CAUSOS DA CASERNA

PIADAS DE CASERNA 03 (CASOS REAIS)
Por AUTISTA
As histórias aqui relatadas são VERÍDICAS (nem sempre), mas os nomes dos protagonistas serão FICTÍCIOS, preservando às pessoas que realmente viveram estas situações hilárias.
Com o advento do Tsunami na Ásia, a Agência Nacional de Controle de Abalos Sísmicos (ANCAS – não tenho a menor idéia se é essa a sigla), realizou uma reunião extraordinária, tendo como pauta principal, o monitoramento ininterrupto dos abalos sísmicos que assolam o solo brasileiro, independente das placas tectônicas da América do Sul serem muito antigas. Reunião terminada, iniciou-se a escala de serviço de 24 horas de monitoramento, na ANCAS.
Numa certa terça-feira de um dia qualquer, por volta das 21:00 horas, fora feita uma previsão catastrófica pelo funcionário de plantão na ANCAS, acionando o plano de contingência pré-estabelecido, convocando urgentemente todos os especialistas de sobreaviso. Rapidamente, cerca de uma hora depois, por volta das 22:00 horas, reuniram-se para as deliberações pertinentes. O agente de plantão que fez a descoberta repassou em primeira mão a notícia bombástica.
Que por volta das 10:00 horas da manhã do dia seguinte (uma quarta-feira qualquer), no Município de Curralinho (ele existe mesmo e fica no Pará, aliás, já pensou se alguém de Curralinho casasse com alguém de Ponta Grossa/PR. Bom, mas essa é uma outra história...). Como disse, por volta das 10:00 horas da manhã iria ocorrer um tremor de terra violentíssimo (terremoto mesmo) próximo da cidade. Decidiram então (22:45 h) ligar imediatamente para o poder público de Curralinho, a fim de avisar as autoridades, e estas saírem informando a população para evacuarem a cidade de imediato. Depois de inúmeras tentativas sem sucesso, voltaram a se reunir (são 23:00 h). Alguém se lembrou de algo (sei lá quem) e chamaram rapidamente um funcionário que estava de plantão na agência, num outro setor (Supervisor de detritos e poeiras – faxina mesmo) e que já havia morado em Curralinho e é conhecido carinhosamente como PUSTEMA, onde perguntaram a ele por que nenhuma autoridade atendia ao telefone em Curralinho. 

Segue-se a conversação:
FUNCIONÁRIO: Por que ninguém atende ao telefone em Curralinho??
PUSTEMA: Olha doutô! Minha cidade é muito pequena, depois das 18:00 horas fecha tudo!
FUNCIONÁRIO: Nós ligamos para a Prefeitura, Fórum, até pra Delegacia de Polícia e ninguém atende. Não tem plantão lá???
PUSTEMA: Na delegacia depois das 19:00 h, quem assume o plantão é um bate-pau, conhecido pelo apelido de “TEMPO FEIO”. Aliás, nunca houve fuga no seu plantão (por que será, heim!!!!) e ele usa apenas um cacetete que os presos apelidaram de “DENGOSA”!!! (Detalhe: 10 cm de espessura e na ponta é redondo pro som dos “bolos” na mão soar melhor, além de encaixar direitinho e deixar a mão inteira vermelha. Fica uma belezura!!!)
FUNCIONÁRIO: E agora, vc poderia dar alguma sugestão? Pra quem devemos ligar agora???
PUSTEMA: Doutô, lá em Curralinho tem o Destacamento da briosa Polícia Militar. E tem comandante que mora no destacamento, o nome dele é SGT PORRONCA. Por ocaso eu tenho o número do fax aqui!!!

(FAX EM CURRALINHO??? Pois é, precisamos de um fax em Curralinho e o número de telefone no bolso de Pustema para a piada continuar...)

(Outra informação importante: SGT PORRONCA era semi-analfabeto, entrou na Polícia nos idos de 1970, numa época em que se admitia (eram obrigados) apenas com quarta série primária que ele fez mal e porcamente, sequer sabia ler e depois que entrou na briosa nunca mais se reciclou, sempre trabalhando “nos cafundó do judas”.)

Como o SGT PORRONCA morava no Destacamento, rapidamente redigiram um fax (são 23:50 h). Segue o teor na íntegra:

Agência Nacional de Controle de Abalos Sísmicos (ANCAS)
Exmo. Sr. Comandante da Polícia Militar de Curralinho 

URGENTE!!!
AMANHÃ HAVERÁ UMA INTENSA MOVIMENTAÇÃO SÍSMICA NA ÁREA.
“RICHTER” SUPERIOR A 6,5.
ZONAS PERIFÉRICAS SERÃO ATINGIDAS CONSIDERAVELMENTE.
EPICENTRO A 2 QUIILÔMETROS DO CENTRO DA CIDADE.
TOMEM PROVIDÊNCIAS URGENTES!!!
PS: Favor informar impreterivelmente todas as medidas adotadas num prazo de 48 horas.

E assim repassaram o fax, que foi recebido pelo SGT PORRONCA na mesma hora, aliás (00:00 h - Demorou 10 minutos pra chegar porque Curralinho fica no cu do mundo!!!), já que estava no destacamento pitando um cigarrinho de palha (que, aliás, fedia pra burro e nenhum policial ficava no destacamento quando ele fumava).

Como não sabia ler chamou o SD HORÁCIO e pediu para que fizesse a leitura para ele, o que foi feito de imediato! (SGT PORRONCA não aceitava opinião de subordinados e nem admitia quem contestassem às suas ordens)

15 dias... (isso mesmo), 15 dias depois o SGT PORRONCA envia um fax para a Agência Nacional Controle de Abalos Sísmicos, com o seguinte teor e feliz da vida por ter cumprido a missão a contento, esperando inclusive uma medalha pelos seus feitos:

Comandante da Polícia Militar de Curralinho
Ao Diretor da Agência Nacional Controle de Abalos Sísmicos
SENHOR DIRETOR,
RECEBI O FAZ NA MESMA HORA E CUMPRI COM TODAS AS DETERMINAÇÕES
INFORMO-VOS QUE O MOVIMENTO SÍSMICO FOI TODO DESARTICULADO;
“RICHARD” TENTOU FUGIR E FOI ABATIDO A TIROS;
AS ZONAS FORAM TODAS FECHADAS E AS PUTAS TÃO TODAS PRESAS;
EPIFÂNIO, EPICENTRO E OUTROS TRÊS “CABRAS” JÁ ESTÃO NO XILINDRÔ.
PS: Desculpe não ter informado no prazo de 48 horas. É que houve um terremoto terrível aqui!!!!
RECANTO DAS LETRAS


O SARGENTÃO
José B. Figueiredo

No 18º GAC, em Rondonópolis (MT), servia um 1º Sgt muito disciplinado e rigoroso chamado Zenóbio. Era um pernambucano, daqueles "cabra-da-peste".
Era o Sargenteante da 1ª Bia O e temido até pelos sargentos mais novatos.
Certo dia, um outro sargento chamou um recruta e pediu-lhe que transmitisse um recado ao Zenóbio.
O jovem, que era da 1ª Bia O, foi imediatamente cumprir a missão. Entrou na sargenteação, fez a apresentação regulamentar e foi dizendo:
- Sargento José Nóbio...
O sargento interrompe-o de imediato e, em voz alta, interroga-o:
- Soldado, meu nome é ZENÓBIO! Quem lhe disse que era José?
O soldado, já tremendo, respondeu:
- Sargento, desculpe-me, mas não tenho intimidade pra chamar o senhor de Zé!


FUNCIONÁRIA DE NOME ESTRANHO...
José B. Figueiredo

Havia concluído um curso no Rio de Janeiro e fui classificado em um Departamento, em Brasília, juntamente com outro companheiro.
Este, ao se apresentar, foi conhecer a Assessoria para a qual foi designado como Chefe.
Vieram seus integrantes se apresentarem ao novo Chefe:
- Major Fulano, Adjunto...
- Ten Beltrano, Auxiliar...
Depois que todos fizeram suas apresentações, foi a vez de D. HELDA, funcionária civil com mais de 25 anos de serviço:
- Coronel meu nome é HELDA, funcionária civil responsável pelo protocolo.
O Chefe pediu que ela repetisse o nome.
- HELDA, com H, frisou bem.
No dia seguinte, ao entrar na Assessoria, o Coronel foi cumprimentando todos pelo nome:
Bom dia Fulano, Bom dia Beltrano...
Para os militares era fácil dizer os nomes pois estavam nos biribas sobre os bolsos, mas a funcionária não tinha biriba e veio aquela lembrança do dia anterior quando ela frisou bem: "com H". O Coronel, então encheu os pulmões e cumprimentou-a:
- Bom dia, Dona HOSTA.

O BOMBEIRO VOADOR!

CORPO de BOMBEIROS PORTUGUESES
Houve na capital do pais (Brasília) uma semana DO CORPO DE BOMBEIROS e compareceram grupos de varias partes do mundo para prestigiar o evento e dar palestras e 'cases' verídicos.
A turma de bombeiros de Portugal, através de seu Chefe, contou que na
SEMANA idêntica que aconteceu em Lisboa, eles inauguraram em uma demonstração real, uma cama elástica para salvados de incêndio;
ele dizendo :
- Colocamos colunas de fumaça para parecer incêndio em um prédio de 10 andares e o GAJO pulou do segundo andar para nossa cama elástica !! Assim que ele bateu , voltou para o terceiro andar e tornou a voltar para a cama elástica !!
A platéia no anfiteatro seguia atenta a historia do Chefe Portugês !!
- O gajo tornou a bater na cama elástica e foi para o quinto andar !!
Aí, um dos bombeiros presentes interrompeu brilhantemente a exposição e perguntou :
- Como vocês fizeram a fim de parar o gajo ?
O Chefe respondeu de pronto :
- Infelizmente, tivemos que ABATÊ-LO A TIROS !!!




QUARTA-FEIRA, 4 DE MAIO DE 2011


O CAVALARIANO INFORMÁTICO

FLÁVIO MARTINS PINTO
Um sargento da fronteira do Rio Grande do Sul, lá das barrancas do Rio Uruguai, foi transferido para Brasília, logo ele que jamais havia saído da sua terra.
Chegando no QG do Exército, foi logo designado para uma seção.
Ao ser recebido educadamente pelo chefe da seção, este perguntou-lhe se sabia trabalhar em computador ou bater a máquina.
O Índio da fronteira , não titubeou e respondeu:
- Olhe, Coronel, com todo respeito: prá mim mais de quatro botões ou é farda ou gaita ponto!!!

DOMINGO, 2 DE JANEIRO DE 2011


NÃO ME PERGUNTES ONDE FICA LIVRAMENTO!


Ricardo Montedo

Se, algum dia, tivesse que se aplicar a um indivíduo a expressão “grosso da tropa”, usada em linguagem tática para definir o efetivo mais numeroso, sem dúvida essa pessoa seria Juvêncio, índio taura saído direto das furnas do lendário cerro do Jarau para servir no 155RC, de Quarai, fronteira com o Uruguai.
Grosso, mas muito dedicado. Afeito à dura rotina das lides campeiras, desde recruta mostrou-se um bom soldado. Em pouco tempo, conquistou as divisas de cabo e, logo em seguida, passou no concurso para sargento.
Bueno, naquela época, o sonho de todo cabo recém promovido era casar e comprar uma bicicleta, não necessariamente nessa ordem.
Como ia para a escola de sargentos, Juvêncio deixou a bicicleta para depois e voltou ao Jarau para casar com Ledi, sua noiva desde os quinze anos.
Assim seguiram os dois, jovens e simplórios, para Minas Gerais, onde o ano de curso transcorreu sem problemas, além do convívio com o “mundo civilizado” ter servido para dar um certo verniz cultural ao Juvêncio, sem bem que nem dez anos em Paris conseguiriam domar aquele índio bruto saído dos grotões da campanha gaúcha, embora, a essa altura, o dito já fizesse o tipo “grosso desembaraçado”.
Este fato deu-se quando os dois retornavam de Três Corações, sede da Escola de Sargentos.
Era preciso ir até São Paulo para conseguir passagem para os pagos gaúchos. Esta era uma necessidade comum a toda a gauchada, centenas de sargentos recém formados e seus familiares, saudosos de seus lares e contando os minutos para abraçar os seus.
Com tanta procura, era natural que os ônibus lotassem depressa e faltassem passagens para muita gente. Foi o que aconteceu com o casal, que se viu, de repente, perdido numa manhã de novembro no imenso terminal rodoviário do Tietê, observando atônitos aquele mar de gente a ir e vir, sem saber o que fazer, já que só havia lugares vagos para o dia seguinte.
Foi quando, milagrosamente, Juvêncio divisou sobre um dos guichês um letreiro, anunciando uma linha de ônibus para Livramento.
- “Santana do Livramento”- pensou Juvêncio-“cidade vizinha de Quarai. Chegando lá, estamos em casa”.
Sem pestanejar, dirigiu-se ao guichê e inquiriu o funcionário:
- Tchê, tem passagem para Livramento?
- Sim, senhor.
- E a que horas sai o ônibus?
- Em meia hora, senhor.
- Que bueno! Quero duas passagens, então.
Satisfeito com sua esperteza, Juvêncio ainda zombou de alguns colegas que estavam na mesma situação, sem lhes dar o “mapa da mina”:
- Bando de bocós, consegui passagens para Livramento, daqui a pouquinho. Hehehehe.
- Como – perguntaram-se todos - se só havia ônibus para o dia seguinte?
O gauchão, entretanto, contou o “milagre”, mas não o “santo”, e embarcou com a mulher no ônibus sem que os demais percebessem, muito satisfeito com sua esperteza.
No primeiro dia de viagem, tudo tranqüilo, o cenário diferente não chegava a causar estranheza, pois ainda estavam longe dos pagos.
Na manhã seguinte, Ledi começou a sentir que havia algo errado, a paisagem parecia muito estranha, com muitas serras, altas montanhas vislumbradas ao longe, forte neblina, tudo muito diferente do que ela lembrava do caminho de ida.
- Negro, está tudo muito estranho. Será que nós não embarcamos no ônibus errado?
- Deixa de ser boba, mulher. Está diferente porque ainda estamos muito longe. Te aquieta, tchê!
Eis que no dia anterior, tinha falecido o famoso cantor gaúcho Teixeirinha e suas músicas estavam tocando no sistema de alto-falantes da estação de uma pequena cidade onde o ônibus fez uma parada.Ao ouvir “Coração de Luto”, Juvêncio abriu um sorriso, de orelha a orelha:Tá vendo, mulher! Até música gaúcha está tocando. Estamos chegando no Sul!Somente ao anoitecer, já atarantado pela insistência da pobre Ledi, nosso “grosso da tropa” invade a cabine e pergunta ao motorista:
-Tchê, afinal, quando vamos chegar ao Rio Grande do Sul?Atônito, o motorista respondeu:
- Meu senhor, deve haver algum engano, pois há duas horas entramos no estado da Bahia.Foi só então que o infeliz Juvêncio descobriu que o BA do letreiro não era BAH! e que na Bahia também havia uma cidade com o nome de Livramento.


CABO "BALA"

Ricardo Montedo

Cabo Bala, assim era conhecido o Calderini. Não era má pessoa, mas, por ser muito atrapalhado, estava sempre metido em alguma confusão.
Assim foi naquele serviço de cabo da guarda num domingo de verão. O cabo velho farreou a noite de sábado toda, chegou em casa altas horas da madrugada, colocou o rádio-relógio para despertar as seis e meia e.....tchan, tchan, tchan: FALTOU LUZ!
Resultado: Calderini acordou com o sargento adjunto batendo na janela do seu quarto, lá pelas dez da manhã, buscando-o para assumir, já lá pelo meio-dia, um serviço que deveria ter começado às oito.
Como é de praxe em situações como essa, o oficial de dia registrou o ocorrido no livro de partes do serviço.
Por aqueles dias havia assumido o comando do esquadrão do Calderini um capitão recém chegado do curso de aperfeiçoamento, tão esquisito quanto o nome de guerra, Troncho, parece que um sobrenome de origem castelhana.
O fato é que o Capitão Troncho tinha recebido a missão de por “ordem na casa”, uma vez que o segundo esquadrão era o mais indisciplinado do 144 RC naqueles tempos.
E, para azar do cabo, a primeira alteração de serviço que lhe caiu nas mãos foi justamente o atraso ao serviço do Calderini.
Sem conhecer o militar, antes de ouvi-lo, o capitão pediu informações deste ao sargenteante, o primeiro sargento Durimar.
- Tchê, Durimar, quem é esse tal de Cabo Calderini?
- Bah, capitão, esse militar é conhecido por todos como o “cabo bala”.

Troncho ficou pensativo, mas disse apenas:
- Bueno, manda esse cabo entrar! Hoje ele vai ver quem é “bala”!

O Calderini entrou, apresentou-se ao capitão e aguardou, ansioso.
O oficial começou uma ladainha sobre disciplina, responsabilidade, cumprimento de horários, blá, blá, blá e mais blá, blá, blá.
Ocorre que o cabo velho tinha um jeito meio desligado, que ao Troncho pareceu falta de respeito.
Foi quando o garboso oficial explodiu:
- Cabo velho, eu não tenho medo de índio metido a macho e nem de tiro! Eu sei muito bem do teu apelido, mas fique sabendo que, 
se tu é o CABO BALA, eu sou o CAPITÃO BALA!

Na sala contígua, o Durimar ria até às lágrimas. Motivo: ele, propositalmente, não contara ao capitão que o cabo era chamado de bala por que, onde passava, deixava furo.
E foi assim que o Troncho ficou imortalizado sob o cognome de CAPITÃO BALA.

SEGUNDA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2010


VEM CÁ, MEU GURI!

Ricardo Montedo

Olmiro foi um dos tantos gringos buona gente que conheci no 144 RC. Inteligente e dedicado, foi promovido a terceiro sargento temporário com pouco mais de um ano de exército.
Por sua ingenuidade e inexperiência, era presa fácil para os trotes dos antigões. Este foi um deles:
Olmiro era laranjeira, ou seja, morava no quartel, num quarto contíguo ao destinado ao sargento de dia do segundo esquadrão.
Estando Peppo de sargento de dia e Roriz, nosso conhecido, de comandante da guarda, resolveram armar uma peça para cima do pobre Olmiro.
Quando este chegou ao quartel, já tarde da noite, Roriz, que estava de permanência junto ao portão das armas, deu-lhe o seguinte recado, com ar sério:
- Olmiro, vá imediatamente ao quarto do sargento de dia, pois o Peppo precisa falar contigo. É muito importante.Ingenuamente, o pobre Olmiro cumpriu a ordem, já assutado, e, encontrando Peppo dormindo, sacudiu-o fortemente indagando:
-Sargento Peppo, acorde! O que o senhor deseja? O Roriz me disse que era muito importante!
Ainda sonolento, mas disposto a levar a brincadeira a cabo, Peppo, só de cuecas, sentou-se na cama, dirigiu ao Olmiro um olhar sedutor e, fazendo sinal de “colinho”, disse, com voz macia:
- Sente aqui, meu guri. Não vou te fazer mal ...Acreditando piamente nas intenções libidinosas do outro, Olmiro desandou correndo, escadas abaixo, enquanto Peppo, já às gargalhadas, gritava:
- Vem cá, meu guri! Tu não entendeu nada, volta aqui, volta.Por via das dúvidas, naquela noite, o pobre Olmiro dormiu num hotel.

SEGUNDA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2010


O CAIPIRA NO QUARTEL!

Zé era um cara muito ignorante. Quando foi para o exército o sargento perguntou:
-Seu nome é José de Sousa, certo?
-É sim sinhô. . . - Respondeu o caipira.
-Mas é Sousa com "z" ou com "s"? - Perguntou o sargento.
-Claro que é com "s" senão seria Zouzaaa, bicho burro!

DOMINGO, 1 DE AGOSTO DE 2010


O TERRENO DO GALOCHA

Ricardo Montedo

Algumas pessoas podem ter ganhos modestos ou exorbitantes, tanto faz. Estarão sempre endividadas, pois são absolutamente incapazes de viver de acordo com o que ganham. É um desvio de conduta que encontramos em todos os níveis sociais e profissionais, sejam os rendimentos mais ou menos polpudos.
Galocha era um desses. Apesar do salário razoável que recebia como primeiro-sargento, vivia atolado em dívidas, pelos gastos estapafúrdios que fazia por compulsão.
Hoje, se diz que isso é doença, mas naqueles tempos de mil novecentos e cinqüenta e poucos o entendimento era bem outro, ainda mais no 144 RC, cujo comandante não admitia que nenhum comandando seu deixasse de honrar suas dívidas,pois isso mancharia o bom conceito que os militares gozavam junto ao comércio de São Pedrito. No 144, todos sabiam: cobrador no quartel, cadeia na certa.
Foi isso o que também pensou Galocha quando o ordenança veio chamá-lo para ir até o gabinete do comandante, e, lá chegando, encontrou muito bem acomodado, a tomar um cafezinho, "seu " Cátila Manos.
Explico: Cátila Manos era o agiota mais antigo e implacável da cidade e ganhava muito dinheiro com os incautos que a ele recorriam, pois, naquela época, a atividade era apenas privada, sem a concorrência da agiotagem oficial e escancarada que a todos nós assola hoje em dia.
Foi a esse agiota que Galocha, num momento de desespero, recorreu para obter grande soma em dinheiro. Como um empréstimo nessas circunstâncias constituía crime, o ardiloso Cátila fê-lo assinar uma dúzia de promissórias, referentes ao parcelamento da venda de um terreno, fictício, claro.
Mas, voltemos ao gabinete do comandante. Nem bem Galocha terminou de apresentar-se e foi interpelado pelo coronel:
- Pois, Sargento Galocha, como vê, estou recebendo a visita do seu Cátila, que veio cobrar uma conta que não consegue receber de você.- De fato, senhor, eu estou com dificuldades para pagar as promissórias. Até agora só consegui pagar duas.Querendo fazer uma média com o coronel, o agiota argüiu:
- Veja só, comandante, parcelei o terreno em doze vezes, facilitei tudo o que podia, e o sargento me dá calote!“Agora tu vai ver, velho safado!”, pensou Galocha. E emendou:
- De fato, coronel, o seu Cátila tem toda a razão.Não sou digno da confiança que ele depositou em mim. Mas estou muito envergonhado, e tenho uma proposta.- Que proposta? - quis saber o coronel.
- Bem comandante, como indenização, o seu Cátila fica com o dinheiro das duas promissórias que já paguei, e eu devolvo a ele o terreno.O coronel sorriu, satisfeito com o que acreditou ser uma grande demonstração de honestidade por parte de seu subordinado.
- Que maravilha. Excelente proposta, não lhe parece, seu Cátila. Meu sargento lhe devolve o terreno, rasgamos as promissórias e o senhor ainda fica no lucro.- Mas, comandante ....
- Não tem mas, nem meio mas. O assunto está encerrado.
E, pegando as promissórias das mãos do agiota, para desespero do mesmo, rasgou-as todas.
- Pode ir, Sargento Galocha. Não serás punido pela dívida, pois tiveste uma atitude muito digna. Meus parabéns!- Obrigado, senhor. – disse o Galocha, fazendo continência e retirando-se rapidamente, antes que começasse a gargalhar, mas ainda a tempo de observar a raiva do velho Cátila que,sem poder dizer um ai, ainda teve que aceitar os cumprimentos do coronel pelo bom coração que tinha demonstrado possuir.

SEXTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2010


PERMISSÃO "ESPECIAL"

Ricardo Montedo

Sobre a figura do sargento recai um estereótipo de elemento bruto e autoritário, de horizontes, digamos, limitados, acostumado a resolver as coisas “no grito”.
Avaliação totalmente distanciada e distorcida da realidade deste profissional que, cada vez mais, se qualifica e especializa, assumindo novas funções dentro da estrutura modernizada do exército e que está deixando de ser, apenas, “o elo fundamental entre o comando e a tropa”, lema da escola de sargentos, para assumir responsabilidades maiores, antes reservadas apenas aos oficiais.
Mas o fato é que nem sempre foi assim.
Em meados do século passado, ao lado dos cursos das escolas, aos quais só se tinha acesso através de concurso, haviam os chamados cursos de tropa, onde os critérios para admissão, por vezes, passavam ao largo da capacidade intelectual.
No 144 RC, funcionou um curso desses, por volta de 1954, época de turbulências políticas em que importava mais ter a certeza de que o militar era “de fé” do que se sabia ler e escrever.
Assim, o cabo Patuca, que mal assinava o próprio nome, foi agraciado com as divisas de terceiro sargento, e tornou-se personagem de incontáveis episódios decorrentes de sua pouquíssima familiaridade com as letras.
Este é um deles:
Naquela época os cabos e soldados não podiam transitar em roupas civis de modo algum, a não ser com uma permissão por escrito, dada pelo comandante de esquadrão. Era nisso que pensava o soldado Elesbão, enquanto esgueirava-se pelas ruas de São Pedrito naquela noite de sábado, vestindo um surrado terno emprestado, rumo ao casamento de seu primo, ao qual se seguiria uma festança das boas e o recruta não iria pagar o mico de aparecer fardado num evento desses.
Para infelicidade de Elesbão, ao dobrar uma esquina, já próximo ao local do casório, deu de cara com a “pata choca”, apelido do jipão Dodge, transporte costumeiro da patrulha, que estacionou ao seu lado, dela saindo seu comandante, o recém-promovido sargento Patuca, que o interpelou:
- Ô, militar, aonde tu vais à paisana? Não sabes que tu tem que andar com roupa de passeio? Embarca já na viatura, que vou te levar para o quartel! Estás detido!

Elesbão era recruta, mas já ouvira falar da pouca intimidade com as letras do pobre Patuca. Lembrando-se disso, retrucou:
- Mas, sargento, eu tenho a permissão por escrito!
- Por que não disse logo,rapaz? Deixe-me ver.

O soldadinho, então, tirou do bolso um cartão e alcançou-o ao sargento, sem dizer palavra.Patuca olhou-o,  com ar de superioridade, fingindo ler e, devolvendo-o ao soldado, comentou, com ar irônico:
- Então, és mimoso do capitão, hein????
- Como assim, sargento?
- Permissão com letrinhas douradas, né?
- Estás liberado. Pode ir.


Rapidamente, Elesbão guardou no bolso o convite de casamento e saiu em disparada, enquanto o bom Patuca perguntava-se o que mais faltava inventar, depois dessa máquina dos diabos, que escrevia em dourado e tão bonitinho!





SEGUNDA-FEIRA, 5 DE JULHO DE 2010


TIRA!!! NÃO TIRO!!!

DÁRIO DO AVOANTE
Nelson Mattos Filho - Velejador-avoante@ig.com.br
A náutica é cheia de histórias que fazem a alegria de velejadores e frequentadores dos palhoções e alpendres nos clubes espalhados pelo mundo. São as conhecidas histórias de palhoção.
É nesse alegre ambiente clubista onde acontecem as mais fantásticas velejadas, as mais terríveis tempestades, os mais fortes ventos, as mais altas ondas e onde ninguém nunca enjoou, quem enjoa é o outro. Mas, a verdade é que no palhoção, banhado por litros e mais litros de cerveja gelada e umas cachacinhas para variar, as histórias são realmente muito engraçadas e acrescidas de grande criatividade.
Uma dessas histórias, segundo o contador, aconteceu no Iate Clube do Natal, muitos anos atrás, e vou relatar aqui. Não sei o nome dos envolvidos, mas qualquer semelhança é apenas mera coincidência. Pode ser que você nem ache graça, mas eu me diverti e dei muitas risadas.
Conta-se que um veleiro laser estava encalhado na prainha ao lado do Iate Clube e sendo a mesma numa área do Exército Brasileiro. No palhoção do clube um velejador estava super entretido em tomar sua cervejinha, muito descontraído, quando apareceu um Soldado, armado até os dentes, e ordenou a retirada do pequeno barco daquele local. O velejador virou para o Soldado, olhou para o barco invasor e disparou: 
- Não tiro. 
O Soldado, vendo sua autoridade ser questionada, ajeitou o fuzil e ordenou novamente que o barco tinha que ser retirado imediatamente. O velejador tomou mais um gole da cerveja e sem olhar mais para o Soldado falou: 
– Eu não tiro!
O Soldado fez uma cara de interrogação imaginando que aquele durão fosse mais uma autoridade, e se retirou do local sem mais dizer nada, para logo em seguida vir acompanhado de um Cabo e mais outro Soldado. Apontou para o velejador e disse para o Cabo que aquele era o sujeito.
O Cabo chegou perto do velejador e disse que ele tinha que retirar o barco de qualquer maneira, pois estava dentro de uma área militar. O velejador disse que já tinha falado que não tirava e ponto final. O Cabo ajeitou o cinturão, deu meia volta e retornou para o Quartel, para voltar acompanhado de um Sargento e mais dois soldados.
O Sargento, vendo que o caso era grave, engrossou a voz e chegou arrebentando: 
- O Senhor vai retirar o barco ou não vai? 
O velejador mais uma vez disse que aquele barco ele não retirava de jeito nenhum. O Sargento disse que ia mostrar como ele retirava e que poderia até dar voz de prisão. Mas, parou um pouco para refletir, recolheu a tropa e voltou para o Quartel.
Meia hora depois apareceu um jipe vindo em alta velocidade com um Tenente, o Sargento, o Cabo e mais dois Soldados. O Tenente desembarcou e foi até a praia examinar a situação. Parlamentou com os subordinados, coçou a cabeça e se dirigiu até onde estava o velejador insolente.
O velejador que acabara de pedir mais uma cerveja e nem queria saber de outra vida, nem pressentiu a aproximação do Tenente.
O Tenente que acabara de ser despertado de uma soneca e queria acabar logo com aquela peleja, aproximou-se do velejador e falou: 
– Bom dia Senhor, o que esta havendo por aqui? O velejador despretensiosamente respondeu: 
– Bom dia Tenente, mas para mim está tudo bem e ainda vai melhorar. 
O Tenente então perguntou: 
– O Senhor desobedeceu à ordem do meu pessoal para retirar aquele barco da praia? 
O velejador falou que não tinha desobedecido nada, apenas que ele não retiraria o barco. O Tenente, mais vez muito educado, perguntou: 
– Mas, por que Senhor? Aquela é uma área militar e o Senhor não pode parar o barco ali, pois está passível de apreensão e inquérito militar. Vamos, por favor, facilitar as coisas pelo bem da boa vizinhança.
O velejador deu mais um gole na cerveja, olhou para o barco e para o Tenente e respondeu: 
– Tenente, eu não vou retirar aquele barco dali, porque ele não é meu!
O Tenente fechou a cara, disse um muito obrigado e um bom final de semana ao velejador e lançou um olhar travante para os homens sob seu comando e em seguida gritou: 
-.... Vamos voltar para o Corpo da Guarda que eu tenho um acertozinho para fazer com vocês...
O jipe saiu rasgando o chão e a partir daquele momento não apareceu mais nenhum Oficial.
Até hoje ninguém sabe de quem era o barco.

DOMINGO, 2 DE MAIO DE 2010


AH, É ISSO!

De "loucos" assim, os quartéis estão cheios
Um general, responsável por uma das divisões norte-americanas na guerra contra o Iraque, reparou que um dos soldados tinha um comportamento estranho.
Durante o treinamento, o recruta pegava qualquer pedaço de papel que via no chão, lia e dizia:
— Não, não é isso... - e jogava fora.
O hábito continuou por algum tempo. E foi ficando mais preocupante quando, já em território árabe, o jovem encarava fixamente a areia do deserto até achar qualquer papel.
Ele pegava, lia o conteúdo e dizia:
— Não! Não é isso!
Finalmente, antes que o jovem pudesse prejudicar a tropa, o general conseguiu que ele passasse por um teste mental.
No consultório do psiquiatra o comportamento foi o mesmo: o jovem mexeu em todos os papéis que estavam na mesa do médico. Pegava uma folha, depois outra, sempre exclamando, em alto e bom tom:
— Não! Não é isso!
O psicólogo concluiu que o recruta estava desequilibrado e escreveu uma notificação pedindo que o rapaz fosse dispensado do Exército. O soldado pegou a nota, sorriu e disse:
— Ah!... É isso!

HUMORECO

SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2010


DISPENSA DO SERVIÇO MILITAR

 Um jovem escreveu a seguinte carta para o oficial responsável pela dispensa do Serviço Militar.
'Prezado Oficial Militar: Venho por intermédio desta, pedir a minha dispensa do serviço militar.
A razão para isso é bastante complexa e tentarei explicar em detalhes. Meu pai e eu moramos juntos e possuímos um rádio e uma televisão.
Meu pai é viúvo e eu solteiro.
No andar de baixo, moram uma viúva e sua filha, ambas muito bonitas e sem rádio e nem televisão.
O rádio e a televisão fez com que nossas famílias ficassem mais próximas.
 Eu me apaixonei pela viúva e casei com ela. Meu pai se apaixonou pela filha e também se casou com esta.
Neste momento, começou a confusão:
- A filha da minha esposa, a qual casou como meu pai, é agora a minha madrasta. 
- Ao mesmo tempo, porque eu casei com a mãe, a filha dela também é minha filha (enteada).
- Além disso, meu pai se tornou o genro da minha esposa, que por sua vez é sua sogra.
- A minha esposa ganhou recentemente um filho, que é irmão da minha madrasta.
- Portanto, a minha madrasta também é a avó do meu filho, além de ser seu irmão.
- A jovem esposa do meu pai é minha mãe (madrasta), e o seu filho ficou sendo o meu irmão.
- Meu filho é então o tio do meu neto, porque o meu filho é irmão de minha filha (enteada).
 - Eu sou, como marido de sua avó, seu avô.
  Portanto, sou o avô de meu irmão. Mas como o avô do meu irmão também é o meu avô, conclui-se que eu sou o avô de mim mesmo!!!
Portanto, Senhor Oficial, eu peço dispensa do serviço militar baseado no fato de que a lei não  permite que avô, pai e filho sirvam ao mesmo tempo.
Em caso de dúvida, releia o texto várias vezes, ou tente desenhar um gráfico, para constatar que o meu argumento realmente está inteiramente correto.
Assinado: Avô, pai e filho.'
Conclusão: O rapaz foi dispensado!
(da WEB)

TERÇA-FEIRA, 2 DE MARÇO DE 2010


TESTE PARA O CURSO DE CABO FERRADOR DO 144 RC (PARTE 1)

Um grande presidente brasileiro foi Castelo _________( ) Roxo
( ) Preto
( ) Branco
( ) Rosa choque
( ) Amarelo

Um líder chinês muito conhecido chamava-se Mao-Tsé......( ) Tang
( ) Teng
( ) Ting
( ) Tong
( ) Tung

A principal avenida de Belo Horizonte chama-se Afonso...
( ) Pêlo
( ) Pentêlho
( ) Penugem
( ) Pena
( ) Cabelo

O maior rio do Brasil chama-se Ama____( ) boates
( ) zonas
( ) cabarés
( ) relinho
( ) privê

Quem descobriu a rota marítima para as Índias foi.....
( ) Volta Redonda
( ) Fluminense
( ) Flamengo
( ) Botafogo
( ) Vasco da Gama

A América foi descoberta por Cristóvão Co_____( ) maminha
( ) picanha
( ) alcatra
( ) lombo
( ) carne de sol

Grande Bandeirante foi Borba _______
( ) Lebre
( ) Zebra
( ) Gato
( ) Veado
( ) Vaca

Quem escreveu ao Rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil foi Pero Vaz de ______( ) Anda
( ) Pára
( ) Corre
( ) Dispara
( ) Caminha

TERÇA-FEIRA, 2 DE FEVEREIRO DE 2010


ECLIPSE EM UM QUARTEL PORTUGUÊS

DIZ O CAPITÃO AO ALFERES:
- "Vai haver amanhã um eclipse do sol. Mande formar a Companhia em farda de trabalho na parada, onde explicarei o fenómeno que não acontece todos os dias. Se chover, não se verá e, por isso, deixe a Companhia na caserna"

O ALFERES TRANSMITE A ORDEM AO FURRIEL:
- "Por ordem do nosso Capitão, amanhã vai haver eclipse do Sol em farda de trabalho. Toda a Companhia forma na parada, onde o nosso Capitão dará as explicações, o que não acontece todos os dias. Se chover o eclipse é na caserna."

O FURRIEL DIZ AO CABO:-
"O nosso Capitão vai fazer um eclipse do Sol na parada se chover, o que não sucede todos os dias, não se vê nada; então o Capitão, dará a explicação em farda de trabalho na caserna."

ENTÃO, O CABO TRANSMITE A ORDEM AOS SOLDADOS:
- "Soldados, amanhã, para receber o eclipse que dará a explicação sobre o nosso Capitão em farda de trabalho, devemos estar na caserna onde não chove todos os dias.

POR FIM, COMENTÁRIOS ENTRE OS SOLDADOS:
- Amanhã, se chover, parece que o capitão vai ser eclipsado na parada. É pena que isso não aconteça todos os dias...

Do blog Do miradouro (Portugal)
ÁBADO, 2 DE JANEIRO DE 2010

SÁBADO, 2 DE JANEIRO DE 2010


O SOLDADO E A FREIRA

Um soldado chegou correndo a uma encruzilhada na estrada e encontrou uma freira. Sem fôlego, ele pediu:
- Por favor, irmã, posso esconder-me por baixo das suas saias por um momento, eu explico-lhe o motivo mais tarde.
Um instante após, dois soldados da Polícia do Exército chegam correndo e perguntam à freira:
- Irmã, a senhora viu um soldado por aqui, a correr?
A freira respondeu:
- Ele foi por ali!
Após os dois policiais desaparecerem na curva, o soldado saiu debaixo do hábito da Freira e disse:
- Não lhe posso agradecer o suficiente, irmã, mas é que eu não quero ir para o Iraque. A irmã responde:
- Acho que posso compreender inteiramente o seu temor.
O soldado então disse:
- Espero que a senhora não me ache impertinente ou rude, mas a senhora tem um belo par de pernas.
Ao que a freira disse:
- Se você tivesse olhado um pouco mais para cima, teria visto um belo par de ovos… É que eu também não quero ir para o Iraque…





DECÁLOGO DO COMBATENTE DE CAVALARIA

1. Seja sempre audacioso. Ouse.
2. Mantenha e explore a iniciativa. Não deixe que o inimigo comande as ações.
3. Manobre sempre. Não espere, procure.
4. Seja rápido e eficaz. Descubra e atire primeiro.
5. Empregue sempre o principio da simplicidade. Planos e ações simples são melhores para a guerra de movimento.
6. Nunca seja surpreendido. Antecipe-se ao inimigo.
7. Procure surpreender o inimigo. Não seja ortodoxo. Faça o que ele não espera.
8. Decida sempre com oportunidade. Em nosso combate a decisão muito pensada nem sempre é oportuna.
9. Não perca o ímpeto. Disposição e rusticidade são caracteres inerentes aos cavalarianos.
10. ATRAVANQUE. Mas pense um pouco antes...

SEXTA-FEIRA, 1 DE JANEIRO DE 2010


OS DOZE MANDAMENTOS DOS MÉDICOS MILITARES!

Se você não sabe o que o paciente tem, dê Voltaren;
2. Se você não entende o que viu, dê Benzetacil;
3. Apertou a barriga e fez "ahhnnn", dê Buscopan;
4. Caiu e passou mal, dê Gardenal;
5. Tá com uma dor bem grandona, dê Dipirona;6. Se você não sabe o que é bom, dê Decadron;
7. Vomitou tudo que ingeriu, dê Plasil;
8. A pressão subiu? Dê Captopril;
9. Se a pressão deu mais uma grande subida, dê Furosemida;
10. Chegou morrendo de choro, ponha no soro;
11. Arritmia doidona, dê Amiodarona; e12. Pelo não, pelo sim, dê Rocefin.

P.S.: Se nada der certo, não tem neurose: diga que é só uma virose.

DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2009


O DESPEJO DO "SOUZA LOUCO"

Ricardo Montedo

O sargento Souza foi uma das tantas figuras estranhas que apareceram no 144 RC ao longo de sua história. Jeitão esquisito, desbocado, sem meias palavras e de pavio muito curto, sua maneira de ser lhe rendeu a fama de maluco, daí todos o tratarem por “Souza Louco”.
Souza nunca administrou muito bem o seu salário, volta e meia via-se às voltas com dívidas e cobradores, o que lhe causou muitas situações que para a maioria seriam constrangedoras, mas não para ele. Eis uma delas:
Numa manhã de inverno, um oficial de justiça esteve no quartel, dando-lhe o prazo de vinte e quatro horas para desocupar a casa que alugava, pois no dia seguinte seria executada a ação de despejo movida pelo proprietário, eis que o aluguel não era pago havia seis meses.
Sem pestanejar, Souza dirigiu-se ao capitão chefe da fiscalização administrativa, solicitando o empréstimo do caminhão comercial, o que conseguiu de imediato.
Só que o velho Chevrolet estava com problemas mecânicos e só saiu da oficina regimental lá pelas três horas da tarde, quando então o Souza, acompanhado do cabo motorista e três soldados, começou a carregar a mudança.
Quase quatro horas depois, já noite fechada, com toda a tralha embarcada, o motorista dá partida no caminhão e pergunta:
- E então, sargento, para onde vamos?
- Tchê, ainda não sei. Primeiro, vamos procurar uma casa para alugar.

TERÇA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2009


JUVÊNCIO E A "TIA"

Ricardo Montedo

São Pedrito, como toda cidadezinha do interior, têm seus personagens pitorescos, figuras que, seja por suas esquisitices ou pela maneira diferente de ser, passam a fazer parte do folclore, viram uma espécie de patrimônio cultural da cidade. Em São Borja, por exemplo, o João das Balas, além de ser citado na música “João Campeiro”, dos Angüeras, virou até nome de praça.
Em São Pedrito, uma dessas figuras era a conhecida “tia”. Uma senhora esquálida, maltrapilha, de idade indefinida, surda-muda, que andava a pedir esmolas pela cidade toda, sempre a exibir uma caixa ou bula de remédio, pretextando, com gestos frenéticos, a urgência que tinha em adquirir o medicamento.
A “tia” parecia não dar importância ao fato de um dia a bula ser de um caríssimo comprimido para pressão alta e no outro de um simples laxante.
O fato é que acabava conquistando a todos com sua simpatia e sempre terminava arranjando alguns trocados.
É aí que entra nosso herói, Juvêncio, o taura do Jarau.
À época desse fato, boa parte dos militares do 144º RC tinha sido transferida para outra cidade e recém haviam recebido polpuda indenização. Em tempos de inflação altíssima,não havia um segundo a perder e a milicada correu aos bancos da cidade em busca da aplicação financeira que pudesse dar uma boa rentabilidade ao dinheiro, uma vez que, logo, logo, ele teria que ser gasto com as despesas da mudança.
Depois de uma desavença com o gerente do Banco do Brasil, o Juvêncio, só de brabo, que com índio de Quarai não se brinca, sacou, em espécie, todo o saldo que tinha e encerrou sua conta corrente.
Como São Pedrito só tinha duas agências bancárias, ainda furioso, o sargentão atravessou a praça principal e foi até a agência da Caixa Econômica Federal, fincou os cotovelos no balcão de atendimento e ali ficou, à espera que alguém lhe desse atenção. Não demorou em um funcionário dirigiu-se ao gauchinho:
- Pois não, senhor, em que posso servi-lo?

Dando-se ares de grande importância, respondeu:
- Tchê, o negócio é o seguinte, vê onde eu posso aplicar este dinheiro aqui!

E, enfiando a mão no bolso da farda, sacou de lá um monte de notas, de modo a impressionar o atendente, só que estas escaparam de sua mão e caíram ao chão.
Ao abaixar-se para apanhar o dinheiro, Juvêncio percebeu um par de mãos descarnadas tentando fazer o mesmo, e não teve dúvidas: num ato de puro reflexo, empurrou com a mão livre o desaforado que se atrevia a meter a mão no seu dinheiro, sem nem sequer aperceber-se de quem era.
Só quando notou o silêncio que se seguiu e o olhar de reprovação do funcionário e dos clientes, nosso amigo, ainda juntado cédulas, ergueu o olhar a tempo de ver a pobre “tia” estatelada no chão, ela que só queria ajudar para ganhar um trocadinho.
Depois dessa, só restou ao Juvêncio viajar oitenta quilômetros e aplicar seu dinheiro na vizinha cidade de Dom Gabriel.

O "INVASOR" DO POSTO NOVE

Ricardo Montedo

Uma lenda surge, geralmente, a partir de um acontecimento real, seja ele pitoresco, surreal, engraçado ou triste. Sobre esse fato que irei relatar, surgiram ao longo dos anos muitas versões, inserindo novos personagens, situando os fatos em outros locais,enfeitando a estória, de acordo com a imaginação de quem a contava.
Mas ele aconteceu sim, na escola de sargentos das armas, conhecida nacionalmente como ESA, e foi assim:
A cidade mineira de Três Corações, onde se localiza a ESA, é banhada pelo Rio Verde, que serpenteia pela topografia sinuosa e acidentada das terras do sul de Minas Gerais.
A escola foi construída em uma acentuada curva desse rio, de tal forma que só existe um muro na parte fronteira do quartel e todo o vasto perímetro restante é limitado pelas águas barrentas do Verde.
Na outra margem, do lado esquerdo do muro, existe um terreno plano em meio às montanhas, hoje tomado por construções que não existiam há algumas décadas atrás. Naquela época, o local era muito usado por circos e parques que vinham à cidade, e o fato ocorreu justamente durante a temporada de um desses circos.
O aluno Jalvarez , do curso de cavalaria, cumpria no posto nove o último quarto de hora de seu derradeiro serviço de guarda ao quartel antes da formatura, marcada para dali a poucos dias.
Eram três horas da madrugada e, em meio à escuridão intensa, Jalva, como era mais conhecido, vislumbrou um enorme vulto que se aproximava, vindo da barranca do rio.

- Alto lá, identifique-se! – gritou- seguindo as normas do serviço.

A aparição, entretanto, insensível à advertência, prosseguiu em direção ao guarda.

- Alto, alto lá! – e nada.

Tremendo de medo ante o que, a estas alturas, já lhe parecia coisa de outro mundo, o bravo guardinha ainda deu dois tiros para o alto, como prevê o regulamento, mas não teve coragem de dar o terceiro tiro, que deveria ser na “assombração”.
Fez meia-volta e abandonou o posto correndo, indo dar com os costados no corpo da guarda, gritando:

- Socorro!!!! Um m ...m... monstro!!!!!

Corre daqui, corre de lá, acorda-se toda a guarnição, põe-se em execução o plano de defesa, para só então se descobrir que o tal monstro era o elefante do circo, que havia cruzado o rio e invadido o quartel.
Comenta-se, e aí não posso confirmar, que o coronel Guacacaí, comandante do corpo de alunos, alertado por telefone, recomendou expressamente ao oficial de dia:

- Ponha logo esse elefante para fora da escola, senão ele também acaba saindo sargento!

SEGUNDA-FEIRA, 28 DE SETEMBRO DE 2009


JUVÊNCIO, O DELEGADO E O ARGENTINO

Nosso velho amigo Juvêncio, o "taura do Jarau", apesar de grosso, era um homem de bons princípios e não tinha por hábito esquivar-se de suas responsabilidades, como aliás, convém a qualquer militar que se preze.

Foi por isso que, tendo se envolvido num acidente enquanto viajava de Itaqui para Uruguaiana, mesmo sem testemunhas, resolveu parar na delegacia mais próxima para comunicar o ocorrido.
Assim, nosso guasca entrou na policia em Uruguaiana e foi direto ao delegado:
-Tchê, vim me entregar, cometi um crime e tenho que pagar por ele, se não vou ficar mais abichornado que urubu em tronqueira.
- Meu senhor, as leis aqui são muito severas e são cumpridas! Se o senhor é mesmo culpado, não haverá apelação nem dor de consciência que o livre da cadeia.
- Pois então, vivente! Atropelei um argentino na BR-472, perto de Itaqui..
- Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo o momento?
- Mas ele estava no acostamento.
- Se estava no acostamento é porque queria atravessar, se não fosse o senhor seria outro qualquer.
- Mas tchê, nem avisei a família do homem, sou um crápula, mereço apodrecer na cadeia!
- Meu amigo,continuou o delegado, se o senhor tivesse avisado haveria manifestação, repúdio popular, passeata,repressão, pancadaria e morreria muito mais gente, acho que o senhor é um pacifista, que merece uma estátua.
- Eu enterrei o infeliz ali mesmo, na beira da estrada, insistia Juvêncio.
- O senhor é um grande humanista,quem mais iria enterrar um argentino???? É um grande benfeitor, pois outro qualquer o abandonaria ali mesmo, para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente até sorros.
- Mas tchê, enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estoy vivo, estoy vivo!
- Garanto que era mentira dele, esses argentinos mentem muito!!!!
(adaptação de texto de domínio público)

SEGUNDA-FEIRA, 14 DE SETEMBRO DE 2009


POR MIM, QUE MIJE!

Ricardo Montedo
Boneval sempre foi um cavalariano típico, dotado que era da franqueza rude inerente aos integrantes da arma que têm o Marechal Osório por patrono, a mesma sinceridade que levou o general Figueiredo a declarar que gostava mais do cheiro dos cavalos que do cheiro do povo.
O cavalo é um personagem mítico e, no trato diário das cavalariças, das manobras e das aulas de equitação, goza de uma série de privilégios e deferências de tratamento que, não raro, são negados aos próprios militares.
Isso irritava profundamente o velho Boneval, que considerava “côsa de fresco” tanta atenção dada aos “beiçudos”, alcunha tanto de cavalos e cavalarianos concedida por militares de outras armas, notadamente os infantes.
Uma das ditas “frescuras” era a obrigatoriedade do ginete levantar-se da sela, colocando o peso nos estribos, para aliviar a pressão nos rins do “nobre amigo”, facilitando assim sua tarefa de aliviar-se.
Coisa de “bundinha”, de quem não tem mais o que fazer, na ótica do Boneval.
Eis que, estando seu esquadrão formado para o desfile do Dia da Pátria, o aspira comandante do pelotão, ao ver a montaria de Boneval com dificuldades para urinar, gritou:
- Sargento Boneval, levante, que o cavalo quer mijar!
Ao que o sargentão,sem se abalar, respondeu:
- Por mim, que mije,chefe! Não “tô” sentado no pau dele!





O GATO CINZENTO

Ricardo Montedo
De Norti era um bom guri, como tantos, saído da roça no interior de Encantado, direto para o serviço militar.
Inteligente e dedicado, fez curso de cabo, engajou e, em menos de dois anos, já era terceiro-sargento temporário, apto a tirar seu primeiro serviço de comandante da guarda do 144º RC.
Por essa época, apareceu pelo quartel um gato cinzento, magro e esfomeado que, atraído pelas sobras do rancho, sempre abundantes, acabou por fazer o velho regimento o seu lar.
O bichano tinha problemas de visão, certamente fruto de alguma infecção mal-curada ou coisa que o valha, a tal ponto que, um belo dia, trombou contra uma das grandes vidraças da porta principal de acesso ao saguão principal do pavilhão de comando. Bateu com tanta força que desfaleceu por alguns minutos.
Semanas depois, durante um temporal de verão, o gato, que dormia próximo ao corpo da guarda, levou um susto tremendo com um trovão mais forte e saiu em disparada em direção à mesma porta, só que desta vez, em função da velocidade, quebrou a grande vidraça.
Comandante da guarda neófito, e não querendo fazer feio frente aos superiores, o bom De Norti descreveu assim o episódio no livro de partes do serviço:
- Participo-vos que, por volta das vinte e uma horas de ontem, no momento em que as forças da natureza abateram-se com violência sobre nosso regimento, um felino de cor acinzentada, trafegando em alta velocidade, colidiu contra um dos vidros da porta do saguão principal do pavilhão de comando, vindo a quebrá-lo.
E, lembrando do fato semelhante ocorrido anteriormente, concluiu:
-Outrossim, participo-vos que o referido gato é reincidente em faltas dessa natureza.

CABO SANTO

O 144 RC sempre contou com figuras folclóricas, que ajudaram a construir sua história, os quais passaram a ser personagens de causos repetidos ao pé do fogo nas madrugadas geladas dos bivaques, nos intervalos de ronda noturna, na “tora” dos alojamentos.
O Cabo 67-SANTO foi um desses, e dos mais notórios, ele que respondia pela alcunha de Catatumba, corruptela de catacumba, fruto de seu ar soturno e perturbador, a esconder a alma pura que habitava o coração do competente ferrador.
Por ser simplório, era alvo de muitas peças por parte dos colegas, das quais, até onde sei, a maior foi esta:
Ocorre que Frei Sério, antigo capelão da 33ª Divisão de Cavalaria, recorria regularmente os quartéis, realizando celebrações religiosas de toda ordem.
Assim o foi também naquele dezembro calorento. A missa, a cujo comparecimento todos estavam obrigados, começou pontualmente a uma e meia da tarde, no lotado auditório do regimento. Vale lembrar que os militares classificam esse horário como “nobre”, pois o processamento do almoço pelo organismo recém inicia e a letargia é inevitável, a tal ponto de tornar-se um espetáculo divertido observar, durante uma ocasião destas, os companheiros cabeceando para lá e para cá, numa luta desesperada contra o sono.
Era o caso do Cabo Santo naquele dia, bom garfo que era, entregue à modorra, enquanto o dedicado frei desfiava sua ladainha que, pelas circunstâncias já descritas, revestia-se de poderosas qualidades soporíferas.
A identidade do gaiato que protagonizou tamanha maldade constitui-se num grande mistério, mas o fato é que, quando o capelão abriu os braços dizendo:
- Santo, santo, santo, senhor Deus do universo ...
O indigitado cutucou o pobre e adormecido cabo, sussurando:
- Tchê, Santo, é contigo...
Ao que o infeliz Catatumba, pondo-se em pé de um pulo e tomando a posição de sentido, respondeu, garbosamente:
- MEIA SETE!
Ninguém entendeu nada, menos ainda o subcomandante, que tratou logo de “receitar” para o cabo velho dez dias de “repouso” no “esquinão do capitão”, apelido carinhoso da cadeia do quartel.

QUINTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2009


O RITMO DA CORRIDA


- Hoje, senhores, tenho boas e más notícias - disse o sargento do nosso pelotão enquanto nos apresentávamos pela manhã.
- Primeiro, vamos às boas. O soldado Tomkins vai dar o ritmo da corrida.
O pelotão começou a assobiar e gritar "vivas", pois Tomkins era o corredor mais lento do grupo.
- E agora, a má notícia. O soldado Tomkins vai dar o ritmo da corrida enquanto dirige um caminhão.
Rick Stover, EUA
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SEGUNDA-FEIRA, 2 DE MARÇO DE 2009


MINEIRINHOS NO QUARTEL

Dois mineirinhos, o Tonho e o Manuér foram se alistar no exército.
- O que você veio fazer aqui? Perguntou o Coronel.
- Uai! Vim fazê o quartér!
- Fazer o quartel não, rapaz! O quartel já está pronto! Você veio servir a pátria, entendeu?
- Entendi, sim senhor!
O coronel continuou:
- O que é aquilo? Perguntou apontando para a bandeira do Brasil.
- Ara...Isso é uma bandeirinha...
- Bandeirinha, não! Isso é sua mãe, tá entendendo?! A partir de hoje isso é a sua mãe! Sai da minha frente!
Todo sem graça, Tonho saiu e foi a vez de Manuér.
- E você, o que veio fazer aqui?
- Eu vim servir a pátria!
- Muito bem! E o que é aquilo? Perguntou apontando para a bandeira.
- Ara...Essa é a Tia Lilica, a mãe do Tonho.

VOCÊ É IRMÃO?

No dia do meu alistamento na Base Aérea Naval de São Pedro d'Aldeia, eu estava vestindo uma camisa estampada com um pensamento evangélico. Passei primeiro pelo exame dentário. Depois de me examinar, o dentista olhou para a minha camisa e, querendo saber se eu era evangélico, perguntou:
- Você é irmão?
Não entendendo a pergunta, respondi após alguns segundos de silêncio:
- Não, sou filho único!
E fui dispensado.
Alex Castanho Vieira, Cabo Frio (RJ)
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