17 de agosto de 2011

JOGOS MUNDIAIS MILITARES: EXEMPLO PARA COPA E OLIMPÍADA, DIZEM DEPUTADOS

Jogos Mundiais Militares são exemplo para Copa e Olimpíadas

Geórgia Moraes
Para os deputados da Comissão de Turismo e Desporto, a organização e a preparação dos atletas para os Jogos Mundiais Militares, realizados em julho no Rio de Janeiro, devem servir de exemplo para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a serem realizadas no Brasil. Um balanço da competição foi apresentado em audiência pública da comissão nesta terça-feira.
A quinta edição dos Jogos Mundiais Militares reuniu 111 países e mais de 6 mil atletas. Segundo o coordenador-geral do Comitê de Planejamento Operacional dos Jogos Mundiais Militares, general de brigada Jamil Megid Júnior; o alto nível das instalações brasileiras foi elogiado pelas delegações estrangeiras. Ele afirmou que essa infraestrutura será um legado para os próximos eventos esportivos de grande porte no Brasil.

Instalações e experiência
De acordo com o general, muitas instalações que já existiam no Rio de Janeiro, como as arenas e equipamentos esportivos, foram modernizadas. “Elas continuam em boas condições de utilização e nós ampliamos razoavelmente a estrutura dos centros de treinamento físico esportivo do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. São instalações que estão à disposição não só das Forças Armadas, mas das confederações brasileiras - diversas já fizeram convênio conosco - e também da comunidade local", acrescentou Megid.
O general Megid destacou ainda a experiência adquirida na realização do evento. Para ele, o conhecimento obtido pelos profissionais que atuaram nos jogos militares certamente será aproveitado nos próximos eventos esportivos.

Desempenho dos atletas 
Os deputados também comemoraram o excelente desempenho dos atletas brasileiros na competição. O Brasil passou de 31º lugar, em 2007, para primeiro lugar em medalhas nos jogos militares deste ano. A delegação de 277 atletas ficou à frente da China e da Itália, com um total de 114 medalhas, sendo 45 de ouro, 33 de prata e 36 de bronze.
O presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, vice-almirante José Gambôa, dá a receita do sucesso. "Muito importante foi a seleção dos atletas, a motivação que eles tiveram e todo o apoio que nós pudemos dar aos atletas.” Gambôa acrescentou que o apoio não foi só das instalações, mas também da parte técnica. “A qualificação da nossa equipe técnica foi muito importante também. Então, foi um trabalho conjunto."

Corte de recursos
Segundo o vice-almirante, as Forças Armadas investem em torno de R$ 9 milhões por ano na preparação dos atletas. Os investimentos nos atletas de carreira militar, entretanto, estão ameaçados pelo corte no orçamento no Ministério da Defesa, conforme deixou claro o vice-almirante. “Nosso orçamento inicial previa cerca de R$ 9 milhões para esse fim e o Executivo fez um corte de quase R$ 7 milhões”, contou Gambôa, acrescentando que o aprimoramento dos atletas de carreira aumenta o índice de medalhas conquistadas.
Ele pediu o empenho dos deputados para garantir esses recursos no orçamento do ano que vem. O deputado Renan Filho (PMDB-AL), autor do requerimento para realização da audiência pública, anunciou que apresentará na próxima reunião da Comissão de Turismo e Desporto requerimento de indicação para os ministérios do Planejamento e da Defesa destacando a importância desses recursos e pedindo que o corte seja revisto. Os deputados Romário (PSB-RJ), Acelino Popó (PRB-BA) e Carlaile Pedrosa (PSDB-MG), e Luci Choinack (PT-SC) também vão assinar o requerimento.
AGÊNCIA CÂMARA