Os objetivos militares de Israel são os símbolos do poder do Hamas em Gaza
Imagem mostra fumaça após ataque aéreo israelense contra o território palestino neste sábado (17) (Foto: AFP) |
Israel voltou todo seu poder de fogo contra os símbolos do poder do Hamas em Gaza e está mobiliando seus reservistas como antecipação a uma provável invasão terrestre do território palestino.
Os recentes objetivos de Israel estão cheios de simbolismo para o movimento islamita Hamas no poder em Gaza, depois que assassinou na quarta-feira seu chefe militar, Ahmad Jabari.
Neste sábado, o Estado hebreu iniciou uma nova fase nas operações com a destruição da sede do governo do Hamas, em pleno coração de Gaza.
"Visamos ao quartel-general de Ismail Haniyeh (chefe de governo)", afirmou à AFP um porta-voz militar. Um vídeo do exército mostra a explosão de uma construção em meio a muita fumaça.
Em outro ataque, Israel alcançou a casa do ministro do Interior, Ibrahim Salah, no acampamento de refugiados de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, causando ferimentos em 35 pessoas, segundo fontes médicas palestinas.
Também foram atingidos o quartel-general da polícia do Hamas, a Universidade Islâmica e o estádio "Palestina", o principal centro esportivo de Gaza. Todos estes objetivos sofreram danos, segundo jornalistas da AFP.
Indagado pela rádio pública, Alex Fishman, especialistas em temas militares do jornal Yediot Aharonot, afirma que "a aviação visa a objetivos civis ou paracivis, já que os palestinos disparam foguetes de setores urbanos habitados, onde é difícil intervir sem causar inúmeras vítimas civis".
Segundo Fishman, o "Hamas busca obter êxitos que provem sua vitória. O tempo está contado para Israel, já que as pressões internacionais se multiplicarão para que promovam o cessar-fogo".
"Ninguém quer ocupar Gaza", enfatizou Alex Fishman.
"a aviação visa a objetivos civis ou paracivis, já que os palestinos disparam foguetes de setores urbanos habitados, onde é difícil intervir sem causar inúmeras vítimas civis".
Citado pela imprensa israelense, o chefe do Estado-Maior, o general Benny Gantz, afirmou que "é preciso aumentar o ritmo dos ataques aéreos".
"Nossa Força Aérea lançou mais de 830 ataques contra Gaza desde o começo da operação 'Pilar da Defesa'" na quarta-feira, afirmou uma fonte militar.
O exército israelense afirma que destruiu grande parte das infraestrutruras militares do Hamas, em particular locais de lançamento, bunkers, depósitos de armas e munições, túneis de contrabando ou bases de treinamento.
Mais de 380 foguetes de Gaza caíram em território israelense e outros 230 foram interceptados pelo sistema antimísseis "Iron Dome" desde quarta-feira, segundo balanço do exército.
Por fim, 20.000 reservistas, convocados de emergência, foram incorporados a suas unidades, segundo o exército.
Os nove principais ministros do governo israelense, que formam um gabinete restrito, deram autorização na noite de sexta-feira à convocação de 75.000 reservistas pensando numa possível intervenção terrestre.
"Não se trata de uma guerra generalizada e sim uma operação cujos objetivos foram fixados", argumentou o chanceler israelense Avigdor Lieberman.
"Estamos prontos para uma ampla operação terrestre, se for necessário. Mas é preciso saber que, se esta operação começar, será impossível detê-la na metade do caminho, e será preciso ir até o fim", advertiu.
R7/montedo.com
Criança ferida em bombardeios israelenses contra Gaza chora em hospital em Beit Lahia neste sábado (17) (Foto: AFP) |
Um homem faleceu em um bombardeio israelense ao leste da cidade de Khan Yunes, enquanto outros três morreram em um ataque similar ao leste do campo de refugiados de Al-Mughazi, segundo Ashraf al-Quedra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, que calculou os feridos em 300 desde o início da ofensiva israelense.
Além disso, outras três pessoas morreram em outro bombardeio da aviação israelense ao leste da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo a emissora de televisão "Al-Aqsa", ligada ao Hamas.
Bombardeios
O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, advertiu em comunicado que Israel "pagará um alto preço por seus crimes", uma vez que 'ultrapassou todas as linhas vermelhas.
Segundo a "Ma'an", 30 civis foram feridos em ataques contra o campo de refugiados de Bureij, onde a Força Aérea israelense bombardeou uma mesquita e a casa de um miliciano do Hamas.
Durante a noite, as milícias palestinas seguiram lançando foguetes contra o território israelense, um dos quais matou na terça-feira três civis israelenses.
Dois projéteis caíram sobre a região do Conselho de Ashkelon, um na área de Sderot e outro na de Shaar Negev, sem deixar vítimas, informou a versão digital do diário israelense "Yedioth Ahronoth".
G1/montedo.com