20 de maio de 2011

QUARTEL É ATACADO COM COQUETÉIS MOLOTOV EM ALAGOAS

Homens em moto lançam bombas incendiárias contra Quartel Geral da PM

Plínio Lins
Quartel-geral da PM foi alvo de ataque durante a noite
Dois homens em uma moto cometeram, na noite desta quinta-feira (19), um atentado contra o Quartel Geral da Polícia Militar de Alagoas, na Praça da Independência, no Centro de Maceió. Eles chegaram pela Rua Guido Duarte, pararam em um dos lados do quartel, quebraram o vidro da porta do setor de Identificação da PM e jogaram para dentro dois artefatos incendiários conhecidos como “coquetel molotov” – garrafas de vidro com gasolina ou querosene, tampadas com um pano que serve de pavio; quando a garrafa se quebra ao ser lançada, explode e o combustível em chamas se espalha, provocando incêndio. Na explosão, os estilhaços da garrafa podem ferir quem estiver por perto.
Um dos coquetéis não funcionou direito e só provocou fumaça. O segundo explodiu e provocou danos na recepção do setor de identificação.
Comandante confirma
Ao receber a informação, às 22h45, o Tudo na Hora entrou em contato, por telefone, com o plantão do Copom, da PM, e com o do Corpo de Bombeiros. Nenhum dos dois tinha registro da ocorrência.
A reportagem, então, fez contato às 23h25 com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luciano Silva. Ele confirmou o atentado, disse que os bombeiros foram convocados para debelar o início de incêndio e explicou que plantões telefônicos foram orientados a manter o fato em sigilo para não atrapalhar as investigações.
O comandante fez um relato resumido do atentado. Disse que as consequências só não foram maiores porque houve reação rápida das pessoas que estavam próximas ao local onde as bombas incendiárias foram lançadas. Houve danos materiais de pouca monta na recepção do setor atingido, segundo o coronel. Ele disse que a perícia será feita nesta sexta-feira e se disse indignado com o atentado.
“Passou dos limites”
“Este fato passou de qualquer limite aceitável”, disse o comandante. “É absurdo, vai contra o bom senso, contra o estado de direito, demonstra uma sanha fora da lei. Demonstra o extremo a que podem chegar algumas pessoas. Mas elas precisam saber que a Polícia Militar está atenta e vai apurar esse ato e vai punir os responsáveis. Isto só reforça a nossa decisão de continuar servindo à segurança da população e de enfrentar quem quer disseminar a insegurança”.
Celular desligado
O Tudo na Hora tentou contato por telefone com o major Wellington Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), para que ele comentasse o atentado e a reação do comandante-geral da PM. Mas seu celular estava desligado.
Tudo na Hora (Maceíó)