11 de outubro de 2016

Furacão muda foco de militares brasileiros no Haiti

BRUNO FÁVERO
DANILO VERPA
ENVIADOS ESPECIAIS A PORTO PRÍNCIPE (HAITI)
A missão brasileira de paz no Haiti, baseada na capital, Porto Príncipe, destacou a maior parte de seu efetivo para ajudar as vítimas do furacão Matthew, que atingiu principalmente o sul do país na última semana e deixou pelo menos 900 mortos.
Até o último sábado (8), cerca de 600 dos 970 militares brasileiros que estão no Haiti trabalhavam nas áreas afetadas.
Normalmente, os membros da Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti) ficam alocados em Porto Príncipe. A cidade teve 90% de seus prédios destruídos pelo terremoto de 2010, que matou cerca de 220 mil pessoas, e não foi totalmente recuperada desde então –andando pela cidade ainda é possível ver vários pontos de destruição.
Como, porém, Porto Príncipe praticamente não foi atingida pelo furacão, os esforços agora se concentram no sul do país. Além de levar suprimento e assistência às vítimas, os grupos de ajuda estão trabalhando para reabrir as estradas que foram bloqueadas pelo desastre.
Militares brasileiros que estiveram nesses locais os descreveram à Folha como "um cenário de guerra". Segundo eles, a contagem de vítimas deve subir muito depois que todas as cidades puderem ser acessadas por terra.
Neste domingo (9) havia cerca de 350 militares do Brasil em cidades como Jérémie e Les Cayes, duas das mais afetadas. Nesta segunda (10), mais um grupo de soldados  foi a esses locais para escoltar um comboio humanitário de 27 caminhões –havia o temor de que sejam atacados.

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