23 de março de 2010

ESQUADRILHA DA FUMAÇA EMOCIONA "LOS HERMANOS"

Pouco depois das cinco da tarde de sábado (20), uma corrente "elétrica" parecia percorrer o campo de aviação General Rodriguez na periferia de Buenos Aires, capital argentina. Por alguns instantes, a platéia, de 15 mil pessoas, fez um silêncio reverencial para, em seguida, explodir em aplausos.
Era o break, manobra em que as sete aeronaves se dispersam riscando um leque no céu, o cartão de visitas da esquadrilha brasileira. O público começou a chegar às oito da manhã para ver de perto a principal atração da 29ª Convenção Anual da Associação de Aeronaves Experimentais. Ninguém saiu decepcionado. “Para mim é um sonho”, disse o mecânico Aldo Dassoto , mostrando os pelos arrepiados do braço. Hoje é um dia que nunca mais vamos esquecer, disse ele.
O evento em General Rodrigues é uma festa que atrai dezenas de aeronaves experimentais e milhares de amantes da aviação. Na pista de grama, alinham-se réplicas de biplanos do início do século passado, planadores, para-pentes motorizados, balões de ar quente e helicópteros em miniatura. É um evento para quem gosta de voo, com várias exibições de acrobacias de pilotos civis.
De acordo com os organizadores a 29ª edição da convenção teve um recorde de público por causa da presença da Esquadrilha brasileira. Mesmo acostumada à manobras arrojadas a platéia vibrou com a precisão e o sincronismo da esquadrilha da fumaça. “Vamos lembrar pelo resto da vida do presente que a Força Aérea Brasileira e o povo brasileiro nos deu hoje.”, disse Hector Júlio Freyre, responsável pela associação de aeronaves experimentais na argentina e organizador do evento.
“O impulso que essa apresentação dará para a atividade aeronáutica do País não tem Preço. Os integrantes da Esquadrilha da Fumaça encaram as apresentações no exterior com uma responsabilidade a mais. Eles se sentem como uma espécie de embaixadores do Brasil e da aeronáutica brasileira. “Nós voamos em um avião brasileiro e levamos as cores da bandeira em nossas asas e dá orgulho ao ver que as pessoas de outros países vibram tanto com o nosso trabalho”, diz o capitão Anderson Amaro Fernandez.