27 de junho de 2011

BRASÍLIA: APÓS NAUFRÁGIO, MARINHA REALIZA BLITZ NO LAGO PARANOÁ


Marinha realiza neste fim de semana blitz no Lago Paranoá
Neste sábado, lancha foi retida. Piloto não tinha título de inscrição da Marinha.
DF tem a terceira frota do Brasil, com 11 mil embarcações registradas.
Um mês depois do naufrágio do barco Imagination, que matou nove pessoas, a Marinha reforçou a fiscalização no Lago Paranoá. Neste sábado (25), dez fiscais da Delegacia Fluvial pararam os barcos no lago para checar se os pilotos estavam com todos os documentos exigidos.
Durante a blitz uma lancha foi retida. De acordo com os fiscais, o piloto não tinha o título de inscrição da Marinha. O condutor também foi notificado e vai pagar multa que pode chegar até R$ 3,2 mil. Somente neste ano, 30 embarcações já foram apreendidas com irregularidades, segundo dados da Marinha.
De acordo com o delegado fluvial Rogério Leite, o Distrito Federal tem a terceira frota do Brasil, com 11 mil embarcações registradas. E a fiscalização do lago depende do movimento do fim de semana.
“A equipe pode chegar a até 20 homens no Lago Paranoá. A gente recebe as informações de realizações de regata, eventos náuticos, eventos de natação, e dependendo do que movimento do lago no fim de semana é que reforçamos a equipe”, explica o delegado fluvial Rogério Leite.


NaufrágioHá pouco mais de um mês, naufragou uma embarcação no Lago Paranoá com capacidade para 90 passageiros e 2 tripulantes. No acidente, que aconteceu na noite do dia 22 de maio, nove pessoas morreram. As investigações preliminares da polícia já apontaram problemas de manutenção e excesso de passageiros. Mas as equipes de investigação ainda não concluíram as possíveis causas e culpados do acidente.O delegado responsável pela investigação criminal, Adval Cardoso, da 10ª DP, espera finalizar o inquérito logo depois de receber o laudo da perícia, responsabilidade do Instituto de Criminalística.“Esse laudo é importantíssimo porque vai mostrar as condições técnicas observadas no barco - como foi encontrado no fundo do lago, as avarias e as possíveis causas do afundamento. Essas informações, aliadas aos depoimentos colhidos, vão nos levar à conclusão das causas reais do naufrágio e apontar os responsáveis”, explicou Cardoso.Diante de tudo que já foi investigado e das oitivas realizadas, que chegam a cem, "duas ou três" pessoas devem ser indiciadas pelo acidente, acredita o delegado Adval Cardoso.
G1/DF TV