14 de abril de 2013

Militares canadenses treinam em Cuiabá para missão no Haiti

Canadenses se unem a exército do Brasil em Cuiabá para missão de paz
Pelotão integrará forças para atuar em nome da ONU no Haiti.
É a primeira vez que as Forças Armadas brasileiras e canadenses de unem.

Renê Dióz
Avião do exército canadense pousou na tarde deste sábado (13) em Várzea Grande. (Foto: 18º Contingente Brasileiro (BRABAT 18))
Avião do exército canadense pousou na tarde deste sábado (13) em Várzea Grande. (Foto: 18º Contingente Brasileiro (BRABAT 18))
Um pelotão com 39 soldados canadenses desembarcou no aeroporto de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, na tarde deste sábado (13) para integrar operação militar conjunta com o Exército Brasileiro no Haiti. Esta cooperação em nome da Organização das Nações Unidas (ONU) é a primeira oportunidade na história em que tropas brasileiras e canadenses atuam juntas.
Os soldados canadenses vão ficar alojados no 44° Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cuiabá, e devem passar por três semanas de preparação antes de embarcar para o Haiti, um dos países mais pobres do mundo e que ainda tenta assegurar a ordem e equilíbrio político desde a deposição do presidente Jean Bertrand-Aristide em 2004.
As forças militares designadas pela ONU para este trabalho são denominadas Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Além dos canadenses e brasileiros (856 do Exército, 244 da Marinha e 34 da Força Aérea Brasileira), o grupo que se prepara para embarcar é formado por 31 paraguaios e um boliviano. Dos 856 militares do Exército Brasileiro, 224 são de Mato Grosso (144 de Cuiabá) e 499 são de Mato Grosso do Sul.
Pelotão canadense passará por preparação junto a militares brasileiros antes de embarcar para o Haiti (Foto: 18º Contingente Brasileiro (BRABAT 18))
Pelotão canadense passará por preparação junto a militares brasileiros antes de embarcar para o Haiti (Foto: 18º Contingente Brasileiro (BRABAT 18))
Como parte da preparação, eles devem treinar tiros com armas não-letais, simulações de desastres naturais (o Haiti passou por um dos seus piores terremotos em 2010), primeiros socorros e atendimento pré-hospitalar e estudo do creole, idioma oficial do Haiti ao lado do francês.
Os militares devem finalmente embarcar para o país na segunda quinzena de maio. Mais de 20 mil soldados brasileiros já participaram da missão de paz.
G1/montedo.com