11 de março de 2013

Amorim na ECEME: 'política de defesa é uma obra coletiva'

Ministro Celso Amorim diz na Eceme que política de defesa é uma obra coletiva

Cristina Indio do Brasil
Rio de Janeiro – O ministro da Defesa, Celso Amorim disse que a política de defesa é uma obra coletiva que isolada da sociedade, da indústria, da academia e do Parlamento, jamais poderá alcançar o seu objetivo, já que cabe ao povo brasileiro decidir sobre os níveis e os modos de proteger a sua soberania.
“Nós podemos dar a contribuição técnica, a nossa avaliação do que é necessário fazer, mas a consciência do que é necessário fazer tem que estar presente na população e nos seus representantes”, completou.
O ministro, que fez hoje (11), na Escola de Comando do Estado-Maior do Exército (Eceme), na Praia Vermelha, zona sul do Rio de Janeiro, a aula inaugural do Curso Superior de Defesa.
Para Amorim, esse conceito explica o sentido de integração do curso que reúne participantes das Forças Armadas e da sociedade civil. Amorim fez hoje (11) a aula inaugural do curso superior de defesa, na Escola de Comando do Estado-Maior do Exército (Eceme), na Praia Vermelha, zona sul do Rio de Janeiro.
Segundo o coronel Moraes José Carvalho Lopes Júnior, as aulas começaram no dia 4 de março e terminarão em 8 de novembro. O curso integra as escolas de altos estudos das Forças Armadas e, de acordo com o coronel, é a primeira vez que ele é realizado. No total, são 210 alunos das escolas de Guerra Naval, Superior de Guerra, do Comando do Estado-Maior do Exército e do Comando do Estado-Maior da Marinha.
Lopes Júnior disse ainda que entre os 80 alunos da Escola Superior de Guerra, que participam do curso, existem alguns civis da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Petrobras e da Polícia Federal, além de estrangeiros dos Estados Unidos, da Guatemala, Nigéria e do Peru.
Na palestra da aula inaugural, o ministro Celso Amorim destacou que o Brasil busca a integração com outros países também na área de defesa. Ele comentou que em uma era de incertezas no mundo é apropriada a determinação da Política Nacional de Defesa para que as Forças Armadas se estruturem em torno de capacidades e não de inimigos.
“A expressão da estratégia nacional de defesa é a de que o Brasil não tem inimigos no presente e, para não tê-los no futuro, é preciso preservar a paz e preparar-se para a guerra em antecipação. Em interpretação pessoal para a expressão preparar-se para a guerra neste contexto, dada a natureza pacífica de nossa política externa de defesa, preparar aqui deve ser entendido por estar pronto a enfrentar a eventualidade da guerra e, ao estar pronto evitar, contribuir para evitá-la. Uma vez que não temos inimigos, essa expressão centra-se no desenvolvimento e na capacidades humanas, tecnológicas e industriais”, disse Amorim.
Depois da palestra na Eceme, o ministro retornou para Brasília.
Agência Brasil/montedo.com