27 de janeiro de 2011

ALEMÃO: TENENTE E DOIS CABOS VÃO RESPONDER A IPM POR FURTO

Militares suspeitos de furto em casa no Alemão vão responder a inquérito
Exército conclui sindicância que apurou o crime.
Tenente e dois cabos foram afastados do patrulhamento.


Um tenente e dois cabos do Exército suspeitos no furto de aparelhos de ar-condicionado e de uma chopeira, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio, vão responder a inquérito e podem ser expulsos da corporação. O Exército concluiu, nesta quarta-feira (26), a sindicância que apurou o crime.
Os militares foram afastados do patrulhamento. De acordo com a denúncia, no dia 3, um tenente da Brigada Paraquedista, que comandava um pelotão de quase 30 homens, teria furtado um aparelho de ar-condiconado e outros objetos de uma casa no Morro da Fazendinha.
Depois do furto, a área foi emprestada para a associação de moradores da comunidade. O oficial acusado integra a Força de Pacificação, que foi criada para dar apoio ao governo do estado no patrulhamento dos conjuntos de favelas do Alemão e da Penha depois que os traficantes foram expulsos em novembro do ano passado.
O Inquérito Policial Militar deverá ser aberto nos próximos dias. O Exército não divulgou o nome dos três envolvidos. Segundo o comandante da Força de Pacificação, general Fernando Sardenberg, os aparelhos foram encontrados na casa do tenente: “Não admitimos de forma nenhuma. Desde o início nós demonstramos a intenção da nossa participação aqui”.

Após ser devolvida, chopeira desaparece de novo
Os militares devolveram a chopeira para o imóvel de onde tinha sido furtada. Mas ela desapareceu novamente. O Exército não sabe quem é o dono da casa - que nos últimos dias vem sendo usada pela associação de moradores. Por segurança, os aparelhos de ar-condicionado recuperados permanecem numa base das forças armadas no Alemão.
No último sábado (22), o Exército informou que tinha afastado trinta militares do patrulhamento no Conjunto de Favelas do Alemão, por suspeita de furto no local. Outros 23 policiais militares que estavam de plantão no dia do crime também foram retirados das ruas.
Em nota, a assessoria da Força de Pacificação informou que “o processo investigatório inicial será finalizado em cerca de dez dias e, sendo verificado indício de crime, dará origem a um Inquérito Policial Militar, iniciando um processo judicial que irá apurar as responsabilidades com o máximo rigor da legislação, podendo, inclusive, resultar na expulsão dos militares envolvidos”.

Mudança de tropa
No dia 21 de fevereiro saem os militares da Brigada Paraquedista e entram os homens da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada. A substituição já estava prevista desde que o Exército assumiu o patrulhamento dos conjuntos de favelas do Alemão e da Penha, no fim de novembro. A intenção é evitar o desgaste dos homens e diminuir o risco deles serem corrompidos por criminosos. De acordo com o exército, o efetivo será mantido.
G1