18 de janeiro de 2011

TRAGÉDIA NO RJ: COMBOIO MILITAR GAÚCHO TRANSPORTA PONTE PARA RECONSTRUÇÃO



Militares deixam Cachoeira do Sul rumo à região serrana do Rio
Primeiro comboio transporta uma ponte Compact 200, com capacidade de transpor vãos de até 60 metros

Pouco depois das 6h30min, o primeiro comboio do 3º Batalhão de Engenharia e Combate, sediado em Cachoeira do Sul, começou a viagem rumo à região serrana do Rio de Janeiro. Ao todo, 44 militares se deslocam para o estado fluminense a fim de ajudar na reconstrução das cidades devastadas pela enxurrada da última semana.
O primeiro comboio transporta uma ponte Compact 200, com capacidade de transpor vãos de até 60 metros e suportar 55 toneladas de carga em sua extensão. Após montar a estrutura, os militares retornarão para Cachoeira do Sul, deixando o equipamento sob a responsabilidade do Batalhão-Escola de Engenharia, sediado em Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
A viagem deve durar quatro dias, com pernoites em Tubarão, Curitiba e Pindamonhangaba.
Os militares viajam em um jipe, três bitrens (combinação de dois semi-reboques) e um caminhão. O comboio se desloca a uma velocidade média de 40 a 50 km/h.
ZERO HORA.COM



Atualização das 14:50h
Militares gaúchos que viajam para o Rio trabalharam na reconstrução do Nordeste em 2010
A previsão é que o comboio chegue à Região Serrana na sexta-feira

Cerca de três horas depois de começar a viagem rumo à região serrana do Rio de Janeiro, o comboio do 3º Batalhão de Engenharia e Combate, de Cachoeira do Sul, parou em Porto Alegre para falar das expectativas que cercam a missão. Segundo o capitão Rogério Lanzelote, os 44 militares que integram o grupo já trabalharam na reconstrução de outros Estados devastados pelas chuvas. Em junho de 2010, eles construíram uma ponte na cidade de Garanhuns, em Pernambuco.
— Todo o pessoal já participou de alguma forma de uma missão parecida com essa. A gente está pronto para chegar lá e montar a ponte, agora a gente só precisa ver o local exato — conta Lanzelote, ao acrescentar que, dependendo do tamanho da ponte e das condições climáticas, a estrutura pode demorar até seis dias para ser finalizada.
Nas próximas horas, o comboio deve parar para almoçar em Osório. A previsão é que os militares cheguem ao Rio de Janeiro na sexta-feira para montar uma ponte com capacidade de transpor vãos de até 60 metros e suportar 55 toneladas de carga. 
Conforme Lanzelote, o grupo está "muito motivado" com a chance de ajudar o estado fluminense. 
— O pessoal está pronto para cumprir essa missão e poder restabelecer o tráfego na Região Serrana e dar apoio à população que está vivendo essa tragédia — afirmou.
Natural do Rio de Janeiro, o capitão Lanzelote é familiarizado com a Região Serrana e, embora chateado e abalado com a tragédia, diz estar preparado para o cenário que vai encontrar: 
— Temos a nossa formação baseada em estar sempre prontos nos momentos difíceis, trabalhando e fazendo o que aprendemos a fazer. A gente fica chateado e abalado, mas tem que estar pensando que a gente consegue fazer o melhor possível.
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