8 de fevereiro de 2017

'Seremos intolerantes', diz general do Exército sobre ação de tropas no ES

Do UOL, em São Paulo
O general Mauro Sinott, comandante dos enviado do Exército ao Espírito Santo, afirmou que as tropas das Forças Armadas no Estado não irão ser tolerantes. "Seremos intolerantes com qualquer situação que comprometa a segurança da tropa", disse à Record TV na manhã desta quarta-feira (8). O Estado capixaba vive uma crise de segurança pública desde sábado, dia 4, quando parentes dos PMs (Policiais Militares) passaram a impedir o trabalho das tropas.
Na tarde de ontem, militares tiveram de conter manifestações entre grupos contrários e apoiadores do movimento que impede o policiamento das cidades capixabas. O Estado está sem policiamento desde sábado, o que tem gerado onda de assaltos, arrastões e saques. Mais de 80 homicídios já foram registrados no Espírito Santo em cinco dias.
Segundo o general, o Exército também será intolerante com "o desacato e o desrespeito" às tropas. "Esperamos a compreensão e a cooperação das pessoas".

Experiência
Sinott lembrou que os militares que estão no Espírito Santo têm experiência na atuação pela garantia "da lei e da ordem", tendo participado da segurança nos Jogos Olímpicos e na pacificação do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
Ao menos 1.000 militares estão no Espírito Santo. De acordo com o general, nos horários críticos, "todo o efetivo é empregado", o que teria acontecido até as 3h desta quarta.
Segundo Sinott, os capixabas já podem voltar às ruas. "A melhor contribuição que a população pode dar é retornar às suas atividades normais. Segurança é uma questão de sensação de segurança. Evidentemente, não saímos do caos em um minuto para a situação ideal".
O efetivo das Forças Armadas é de cerca de 10% do número de policiais capixabas. Com base nessa comparação, Sinott avalia que "é evidente que nós não seremos onipresentes no Estado".
O general diz que a prioridade é o patrulhamento nas áreas de maior circulação. "Entendemos assim, de acordo com o pedido da própria Secretaria de Segurança, que é a demanda maior". Apesar disso, comércios seguem fechados. "É uma opção do próprio comerciante", diz Sinott.
UOL/montedo.com

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