17 de julho de 2011

A TRISTE ROTINA DE UM MILITAR DO EXÉRCITO, PAI DE FAMÍLIA, NO RJ


Relato emocionante
Leitor do blog posta sua rotina com soldo achatado
Marco Aurélio Reis
Leitor que o blog só conhece pelos posts enviou um relato que emocionou. Ele conta como está sendo viver no Rio com vencimento líquido de R$ 1.300 e quatro filhos. Em tom de desabafo fala que um dos filhos teve como bolo de aniversário de quatro anos um pão doce com cobertura de creme. Leia abaixo o relato completo:
"Eu antigamente conseguia viver com o que meu governo me pagava, hoje, só a misericórdia de Deus para me manter vivo junto com a minha família. Ganho não mais do que R$ 1.300,00 por mês. e gasto R$ 700,00 com aluguel, porque não tenho moradia própria. Tenho 5 filhos para criar, mais IPTU, água, luz, gás, não tenho carro e vivo andando de coletivos.
Não posso cortar muito meu cabelo para mostrar que sou militar porque podem me confundir com policiais e o resto vocês sabem. Eu não posso andar fardado nas ruas pois me chamam de palhaço. Não posso pedir dinheiro emprestado pois tenho que expor toda a minha vida para poder receber migalhas do governo pra sobreviver.
Para terem uma ideia do que estou passando, semana passada foi aniversário de um dos meus filhos. O menino completou 4 aninhos. Minha esposa foi à padaria, comprou um pãozinho com creme-doce por cima e deu pra ele. Os outros ficaram olhando. Foi o que eu pude comprar para ele com o resto do dinheiro que eu tinha para minha passagem de ônibus. Hoje eu durmo na OM porque eu não tenho dinheiro para o transporte. Fico agoniado dormindo nos alojamentos pensando no próximo pagamento. E isto nunca aconteceu comigo antes. Nunca passei por esta situação tão humilhante. mas seja o que Deus quiser, um dia isto tudo vai acabar, não sei até quando eu terei forças pra suportar tudo isto.
Não quero nem pensar em ficar doente, senão minha família padece, pois não terei a quem pedir pra ajudar. Devo a muitos amigos de trabalho, sem ter onde tirar pra pagar. Sinto estar esgotando o tempo de vocês, mas eu precisava desabafar. (...) Eu só quiria poder voltar o tempo e nunca ter entrado para as Forças Armadas. Quem sabe meu destino não seria melhor, pelo menos um teto para morar eu teria. E com o dinheiro do aluguel que eu gasto poderia comprar um sofá para dentro da minha casa e deixar de sentar em cima das minhas ferramentas guardadas dentro de caixas de isopor.
Ainda falta muito para o próximo pagamento e a minha família espera em casa eu chegar um dia com um saco de compras de uma comida melhor para poderem se alimentar. Muito obrigado pela atenção. Eque deus olhe por mim. Toledo"

Comento:
Este depoimento deprimente poderia ser o de milhares de militares espalhados pelo Brasil, principalmente nos grandes centros. Mas não há o que temer, afinal, "nossos chefes estão preocupados", não é mesmo?