16 de julho de 2010

UNASUL DISCUTE MEDIÇÃO DE DESPESAS MILITARES

Os vice-ministros do Conselho de Defesa da União de Nações Sul-americanas (Unasul), que se reúnem desde quarta-feira, 14, em Quito, avançaram na discussão sobre uma metodologia para a medição de despesas militares na região.
Os representantes dos 12 países da União elaboraram um documento no qual estabeleceram vários consensos sobre aspectos que buscam dar transparência às despesas militares, com base em recomendações das Nações Unidas e a experiência bilateral sobre a matéria da Argentina e Chile.
Além disso, os vice-ministros desenvolveram procedimentos para a aplicação de medidas de confiança mútua, como troca de informação sobre políticas de defesa e dados das forças militares, informou o jornal equatoriano Expresso em sua página na internet.
Os avanços nas medidas de confiança incluem também reportes sobre despesas militares e a entrega de informação gradual dos orçamentos de defesa dos cinco últimos anos.
Além disso, os delegados assinalaram a necessidade de que os países da região notifiquem antecipadamente a seus vizinhos e à Unasul sobre qualquer manobra, desdobramento ou exercícios militares, terrestres, aéreos ou navais planejados.
As manobras que não forem planejadas e que aconteçam em zonas fronteiriças também devem ser notificadas o mais cedo possível, quanto a número de soldados, localização em relação às divisas, natureza e quantidade do equipamento utilizado.
A confidencialidade dessa informação deve ser respeitada de forma estrita pelos notificados.
Os delegados também propõem mecanismos voluntários de visitas a instalações militares para promover a troca de conhecimentos e de experiências no que corresponde a estratégias, métodos e políticas de controle de fronteiras.
A reunião do Conselho de Defesa Sul-americano (CDS) em Quito se estenderá até esta quinta-feira, quando está prevista a aprovação de um plano de ação para o biênio 2010-2011.
A Unasul é formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Suriname e Venezuela. 
EFE