18 de julho de 2017

Soldado do Exército é assassinado trabalhando como motorista do Uber no RS

Motorista de Uber assassinado serviu em missão de paz no Haiti
Soldado do Exército Marcelo Gabriel Lisboa Roxo, 23 anos, foi encontrado morto nesta segunda-feira, em Montenegro, no Vale do Caí
São Leopoldo (RS) - Há um ano ele voltava para São Leopoldo após uma missão de paz de cinco meses no Haiti. A experiência diz muito sobre Marcelo Gabriel Lisboa Roxo, 23 anos, morto nesse domingo, em Montenegro, no Vale do Caí. "Com esse tempo muito aprendi, muito evolui", legendou em uma foto no seu perfil do Facebook.
Soldado do Exército Brasileiro e estudante de Matemática, o jovem trabalhava como motorista do Uber nas horas vagas, atividade que havia começado há apenas dois meses, para ganhar um dinheiro extra e construir uma casa própria na cidade de Portão: mais um dos inúmeros sonhos.
— Ele não parava! Estava sempre a mil. Um guri batalhador, um guerreiro _ relata a irmã mais velha Kelly Carolina Lisboa Roxo, de 36 anos.
Conforme Kelly, Marcelo tinha comprado um terreno há pouco tempo para ter sua independência. Mais "brabão" de todos, ele morava no mesmo terreno dos pais e dos irmãos, Júlia e Guilherme, além da própria Kelly, em São Leopoldo. No início do ano havia começado a faculdade de Matemática na Ulbra.
A informação veio de supetão para os conhecidos, mas não tão raro, Marcelo já era conhecido por querer fazer de tudo.
— Ele começou a namorar há pouco tempo. Queria ter filhos, sempre brincava, era o sonho dele. O que nos resta é o desejo de Justiça — diz.
Por meio de nota, o Uber informou que "estamos profundamente entristecidos por saber desse crime terrível e nossos corações estão com a família de Marcelo."
ZERO HORA/montedo.com

Nota do editor:
Marcelo servia no 19º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Sao Leopoldo (RS). Ele trabalhou no Uber na madrugada de sábado para domingo, turno no qual foi chamado para realizar uma viagem entre Portão e Maratá. Um adolescente de 17 anos confessou o asassinato. Ele declarou que Marcelo suspeitou da mochila onde ele carregava o revólver e passou a fazer muitas perguntas. O rapaz então resolveu sacar a arma e render o motorista, obrigando-o a entrar no porta-malas do automóvel Corsa do militar. Após rodar por mais de três horas, o menor mandou Marcelo sair do porta-malas e o executou com um tiro na nuca. O Exército informou que não é permitida atividade paralela para militares.

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