29 de outubro de 2015

Forças Armadas projetam suporte a atletas olímpicos para além de 2016

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O apoio que as Forças Armadas vem oferecendo aos atletas brasileiros de alto rendimento não será restrito aos Jogos Olímpicos Rio-2016. O Ministério da Defesa já prevê a manutenção dos investimentos, que incluem salários, assistência médica e estrutura de preparação, para a edição de Tóquio (JAP), em 2020.
Por meio do Programa Atletas de Alto Rendimento, a pasta, em parceria com o Ministério do Esporte, tem o objetivo de tornar o Brasil uma potência olímpica. O trabalho acontece em duas frentes: captação de atletas na base e apoio a esportistas de expressão, que podem utilizar os centros de treinamento de Exército, Marinha e Aeronáutica.
Para tanto, eles precisam ser aprovados numa seleção publicada em edital. O vínculo na maioria dos casos é temporário, com limite de oito anos e renovação a cada ano. Em contrapartida, eles representam as Forças Armadas em competições nacionais e internacionais. As medalhas conquistadas se convertem em pontos no processo de preenchimento de vagas.
Só na modernização de instalações, o governo federal já investiu mais de R$ 120 milhões. No caso da Marinha, que atualmente conta com 227 atletas de ponta, R$ 19,5 milhões serão repassados até os Jogos para reforma de quadras, piscinas e academias.
– Temos tido muitas conversas com o Ministério do Esporte e com as confederações, e a ideia é de longo prazo. Não estamos trabalhando só para 2016, mas para 2020. Acreditamos que o futuro do esporte está na base – disse ao LANCE! o Almirante Carlos Chagas, comandante do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN) da Marinha.
A meta do Brasil é de que 100 atletas militares de alto rendimento disputem a Rio-2016 e conquistem 50% das medalhas da delegação. Com isso, as Forças Armadas saltariam de cinco láureas de um total de 17, obtidas nos Jogos de Londres (ING)-2012, para 10. Na última edição, 51 competidores eram militares.
– Talvez incorporemos novos atletas, mas o plano de trabalho prevê duas por ano. Acabamos de fazer uma, mas não tenho dúvida de que se pudermos ajudar mais algum atleta a disputar os Jogos estaremos sempre prontos – disse o Almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha do Brasil, presente em cerimônia de incorporação de novos atletas nesta quarta-feira, no Cefan.
Neste ano, os atletas militares foram responsáveis por 48% das 141 medalhas obtidas pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN). Foram 67, sendo 20 de ouro, 18 de prata e 29 de bronze. O país ainda ficou em segundo lugar nos Jogos Mundiais Militares da Coreia.
– O Programa olímpico mudou o esporte da Marinha. A disseminação das atividades esportivas é algo relativamente novo, e as Forças Armadas estão dando a sua contribuição. É um projeto bem sucedido, extremamente barato e que nos ensina em gestão e governança. É um desafio belo – falou o comandante.

Dueto do nado sincronizado é incorporado
Em cerimônia realizada nesta quarta-feira, no Cefan, as brasileiras Maria Eduarda Miccuci e Luísa Borges foram incorporadas ao Programa Olímpico da Marinha (Prolim). As atletas, agora na função de 3º sargento, se tornaram pioneiras no nado sincronizado na dedicação à carreira militar. A modalidade não constou no programa dos Jogos Mundiais Militares deste ano.
– Só irá somar na nossa preparação. A Marinha nos dará um auxílio forte em fisioterapia e biomecânica, na estrutura de piscina, musculação – falou Luisa, de 19 anos.
As duas treinam no Parque Aquático Maria Lenk, em torno de sete horas por dia, e já estão classificadas para a Olimpíada do Rio.
– Teremos outra piscina, assistência médica, a parte dos estudos biomecânicos que não tínhamos – falou Duda, de 18.
Terra, via Notimp FAB/montedo.com

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