5 de janeiro de 2016

Novos salários dos militares vão de R$ 1.270 a R$ 31.636

Remuneração total de servidores das Forças Armadas terá correção entre 24,3% e 48,9% em quatro anos


ANGÉLICA MARTINS
Rio - Com a proposta do governo de reajuste médio para os militares, de 27,9% em quatro anos, a remuneração bruta dos 655 mil servidores do Exército, Marinha e Aeronáutica vai variar entre R$ 1.270 e R$ 31.636 em 2019. O total leva em consideração gratificações e diferenças entre patentes. Os salários atuais oscilam entre R$ 1.021 e R$ 25.433, segundo o Ministério da Defesa.
Os índices propostos variam de 24,39% a 48,91% até 2019 e incidem sobre os soldos. Pelo projeto, com as gratificações, o salário dos praças (de baixa patente) passará a ser entre R$ 1.270 e R$ 9.845 até o fim de 2019. Hoje, eles têm vencimentos entre R$ 1.021 e R$ 7.463. O salário médio dos oficiais generais subirá dos atuais R$ 21.777 a R$ 25.433 para de R$ 27 mil a R$ 31.636.
No caso dos oficiais superiores, que hoje ganham entre R$ 14.472 e R$ 17.068, receberão, em 2019, entre R$ 18.212 e R$ 21.340, em média. Os oficiais subalternos e intermediários, com remuneração bruta atual de R$ 8 mil a R$10.878 passarão a ganhar entre R$ 9.990 e R$ 14.309.
As gratificações variam de acordo com a experiência, competência, local de trabalhos do militar, entre outros fatores. Sobre a remuneração bruta incidem descontos obrigatórios, como Imposto de Renda, contribuição para a pensão militar e para o fundo de saúde da Força.
O projeto não agradou aos militares, que reivindicam que o aumento seja pago integralmente no próximo ano. A proposta prevê que o reajuste seja escalonado, com maiores percentuais para as graduações do início de carreira e postos intermediários. A primeira parcela será paga em agosto. O projeto aguarda votação do Congresso Nacional.
A categoria não vê com bons olhos a proposta de reajuste. Para representantes de associações, o aumento apenas repõe a inflação e não expande, de fato, os salários. “O reajuste não vai resolver a nossa situação de penúria, ainda mais começando a pagar apenas em agosto. A inflação vai continuar aumentando e o reajuste não vai acompanhar”, rebateu a presidente da União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas Brasileiras (Unemfa), Ivone Luzardo.

Governo envia propostas de reajustes ao Congresso
Sobre os servidores civis federais, o governo enviou, na última semana, ao Congresso Nacional os projetos de lei relativos às negociações salariais de 2015. A maior parte do funcionalismo assinou acordos prevendo reajuste escalonado em dois anos, sendo 5,5% em agosto de deste ano e 5% em janeiro de 2017. O aumento totaliza 10,8%. A segunda parcela incidirá sobre o valor do salário já reajustado.
Segundo o Ministério do Planejamento, assinaram acordo 1,1 milhão de servidores. Entre as carreiras que não chegaram a um entendimento com o governo em 2015 estão Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e médicos peritos do INSS.
O Dia/montedo.com

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