20 de novembro de 2016

O atendimento de saúde nas Forças Armadas: um debate interessante

A postagem

Leitor do blog denuncia 'humilhação' no atendimento médico aos militares do Exército no RJ

gerou uma série de comentários interessantes, que são uma boa amostragem da situação do atendimento de saúde prestado aos militares pelo Brasil afora. Por isso, estou republicando a
postagem original, acrescida de alguns dos comentários recebidos.
O leitor verá que, em algumas guarnições, o sistema funciona muito bem. Em outras é um verdadeiro caos. Duas conclusões parecem muito óbvias: diante da notória escassez de recursos, a diferença na qualidade do serviço prestado é consequência da maior ou menor competência dos gestores e da preocupação (ou falta dela) dos chefes com seus subordinados e familiares.

"Será que nossos chefes não se apercebem que isso é uma verdadeira humilhação que fazem com seus subordinados?"
Resultado de imagem para hospital de guarnição do rio de janeiro

Recebi na área de comentários:
"... tenho quer denunciar a falta de respeito de nossos chefes com a saúde dos militares. Fui hoje no Hospital de Guarnição do Rio de Janeiro marcar uma radiografia panorâmica e a máquina está quebrada. No mesmo hospital existe um Médico Oftalmologista e não está instalada a aparelhagem par que o mesmo possa atender seus pacientes e para marcar Ultrassonografia temos que madrugar as sextas-feira. 
No HCE é uma verdadeira batalha conseguir vaga para Oftalmologia.Cheguei no referido hospital às 05:00 e as 07:30 não havia mais número. Nesse mesmo hospital só tem vaga para Ultrassonografia em março. Na Praia Vermelha o Oftalmologista está de férias. 
Vale lembrar aos nossos chefes que descontamos uma alta quantia em favor do FUSEx e ainda pagamos 20% em todos os procedimentos. Infelizmente a grande maioria dos que dependem do Serviço de Saúde do Exército vive única e exclusivamente de seus aviltados salários e não conseguem ter acesso a uma renda extra com polpudas diárias para que possa ser assistido em uma clínica particular. Será que nossos chefes não se apercebem que isso é uma verdadeira humilhação que fazem com seus subordinados?"
Imagens: DSau

Brasil afora
Bagé (RS) - 
19 de novembro de 2016 22:17
"Estou servindo em um local que o Hospital que apoia os militares e familiares é o de Bagé. Viajamos para Bagé e ao chegarmos no referido hospital nunca tem especialidade. Não tem nada mesmo, só clinico Geral e médicos jovens sem experiência (serviço militar obrigatório). Comentários na cidade é que vai fechar e passar a ser um Posto Médico, esperamos que isto ocorra mesmo e resolva o problema já que os médicos serão conveniados na cidade. Paguei uma consulta de oftalmologia particular R$ 250,00. Foi a maneira do meu filho de 11 anos poder mudar o grau do óculos e terminar o ano letivo."

19 de novembro de 2016 22:57
Rio Grande (RS)
"Em Rio Grande RS, estamos sem convênio nenhum há mais de um ano. Estamos jogados a própria sorte ou cada um que se vire com as custas de suas despesas médicas particulares. Como não há hospital militar na guarnição, sempre houve contrato com médicos e clínicas da região para atender a família militar, ocorre que os convênios deixaram de existir e a unidade militar simplesmente cruzou os braços para a situação. Deveria pelo menos haver a opção de poder sair do FuSEx, pois não existe em lugar nenhum um plano de saúde o qual se desconte mensalmente e ainda se cubra 20% das eventuais despesas e não se tenha atendimento nenhum e nem perspectiva de solução. Parece que estamos todos pedindo um favor. Alguém é remunerado para resolver essas pendências."

Resultado de imagem para Hospital da Aeronáutica de Canoas
O problema não é apenas no Exército:

19 de novembro de 2016 13:39
Canoas (RS)
"No Hospital da Aeronáutica de Canoas, o Raio X está quebrado a tempo tempo que nem lembro quando aconteceu. Os militares são encaminhados ao Hospital do EB em Porto Alegre, ou então tu faz particular. Novo RX está encaixotado no corredor do hospital e até agora não foi instalado."



Quando o sistema funciona
Belém (PA) 
19 de novembro de 2016 20:40 
"Por que, então uns atendem bem e outros não? Apesar dos fechamentos de unidades da FAB, no hospital de Belém, que é grande, as coisas melhoraram muito. h a datas fixas para abertura de agendas no balcão de atendimento, com distribuição de senhas muito cedo, como também por telefone. Todos com bastante vagas. A maioria dos médicos, acho, são temporários, havendo ainda uns antigões na ativa e alguns contratados. além de reformas para melhorar o ambiente ainda ha o grupo do hospital no "zap-zap" que informa quando há vagas e agendas disponíveis. Se o hospital não dispõe de certos aparelhos, ou estão quebrados, para exames específicos, pega-se encaminhamento para clínicas conveniadas. Consegui consulta com especialistas que, no passado, tinha que rezar por uma consulta. Quando precisei ser atendido no Pronto Atendimento, pois teria que esperar a abertura de agendas, fui muito bem atendido e medicado, inclusive com exames realizados na hora. Gostaria que fosse assim para o resto do Brasil, pois a maioria dos militares pouco usam os serviços e quando vão ficando mais "antigos" aparecem as necessidades junto com as da família. Torço que continue assim e sirva de exemplo."

Porto Alegre (RS)
19 de novembro de 2016 17:09
"Em Porto Alegre, as unidades militares de saúde estão de parabéns. Tanto o hospital militar quanto a policlínica estão muito bem aparelhados, a policlínica está sendo restaurada e as instalações estão ficando de primeira." 

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