5 de outubro de 2016

Sargento do Exército motorista de Uber é assassinado no RJ

Sargento do Exército que trabalhava com Uber é assassinado na Penha
Um morador também foi morto nos acessos da Vila Cruzeiro

BRUNA FANTTI
Rio - O sargento do Exército Leandro Pereira, de 36 anos, trabalhava como motorista de Uber nas horas vagas para complementar o sustento de sua família. Depois de dirigir por três horas, na noite de segunda-feira, deixou duas passageiras próximo ao Parque Shangai, na Penha, quando foi abordado por assaltantes. Mesmo sem reagir, foi baleado. Socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, não sobreviveu.
O tiro que acertou Leandro interrompeu seus dois principais sonhos: ver a filha de dois anos crescer e ter uma carreira longa no Exército. “Ele seria transferido para a Amazônia. Já estava tudo certo para isso. Já havia servido em missão de paz no Haiti e esperava essa transferência”, afirmou o irmão, Luciano Pereira, 41.
No último Dia dos Pais, Leandro postou uma mensagem no seu Facebook. “Hoje eu posso dizer que sou um homem completo, pois tenho o amor da minha esposa e também o amor da minha filha. Uma das melhores coisas do mundo é poder um dia ser chamado de pai. Não consigo entender porque muitos perdem a oportunidade de viver com seus filhos”, escreveu.
O Comando Militar do Leste (CML) abriu sindicância para investigar a morte do sargento, que servia no 25º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Zona Oeste. Seu corpo foi enterrado ontem no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
A principal linha de investigação é tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte). A polícia investiga se ele chegou a ser reconhecido como militar. Os homens que atiraram em Leandro teriam, momentos antes, feito dois disparos contra o morador da Vila Cruzeiro, Thiago Henrique Marques, 36, na localidade conhecida como Quatro Bicas. O morador também não resistiu.
Familiares de Marques não quiseram falar ontem com imprensa. Sua filha escreveu no Facebook um desabafo: “Covardemente tiraram você de mim!”
A Polícia Civil informou que “um amplo trabalho de investigação foi realizado no local, e que diligências estão em andamento para esclarecer todas as circunstâncias do crime e sua autoria.”
O Dia/montedo.com

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