26 de julho de 2012

Brasil vai cooperar com estruturação da defesa do Haiti

Brasil vai cooperar com Haiti na estruturação de sua Defesa

O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira que cooperará com o Haiti no projeto de restabelecimento das forças de Defesa do país caribenho, objetivo para o qual enviará uma comissão militar nas próximas semanas.
A decisão foi adotada durante uma reunião realizada em Brasília entre o ministro da Defesa, Celso Amorim, e seu colega haitiano, Jean Rodolphe Joazile, segundo um comunicado oficial.
"Demos hoje um primeiro passo a pedido do governo do Haiti e mandaremos ao país uma pequena missão que não tem nada a ver com a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti)", disse Amorim.
O ministro acrescentou que a comissão se concentrará em analisar as necessidades do Haiti e terá o objetivo de determinar "o diagnóstico" sobre como deve ser desenvolvida a ajuda, especialmente na área de engenharia militar.
"É importante sinalizar o fato de que no futuro o Haiti terá que tomar conta de sua própria segurança", completou Amorim. Segundo esta versão, a ajuda se centraria em um primeiro momento em temas de engenharia e foi analisada a possibilidade de abrir vagas para haitianos nas escolas militares brasileiras do ramo.
Amorim acrescentou que o eventual apoio na estruturação de novas forças de Defesa será desenvolvido no âmbito da cooperação bilateral existente. O ministro haitiano, por sua parte, destacou o compromisso do governo de seu país para que as forças de segurança se submetam a princípios democráticos e ao poder civil.
Durante o encontro, ambos ministros revisaram a permanência das tropas brasileiras desdobradas na Minustah, presente no país desde 2004. Amorim reiterou o compromisso brasileiro de continuar colaborando com a missão da ONU, ao mesmo tempo em que destacou a intenção de reduzir para cerca de mil uniformizados o atual contingente.
"Evidentemente estaremos no país o tempo que for necessário. No entanto, não é bom nem para o Brasil, nem para a ONU nem para o Haiti que seja uma permanência eterna", comentou.
Terra/montedo.com