27 de dezembro de 2010

MAJOR DO EXÉRCITO É SUSPEITO DE ABUSO SEXUAL EM MG

Major suspeito de abuso contra menina de 14 anos 
Daniela Arbex
 

Um major do Exército está sendo investigado por envolvimento sexual com uma adolescente de 14 anos. A pedido do comando da corporação, uma sindicância foi instaurada para apuração dos fatos e terá duração de 20 dias, podendo ser prorrogáveis. O oficial, de 40 anos, é militar há 20 anos e, há cerca de dois, está em Juiz de Fora. Casado, ele foi denunciado, recentemente, pelo pai da jovem, que registrou um boletim de ocorrência contra o oficial devido à descoberta do relacionamento. Se houver comprovação do crime, o major poderá responder processo penal na justiça comum por abuso sexual.
Localizado pela Tribuna, o documento registrado pela PM revela que, no dia 2 de dezembro, o genitor da adolescente foi alertado sobre o que estaria acontecendo entre ela e o oficial por uma amiga da filha. De acordo com o histórico da ocorrência, o pai localizou o celular da menina, onde teria encontrado várias mensagens românticas. Ao telefonar para o número indicado, o major teria atendido à chamada e se dirigido a ela de maneira íntima.
Abordada pelos familiares, a garota contou aos pais que o relacionamento teria se iniciado em julho. Ainda de acordo com a informação dada por ela, as conversas entre eles teriam sido iniciadas pela internet e que o major teria beijado a menina. A adolescente ainda relata que foi levada pelo major a motéis da cidade em três ocasiões, a primeira no início de setembro.
O relacionamento se manteve nos meses de outubro e novembro. Conduzida ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde foi examinada, uma perícia médica constatou ruptura de hímen. Um superior de dia do Exército, lotado no 4º Depósito de Suprimentos, acompanhou a ocorrência.
Procurado pelo jornal, o relações públicas da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, major Carlos Henrique da Mota Couto, afirmou que o militar não está afastado das suas funções, pois a situação ainda está em fase de apuração.
Segundo o relações públicas, caso o resultado da sindicância confirme o desvio de conduta do militar, será instaurado processo judicial. Na possibilidade de condenação em período superior a dois anos, o major pode sofrer desde a perda da graduação até o afastamento dos quadros do Exército.