16 de março de 2011

PARAQUEDISTAS FARÃO A SEGURANÇA DE OBAMA NO RJ

Brigada de Infantaria Paraquedista, que atua no Complexo do Alemão e operou no Haiti, foi designada para atuar no apoio da escolta

Raphael Gomide
A Brigada de Infantaria Paraquedista, tropa de elite do Exército, será usada no Rio na segurança do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de acordo com informação do Comando Militar do Leste (CML), na tarde desta terça-feira. Como o iG mostrou em reportagem sobre a visita do presidente norte-americano ao país, haverá um megaesquema combinado de segurança, com a escolta do Serviço Secreto norte-americano e das polícias estaduais, e participação das Forças Armadas, sob a coordenação do Exército, por meio do CML.
Os paraquedistas são uma unidade operacional do Exército Brasileiro, formada essencialmente por soldados profissionais – não recrutas –, com experiência em situações de combate real. São considerados uma unidade de elite da Força, mais adestrados, e tem como marca a cor de seus coturnos, marrons, em oposição ao militar chamado “pé preto”. Por definição, os paraquedistas são treinados como uma das primeiras tropas a entrar em campo de combate, sendo frequentemente lançados atrás das linhas de frente inimiga. O mote da Brigada é “Missão dada, missão cumprida”.
Os PQDs, como são chamados, devem contar com veículos blindados sobre rodas, os Urutus.
Boa parte dos militares da brigada têm experiência no Haiti, com participação na Minustah (Missão de Paz para a Estabilização do Haiti). Eles estão desde novembro nos complexos do Alemão e da Penha, onde atuam como Força de Ocupação, enquanto a Polícia Militar do Rio não tem contingente necessário para uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
De acordo com resposta do CML a pedido de informações do iG feito na quarta-feira (9), “as Forças Armadas, cumprindo determinação da Exma. Senhora Presidenta da República, serão empregadas em ações de segurança, nos dias 19 e 20 de março, na região metropolitana do Rio de Janeiro, por ocasião da visita oficial do Presidente dos Estados Unidos da América Barack Obama”.
Segundo o CML, as ações serão “emergenciais e temporárias” e contarão com a colaboração da Força Aérea e dos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça, além dos órgãos de Segurança Pública federais, estaduais e municipais.
IG

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