18 de outubro de 2011

TENENTE DO EXÉRCITO ENVOLVIDO EM MORTES NO MORRO DA PROVIDÊNCIA VIRA DESERTOR

Militar envolvido em mortes na Providência está foragido, diz Exército
Tenente não se apresentou em sua unidade, diz Comando Militar do Leste.
Três jovens moradores do local foram mortos no Morro da Mineira, em 2008.
Crime aconteceu em 2008, no Morro da Providência
O tenente do Exército Vinícius Ghidetti de Moraes Andrade, suspeito de participar do homicídio de três jovens moradores do Morro da Providência, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, é considerado fugitivo da Justiça Militar e desertor. O militar não se apresentou em sua unidade desde a expedição do mandado de prisão da Justiça Militar e é considerado foragido desde 24 de setembro. As informações são do Comando Militar do Leste (CML).
O tenente responde a dois processos, um na Justiça Militar, por Recusa e Desobediência, e outro na Justiça Federal, por homicídio qualificado.
Na Justiça Militar, ele foi condenado a um ano de prisão, mas recorreu da decisão. A solicitação foi negada e foi expedido um mandado de prisão do tenente.
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Processo ainda tramita na Justiça Federal
O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, determinou que o tenente e outro militar suspeito de envolvimento no caso voltassem para a prisão. Os dois haviam sido soltos no dia 24 de agosto. O processo criminal ainda tramita na Justiça Federal de primeiro grau. A informação foi confirmada pelo tribunal.
O crime ocorreu em 2008, quando os jovens teriam sido entregues a traficantes do Morro da Mineira, de uma facção rival à da Providência.
Na decisão, o desembargador Abel Gomes destacou que a Constituição Federal considera crime inafiançável "a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem".
Na época do crime, os militares atuavam no Morro da Providência fazendo a segurança das obras do Projeto Cimento Social, do Governo federal e tiveram a prisão temporária decretada no dia seguinte ao crime.
G1