20 de maio de 2012

Exército vai destruir 200 mil armas no RJ

RJ: acordo entre Exército, Justiça e governo destrói armas com rapidez

Um acordo de cooperação entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), a Secretaria Estadual de Segurança (Seseg) e o Exército está tornando mais rápido o processo de destruição de armas apreendidas pela polícia. Cerca de 200 mil unidades de diversos calibres e origens, que estavam guardadas havia duas décadas no depósito da Divisão de Fiscalização Armas e Explosivos da Polícia Civil (Dfae), estão sendo descartadas de forma mais adequada.
Militares do Serviço de Produtos Controlados (SFPC) fizeram nesta sexta-feira uma demonstração do processo de destruição das armas no Depósito Central de Armamento do Exército, na zona norte do Rio. Antes do procedimento, elas são cadastradas pelo Exército e, depois, prensadas e incineradas. O metal que sobra é levado para siderúrgicas, onde é fundido e reaproveitado. Por dia, 1,2 mil armas são descartadas dessa forma.
Para o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Velloso, o esvaziamento do depósito de armas do Estado só está sendo possível por causa do acordo com a Justiça e com a Seseg, que começou a vigorar em janeiro. Com o convênio, a secretaria ganhou autonomia para administrar o processo de destruição das unidades que estão sob responsabilidade da polícia. "O Tribunal de Justiça conseguiu resolver um problema histórico. Ele implantou uma fórmula nova que pode ser aplicada por todo tempo", disse Velloso.
O subchefe lembrou que a Campanha Nacional de Desarmamento prossegue. Quem tiver a intenção de entregar uma arma, seja ela registrada ou não, basta se dirigir a qualquer delegacia. "Se a pessoa tem alguma dificuldade ou receio de levar a arma até a delegacia, a própria delegacia pode emitir uma guia de transporte ou deslocar uma equipe até o local onde está a arma".
Veloso informou que, em breve, a mesma agilidade será estendida aos processos de destruição de drogas apreendidas pela polícia. Na primeira ação, serão incineradas mais de 4 t de entorpecentes que estão guardadas no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
Terra/montedo.com