil, que hoje é a oitava economia do mundo, naturalmente tem assumindo uma liderança regional, na América Latina, expandindo a sua área de interesse, pleiteando assento no Conselho de Segurança da ONU. Um país que pretende atingir esse patamar tem de ter capacidade de fazer o que se chama de projeção de poder. Precisa ter presença diplomática, econômica. Preciso ter presença política, capacidade de influência, e tudo respaldado por uma capacidade de presença militar. E isso pressupõe projeções de força. O país projeta poder e essa projeção de força cabe às Forças Armadas. Estamos caminhando nessa direção, de adquirir essa capacidade de realizar a projeção de força. E agora se vê interrompido. Pelas projeções que se fazem hoje, antes de 2035, tudo que foi concebido agora estará obsoleto. Isso que está acontecendo não afeta apenas o Exército. Afeta um projeto de um país. O Brasil tem uma conjuntura estratégica peculiar. São poucos países que vivem essa preocupação, como a China, a Índia, a Rússia. Vivemos em pleno século 21 com metade do nosso território não ocupado, não integrado, não articulado, com a população não dispondo de infraestrutura social e econômica para atender às necessidades. E a única capacidade de atendimento das necessidades básicas da população está nas Forças Armadas. Isso exige de nós estar espalhados, com capilaridade no território. Com isso, temos dificuldades para trocar quantidade por qualidade. Temos que adquirir qualidade, mas, ao mesmo tempo, manter a quantidade, essa presença que temos em muitos lugares. Por exemplo, na Amazônia, a nossa presença física, um pelotão especial de fronteira, está delimitando o espaço da soberania brasileira. Até coisas básicas ela cumpre hoje. Por exemplo, as comunidades indígenas, numa grande área, dependem do atendimento médico do Exército.

O senhor atribui essa dificuldade no corte do orçamento a uma ngerência política?
Não. Atribuo à crise econômica que o país está vivendo. A partir do momento em que o Brasil apresentou esse orçamento pressupondo um deficit... A gente tem a consciência da realidade do país. Essa é uma característica nossa. O Exército tem uma interface com a sociedade. Passamos tempo na favela da Maré, a gente conhece a realidade das pessoas. E o Brasil é um país com muitos problemas de desigualdade social, de falta de infraestrutura. Eu não queria estar no lugar do governo, na área econômica, porque eu vejo a dificuldade que eles têm. O Ministério da Saúde, com todos os problemas, sofreu um corte de R$ 12 bilhões. Eu não vejo intenção política de prejudicar as Forças Armadas.

A oposição atribui ao fato de o ministro Jaques Wagner estar voltado para negociações políticas a falta de atenção com a Defesa.
Devo confessar que o Ministério da Defesa fez um bom trabalho na negociação do orçamento. Apesar dos problemas econômicos, eles conseguiram preservar programas. Poderia ter sido pior. Preciso admitir que foi um trabalho intenso e consistente. E foi uma das melhores negociações de orçamento que a gente já viu.

O Exército cada vez mais assume funções sociais, como saúde, segurança. Quando o poder público civil falha, chama-se o Exército. O senhor considera essa função atípica?
Essa questão está sempre presente nos nossos fóruns. São dois polos. Um polo é aquele que o Exército e as Forças Armadas se destinam apenas à defesa da Pátria, ou seja, o Exército ficaria só para fazer guerra. O outro polo é de gente que acredita que o Exército virou uma empresa de prestação de serviços. Mas, na verdade, o que se vê na tendência mundial é que as Forças Armadas têm de estar em condições de atender às demandas da população.

Então estamos no caminho certo?
Sim, estamos no caminho certo. O nosso projeto do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) não é um sistema para capacitar o Exército a realizar aquelas tarefas de combater o crime organizado, o narcotráfico, de armas ou contrabando. Não. É uma estrutura para que o Exército proporcione às instituições responsáveis por aquelas tarefas condições de realizá-las.

Nesse momento crítico, a questão dos salários é uma coisa forte...
É um problema grave. Se colocarmos ou fizermos um ranking dos salários das polícias militares, o Exército estará no meio.

E deveria estar aonde?
Deveria estar no topo. É um parâmetro. O que o governo tem despendido para o pagamento de pessoal das Forças Armadas vem decrescendo em relação a outros setores. Já estávamos achatados, e agora a tendência é mais ainda, o que só se agrava, porque o aumento viria até janeiro do ano que vem escalonado. E já foi adiado por sete meses. É um esforço que está sendo realizado por todo o país, só que surpreende quando a gente vê categorias ganhando aumento substancial num momento como esse. Isso, claro, aumenta a frustração interna.

O senhor fica sem discurso.
Claro.

E também perde gente capacitada.
A procura pelas Forças Armadas oscila pouco, mas é sempre alta. E nós temos dificuldade de conhecimento, a evasão aumenta nos setores de mercado, por exemplo em áreas técnicas, de engenharia, saúde. Isso é mais um dos efeitos negativos da frustração que os cortes dos projetos causam. Um engenheiro se envolve num projeto como se esse aquilo fosse a vida dele, com paixão. (Com os cortes), ele fica mais suscetível a esse tipo de atrativo externo do mercado.

Qual é o ponto de vista do Exército em relação à descriminalização das drogas?
O combate às drogas nas cidades não é atribuição nossa. Mas tomo como referência a posição de duas instituições importantes. Em primeiro lugar, as polícias, que fazem a linha de frente e sofrem com isso. Elas entendem que vai haver uma piora. Até porque já há a descriminalização. Vai se criar uma elasticidade maior, o que será mais difícil ainda de coibir. E o outro é a área médica. Conversei com o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele está muito preocupado em relação à descriminalização. Diz que, muito provavelmente, vai aumentar o índice de suicídios. O Exército não se pronunciou institucionalmente. Pessoalmente, me balizo e me manifesto por essas orientações. Mas confesso que, como está, não está bom.

O que o senhor quer dizer?
Se me perguntarem qual é a maior ameaça à segurança do país, digo que é o tráfico de drogas. Porque temos uma fronteira de quase 17 mil quilômetros. Estados Unidos e México têm 3 mil quilômetros de fronteira, e o governo americano, com todo aquele aparato policial e tecnológico, não consegue vedar. Imagine o que é para nós. Temos um país vizinho que é produtor de cocaína e maconha. Somos o segundo maior consumidor do mundo e somos corredor de passagem. Nós, do Exército, estamos muito preocupados pela iminência de que haja plantio de coca dentro de nosso território, porque foi desenvolvida uma variedade adaptada ao clima quente e úmido da Amazônia baixa. Então, junto à fronteira brasileira, está repleto de plantio de coca. Para isso passar para nosso território, é um pulo. Então há essa preocupação muito grande para que não nos tornemos também produtores de coca, porque isso altera nossa posição, juridicamente, no ambiente internacional. O tráfico na Amazônia ainda é pouco organizado, mas está caminhando para se organizar. As grandes organizações criminosas de Rio e São Paulo estão chegando lá. Em Manaus, surgiu uma grande organização, chamada Família do Norte, que faz a interface das produções dos países vizinhos com o comando de São Paulo. Na fronteira com os países vizinhos já se detectou a presença de cartéis internacionais, com modus operandi muito violento e capacidade de contaminação de instituições muito grande.

Há também o problema das armas.
De onde vem a droga, vai a arma. Paga-se um pelo outro. É um problema muito sério, que está se agravando. Os indicadores das polícias apontam a presença de armas cada vez mais sofisticadas e potentes nas mãos do crime organizado.

Qual é o atraso hoje no Sisfron?
Este ano era para termos concluído a implantação do projeto piloto no Mato Grosso do Sul e em Rondônia. Isso só vai acontecer, provavelmente, em 2016. Talvez até se estenda mais um ano. No projeto como um todo, a previsão para concluirmos a implantação era 2022. Agora, a se manter o atual ritmo, deve-se concluir em 2035, apenas, ou depois até. E nesse projeto Sisfron, que usa tecnologias críticas, mais avançadas, a obsolescência é mais rápida. Então não teremos cumprido a implementação e já estaremos às voltas com mais necessidades.

É uma crise claramente econômica. Mas há uma crise política. Há risco de instabilidade? Há preocupação do Exército nesse sentido?
Há uma atenção do Exército. Eu me pergunto: o que o Exército vai fazer? O Exército vai cumprir o que a Constituição estabelece. Não cabe a nós sermos protagonistas neste processo. Hoje o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas, que dispensam a sociedade de ser tutelada. Não cabem atalhos no caminho.

O que acha dos manifestantes que defendem intervenção militar?
É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz. Interpreto da seguinte forma: pela natureza da instituição, da profissão, pela perseguição de valores, tradições etc. A gente encarna uma referência de valores da qual a sociedade está carente. Não tenho dúvida. A sociedade esgarçou seus valores, essa coisa se perdeu. Essa é a principal motivação de quererem a volta dos militares. Mas nós estamos preocupados em definirmos para nós a manutenção da estabilidade, mantendo equidistância de todos os atores. Somos uma instituição de Estado. Não podemos nos permitir um descuido e provocar alguma instabilidade. A segunda questão é a legalidade. Uma instituição de Estado tem de atuar absolutamente respaldada pelas normas em todos os níveis. Até para não termos problemas com meu pessoal subordinado. Vai cumprir uma tarefa na rua, tem um enfrentamento, fere, mata alguém, enfim... não está respaldado. E aí, daqui a pouco, tem alguém meu submetido na Justiça a júri popular. Terceiro fator: legitimidade. Não podemos perder legitimidade. O Exército tem legitimidade por quê? Porque contribui para a estabilidade, porque só atua na legalidade. Pelos índices de confiabilidade que a sociedade nos atribui, as pesquisas mostram repetidamente, colocam as Forças Armadas em primeiro lugar. E, por fim, essa legitimidade vem também da coesão do Exército. Um bloco monolítico, sem risco de sofrer qualquer fratura vertical. Por isso as questões de disciplina, de hierarquia, de controle são tão importantes para nós. O Exército está disciplinado, está coeso, está cumprindo bem o seu papel.
CORREIO BRAZILIENSE/montedo.com

Já imaginou essa mulher com um mandato?

Reprodução do Site Observatório da Imprensa (Edição: Montedo.com)

Mirian Stein virou notícia no portal Observatório da Imprensa, veículo jornalístico focado na crítica da mídia, na web desde 1996. Ela está na postagem 'Mídias móveis reoxigenam a imprensa' do portal.Leia:
Usando apenas um celular com câmera e falando com propriedade, a dona de casa Mirian Cristina Stein contestou veementemente a jornalista Cristiana Lobo e a apresentadora Ana Maria Braga no momento em que as duas defendiam a manutenção do fator previdenciário em programa vespertino da Rede Globo.
A telespectadora, que lavava a louça, interrompeu o serviço doméstico e gravou o vídeo, de 4 minutos e 32 segundos, na cozinha de casa enquanto assistia à reportagem pela TV. Postado por ela no Facebook, o vídeo se espalhou rapidamente nas redes sociais e em cinco dias já contabilizava milhares de acessos. Só no site Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, alcançou mais de 500 mil visualizações e centenas de comentários em menos de uma semana.
O que faz essa notíca no blog, Montedo?
Simples: se, de sua cozinha e com uma câmera de celular essa mulher fez um 'estrago' desses, imaginem se tivesse um mandato parlamentar?
Pois é. Mirian Stein foi candidata a deputada federal no DF, como representante da família militar e obteve míseros 1.244 votos.
Mas isso nem é importante, afinal, nossos chefes estão preocupados, não é mesmo?

"Quartel" Palácio do Planalto tem 1.853 militares


Cláudio Humberto
Vítima de prisão e tortura na ditadura, a presidente Dilma aprecia a companhia de militares. Quase metade dos ocupantes de cargos na Presidência da República é de militares das Forças Armadas, em especial do Exército, o que torna o Palácio do Planalto uma espécie de quartel. Dos 4.192 servidores do Planalto, 1.853 são militares cedidos e mais de mil ocupam funções e “cargos de confiança” da presidente.

DOMÍNIO MILITAR
Sem quadro próprio, a Presidência dispõe de servidores requisitados. Militares ocupam a maior parte dos cargos de chefia e de assessoria.

QUARTEL COM CLUBE
O “quartel” que funciona no Planalto dispõe de academia, campo de futebol, quadras de tênis, futsal, vôlei, futevôlei, que vivem lotados.

TEM PARA TODOS
Além de militares, a Presidência concentra outros 1.711 cargos do tipo DAS, boquinhas que somam até R$ 13,7 mil aos vencimentos originais.
DIÁRIO do PODER