22 de setembro de 2010

AERONÁUTICA DILVUGA POLÍITICA PARA PRODUÇÃO DE AVIÃO CARGUEIRO

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O Comando da Aeronáutica realiza hoje e amanhã, na cidade de São José dos Campos, o 2º Workshop de Offset Projeto KC-390. O objetivo é divulgar a potenciais fornecedores a política de compensação comercial, industrial e tecnológica – conhecida como offset no meio aeronáutico – para o desenvolvimento do cargueiro militar KC-390 pela Embraer.
Com capacidade para transportar até 23 toneladas, o KC-390 tem o primeiro voo previsto para 2014 e entrada em serviço, para 2015. O projeto está orçado em US$ 1,3 bilhão. O workshop será aberto às 9 horas. Em seguida, haverá uma apresentação sobre o KC-390 da Subdiretoria de Desenvolvimento e Programas da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate. Algumas das empresas candidatas a fornecedoras do KC-390 participam de uma rodada de palestras no período da tarde. Entre elas: BAE Systems, Astronautics Corporation of America, GE Aviation, Israel Aerospace Industries, Northrop e Thales.
O workshop é organizado pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e será realizado no Parque Tecnológico. A política de offset adotada pelas forças armadas brasileiras já beneficiou a Embraer em várias ocasiões. A fabricante brasileira de aeronaves produziu 300 conjuntos de flaps para aeronaves da MCDonnel Douglas como contrapartida à compra de aeronaves MD-11 pela Varig. Depois que o Exército fechou a compra de helicópteros da francesa Aerospatiale, a Força Aérea da França encomendou 50 aviões Tucano da Embraer.

Workshop
Em maio passado foi realizado o 1º Workshop de Offset Projeto KC-390 e na ocasião a Embraer disse a intenção de produzir 180 aeronaves KC-390 nos dez primeiros anos. Em julho, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse planejar adquirir 28 aeronaves. O projeto do KC-390 está em de definição dos parceiros estratégicos. A estimativa da empresa é de que 80 fornecedores sejam credenciados para o programa. Quatro países já negociam participação no projeto: Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca. No caso do Chile, a participação do país se dará por meio da Empresa Nacional de Aeronáutica (Enaer) no desenvolvimento do avião e no fornecimento de parte da estrutura. O Chile também pretende adquirir seis aeronaves KC-390.
As negociações com a Colômbia contemplam a produção de peças usinadas para o KC-390 e aquisição de 12 aeronaves. Com Portugal se discute participação direta no programa, a compra de seis aviões.