24 de março de 2012

Expediente prolongado pode ter motivado 'visita' do MPF a quartel do Exército no RS


Soldados estariam aquartelados, o que foi negado pelo porta-voz do 6º BCom. Denúncias de irregularidades teriam motivado visita do Ministério Público

Ninguém confirma motivo da visita
Uma visita de rotina. Foi assim que justificou o capitão Marcelo Werminghoff, oficial de Comunicação Social do 6º Batalhão de Comunicações (6º BCom), sobre a presença de integrantes do Ministério Público Federal (MPF/RS) no quartel localizado em Bento Gonçalves.
A palavra do capitão não confere com a informação de que os “visitantes” estariam investigando denúncias de irregularidades no batalhão. Uma pessoa que preferiu não se identificar, disse que todos os soldados, cabos e sargentos, além dos oficiais, estariam “aquartelados”.
- Essa é uma palavra forte. Estamos apenas excedendo ao horário de expediente, que normalmente vai até 17 horas – resumiu o capitão, para o repórter Antônio Sérgio de Oliveira, do Grupo RSCOM, por volta de 18h30 desta terça-feira.
Segundo o porta-voz, que não quis gravar entrevista, o subcomandante da unidade militar, major Maurício Costa, foi quem recebeu os integrantes do MP. Ele deve se manifestar apenas na manhã desta quarta.

20h30
A reportagem manteve contato com uma fonte de dentro do quartel, às 20h30, que confirmou estarem sem autorização para sair naquele momento.

22h30
Segundo a mesma fonte, por volta de 22h30, todos foram liberados, sem maiores explicações. Ao que tudo indica, os detalhes das investigações devem correr sob sigilo.

Vistoria foi realizada na última terça-feira, mas o MP ainda não esclareceu os motivos
O Ministério Público informou hoje que o procurador da República Alexandre Schneider deve se manifestar na próxima segunda-feira, dia 26, sobre a visita às instalações do 6º BCom, em Bento Gonçalves. O procurador está em viagem a Brasília.
A vistoria foi realizada na última terça-feira, mas os motivos ainda não foram esclarecidos. Na ocasião, os militares sem serviço não puderam deixar a batalhão.
- Sendo uma unidade subordinada ao Governo, temos a obrigação de abrir nossas portas e esclarecer o que deve ser esclarecido - destacou o oficial de Relações Públicas, Marcelo Wermihoff.
leouve/montedo.com