14 de novembro de 2016

"Cavalaria, Avançar e Degolar!", o toque de corneta que mudou a História

A batalha de Pirajá
Clarins do 3º RCG
A Batalha de Pirajá ocorreu no contexto da Guerra da Independência do Brasil, na então Província da Bahia, a 8 de Novembro de 1822.
Constituiu-se em um embate decisivo entre o Exército Pacificador e as forças portuguesas, nomeadamente a Legião Constitucional, com a vitória brasileira, consolidando a situação de derrota política e militar dos portugueses na Bahia. Tais fatores iriam contribuir para a Independência da Bahia, deflagrada a 2 de julho de 1823 - considerada, para muitos pesquisadores e comentaristas, como um marco para a efetiva e prática Independência do Brasil.
No comando das forças portuguesas na Bahia encontrava-se o comandante Inácio Luís Madeira de Melo, enviado por Portugal para sufocar os rumores de independência e a dissidência político-administrativa. O general francês Pedro Labatut foi nomeado pelo Príncipe-regente D. Pedro, a 3 de julho de 1822, como o comandante do Exército Pacificador, que assumiria o comando das forças brasileiras que enfrentaram Madeira de Melo, na Bahia.
Um fato curioso sobre essa batalha é um relato, citado por Tobias Monteiro em seu "A elaboração da independência", sobre um episódio no qual o Major Barros Falcão, que comandava as tropas brasileiras em certo ponto, dera ordem de tocar retirada, mas o Corneteiro Luís Lopes, por conta própria, trocou o toque para "cavalaria, avançar e degolar". Os portugueses, assustados por tal movimento (que era impossível, já que não havia cavalaria brasileira na batalha), entraram em pânico e recuaram, dando o momento da batalha às tropas brasileiras, que atacaram com renovado entusiasmo e venceram o confronto.