21 de setembro de 2010

EX-SOLDADO FOGE DA AUDITORIA E É MORTO PELA POLÍCIA DO EXÉRCITO

Marcelo Vellinho


Maycon foi expulso do Exército porque furtou companheiro.(FOTO:Aliocha Maurício)
Um ex-militar do Exército, excluído da corporação após praticar furto contra um companheiro de quartel, fugiu da sala de audiência onde era julgado, no prédio da Justiça Militar da União, no Jardim Social, e foi morto após perseguição, na tarde de ontem.
Maycon Camilo Worn, 20 anos, aproveitou quando suas algemas foram retiradas para pular pela janela da sala, a uma altura de aproximadamente quatro metros. Ele fugiu pelos terrenos das casas vizinhas até chegar a uma residência, no final da Rua Ilor Bressiani.
Após ameaçar os moradores, ele roubou o carro Journey da família. Porém foi abordado pelos policiais do Exército, não se entregou e foi baleado. Atingido no pescoço, ele morreu no Hospital Geral do Exército de Curitiba (HGC).
 
Antecedentes
O major Edimar Cordeiro, da 5.ª Companhia da Polícia do Exército, explicou que Maycon foi trazido de Cascavel, no fim de semana, para ser julgado pelo furto, praticado quando cumpria serviço militar obrigatório, em 2008.
Após ser excluído do Exército, o jovem voltou a cometer crimes e foi preso em flagrante por formação de quadrilha, ao se envolver no sequestro de um garoto de 9 anos, em Cascavel, em setembro do ano passado.
Durante o julgamento, o juiz determinou que fossem retiradas as algemas de Maycon. “Nesse momento, ele aproveitou para fugir pela janela e correu, pulando muros de algumas casas. Na última residência da rua, ele roubou o automóvel”, contou Cordeiro.
Cinco policiais do Exército tentaram abordá-lo quando Maycon deixava a casa. “Ele acelerou e ameaçou jogar o carro contra os policiais, que tiveram que atirar”, continuou o major.
Os disparos acertaram os dois pneus dianteiros e o para-brisa do veículo. Outro tiro atingiu o pescoço de Maycon, que foi levado pelos próprios policiais ao HGC. No final da tarde, o major confirmou que o jovem havia morrido no pronto-socorro. De acordo com o major, inquérito policial-militar será instaurado.