Na manha de hoje foi realizada na frente do 11° Regimento de Cavalaria Mecanizado uma formatura em homenagem aos militares que compuseram a missão de paz no Haiti. A solenidade contou com a presença dos militares do Regimento Marechal Dutra, autoridades do município de Ponta Porã, e familiares dos militares que participaram da missão de paz.
O Comandante do 11° R C Mec, Tenente Coronel Monteiro de Castro, enalteceu, em suas palavras, a excelência dos trabalhos desempenhados pelos militares do ONZE no Haiti e abordou que o Regimento Marechal Dutra sente orgulho desses guerreiros anônimos, que bem cumpriram suas missões num país devastado por catástrofes naturais.
Ao término da solenidade, foi descerrada uma placa alusiva ao evento, contendo o nome de todos os militares do 11° R C Mec que integraram essa missão.
Por ocasião do evento, o reporter Leo Veras realizou, entrevistas com alguns militares que compuseram a missão:
- Segundo o capitão CAVA, comandante do 4° Esquadrão de Fuzileiro Mecanizado de Força de Paz “o pelotão do 11° R C Mec realizou operações de patrulha a pé e motorizada; ações cívico sociais, como entrega de alimentos e materiais de primeira necessidade a população haitiana; escolta de autoridades; operações de vasculhamento, em conjunto com a polícia haitiana; e apoio à segurança durante as eleições presidenciais no Haiti”. O capitão CAVA relatou, ainda, que a saudade de casa era sentida quando as missões terminavam, pois, durante as mesmas, a concentração nos trabalhos era tamanha que não havia tempo para lembranças familiares. Ele informou, também, que o Exército colocava a disposição de todos os militares telefones e acessos a internet para que os mesmos pudessem contactar seus entes queridos.
- O 2° sargento POLGA, Adjunto da Seção de Operações do 2° Batalhão de infantaria de Força de Paz, tinha a expectativa em se deparar com um ambiente violento no Haiti, mas encontrou muito carinho por parte dos haitianos, pois sua cultura e costumes muito se assemelham aos nossos no Brasil. Segundo o sargento POLGA “havia uma identificação do povo haitiano com os militares da missão”. Para ele, o momento mais importante foi a eleição presidencial onde a missão do Exército Brasileiro foi vista com muito respeito, já que os haitianos buscavam manter um laço de amizade com os brasileiros.
- O cabo JEAN, integrante do 1° Pelotão de Fuzileiros Mecanizados do 4° Esquadrão de Fuzileiro Mecanizado de Força de Paz, disse: “Sempre quiz representar o Brasil no exterior e o Exército Brasileiro me deu essa oportunidade. Me sinto orgulhoso, assim como minha família.” De acordo com o cabo JEAN, a convivência com os haitianos o fez ter uma nova noção da realidade, já que no Brasil reclamamos de qualquer situação, enquanto no Haiti as condições de vida da população são muito mais difíceis, uma vez que aquele povo não possui moradias dignas e as mínimas condições de salubridade para viverem.
- O soldado VAREIRO, integrante do 1° Pelotão de Fuzileiros Mecanizados do 4° Esquadrão de Fuzileiro Mecanizado de Força de Paz, relatou: “minha expectativa ao sair do Brasil era poder ajudar na realização da missão que o Exército tinha em proteger e ajudar a população haitiana”. Para o soldado VAREIRO, o que colaborou para o sucesso da missão foi o treinamento que o pelotão recebeu aqui no Brasil, antes do embarque. O soldado VAREIRO disse, ainda, que sente-se muito realizado por ter participado como soldado do Exército Brasileiro nessa missão no exterior.
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