23 de julho de 2011

MILITARES AMERICANOS PODERÃO ASSUMIR HOMOSSEXUALIDADE


Obama autoriza militares a aceitar homossexuais nas Forças Armadas
Revogação da proibição, apelidada de "Don't Ask, Don't Tell", entra em vigor no prazo de 60 dias

O presidente americano, Barack Obama, garantiu nesta sexta-feira que as Forças Armadas dos EUA estão prontas para aceitar abertamente integrantes homossexuais, após uma longa batalha para levantar a proibição que forçava soldados gays a esconder sua sexualidade.
— Hoje, demos o último grande passo para acabar com a lei discriminatória "Não pergunte, Não fale", que enfraquece nossa prontidão militar e viola os princípios americanos de justiça e igualdade — disse Obama em um comunicado.
Sua declaração veio após Obama assinar uma certificação com o secretário de Defesa, Leon Panetta, e com o almirante Mike Mullen, principal comandante militar americano, de que as forças armadas americanas estão prontas para aceitar soldados homossexuais. A revogação da proibição, apelidada de "Don't Ask, Don't Tell", entra em vigor no prazo de 60 dias, em 20 de setembro.
A proibição foi revogada em uma lei adotada em dezembro que requeria que o principal comandante militar, o secretário de Defesa e o presidente certificassem que a mudança não iria prejudicar a prontidão militar e que as Forças Armadas estavam prontas para realizá-la.
Nesse período, o Pentágono elaborou novos manuais e preparou todas as Forças Armadas, cerca de 2,3 milhões de pessoas que servem como tropas ativas e reservistas, para a nova política.
— A partir de 20 de setembro, membros das Forças Armadas não serão mais forçados a esconder quem são para servir ao nosso país. Nossos militares não serão mais privados de seus talentos e habilidades de americanos patriotas só porque são gays ou lésbicas — afirmou o presidente.
Ex-militares e grupos de direitos dos homossexuais lutaram por anos para derrubar a proibição, que foi introduzida em 1993 depois que líderes militares rejeitaram uma oferta feita pelo ex-presidente Bill Clinton de abrir as portas aos soldados homossexuais.
AFP