10 de novembro de 2011

AMORIM, QUEM DIRIA, DEFENDE MANUAL DO EXÉRCITO E NECESSIDADE DA CONTRA-INTELIGÊNCIA

Amorim defende manual de contra-inteligência do Exército

André Borges
 O ministro da Defesa, Celso Amorim, se mostrou a favor de as Forças Armadas terem manuais de contra-inteligência. A defesa foi uma resposta ao questionamento feito pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP), sobre o texto de um manual secreto do Exército, divulgado em outubro pela revista Carta Capital.
Segundo Ivan Valente, o documento fere a Constituição Federal, ao permitir "bisbilhotagem e espionagem" de organizações não governamentais, sindicatos e partidos políticos.
Celso Amorim afirmou que pediu uma revisão do vocabulário usado no manual e disse que um novo documento deve ficar pronto em até três meses. O ministro afirmou que a Marinha também tem um documento semelhante, que será analisado.
"Ninguém pode ter dúvida sobre a necessidade da contra-inteligência. O Brasil é um país grande e tem que se defender. O que eu tenho detectado é um problema de vocabulário que não é mais adequado à época atual", comentou Amorim.
O "Manual de Campanha Contra-Inteligência", de acordo com matéria da revista, tem 162 páginas que tratam de ações como política de infiltração de agentes de inteligência militar e refere-se à população não fardada como "forças/elementos adversos".
Valor Econômico