6 de fevereiro de 2010

GENERAL GAY SEDUZINDO SOLDADOS SERIA OBEDECIDO?

O assunto é polêmico. A crítica contra o general Cerqueira Filho está forte, desde ontem, na grande mídia. Estaria ele certo ou errado? Seria eficaz um coronel ou general gay, sedutor de jovens soldados, travesti, drag queen ou lá o que seja, por mais "moderno e avançado" que isso hoje seja considerado pela mídia e oposição? Seria ele obedecido em combate? Seria o que desejamos para nossas Forças Armadas? O próximo passo do "avanço" seria considerar obrigatório ser gay para entrar nas Forças Armadas? Seria "discriminação" ou antidemocrático ser contra? Seria "desrespeito à dignidade das pessoas, prepotência e arrogância"? Seria "estar na contramão da história"? Certa vez, li a informação de que médico psiquiatra gay, preconceituosamente, receitava remédios fortes, camisa de força etc para pacientes que se lulgavam Cristo, leão, árvore ou Napoleão Bonaparte. Mas, ele mesmo, se julgava "moderno", "sadio", "avançado", "intelectual" por se acreditar ser mulher charmosa... Tudo muito confuso. Não entendo nada e não opino. Sou muito atrasada, por vezes simpática ao "retrocesso".

Vejamos a seguinte notícia publicada na Folha de São Paulo hoje:

"OAB critica general que rejeita gays no Exército
Candidato ao STM, Cerqueira Filho afirma que a tropa não obedece a homossexuais Ministro Nelson Jobim diz que presença de gays nos quartéis está em discussão e que a opinião do general não diz respeito ao tribunal

A declaração de um general do Exército, que defendeu que gays só devem ser aceitos nas Forças Armadas caso mantenham segredo sobre sua orientação sexual, provocou ontem protestos. As reações partiram tanto de entidades quanto de parlamentares. A OAB afirmou que as declarações foram "discriminatórias", e ONGs ligadas ao movimento gay classificaram o episódio de "absurdo".
Segundo o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, "é lamentável que este tipo de discriminação ainda continue existindo nos dias de hoje nas Forças Armadas brasileiras".
A fala do general, relatada ontem pelo jornal "O Globo", ocorreu em uma sabatina realizada anteontem no Senado. Candidato a uma vaga no STM (Superior Tribunal Militar), o general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho criticou a presença de homossexuais nas Forças Armadas. "O indivíduo não consegue comandar. O soldado, a tropa fatalmente não vai obedecer. Isso foi provado na Guerra do Vietnã", afirmou.
"Não é que eu seja contra o homossexual, cada um tem que viver a sua vida", disse Cerqueira Filho: "Se ele é assim talvez tenha outro ramo da atividade que ele possa desempenhar".
O almirante-de-esquadra Álvaro Luiz Pinto, também cotado para o STM, afirmou que não tem nada contra os gays desde que "mantenham a dignidade da farda, do cargo, do trabalho que executa". Eles se manifestaram após um senador ter questionado os militares sobre a presença de homossexuais nas Forças Armadas.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que a questão da presença de gays nos quartéis está sendo debatida nas Forças Armadas e que a opinião manifestada pelo general não influenciará a discussão.
"Nós estamos abrindo o debate no Ministério da Defesa. E evidentemente que essa manifestação feita pelo general não influenciará os debates internos porque isso não diz respeito ao tribunal que ele agregará", disse Jobim após mencionar debate nos EUA sobre a revisão da política de "don"t ask, don"t tell" (não pergunte, não diga), que permite que gays entrem nas Forças desde que mantenham sua orientação em sigilo.
Ontem, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu que o general volte ao Senado na próxima semana para esclarecer suas declarações: "Um ministro do Superior Tribunal Militar precisa respeitar a Constituição, que não permite tais diferenciações entre as pessoas".
A presidente do Grupo Arco-íris, cidadania LGBT, Gilza Rodrigues, falou em "retrocesso": "Enquanto o governo federal fala em Brasil sem homofobia, pessoas desse tipo de posicionamento querem vaga no Superior Tribunal Militar".
Andressa Caldas, do Fórum Nacional dos Direitos Humanos, disse que o episódio mostra a necessidade de se debater a democratização nas Forças Armadas. A Folha não localizou o general Cerqueira Filho e o almirante Álvaro Luiz Pinto."
FONTE: reportagem de LARISSA GUIMARÃES publicada hoje (05/02) na Folha de São Paulo [título e 1º parágrafo colocados por este blog].