A Panda Security e o Exército brasileiro anunciam um acordo para o  desenvolvimento de rápidas respostas táticas e estratégicas contra as  ameaças cibernéticas à segurança do Exército, com o uso da plataforma de  segurança corporativa da companhia. O contrato, com valor de R$ 292,5  mil, tem duração de dois anos. Segundo a Panda, houve redução no valor  da oferta em função da importância da parceria, anunciada nesta  quinta-feira em São Paulo.
De acordo com a Panda, já estão sendo realizadas a instalação de 37,5  mil licenças da plataforma de segurança corporativa da companhia nos  computadores que compõem a rede do exército (cerca de 60 mil máquinas  espalhadas pelo Brasil), assim como o treinamento de pessoal. Já há 350  militares treinados na plataforma e, até o final do contrato, mais 700  estarão aptos a trabalhar com a tecnologia.
Segundo o general de brigada Antonio dos Santos Guerra Neto,  comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército  (CCOMGEX), a tecnologia ajudará a proteger informações comerciais,  técnicas e estratégicas das forças armadas. "Nosso acordo prevê que a  Panda repasse ao CCOMGEX o modelo de funcionamento desenvolvido no  Conselho de Cibersegurança espanhol e a transferência dos conhecimento  adquiridos pela entidade", disse.
O militar afirmou também que a parceria foi firmada dentro da  orientação do Ministro da Defesa, Nélson Jobim, para que as Forças  Armadas não sejam mais meras compradoras de tecnologia, mas que também  haja transferência de conhecimentos. O acordo inclui o envio de  conteúdos virtuais com suspeita de códigos maliciosos para o Panda Labs,  localizado em Bilbao, e a resposta em até 24 horas com detalhes  técnicos do mapeamento destes códigos e os procedimentos adequados para  prevenção e detecção, assim como eventuais vacinas. 
O CEO da Panda, Juan Santana, destacou a importância do Brasil como  exportador de malwares. Além disso, afirmou que para conter a onda de  cibercrimes é preciso uma cooperação internacional. "Sabemos que na  maioria das vezes o local de produção dos código maliciosos não é o  mesmo lugar onde eles causam impacto", afimou. Ele disse ainda que a  Panda recebe 55 mil novos vírus ao dia, mantendo atualmente um banco de  dados com 45 milhões de pragas. Uma equipe do exército brasileiro irá  pra a Espanha conhecer as instações da Panda Security, uma das líderes  mundiais em tecnologias de antivírus, detecção, prevenção e combate às  ameaças e crimes virtuais.
