18 de janeiro de 2013

Ação militar no Máli pode render à França venda de 189 Rafales para a Índia

Índia poderá finalizar compra de Rafale com a França

O presidente François Hollande, recebeu o ministro indiano das Relações Exteriores, Salman Khurshid, no Eliseu na semana passada.
O presidente François Hollande, recebeu o ministro indiano das
Relações Exteriores, Salman Khurshid, no Eliseu na semana passada. 
REUTERS/Philippe Wojazer
A Índia poderá adquirir, como previsto, até 189 caças franceses Rafale. São 63 aviões além dos 126 que já estão sendo negociados com o país. O avião também participa da licitação no Brasil para a renovação da frota aérea da FAB (Força Aérea Brasileira), mas até agora nunca foi vendido para o exterior. A França também está tentando negociar o caça com os Emirados Árabes Unidos.
A compra do caça foi um dos temas da visita do chanceler indiano Salman Khurshid, que esteve em Paris na semana passada, segundo a imprensa francesa. O ministro também teria indicado que poderiam ser adquiridos outros caças no futuro. A Dassault e o Ministério Indiano da Defesa ainda estão definindo os detalhes para finalizar o contrato.
O presidente francês François Hollande viaja à Índia em fevereiro, segundo o palácio do Eliseu. O timing é perfeito: com a participação dos caças franceses nos ataque aéreos no Mali, acreditam especialistas, os indianos podem avaliar o desempenho do avião. De acordo com a imprensa indiana, a compra dos 126 aviões foi avaliada em 126 bilhões de dólares.
Um novo contrato representaria cerca de 18 bilhões de euros suplementares. Em janeiro de 2012, a Índia optou pelo Rafale em vez do Typhoon, construído pelo consórcio Eurofighter, formado pelos grupos britânicos BAE Systems, o europeu EADS, e o italiano Finmeccanica.
Em visita à Índia em fevereiro de 2012, o ministro da Defesa Celso Amorim negociou com o governo indiano a consulta da documentação da compra do Rafale, o que levou o governo francês a apostar numa conclusão rápida das negociações. O processo de compra, entretanto, está congelado, como anunciou a presidente Dilma Rousseff em sua última visita à França em dezembro.
RFI/montedo.com