30 de setembro de 2017

STM condena coronéis da Aeronáutica acusados de desviar R$ 2 milhões de unidade no Rio

Diretoria de Engenharia da Aeronáutica (Direng) - Reprodução Google Maps
ANTÔNIO WERNECK
RIO - Dois coronéis da Aeronáutica, um empresário e um vendedor de uma empresa de informática, foram condenados nesta sexta-feira pelo Superior Tribunal Militar (STM) por um esquema de fraude que desviou R$ 2 milhões da Diretoria de Engenharia da Aeronáutica (Direng). Os crimes aconteceram entre 2006 e 2007. Os militares, no entanto, chegaram a ser absolvidos em primeira instância, mas tiveram a decisção revertida.
Segundo o Ministério Público Militar (MPM), os réus montaram o esquema em que forjaram um processo licitatório para aquisição de materiais de informática e pagaram, sem o poder público receber qualquer material, R$ 1.974.067,00 aos donos da empresa. O vendedor da empresa, que fazia a ponte entre os oficiais e os proprietários, também foi condenado.
Na sua denúncia, o MP Militar informou que a suposta licitação teve por objeto a aquisição de materiais de informática para serem utilizados por diversos setores da Direng. Para tanto, pediram que militares subordinados, principalmente sargentos, assinassem termos de recebimento de material de forma fictícia. Identificada as irregularidades, os réus foram denunciados junto à primeira instância da Justiça Militar da União, na cidade do Rio de Janeiro.
Em juízo, a defesa de um dos réus informou que, em 2006 e 2007, a Diretoria de Engenharia da Aeronáutica tinha previsão de receber verbas da ordem de R$ 82 milhões de reais. Mas, por conta de restrições orçamentárias do governo federal, apenas R$ 81 mil foram repassados ao quartel, valores que deveriam ser gastos com material de informática, a exemplo de aquisições de impressoras e material de expediente. Sem dinheiro para custear as despesas, segundo a defesa, os materiais eram solicitados antecipadamente à empresa de informática, apenas na base da confiança – o popular fiado – e “vales” (promissórias) eram assinados, como garantias de crédito a receber. Ainda de acordo com a defesa de um dos coronéis, a licitação foi feita para “regularizar” as práticas administrativas e a regularidade contábil.
Os quatros foram absolvidos em julgamento da primeira instância, em 2015. Por quatro votos a um, os dois coronéis da Aeronáutica e os funcionários de uma empresa de informática foram absolvidos. Na época o procurador Luciano Moreira Gorilhas, do Ministério Público Militar do Rio, criticou a decisão e chegou a dizer que iria recorrer.
— Fecharam os olhos diante das provas robustas existentes nos autos — afirmou Luciano Gorrilhas, na ocasião.
Na época, o procurador lembrou que havia farta documentação no processo sobre as irregularidades, lembrando que até o depoimento da então chefe da seção de provisões da Direng, Gabriele Cristina da Silva, confirmava que o material adquirido nunca havia chegado ao almoxarifado da unidade militar. A suposta compra, grande parte de cartuchos de impressoras, teria ocorrido em 2007.
Na nova decisão, os dois militares foram condenados a quatro anos e seis meses de reclusão, com o direito de recorrer em liberdade. Um dos empresários foi condenado a pena de dois anos e oito meses de reclusão, com o direito de recorrer em liberdade. O vendedor foi condenado a três anos e três meses de reclusão, também com o direito de recorrer em liberdade. Já o segundo empresário teve a sua absolvição mantida pelos ministros, por não existirem provas de ter o acusado concorrido para a infração penal.
Na primeira instância, os acusados respondiam por prática de estelionato, com pena de reclusão de dois a sete anos. O júri era composto por uma juíza togada (magistrado graduado em Direito e aprovado em concurso) e quatro oficiais da Aeronáutica. A juíza Marilena da Silva Bittencourt votou pela condenação dos réus, mas eles foram absolvidos pelos outros integrantes do júri: os brigadeiros Armando Celente Soares, Sérgio Idal Rosenberg, Fernando César Pereira Santos e Fernando José Teixeira de Carvalho, que compõem o Conselho Especial de Justiça para a Aeronáutica.
Na opinião de Gorrilhas, os julgamentos de militares das Forças Armadas que respondem por crimes correlatos aos da Justiça comum só resultarão em decisões mais justas quando forem de responsabilidade de juiz togado, sem interferência de militares. Ele lembrou que uma proposta de alteração da legislação da Justiça Militar está em tramitação no Congresso Nacional.
O Globo/montedo.com

29 de setembro de 2017

Ex-líder do Bope sobre Exército no Rio: ‘essa guerra não é deles’

Rodrigo Pimentel, autor de livro que inspirou ‘Tropa de Elite’, diz que soldados foram deslocados para a Rocinha sem condições de fazer algo diferente da PM
Rodrigo Pimentel, co-roteirista com Bráulio Mantovani dos filmes "Tropa de Elite 1 e 2" e ex-capitão do BOPE
O ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel, fala sobre a crise de segurança pública do Rio. (Youtube/Reprodução)
Bianca Lemos
Ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e um dos autores do livro Elite da Tropa (2006), que serviu de inspiração para os longas Tropa de Elite 1 e 2, do cineasta José Padilha, Rodrigo Pimentel, 46 anos, trocou o comando do batalhão e os dias de intensas trocas de tiro no Rio de Janeiro por auditórios lotados. Atualmente palestrante, fala em conferências sobre suas experiências pessoais à frente do célebre grupamento da Polícia Militar do Rio, dos conflitos armados entre policiais e traficantes e da atual situação da segurança pública da cidade. Nesta entrevista a VEJA, ele critica o “desmonte e sucateamento” da PM em decorrência das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) – cuja implantação completa dez anos -, critica o emprego do Exército no patrulhamento das ruas e discorre sobre a guerra entre grupos rivais pelo controle do tráfico na favela da Rocinha, na zona sul carioca.
Os moradores da Rocinha vivenciaram o horror nas últimas semanas com a disputa de território entre traficantes. A Rocinha era uma favela pacificada há anos. Houve uma brecha nas ações policiais que deram espaço para a retomada do tráfico?
Está claro aos policiais do Rio de Janeiro que só polícia não resolve. A questão da Rocinha envolve a Justiça. Dos bandidos identificados pela polícia e envolvidos nesse confronto, muitos já tinham condenações anteriores. O Rogério 157 [um dos traficantes em guerra na favela], por exemplo, participou da invasão ao Hotel Intercontinental em 2010 e ficou dois anos preso. Ele e seu bando fizeram dezenas de reféns e só ficaram na cadeia dois anos. Foram libertos pelo desembargador Siro Darlan. Eu questiono a decisão dele na esfera social, porque, pela visão jurídica, pode ser que esteja certo, mas ele promoveu justiça ou mais mortes? Mais guerra? Mais problemas ao que moram nas comunidades? Os moradores da Rocinha não queriam a liberdade desse Rogério. Enquanto você tiver um Siro Darlan, o Rio vai funcionar assim.

O Judiciário dificulta a punição a esses criminosos?
Existe uma geração de juízes denominada juízes garantistas. Eles entendem que as garantias individuais devem ser preservadas a todo o momento e isso, aliado às leis muito brandas, prejudicam [o cumprimento de penas mais severas]. Isso acaba punindo a própria sociedade. A decisão de colocar pessoas como essas [Rogério 157 e outros traficantes] nas ruas é uma má escolha e, no mínimo, irresponsável, não digo corrupta ou criminosa, mas irresponsável.

O momento escolhido pelos traficantes para começar a guerra foi estratégico?
Não tem como desassociar um evento do porte do Rock in Rio com a escolha desses traficantes. Centenas de policiais fizeram a segurança do festival, e as ruas ficaram esvaziadas. A última invasão à favela foi no dia do show dos Rolling Stones, há alguns anos. Essas ações costumam ocorrer em dias de grandes shows, no Carnaval e eventos na praia.
Esses traficantes atravessaram a cidade, eles tinham certeza absoluta de que não existia policiamento nas ruas. Eles sabiam que boa parte do efetivo estava empenhada no Rock in Rio, fora das ruas. Tudo isso tem a ver com a crise que o estado enfrenta. O governo poderia investir no efetivo nas ruas e em convocar policiais em dias de folga pra reforçar o patrulhamento. Isso provoca um desgoverno, o criminoso percebe que a cidade está fora de controle.
Esses traficantes [que invadiram a Rocinha] atravessaram a cidade, eles tinham certeza absoluta de que não existia policiamento nas ruas. Eles sabiam que boa parte do efetivo estava empenhada no Rock in Rio, fora das ruas.

O Exército atua desde julho no Rio, por ordem do presidente Michel Temer (PMDB). Isso só é feito quando as forças tradicionais estão esgotadas. Você concorda que a PM não tem mais como enfrentar a situação?
Sim, elas estão esgotadas. A polícia está sem recursos humanos, logísticos, sem viatura, munição e efetivo. São dezenas de situações de confronto na cidade todos os dias e a polícia não consegue apagar todos esses focos de incêndio. Mas as Forças Armadas também são incapazes e pelos mesmos motivos: falta de recursos, de conhecimento da missão e de interesse.
Essa guerra não é deles. Se eles participam, deve ser na gestão da operação, mas não dão oportunidade a eles. Se o Exército está aqui, ele deveria assumir o comando da polícia e dizer ‘agora tá comigo, eu sou as Forças Armadas’. Mas não funciona assim, eles fazem um decreto esquisito de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que deixa dúvidas sobre quem manda e quem não manda. Quem tá no comando? o Exército ou o estado? Porque o Exército é uma força federal, se ele vem pra cá, tem que comandar. Se ele tá no comando, por que o secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, continua dando pitaco? Por que não passa o comando para o Exército? O Exército veio para cá sem condições de realizar ações de caráter diferente das executadas pela polícia, sem nenhuma vantagem, nenhum recurso a mais. Vieram para ter mais homens nas ruas e desgastar a imagem.
A polícia está sem recursos humanos, logísticos, sem viatura, munição e efetivo. São dezenas de situações de confronto na cidade todos os dias, e a polícia não consegue apagar todos esses focos de incêndio. Mas as Forças Armadas também são incapazes e pelos mesmos motivos: falta de recursos, de conhecimento da missão e de interesse.

Há um desentendimento entre o Ministério da Defesa e a Secretaria de Segurança Pública no planejamento das ações policiais?
Há uma crise, a secretaria quer que o Exército faça o policiamento ostensivo em áreas determinadas pela pasta, o que foge totalmente à ideia de colocar as Forças Armadas como no decreto de GLO. O Ministério da Defesa acusa a secretaria de não ter um planejamento para as ações coordenadas.

Falta autonomia ao Exército?
Exatamente. Fui à favela da Maré em 2015, o Exército estava comandando a ocupação. Os traficantes pagavam 50 reais para crianças de 14 anos acompanharem equipes do Exército e jogar pedra nos militares. O que o Comando Vermelho queria? Que um soldado perdesse a cabeça e atirasse em um garoto. Quando eu perguntei por que não prendiam o menino, eles respondiam que não podiam prender menor, só se praticassem atos infracionais previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Caramba, você colocou o Exército na Maré de mãos amarradas, exatamente como você coloca a polícia. Para colocar a maior força que o Brasil tem de mãos amarradas, é melhor não pôr, vai desmoralizar o Exército.

Então não faz diferença? Eles fazem o mesmo trabalho que a PM?
Não faz diferença nenhuma, eles trabalham com as mesmas condições de estresse, dificuldades que as forças convencionais. Ainda não ocorreu no Rio de Janeiro um pacto que envolvesse a sociedade, mídia e políticos e que falasse ‘basta, dessa vez não dá mais’. Até o morador, se for para ser a última vez, vai apoiar as ações policiais porque vão finalmente prender esses criminosos e o morador não vai mais precisar se sujeitar a essa humilhação, esse escárnio que é ser vizinho de bandido. O morador é conservador e quer uma solução rápida para o problema, ele não gosta de conviver com o tráfico. Eles odeiam bandidos, o maior medo dos moradores é que seus filhos virem bandidos também.
O morador é conservador e quer uma solução rápida para o problema, ele não gosta de conviver com o tráfico. Eles odeiam bandidos, o maior medo dos moradores é que seus filhos virem bandidos também.

Em razão da crise moral, envolvendo a prisão de autoridades do Rio, como o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), e a deterioração da segurança pública, as decisões políticas sobre segurança são afetadas?
A prisão do Pezão [Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro] e de secretários ligados a eles não é uma profecia, mas é uma possibilidade bastante razoável. Isso gera um vácuo de poder que afeta todas as decisões do estado.

As UPPs completam uma década este ano. Uma pesquisa recente, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), mostra que os moradores de favelas com essas unidades permanecem indiferentes ao programa. Isso demonstra a ineficácia das ações policiais nos morros cariocas?
Sim, sem dúvida. A maioria das mortes de policiais em serviço no Rio de Janeiro foi nas UPPs, em favelas pacificadas. Boa parte das balas perdidas ocorre em favelas pacificadas. Acho que isso é uma prova matemática de que a iniciativa foi malsucedida.

Há dez anos, quando as unidades foram implantadas, o senhor foi um dos apoiadores. Se arrepende agora?
Eu fui um dos maiores, se não o maior entusiasta das UPPS no Rio de Janeiro. Eu me arrependo de não ter tido uma visão mais crítica quando eu tive espaço para falar. Eu falava em jornais diários, no Bom Dia Brasil e no RJTV [telejornais da TV Globo, onde era comentarista de segurança pública]. Eu me arrependo de não ter feito uma pergunta lá no início do projeto: ‘poxa, será que a solução para o Rio de Janeiro é somente a UPP?’. Com certeza não era. Quando comecei a ter uma visão crítica, elas já estavam em um caminho muito ruim. De forma geral, todo mundo aplaudia o tempo todo. Realmente apostamos no projeto, o carioca foi iludido achando que aquilo era a solução para o problema.
A maioria das mortes de policiais em serviço no Rio de Janeiro foi nas UPPs, em favelas pacificadas. Boa parte das balas perdidas ocorre em favelas pacificadas. Acho que isso é uma prova matemática de que a iniciativa foi malsucedida.

O efetivo policial aplicado nos morros prejudicou o patrulhamento da cidade?
Sim, claro. Em razão da criação das UPPs, nove mil policiais militares contratados nos últimos oito anos foram colocados nas áreas de pacificação. Os batalhões nos bairros violentos, na baixada do subúrbio, na Leopoldina, foram esvaziados. Isso retirou os policiais das ruas do Rio e os alocou em favelas. A gente não sabia que os batalhões estavam sendo desmontados, que todo o efetivo estava sendo aplicado nas UPPs, não sabíamos a que custo essas unidades estavam sendo montadas. Depois descobrimos: estavam sendo estruturadas desmontando a polícia do Rio de Janeiro.

Por que isso foi feito? As UPPs não se sustentavam?
Não, elas nunca foram sustentáveis. A prova disso é que as UPPs eram um projeto político, visava a eleição do Pezão, do Cabral. A informação que temos hoje, dos coronéis que estão na polícia, é que o Pezão insistia para abrir mais uma unidade na Maré. ‘Vamos colocar mais uma UPP’, dizia. Como? Com qual efetivo? Mesmo assim, ele foi para a televisão, prometeu mais uma UPP na Maré e disse que em 2015 ela estaria pronta. Mas, desde a instalação da UPP da Vila Kennedy, a última, a cúpula da PM, contrariando o então secretário José Mariano Beltrame e o governo do Pezão, entendeu que não tinha mais fôlego para abrir outra unidade.

Por que não?
Porque se mais uma UPP fosse criada, a polícia ficaria cada vez mais sucateada. O problema do Rio de Janeiro hoje, de você andar e não ter mais policiamento, está totalmente ligado ao crescimento desordenado das UPPs.

Qual seria a alternativa para não desfalcar a PM e manter o reforço policial nas favelas pacificadas?
Olha, não existe essa possibilidade, o cobertor é curto demais, não dá pra manter a UPP e reforçar os bairros. A polícia poderia acabar com alguns batalhões, pegar o efetivo e colocar nas ruas, poderia aproveitar esse momento e praticar uma grande engenharia, utilizando seus meios, acabando com unidades, colocando mais gente nos bairros, mas não fazem isso.
Poderiam, por exemplo, recuperar os 2.900 policiais que trabalham em órgãos como Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e prefeitura. Se a PM recuperasse esses homens, teríamos da noite para o dia mais 2.900 policiais nas ruas. Só o líder do PMDB no Rio de Janeiro, deputado Paulo Melo, tinha 29 policiais trabalhando no gabinete dele. Isso só o líder do partido. Não é possível que precisem de 29 policiais em um gabinete.

A geografia das favelas dificulta o deslocamento dos militares nesses locais? O que poderia ser feito para otimizar a circulação da polícia?
Quando o tráfico percebe que nas vielas e becos mais impenetráveis não tem policiamento diário, volta timidamente à favela. Depois de um tempo, Beltrame disse publicamente que só as UPPs não eram suficientes, que deveria reurbanizar esses locais, os becos deveriam ser retirados e avenidas construídas dentro das favelas para que a polícia pudesse circular com facilidade.

Todas as favelas deveriam ser urbanizadas?
Quando me perguntam se mil homens na Rocinha é o suficiente, eu respondo que não. Mil homens é o suficiente para Copacabana, Ipanema, Moema. Rocinha não. Porque lá, são dezenas e dezenas quilômetros de becos e vielas. Mil, 5 mil ou 10 mil homens não dão conta da favela toda. A solução é a urbanização. No primeiro momento, pela nossa arrogância e desconhecimento, abraçamos as UPPs com um entusiasmo tão grande que acreditávamos que a solução era encher a favela de policial. Hoje, eu vejo humildemente o Beltrame corrigir esse discurso, ele diz: ‘olha, tem que urbanizar a favela’. As ações federais e municipais deveriam ir a reboque das UPPs, mas não foram.

Se houvesse uma redistribuição de militares, o panorama geral da segurança pública do Rio poderia melhorar?
Sim. Qualquer solução pra segurança pública do Rio de Janeiro hoje passa pelo fim das UPPs. Aplicando esses policiais nas áreas de mancha criminal, onde cargas estão sendo roubadas, onde as pessoas estão sendo assaltadas, o pânico na cidade diminuiria de imediato.

Além da venda de drogas, como as facções sobrevivem?
Eu entendo que o tráfico do Rio de Janeiro, as facções, estão sobrevivendo de roubo de carga. Algumas facções, como o Comando Vermelho, Terceiro Comando, ADA [Amigos dos Amigos], deixaram de vender cocaína para roubar carga, que é mais rentável. Se roubar carga é mais rentável, eu consigo enfrentar esses criminosos no asfalto, não na favela. Quase todos os roubos de carga ocorrem em um raio de 6 km entre a via Dutra, a rodovia Washington Luis e a Avenida Brasil. O máximo de policiamento deve ser aplicado para combater esses roubos. Aliado a isso, uma legislação que permita a polícia apreender o receptador, porque pela nossa legislação, ele responde em liberdade. É quase autorizado roubar cargas no Brasil.
Veja/montedo.com

Operação do Exército desbarata 'cidade' de garimpeiros na Terra Yanomami

Exército encontra pequena cidade de garimpeiros na Terra Yanomami
Núcleo de garimpeiros tinha cerca de 40 casas, onde viviam aproximadamente 100 pessoas, das quais 18 foram presas
Militares desceram de helicóptero para surpreender os garimpeiros que trabalhavam no local (Foto: Divulgação)
Por Folha Web
Boa Vista (RR) - A 1ª Brigada de Infantaria de Selva, durante a Operação Curaretinga X, ao receber informações da inteligência, localizou uma área de garimpo ilegal no interior da Terra Indígena Yanomami. O local tinha a estrutura de uma pequena cidade, com comércio e antena parabólica, numa região de difícil acesso e sem estrada.
O Exército estima que o garimpo ilegal produzia cerca de R$ 8 milhões por semana. A região encontrada fica a 330 km de Boa Vista, às margens do Rio Uraricoera. Desta vez, com mudança de estratégia, a área foi acessada por meio de helicóptero. Para evitar maiores fugas, os militares desceram de rapel.

De acordo com o major Rodrigo Luiz, da 1ª Brigada, os militares encontraram cerca de dez motores de garimpo, dez bombas de água, 20 geradores de energia, cinco balsas, oito mil litros de óleo diesel, embarcação, três motores de embarcação, 14 eletrodomésticos, oito eletroeletrônicos, 700 kg de alimentos não perecíveis e 379 litros de bebidas alcoólicas, além de materiais diversos, como roupas de mergulho, botijas de gás entre outros.
Todo o material apreendido passará por procedimento de perdimento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e será destruído. “Conseguimos encontrar muito material mesmo. Já tínhamos informações da nossa inteligência dessa minicidade, mas não esperávamos encontrar tantos ilícitos”, disse o major.
Segundo ele, o lugar existia há quatro meses com uma estrutura de aproximadamente 40 casas. Residiam no lugar cerca de 100 pessoas, das quais 18 foram presas. Cerca de 1.100 militares participaram da ação. (E.S)
Folha de Boa Vista/montedo.com

EB mitando no Twitter

Suicídio nos quartéis: precisamos falar sobre isso

QG do Exército iluminado em apoio ao 'Setembro Amarelo' e ao Programa de Valorização da Vida (PVV)
Imagem; EB

28 de setembro de 2017

‘Se vocês estão insatisfeitos, vão para a rua’, defende general

Comandante do Sul afirma que ‘há uma insatisfação geral da nação, pede protestos ‘sem incendiar o país’ e ressalta que intervenção militar não é a solução
General Edson Leal Pujol
O comandante militar do Sul, general Edson Leal Pujol, em evento na Câmara Municipal de Porto Alegre
(Matheus Piccini/CMPA/Divulgação)
Da Redação
O comandante militar do Sul, general Edson Leal Pujol, recomendou à população que esteja insatisfeita com a situação política do país que vá para as ruas se manifestar “ordeiramente”, mas demonstrando sua indignação. “Se vocês estão insatisfeitos, vão para a rua se manifestar, mostrar, ordeiramente. Mas não é para incendiar o país, não é isso”, disse, depois de reconhecer que ele não pode ir para as ruas se manifestar. “São vocês, somos nós que temos de decidir qual o país que queremos. Há uma insatisfação geral da nação e eu também não estou satisfeito.”
As declarações foram dadas na terça-feira em evento da Associação Comercial de Porto Alegre. O general questionou quem, entre os presentes, estava insatisfeito com a situação do país. Diante das manifestações, perguntou quem foi para rua expressar essa insatisfação. “Se nós ficarmos somente reclamando, insatisfeitos e inconformados, não vamos mudar as coisas”, afirmou o militar. “Se os nossos representantes não estão correspondendo às nossas expectativas, vamos mudar.”
Pujol acrescentou ainda que “existe uma série de maneiras” de tentar mudanças no país, mas ressalvou que “o papel da Forças Armadas é seguir a legislação”. Ele citou que não tinha notícias de, nos últimos três meses, terem sido realizados protestos significativos no Rio de Janeiro, em Brasília, São Paulo ou Porto Alegre. “Não estamos gostando, mas estamos passivos. Não adianta nós só usarmos as mídias sociais”, disse ao pregar manifestações nas ruas.
Em seguida, o general lembrou a postura do povo da Venezuela, que está nas ruas contra o governo de Nicolás Maduro. “Com o regime que eles estão, lá tem gente morrendo na rua”, afirmou, reiterando que a população deve servir de “termômetro” para os poderes.
O general se queixou ainda do que está sendo ensinado nas escolas e questionou se as pessoas têm ido às secretarias de Educação ou ao Ministério da Educação perguntar sobre o que está sendo ensinado. “Vocês concordam com o que está sendo ensinado para os seus filhos, sobrinhos, netos?”, disse, sem querer “classificar” o conteúdo.

Intervenção
Sobre a crise criada pelo general Antônio Hamilton Mourão, secretário de Economia e Finanças do Exército e seu antecessor no cargo, que, na semana passada, defendeu a possibilidade de intervenção militar, Pujol evitou alimentar a polêmica. “Intervenção militar não é a solução”, afirmou, defendendo que mudanças nas leis sejam feitas por meio da democracia.
Mourão falou por três vezes em intervenção militar em uma palestra na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília. Recebeu duras críticas das Forças Armadas e do ministro da Defesa, Raul Jugmann (PPS). Em 2015 foi exonerado de seu cargo no Comando Militar do Sul – agora ocupado por Pujol – após fazer duras críticas ao governo.

O discurso do general:
Se vocês estão insatisfeitos, vão para a rua se manifestar, mostrar, ordeiramente. Mas não é para incendiar o país, não é isso (…).
São vocês, somos nós que temos de decidir qual o país que queremos. Há uma insatisfação geral da nação e eu também não estou satisfeito.
Se nós ficarmos somente reclamando, insatisfeitos e inconformados, não vamos mudar as coisas (..). Se os nossos representantes não estão correspondendo às nossas expectativas, vamos mudar.
Não estamos gostando, mas estamos passivos. Não adianta nós só usarmos as mídias sociais.
Intervenção militar não é a solução.
Edson Leal Pujol, comandante militar do Sul
(Com Estadão Conteúdo)
Veja/montedo.com

Comando diz que militar que usou máscara de caveira na Rocinha será advertido

Porta-voz das Forças Armadas afirma que prática está sendo coibida e que apenas um cabo do Exército utilizou o acessório e foi fotografado diversas vezes

Exército apura uso de lenços com desenhos de caveira na Rocinha
Militar armado usa balaclava com desenho de uma caveira durante patrulhamento na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
CONSTANÇA REZENDE E AGÊNCIA BRASIL
O Comando Militar do Leste, no Rio, informou que é indevido o uso de máscaras com desenhos de caveira, por militares das Forças Armadas, nas operações diárias na cidade. Os militares informam que a prática está sendo coibida e os soldados que utilizaram o acessório serão advertidos. Nesta semana, circularam imagens e fotos com soldados que participam da operação na Rocinha usando máscaras com desenhos de caveira.
De acordo com o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, essas peças se chamam balaclavas, espécies de toucas, e estão previstas no regulamento do uso de uniformes das Forças Armadas, nas cores preta e azul, mas lisas, sem qualquer inscrição ou desenho.
O coronel disse que por ser algo simples, os envolvidos não devem sofrer sanção, mas apenas uma advertência pelo uso do equipamento, nas cores diferentes das previstas no regulamento militar.
Itamar também criticou a repercussão provocada pelo uso da máscara e afirmou que apenas um cabo do Exército utilizou o acessório e foi fotografado várias vezes.
“Foi apenas um cabo do Exército que utilizou aquela máscara, dá para ver pelo uniforme dele. É o mesmo militar em todas as fotos. Ele foi fotografado antes do seu comandante te-lo mandado tirar. A máscara era dele, ele trouxe de casa. Ele pensou que não haveria problemas”, disse o coronel ao Estado.
“O uso indevido de uma peça do uniforme já está sendo corrigido e vai ser chamada a atenção de quem a usou. A própria chamada de atenção já resolve o problema”, disse o porta-voz do CML.
“Tem tantas coisas acontecendo que são mais graves e importantes e com as quais devemos estar preocupados. No processo, ele tem todo direito de defesa, tem que preencher documentação. Há todo um processo, previsto pela Constituição, para que ele seja punido”, afirmou ainda.
As balaclavas, como são chamadas as máscaras, têm a finalidade de proteger os soldados de situações do clima e do meio ambiente, como o sol, vento e frio, entre outras. 
O Estado de S.Paulo/montedo.com

Jungmann diz que Forças Armadas começam a deixar a Rocinha nesta sexta-feira

Declaração foi dada em entrevista exclusiva ao RJTV. Ministro afirmou que objetivo da atuação era acabar com guerra que levava terror a moradores, e que a favela está 'estabilizada'.
Jungmann diz que tropas saem da Rocinha nesta sexta (Foto: Reprodução/TV Globo)
Jungmann diz que tropas saem da Rocinha nesta sexta (Foto: Reprodução/TV Globo)
Por RJTV
Tropas federais começam a deixar a Rocinha nesta sexta-feira
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou que o cerco das Forças Armadas na Rocinha começa a ser desfeito na sexta-feira (29). Em entrevista exclusiva ao RJTV, ele disse que está satisfeito com a atuação e que o objetivo do Governo Federal era acabar com a guerra que levava terror aos moradores, não a prisão de bandidos – pois isso cabe à polícia.
“Neste momento, a Rocinha está estabilizada. Isso foi alcançado sem uma bala perdida, sem uma criança ser morta ou ferida e também qualquer um membro da comunidade. Então, neste momento, já não se faz necessária a presença desses quase 1 mil homens que lá se encontram. Nós temos muitas comunidades aonde atuar", disse o ministro, sem antecipar locais da ações.
Jungman disse que, havendo necessidade, as tropas têm capacidade para chegar rapidamente a qualquer parte da cidade para dar apoio às forças de seguranças estaduais.
"Nós temos, eu diria, um bom número de operações que já estão engatilhadas, estão planejadas, estão prontas. Nós vamos ter a capacidade de chegar a qualquer comunidade entre uma e duas horas porque estamos, a partir de então, com tropas de plantão, com efetivos de plantão, com a força de ação de resposta rápida para atender as demandas necessárias da segurança do Rio de Janeiro."
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) disse que "respeita e agradece a colaboração das Forças Armadas", e que a PM vai reforçar o policiamento com as unidades especiais, o batalhão local e a Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha.
A operação das Forças Armadas na comunidade começou na sexta-feira anterior, dia 22. O cerco foi autorizado pelo ministro, a pedido do governador Luiz Fernando Pezão, após uma semana de guerra entre dois grupos dissidentes da mesma facção que controla o tráfico de drogas. De dentro da cadeia, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, tentava retomar o morro de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.
Antigo aliado de Nem, Rogério é o traficante mais procurado do Rio, com recompensa fixada em R$ 50 mil, e teria fugido da Rocinha com a chegada das Forças Armadas.
Operações em várias comunidades do Rio estão sendo feitas à procura do criminoso. Nesta quinta, foi a vez do Complexo da Maré, onde mais de uma tonelada de droga foi encontrada, segundo a Seseg. Houve troca de tiros e os bandidos conseguiram fugir. Ninguém se feriu.
Na quarta-feira, tropas de elite da Polícia Militar fizeram varreduras no Vidigal e no Complexo do Alemão. Rogério 157 não foi encontrado.

A Secretaria de Segurança divulgou um balanço de quase uma semana de operações:
3 suspeitos mortos
24 presos
81 criminosos identificados
54 mandados de prisão expedidos
2 menores apreendidos
25 fuzis
6 pistolas
14 granadas e 7 bombas caseiras
munição: 3.224 unidades
125 carregadores de armas

A policia já identificou 81 traficantes suspeitos de envolvimento nos últimos confrontos na Rocinha. Cinquenta e quatro mandados de prisão foram expedidos.
À tarde, os policias da 11ª DP (Rocinha) entarram na casa que, segundo os investigadores, seria mulher de Rogério 157.
Na comunidade cercada e vigiada, dois adolescentes que estavam sendo torturados por criminosos foram resgatados por fuzileiros navais. Os jovens usavam um boné com a inscrição "Jesus é dono desse lugar", que faz alusão à quadrilha de Rogério 157. A polícia disse que identificou os torturadores e que eles seriam do bando de Nem.

Aulas e serviços retomados
Aos poucos, a Rocinha retorna à rotina. As crianças voltaram a vestir o uniforme com a retomada das aulas, interrompidas devido à violência. No posto de saúde, o atendimento era normal, até as 17h. A quinta-feira na comunidade também teve limpeza na rua e reparos nos postes de iluminação.
Pela manhã, o prefeito Marcelo Crivella explicou como pretende investir R$ 15 milhões em serviços como caravana do emprego, cadastramento em programas sociais, biblioteca volante e vacinação antirrábica.
"Como já anunciei antes, é muito importante cobrir o valão. É importante reparar as casas e algumas igrejas que estão cravadas de balas. É muito importante reformar nossas escolas, reabrir a biblioteca. Há muitas ações que iremos fazer."
G1/montedo.com

Ridículo: imprensa 'denuncia' uso de lenços de caveira na Rocinha e Exército diz que vai apurar

As  Forças Armadas realizam um trabalho exemplar na Rocinha e o grande destaque da mídia sãos os "lenços de caveira" usados de forma irregular por alguns militares.
A má vontade da imprensa carioca com os militares é notória e histórica. É evidente a pré-disposição para ressaltar algum aspecto negativo, por mais insignificante que seja. A espetacularização de uma bobagem como essa beira o ridículo.
"O “modelito” retrata bem o clima de tensão que moradores da comunidade vêm enfrentando", registra Daniela Dias, em O Globo. São mesmo uns bárbaros, esses milicos e seus lenços assustadores (ligando a tecla SAP: é uma ironia).
É constrangedor ver o Exército se dignar a expedir nota oficial dando explicações e prometendo apurar fato tão insignificante, que pode ser resolvido com duas ou três 'mijadas' por telefone.

27 de setembro de 2017

Comandante do Exército reúne generais e fala em 'coesão'

O general Villas Bôas às vésperas da Olimpíada Rio-16



RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, anunciou nesta terça-feira (26) em rede social que se reuniu no Rio de Janeiro com generais "da ativa e da reserva" com o objetivo de "orientar, pessoalmente, os integrantes do Exército". À mensagem, o comandante adicionou a hashtag "coesão".
Segundo texto divulgado pelo CML (Comando Militar do Leste), participaram do encontro três ex-comandantes do Exército e o ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) nos dois mandatos do governo Lula (2003-2010), Jorge Félix.
Villas Bôas também divulgou uma foto do encontro. A reunião não está entre as notícias divulgadas à imprensa pelo Comando do Exército em seu site, e a agenda do comandante desta terça-feira também não foi divulgada publicamente no endereço. A última agenda disponível é a do dia 21 de setembro.

A Folha solicitou ao Exército às 18h24 acesso ao discurso proferido pelo comandante e a todos os registros de áudio, vídeo e escritos da reunião, mas não houve resposta até a publicação deste texto. A reportagem também pediu o número de participantes, o local e a duração do encontro. No canto esquerdo da fotografia postada por Villas Bôas é possível ver a inscrição "Comando Militar do Leste", sediado no Rio.
Villas Bôas é ativo na rede social, com 25,9 mil seguidores.
No site do CML na internet, o Exército postou um texto curto, narrando que houve uma "recepção" ao comandante Villas Bôas às 10h30 desta terça-feira. Segundo a publicação, participaram do encontro o chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando Azevedo e Silva, o chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, general Mauro Cesar Lourena Cid, e o comandante do CML, general Walter Souza Braga Netto, "acompanhados por demais oficiais generais da ativa".
Conforme o CML, além de Jorge Félix participaram do encontro três ex-comandantes do Exército, hoje na reserva, Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, Gleuber Vieira e Enzo Martins Peri, e o ex-ministro dos Transportes Rubens Bayma Denys, entre outros oficiais da reserva.
A reunião ocorre em meio à polêmica gerada por declarações do general Antonio Hamilton Mourão sobre "impor uma solução" e "intervenção" militar na crise política no país, dadas em uma reunião em loja maçônica do Distrito Federal no último dia 15 de setembro. O oficial está na ativa e ocupa alto cargo na administração do Exército, na condição de secretário de economia e finanças do Comando do Exército.
Dias depois, o comandante Villas Bôas disse em entrevista ao programa de entrevistas de Pedro Bial, na TV Globo, que Mourão não seria punido pelas declarações. No mês de março, conforme a Folha revelou, Villas Bôas também proferiu palestra à mesma loja maçônica.
Sobre a controvérsia, o centro de comunicação social do Exército divulgou no último dia 21 a seguinte nota:

"1. O Exército Brasileiro é uma instituição comprometida com a consolidação da democracia em nosso país. 2. O comandante do Exército é a autoridade responsável por expressar o posicionamento institucional da Força e tem se manifestado publicamente sobre os temas que considera relevantes. 3. Em reunião ocorrida no dia de ontem [20 de setembro], o comandante do Exército apresentou ao Sr. Ministro da Defesa, Raul Jungmann, as circunstâncias do fato e as providências adotadas em relação ao episódio envolvendo o general Mourão, para assegurar a coesão, a hierarquia e a disciplina. 4. O Comandante do Exército reafirma o compromisso da Instituição de servir à Nação Brasileira, com os olhos voltados para o futuro".
Folha de São Paulo/montedo.com

Chinelagem! Atriz dá 'piti' ao ser parada em barreira do Exército no Rio: "Vou ligar pro meu tio que é coronel!

Claudia Alencar perdeu a linha ao ser parada pelo exército quando tentava chegar em casa, no fim de semana. Ela queria passar por uma rua da zona sul que estava fechada pelas forças armadas e, por isso, só era permitida a entrada de moradores. Educadamente, o militar do exército explica a situação diversas vezes para a atriz, que grita palavras de baixo calão e diz que vai ter que acionar o tio dela que é coronel.

Leo Dias/montedo.com

RJ: sargento do Exército é assassinado na Cidade de Deus

O crime aconteceu no último domingo (24)
Caroline Lacerda siterj@band.com.br
Imagem: Facebook
Um sargento do Exército foi morto por criminosos armados enquanto entrava na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. O militar não estava fardado no momento em que foi abordado pelos bandidos. De acordo com o Comando Militar do Leste, o segundo sargento Alexandre Dutra da Silva foi atacado pelos criminosos que perceberam que ele estava armado, no último domingo (24).
O militar servia na Companhia de Comando da Base de Apoio Logístico do Exército, no Rio de Janeiro. Ainda segundo a corporação, o incidente não tem ligação com as operações, em curso, em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública.
Com esse caso subiu para 124 o número de agentes de segurança, da ativa e aposentados, mortos somente neste ano no estado do Rio. O levantamento é da BandNews FM.
BAND/montedo.com

26 de setembro de 2017

Exército encontra armas e granadas em mata perto da Rocinha

Forças armadas patrulham comunidade da Rocinha para conter guerra entre traficantes, no Rio – 23/09/2017
A Polícia do Exército apreendeu nesta segunda-feira armamentos em uma área de mata no entorno da favela da Rocinha. O material estava no Parque Nacional da Tijuca. Foram encontradas duas pistolas, seis granadas, dezessete carregadores de fuzis, quatro carregadores de pistola e uma grande quantidade de munição, de vários calibres.
Os militares realizavam uma operação em busca do traficante Rogério 157 e seu bando, quando encontraram o armamento. O material provavelmente foi deixado para trás quando os criminosos fugiram às pressas com a chegada das forças de segurança, que fazem um cerco à favela desde a semana passada. O material foi levado à 11ª Delegacia de Polícia, que concentra as investigações sobre a Rocinha.

Apreensões
Até o momento, de acordo com a Polícia Civil, foram apreendidos 23 fuzis, oito granadas, 2.552 munições, duas pistolas e 101 carregadores em operações conjuntas realizadas pelas Forças Armadas e as polícias Civil e Militar na favela da Rocinha e em outras regiões em ações relacionadas à ocupação da comunidade.
Dezesseis pessoas foram presas, dois adolescentes apreendidos e dois criminosos morreram em confronto com os policiais nos últimos dias. A 11ª DP já identificou 59 criminosos que participaram dos confrontos na comunidade desde o dia 17 de setembro. Já foram obtidos 29 mandados de prisão e a operação integrada possibilitou o cumprimento de sete deles.
(Com Agência Brasil)
Veja/montedo.com

De volta para casa: últimos militares brasileiros começam a retornar do Haiti

São Paulo (SP) – Os militares brasileiros que compõem o 26º Contingente Brasileiro de Força de Paz, responsável por encerrar a participação brasileira na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH), começaram a retornar ao Brasil no dia 23 de setembro.
Até o dia 28 de setembro, serão, no total, quatro voos, cada um trazendo aproximadamente 200 militares. Um grupo composto por 103 pessoas ficou responsável por enviar ao Brasil os materiais utilizados na missão, como os armamentos e os blindados, e deve permanecer no Haiti até o mês de outubro.
Cerca de 900 militares deste último contingente, integrantes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea, atuaram no país caribenho por cinco meses, a fim de garantir a segurança e a estabilidade do Haiti e prestar apoio humanitário, principalmente durante a passagem do Furacão Irma, que assolou o norte do país no começo de setembro.
Ao longo dos 13 anos de missão, aproximadamente 37 mil integrantes das forças Armadas brasileiras participaram da MINUSTAH, considerada, pela Organização das Nações Unidas, uma das missões mais bem-sucedidas de sua história.
EB/montedo.com

Novo ditado gaúcho...

Perguntinha...

Em vez de “Fora Temer”, que mandou o Exército à Rocinha, a turma bronzeada do Rock in Rio não deveria ter gritado “Fora Tráfico”? (Cláudio Humberto)

25 de setembro de 2017

Rocinha volta a ter tiroteio; oito escolas vão suspender aulas

Após um domingo relativamente calmo, tiros voltam a ser ouvidos na comunidade, que está sob fogo cruzado de traficantes e ocupada por policiais e militares
Soldado do Exército patrulha a Rocinha observado por moradores (Bruno Kelly/Reuters)
Da Redação
Depois de um dia calmo – o primeiro em uma semana -, a comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, voltou a registrar troca de tiros, no fim da tarde desde domingo (24). Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) afirmaram que o tiroteio não deixou feridos.
Desde a sexta-feira, a favela é alvo de operação das Forças Armadas com a Polícia Militar. O objetivo é prender traficantes ligados a Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que disputam o tráfico local. Na véspera, confrontos entre criminosos, policiais e militares ocorreram na favela e em outros pontos da cidade. Três suspeitos morreram, nove foram presos e pelo menos 18 fuzis foram apreendidos, além de granadas, munições e drogas.
Nas redes sociais, foram compartilhadas neste domingo fotos que seriam de casas invadidas ilegalmente por policiais e militares na Rocinha. São imagens de portas arrombadas e casas reviradas, acompanhadas de relatos de supostas agressões verbais e físicas contra moradores e de roubo de pertences pessoais, como celulares e pares de tênis.
Operações das Forças Armadas durante o terceiro dia de ocupação na Rocinha, no Rio - 24/09/2017
Operações das Forças Armadas durante o terceiro dia de ocupação na Rocinha, no Rio - 24/09/2017 (Vladimir Platonow/Agência Brasil)
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse neste domingo que desconhece informações sobre essas invasões. “Eu não tenho informação sobre isso. Estou em contato permanente com muitos moradores que conheço da Rocinha. A PM, com o Batalhão de Choque, o Batalhão de Operações Especiais, o Batalhão de Cães, fica o tempo que for necessário para continuarmos com as apreensões de drogas e fuzis e levar paz àquela comunidade. Ainda tem muita informação que chega ao setor de inteligência”, declarou.
Operações das Forças Armadas durante o terceiro dia de ocupação na Rocinha, no Rio - 24/09/2017
Operações das Forças Armadas durante o terceiro dia de ocupação na Rocinha, no Rio - 24/09/2017 (Vladimir Platonow/Agência Brasil)
Escolas
Por medida de segurança, pelo menos oito escolas, entre públicas e particulares, localizadas na região da Rocinha não funcionarão nesta segunda-feira (25) por causa da ocupação policial e militar da favela. Cinco escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento infantil (EDI) ficarão fechadas, deixando sem aulas cerca de 2.500 alunos.
Instituições privadas de ensino situadas nos arredores da comunidade, como Teresiano, Escola Parque e Escola Americana, na Gávea, já avisaram que também não vão funcionar nesta segunda. A Escola Americana anunciou que as aulas estão suspensas até quarta-feira.
Veja/montedo.com
Forças armadas patrulham comunidade da Rocinha para conter guerra entre traficantes, no Rio (Mario Tama/Getty Images)
Campo Grande (MS) - Máquina do Exército destrói mais de 1.500 armas e artefatos apreendidos (Imagem:EB)

24 de setembro de 2017

Comandante do Exército cogita transferir o general Mourão. diz jornalista

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Segundo o jornalista Leandro Mazini, do Blog Esplanada, o Comandante do Exército, General Villas Bôas não descarta transferir o General Mourão, que admitiu a hipótese de intervenção militar em palestra no Grande Oriente do Brasil. O destino poderia ser um comando do Exército na região Norte. 
Procedimento semelhante foi adotado em 2015, quando Mourão, então Comandante Militar do Sul, falou em 'despertar da luta patriótica', às vésperas da abertura do processo de impechment de Dilma Rousseff. Mourão foi exonerado e nomeado Secretário de Economia e Finanças do Exército.

Bombardeiros dos EUA voam próximo ao litoral da Coreia do Norte

Porta-voz do Pentágono afirmou que missão é uma demonstração que o país pode derrotar qualquer ameaça
Bombardeiros dos EUA voam próximo ao litoral da Coreia do Norte | Foto: Steven Schneider / Us Army / AFP / CP
Bombardeiros dos EUA voam próximo ao litoral da Coreia do Norte | Foto: Steven Schneider / Us Army / AFP / CP
Bombardeiros americanos voaram neste sábado perto da costa leste da Coreia do Norte em uma demostração de força do poder militar dos Estados Unidos ao programa armamentista de Pyongjang, informou o Pentágono.
"Esse foi o local mais ao norte da zona desmilitarizada ao qual um avião de combate americano ou um bombardeiro sobrevoou próximo ao litoral norte-coreano no século XXI", a porta-voz do Pentángono, Dana White.
"Esta missão é uma demonstração de resolução dos EUA e uma mensagem clara de que o presidente tem muitas opções militares para derrotar qualquer ameaça", disse White.
"Estamos preparados para usar todo o tipo de capacidade militar para defender a pátria dos EUA e nossos aliados".
Os bombardeiros da Força Aérea B-1B Lancer usados no sábado estão baseados em Guam, acompanhados pelo aviões F-15C Eagle, de Okinawa, Japão, disse White.
CORREIO do POVO/montedo.com

Após tiroteio na Rocinha, Exército prende cinco e aprende um fuzil AK47

Troca de tiros foi registrada na madrugada deste sábado, apesar do cerco das Forças Armadas
Além do fuzil AK47, a Polícia do Exército apreendeu carregadores pistola e muita munição | Foto: Polícia do Exército / Agência Brasil / Divulgação / CP
Além do fuzil AK47, a Polícia do Exército apreendeu carregadores pistola e muita munição | Foto: Polícia do Exército / Agência Brasil / Divulgação / CP
Agência Brasil
Depois de algumas horas de aparentemente tranquilidade, a madrugada deste sábado voltou a registrar troca de tiros na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com a Assessoria de Comunicação Social do Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, por volta das 4h30min, elementos armados tentaram romper bloqueio do cerco estabelecido pelas Forças Armadas nas proximidades da Rua General Olímpio Mourão Filho.
Na operação, foram presos pela Polícia do Exército os cinco ocupantes de um veículo Renault Symbol e apreendidos um fuzil AK47 calibre 7,62mm com numeração raspada e quatro carregadores; uma pistola Glock calibre 9mm com dois carregadores; 86 munições calibre 7,62mm e 18 calibre 9mm; dois equipamentos de rádio transmissores; documentos; cadernos de anotações; além de pequena quantidade de drogas e dinheiro em espécie. Os suspeitos e o material apreendido foram entregues à 11ª Delegacia de Polícia, na Rocinha.
Devido ao tiroteio, a Polícia Militar fechou por mais de 40 minutos, em ambos os sentidos, as vias do Complexo Lagoa-Barra. O fechamento ocorreu às 4h55min, de forma preventiva, para evitar que motoristas que passam pela região fossem atingidos por balas perdidas. As vias foram liberadas às 5h36min pelas forças de segurança que atuam na região da Rocinha. Já nesta manhã, a autoestrada Lagoa-Barra e os túneis Zuzu Angel e Rafael Mascarenhas (túnel acústico) estão dando passagem normalmente nos dois sentidos.

Ocupação
As forças de segurança do Estado e as Forças Armadas ocupam desde a tarde de sexta-feira a comunidade da Rocinha. Homens da Polícia do Exército, dos Fuzileiros com o uso de tanques, com um efetivo de 950 militares estão distribuídos nos principais acessos e também na área de mata fechada.
Tropas de elite do Exército foram deixadas de helicóptero na mata e técnicos em comunicação montaram estações de rádio para comunicação. Homens do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) e do Batalhão de Choque com auxílio de cães farejadores do Batalhão de Ação com Cães fazem uma varredura na mata, para onde os traficantes teriam fugido.
CORREIO doPOVO/montedo.com

23 de setembro de 2017

Apesar do cerco das Forças Federais, Rocinha tem novo tiroteio durante a madrugada deste sábado

Disparos foram ouvidos por volta de 4 horas. De acordo com o Centro de Operações, o túnel Zuzu Angel, que faz a ligação entre as zonas Sul e Oeste da cidade, chegou a ser interditado.
Blindado das Forças Armadas chega à Rocinha (Foto: Reprodução / TV Globo)
Por G1
Embora Forças Federais estejam no segundo dia seguido de operação na Rocinha e após um breve período de aparente tranquilidade, foram registrados novos tiros na comunidade da Zona Sul do Rio de Janeiro, na madrugada deste sábado (23). Disparos foram ouvidos por volta de 4 horas, segundo relatos de moradores, informou a Polícia Militar (PM).
De acordo com o Centro de Operações, o túnel Zuzu Angel, que faz a ligação entre as zonas Sul e Oeste da cidade, foi interditado nos dois sentidos por algumas horas.
Não há informações sobre feridos.
As Forças Federais iniciaram neste sábado o segundo dia de ocupação da Rocinha. Há uma semana, quadrilhas rivais disputam o controle do tráfico de drogas na favela com tiroteios, provocando pânico nos moradores da região. As incursões na comunidade contam com o apoio de policiais do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
A operação na Rocinha começou na sexta-feira (21), às 16h. Houve confrontos entre os policiais e bandidos, mas ninguém foi preso e os criminosos conseguiram fugir. Segundo as investigações, os traficantes estariam escondidos dentro da mata que fica no alto da favela, entre eles, de acordo com os policiais, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, chefe do tráfico no local.
Pelo menos 16 criminosos já indentificados que atuam na Rocinha são procurados pela polícia. Todos possuem mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio. Rogério 157 disputa o controle da Rocinha com Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso em um presídio de segurança máxima em Porto Velho, Rondônia. Mesmo detido, Nem ordenou ataques na favela contra o grupo do rival.
O delegado titular da 11ªDP (Rocinha), Antônio Ricardo Lima Nunes, informou, no início da noite de sexta, que a Polícia Civil está na fase final da confecção de um mandado de busca e apreensão em casas da favela. "Nós vamos pedir ao Poder Judiciário que conceda buscas e apreensão em residências em áreas conflagradas. Em cima disso, a gente pretende prender outros indivíduos e também pretende apreender armas”, explicou Nunes.
Para o delegado, o objetivo desse mandado é dar legalidade às ações da Polícia. “Nós vamos poder acessar as residências com ordem judicial, independente da vontade do morador”, completou.
Militares fazem reconhecimento na comunidade da Rocinha (Foto: Ricardo Moraes / Reuters)

Rocinha 'pacificada'
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou na sexta que, segundo informações do Comando Militar do Leste, a Rocinha estava "pacificada" no início da noite. Ele disse que os militares permanecerão na comunidade durante "a noite inteira", pelo menos até sábado. O secretário de Segurança, Roberto Sá, declarou que a operação continua "por tempo indeterminado".
"Aquele tiroteio que foi observado na parte da manhã já não acontece. As tropas especiais da polícia com o apoio de tropas especiais das forças armadas estão tentando localizar os criminosos que estão na mata ou em algum esconderijo espalhado na própria Rocinha em algum lugar", disse Jungmann. Ele afirmou também que, na medida do necessário, a operação pode até contar com mais homens.
A guerra entre os grupos dos traficantes Antônio Bonfim Lopes, o Nem, e Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que foi intensificada na semana passada, levou a polícia a realizar operações diárias na Rocinha, comunidade com 70 mil habitantes.
Desde domingo, todos os dias houve tiroteio. Na manhã de sexta, novos e mais intensos confrontos levaram o governador Luiz Fernando Pezão a pedir ajuda militar. A autorização foi dada pelo ministro Raul Jungmann.

Resumo dos fatos de sexta-feira:
  • Às 5h, tropas especiais da polícia iniciaram operação na Rocinha, pelo 5º dia seguido;
  • houve intenso confronto de policiais com traficantes do grupo de Rogério 157, que disputa com o de Nem (preso em Porto Velho) o controle da favela;
  • por volta das 8h, jovens incendiaram um ônibus perto da praia de São Conrado, a mando de traficantes;
  • os tiroteios continuaram pela manhã, já na parte baixa da comunidade, perto do Túnel Zuzu Angel. Houve correria e a 11ª DP virou abrigo contra tiros. Uma granada foi lançada contra policiais, mas não explodiu;
  • às 10h, a Autoestrada Lagoa-Barra, principal ligação entre as Zona Sul e Oeste, foi interditada – a liberação só ocorreu às 14h;
  • 25 linhas de ônibus tiveram que alterar trajetos;
  • houve confrontos em outras comunidades: Maré, Alemão, Dona Marta, Chapéu Mangueira, Cidade de Deus e Vila Kennedy;
  • três moradores ficaram feridos por balas perdidas: na Rocinha, na Maré e no Alemão;
  • quase 7 mil alunos ficaram sem aulas;
  • postos de saúde e comércio fecharam portas;
  • escolas particulares e uma universidade também suspenderam as atividades;
  • um criminoso, conhecido como "Dançarino", se entregou à Polícia Federal;
  • Pezão pediu reforço federal, e Jungmann anunciou a participação de 950 militares;
  • pouco antes das 16h, as tropas entraram na favela, pelo chão e de helicóptero;
  • nenhum tiro foi ouvido e ninguém foi preso pelas tropas, até as 22h.


VALE ESTE - Guerra nos morros do RJ (Foto: Arte/G1)

O ministro acrescentou que as tropas especiais do exército estão entre as melhores do mundo para atuar em terreno de mata. "Tivemos um test drive de 13 anos no Haiti, temos tropas muito treinadas em termos de selva, de sorte que esse pessoal aí é extremamente especializado, muito treinado, e eles têm uma competência para usar a força exatamente proporcional ao desafio que estão enfrentando", afirmou.
O Exército está empregando tropas de Comandos e Forças Especiais, inclusive snipers (atiradores de elite), na operação na Rocinha. São os militares mais bem treinados no país, que são preparados para todos os tipos de situações de guerra e que atuariam em caso de um ataque terrorista. Em um vídeo divulgado nesta sexta, é possível ver estes militares desembarcando de rapel de um helicóptero no topo da favela. Estes homens estarão sempre com os rostos cobertos e sem símbolos nos uniformes.
Perguntado que outra atuação está prevista para as tropas das Forças Armadas no Rio, fora a presença na Rocinha, o ministro disse que "isso depende do que o estado demandar". "Quem pilota esse esforço é o estado [do RJ]. Não há uma intervenção na segurança, e sim, exatamente, um compartilhamento entre as tropas federais e as polícias do estado do Rio de Janeiro".
Em entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o secretário Roberto Sá falou ao lado do almirante Roberto Rossatto, chefe do estado maior conjunto do comando militar do leste. Eles detalharam os trabalhos das Forças Armadas na Rocinha. Os soldados não fizeram apenas o cerco da comunidade, como inicialmente planejado. Os militares atuaram nas principais vias de acesso aà comunidade e também na mata.
Apesar de toda a operação, iniciada na tarde de sexta, ninguém foi preso e nada foi apreendido com os bandidos. Sá também negou que os tiroteios ocorridos em outras favelas fossem ações orquestradas pelos criminosos.
Sá e Rossatto explicaram ainda que a operação foi para "reconhecimento de terreno". Segundo as investigações, bandidos estariam escondidos em uma mata da Rocinha, entre eles Rogério 157, chefe do tráfico da favela.
Roberto Sá quis ainda tranquilizar a população do Rio. Segundo o secretário, os cariocas podem ir às ruas. "Em Londres, por exemplo, tem terrorismo e ninguém deixa de visitar a cidade", disse ele.
Sá e Rossatto também não descartaram que as Forças Armadas ocupem outras favelas do Rio, como na Rocinha. Mas eles não deram detalhes sobre isso.
G1/montedo.com

Adubando a imbecilidade coletiva

O rapaz é comentarista de esportes, mas - sabe como é - sempre dá tempo de ser leviano em outras áreas.

Rejeição ao Exército no Rio é tática do tráfico

Uma das armas mais poderosas dos traficantes que controlam morros cariocas, inclusive a Rocinha, é a reação dos moradores à presença de soldados do Exército. “Tentar diminuir o ânimo dos soldados é uma tática de guerrilha urbana”, explica em off um oficial do Exército que participa das ações, estudioso do assunto. Ele afirma que grande parte dos cariocas apoia a presença do Exército, mas há os que a repelem.

COISA MAIS ESQUISITA
Foram recebidas com aplausos as tropas do Exército que ocupariam a Rocinha. Mas também foram ouvidos vaias e xingamentos.

VAI ENTENDER
Reclamaram muito do bloqueio do acesso à Rocinha. Mas o alvo eram as forças de segurança e não os bandidos, causadores da confusão.

MAIS DO MESMO
Há também muitos cariocas céticos, segundo pesquisa oficiais: acham que tropas vão embora, traficantes voltam e tudo continuará na mesma.

ÀS AVESSAS
O que mais impressiona, na “guerra civil” do Rio, é a rejeição de parte dos cariocas às forças de segurança que estão na cidade para protegê-los. Parecem preferir o domínio dos traficantes ao império da lei.
DIÁRIO do PODER/montedo.com

Ministro da Defesa tenta obter apoio de Raquel Dodge para força-tarefa no Rio

JUNGMANN DISSE QUE BUSCARÁ TAMBÉM O APOIO DA JUSTIÇA E DA POLÍCIA FEDERAL
JUNGMANN TENTA APOIO DA PROCURADORA-GERAL À CRIAÇÃO DE UMA FORÇA-TAREFA DE ATUAÇÃO ESPECÍFICA PARA SEGURANÇA PÚBLICA NO RIO DE JANEIRO (FOTO: ALEXANDRE MANFRIM)
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e a procuradora-geral da República (PRG), Raquel Dodge, se reuniram agora há pouco na sede da PGR em Brasília. Além de ser uma reunião de apresentação - uma vez que Jungmann não pôde ir à posse da procuradora, por estar em viagem - o encontro desta sexta (22) é uma tentativa de Jungmann obter apoio e suporte da procuradora-geral à proposta de criação de uma força-tarefa de atuação específica para a segurança pública no Rio de Janeiro.
Nesta quinta (21), após reunir-se, no Rio de Janeiro, com o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, Jungmann disse que buscará também o apoio da Justiça e da Polícia Federal para essa força tarefa. Caberá agora ao governo carioca finalizar uma proposta apontando os locais onde as Forças Armadas farão as patrulhas. Essa proposta será encaminhada para a análise no Ministério da Defesa.
Nesta quarta (20), o governador revelou que entre os pontos que podem ter a presença de militares federais estão as linhas Vermelha e Amarela e as rodovias federais. A intenção é poder deslocar o efetivo da polícia estadual, que ficaria nestes locais, para outras operações reforçando as operações de combate ao crime.
Após o encontro com Pezão, Jungmann disse que o governo anunciará em outubro um “grande pacto social” que complementará as incursões das forças de segurança no combate ao crime organizado no estado, com ações nos eixos de segurança, defesa e inteligência.
O ministro admitiu que houve desajustes no relacionamento entre os governos federal e estadual na questão da segurança, mas que cabe às autoridades resolverem, porque o Rio de Janeiro, assim o exige. Dados do Instituto de Segurança Pública, entre junho e 26 de julho deste ano, houve 1.041 casos de roubo de carga no Rio, e que, de 29 de julho – quando começaram as operações conjuntas – até 22 de agosto, foram registrados 585 casos.
Nos roubos a pessoas nas ruas, os registros caíram de 9.265 para 6.286 casos e nas tentativas de homicídio de 508 para 393. O período de comparação, no entanto, tem menos dias. Enquanto no primeiro período foram 35 dias com casos registrados, no segundo foram 25 dias. (ABr)
DIÁRIO do PODER/montedo.com

Exército fará até ‘guerra na selva’ em cerco a tráfico na Rocinha

Helicópteros desembarcarão militares treinados em ações desse tipo na mata fechada do entorno da favela do Rio, que é palco de disputa entre traficantes
Militares do Exército participam de ação na favela da Rocinha, no Rio (Bruno Kelly/Reuters)
Da Redação
A participação das Forças Armadas no cerco ao tráfico na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, não vai se limitar ao controle das principais vias que dão acesso à comunidade. Militares treinados em operações na selva vão ajudar no reconhecimento da área e na localização de traficantes escondidos na floresta no entorno da favela.
Segundo o chefe do Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança no Rio de Janeiro, almirante Roberto Rossatto, diferentemente das outras ações das Forças Armadas no estado, desta vez, as tropas estão atuando nos acessos à comunidade atingida e no seu entorno, na vegetação de mata fechada, com o uso de helicópteros para desembarcar homens do Exército treinados para fazer o reconhecimento e militares para auxiliar a comunicação da operação.
O almirante disse que a Estrada da Gávea divide a comunidade em duas partes: de um lado a Rocinha e do outro o Vidigal e, por isso, foi feito um cerco modificado, dividindo o terreno, para que as tropas possam atuar com maior eficácia. As Forças Armadas vão permanecer na Rocinha por tempo indeterminado, segundo Rossato.
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, disse que os criminosos estão, em sua maioria, abrigados na mata, mas, como a Rocinha é muito grande, eles podem estar escondidos também em casas na comunidade.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o efetivo que poderá ser deslocado imediatamente são os 950 homens da Polícia do Exército lotados no Estado do Rio de Janeiro. Ele afirmou também que o efetivo pode crescer conforme a demanda dos próximos dias, até o limite máximo de 10.000 homens, que “é excessivo e só será utilizado em caso de necessidade”.

Balanço
As ações realizadas desde domingo (17) por policiais da 11ª Delegacia de Polícia (Rocinha), em conjunto com policiais militares, resultaram na prisão de três pessoas, identificadas como Edson Gomes Ferreira, Wilklen Nobre Barcellos e Fabio Ribeiro França. Quatro criminosos morreram nos confrontos. Seis pessoas ficaram feridas e foram socorridas e encaminhados ao Hospital Miguel Couto.
O Portal dos Procurados, site ligado ao Disque Denúncia do Rio, está oferecendo recompensa de 30 mil reais por informações que levem à prisão de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, chefe do tráfico na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Ele disputa o domínio do comércio ilegal de drogas na favela com o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, que está no presídio federal de Rondônia. Os dois pertencem à facção criminosa Amigo dos Amigos.
Nem é suspeito de ter ordenado o ataque contra a quadrilha de Rogério. Por isso, mesmo preso, teve nova prisão decretada. Nesta sexta-feira, 22, o portal publicou cartaz divulgando a recompensa pela prisão de Rogério. A peça também oferece um prêmio por informações a respeito de oito acusados de ter participado da invasão da Rocinha no último domingo. Para cada um dos procurados, o pagamento será de R$ 1 mil.
Veja/montedo.com

Forças Armadas iniciam operação de cerco à Rocinha

'É uma disputa de poder entre a facção e é natural. O Nem foi preso e deixou alguém em seu lugar, que agora quer tomar o poder', disse comandante-geral da PM
Exército inicia operação no entorno da RocinhaRafael Nascimento / Agência O Dia
RAFAEL NASCIMENTO E JONATHAN FERREIRA
Rio - As Forças Armadas iniciaram, na tarde desta sexta-feira, uma operação de cerco à Rocinha, na Zona Sul do Rio. Segundo o ministro Raul Jungmann, 950 homens do Exército participarão da ação na comunidade, juntamente com forças policiais do estado. A Polícia Federal também está presente na região.
Por volta das 17h30, houveram dois tiros. Até o mometo, não há informações se o disparo foi de criminosos ou policiais. Já às 17h50, bandidos colocaram fogo na mata, na parte alta da comunidade.
De acordo com Wolney Dias, comandante- geral da Polícia Militar, a PM conta com mais de 400 homens no efetivo da Rocinha. Ao ser questionado se a Secretaria de Segurança demorou pedir ajuda do Exército, o comandante negou e disse que a PM já vinha atuando juntamente as tropas federais.

"É uma disputa de poder entre a facção e é natural. O Nem foi preso e deixou alguém em seu lugar, que agora quer tomar o poder", opinou Wolney sobre o cenário de confrontos na comunidade.
A entrada do Exército atraí a atenção de curiosos e moradores da Rocinha -que acompanham a chegada do efetivo e de blindados. No entanto, o clima é de apreensão e medo na comunidade. "Comprei comida extra. Eu vou entrar agora e não sei quando a gente vai conseguir sair de casa", revela a doméstica, que trabalha em Jacarepaguá. "Estamos vivendo um horror", lamentou.
O comandante-geral da PM, Wolney DiasRafael Nascimento / Agência O Dia
Esta sexta-feira, quinto dia de operações na Rocinha, está sendo marcado por confrontos na comunidade. Policiais dos Batalhões de Choque e de Operações Policiais Especiais (Bope) estão na favela para procurar o traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, e bandidos que invadiram o local no último domingo.
Às 10h, a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rua 2, que fica no alto do morro, foi atacada. Um morador foi ferido e levado ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Segundo o diretor do hospital, a vítima vítima está bem, lúcida e orientada. Por volta das 14h40, um homem foi preso na localidade conhecida como 'Roupa Suja', mas a PM não deu mais detalhes sobre o caso.
Wolney Dias cumprimenta oficial do ExércitoWhatsApp O DIA (98762-8248)
Mais cedo, um ônibus foi incendiado em São Conrado, próximo à Avenida Niemeyer. Segundo a PM, o Setor de Inteligência e o Disque Denúncia receberam informações de que menores foram orientados para atear fogo em ônibus para desviar a atenção policial ao cerco da Rocinha.
Moradores acompanham ação do Exército na RocinhaRafael Nascimento / Agência O Dia
Uma granada também foi lançada em um trecho da Estrada Lagoa-Barra, após o túnel Zuzu Angel, próximo à passarela da Rocinha. A PM disse que o Esquadrão Antibombas foi acionado e conseguiu retirar o artefato para o local. Depois, o objeto foi levado para a 11ª DP (Rocinha). Por volta das 11h30, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e do 23º BPM (Leblon) chegaram ao local para reforçar o policiamento. Por volta das 14h, os dois sentidos da Autoestrada Lagoa-Barra foram totalmente liberados.
Por segurança, cinco escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDIs) foram fechadas na região. Ao todo, 2.489 alunos foram prejudicados. As aulas também foram suspensas na Escola Teresiano, Escola Americana e Escola Parque, além da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
O Dia/montedo.com