27 de abril de 2013

Exército vai pavimentar ruas de Manaus

Asfalto esburacado: Prefeitura recorre ao Exército para resolver situação de Manaus
Prefeitura recorre ao Exército para ajudar a resolver situação de Manaus, que tem solo arenoso e precisa de trabalho na base

STEFFANIE SCHMIDT
Retorno em frente á Ufam, no início de abril: em um mês, obra que tinha sido entregue já apresentava sinais de deterioração
Retorno em frente á Ufam, no início de abril: em um mês,
obra que tinha sido entregue já apresentava sinais de deterioração 
(Evandro Seixas)
O Exército passará a atuar na pavimentação das ruas de Manaus a partir de junho, dentro de pacote de obras de verão, anunciado na última quinta-feira pelo Prefeito Artur Neto. Dois editais de licitação deverão ser lançados na próxima semana: um para aluguel de equipamentos e máquinas pesadas e outro para contratar empresa para elaborar o projeto básico de recapeamento de 200 km de vias que deverá ser executado nos quatro anos de governo. O orçamento para o projeto é de R$ 11 milhões, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação (Seminfh).
Esta é a segunda vez que a administração municipal conta com a parceria dos militares. Em 1989, durante o primeiro mandato de Arthur Neto como prefeito de Manaus, os militares atuaram na limpeza de ruas da cidade.
O emprego da engenharia militar em benefício do Estado decorre da Lei Complementar nº 117, de 2 de setembro de 2004, que diz que cabe ao Exército “[...] cooperar com órgãos públicos(..) e, excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, sendo os recursos advindos do órgão solicitante”.
Onde as técnicas e materiais empregados nas obras são executados pelo Exército, as fundações são largas, a rodovia é construída com uma camada superior de 22 centímetros de concreto, a exemplo da BR-101, que liga Recife à Natal. A obra executada em 2009 foi considerada uma das mais caras e mais difíceis de ser feita, no entanto, a estimativa de vida útil é de 40 a 50 anos, ao passo que uma rodovia convencional tem vida útil de dez anos, isso, considerando a manutenção adequada.
De acordo com o 2º Grupamento de Engenharia do Comando Militar da Amazônia (CMA), o retorno para as forças militares se dá com o adestramento da tropa, que se torna mão de obra qualificada para o mercado de trabalho.
A partir do momento em que o Exército recebe solicitação formal para realizar obras de cooperação com órgãos públicos , elabora-se um estudo de viabilidade técnica e ambiental que contribui para definir o modo como a Engenharia Militar poderá realizar o trabalho.
No pacote anunciado pela Prefeitura, o Exército executará ações na Ponta Negra e avenida Pedro Teixeira, na zona Oeste, em um total de sete quilômetros, o que poderá ser ampliado. Além disso, estão previstos o recapeamento de vias principais como Djalma Batista e Constantino Nery, que ficará a cargo do Governo do Estado, em um total de 50 km. A Prefeitura será responsável por outros 55 km, número que deve ser ampliado.
Segundo o prefeito Artur Neto, estudos da prefeitura mostram que 90% dos veículos existentes na cidade passam ao menos uma vez por dia em uma das cinco avenidas que serão recuperadas.
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acrítica/montedo.com