26 de agosto de 2012

Entrega de Espadim na AMAN aquece a economia de Resende

AMAN realiza entrega de Espadim
Ministro Celso Amorim discursa perante o Espadim
A Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) realizou neste sábado a tradicional cerimônia de Entrega de Espadins, réplicas da espada utilizada pelo patrono do Exército, Duque de Caxias, em seus combates. A solenidade marca a entrada dos novos cadetes aos ensinamentos militares na Aman, no Curso Básico. Durante quatro anos os jovens desempenham suas atividades na Aman, com objetivo de se tornarem aspirantes a oficiais do Exército Brasileiro.
A cerimônia é um marco no calendário militar brasileiro, exclusivamente realizada na Aman, instituição construída na década de 1950 pelo propósito da formação militar na sequência das atividades desenvolvidas na Academia Real Militar de Realengo, no Rio. Neste ano o Espadim não contou com a presença da presidenta Dilma Roussef (PT), devido a incompatibilidade de agenda, autoridade máxima do governo federal, representada pelo Ministro da Defesa, Celso Amorim. O ministro foi recepcionado pelo comandate da Aman, general de Brigada, Julio César de Arruda, junto dos comandantes da Marinha, almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto e, da Aeronáutica, o brigadeiro do ar, Juniti Saito. Autoridades como o prefeito José Rechuan (PP) e o presidente da Câmara de Vereadores, Kiko Besouchet (PP), além do depuado federal Jair Bolsonaro (PP).
Neste ano ao menos 472 cadetes receberam o Espadim, formando a Turma General Pitaluga, incluindo onze militares de nações amigas (Angola, Bolívia, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Paraguai e Peru. “Estamos comprometidos com sua formação e o sucesso de vocês é o nosso sucesso. O Espadim representa o símbolo da honra militar, representa Duque de Caxias, um exemplo a ser seguido. Juntos, temos ainda 11 cadetes de nações amigas nesta turma que escolheu muito bem seu homenageado, general Pitaluga que lutou na Segunda Guerra”, disse Arruda. Cinco resendenses receberam o Espadim: cadetes Renan Soares da Silva Martins de Oliveira, Vinícius Nascimento Fernandes, Jadir Pereira Damasceno Júnior, Marcos Eduardo do Amaral Medina e Pedro Eduardo Coutinho Maciel Mendes. O cadete mais novo da turma é Ismael Deus Marques, de 17 anos e o aluno melhor colocado é Lemuel Bezerra Sena, que recebeu o Espadim das mãos do ministro Celso Amorim. “Todos os cadetes são verdadeiros representantes do Exército Brasileiro e recebendo a Espada de Duque de Caxias tem assegurado o compromisso de uma formação eficiente, segura, para auxiliar o Brasil”, frisa o ministro Amorim.

ECONOMIA
Como ocorre em toda edição do Espadim, a economia resendense foi amplamente favorecida. Em virtude do evento, dezenas de famílias de militares de outros estados ocuparam instalações da rede de hoteleira da cidade, provocando desde sexta-feira grande movimento em lojas, bares e restaurantes. Pelas ruas da cidade o fluxo de visitantes deixou o Calçadão da Avenida Albino de Almeida, em Campos Elíseos, ainda mais agitado que o habitual. A expectativa dos comerciantes é que o Espadim provoque impacto positivo de 15%, em média, perante o fim de semana anterior. “É um momento que sabemos que os familiares dos cadetes agraciados estarão na cidade. Boa parte deles busca conhecer a cidade, sua culinária, atrações turísticas. Neste sábado servimos mais refeições que na semana passada, significativamente”, comenta o empresário Daniel Paulo Maia.
A Voz da Cidade/montedo.com

Comento:
Pelo visto, existe uma orientação do Comando do Exército em difundir informações sobre a injeção de recursos pelo Exército na economia das cidades. Somente nesta semana, notícias com teor semelhante a esta foram veiculadas pela imprensa das cidades gaúchas de Ijuí e Cachoeira do Sul. Penso que trata-se de uma medida pertinente, pois, principalmente nos municípios menores, os valores que a atividade militar coloca em circulação são muito expressivos, muitas vezes fundamentais para a economia local. Porém, a comunidade geralmente não tem a percepção clara dessa situação.
Exemplo: no início da década passada, o comando da guarnição de Cruz Alta (RS) fez um levantamento dos recursos provindos dos cofres do EB que circulavam anualmente na economia da cidade. Entre vencimentos de militares da ativa, inativos e pensionistas, compras no comércio local e outros gastos, o valor chegou aos R$ 40 milhões, enquanto o orçamento da Prefeitura foi de R$ 35 milhões no mesmo ano.