8 de abril de 2013

"O que o Exército faz hoje? Nada." diz delegado, defendendo a atuação militar nas fronteiras

Em entrevista à repórter Luciana Martins, do site Primeira Edição, de Maceió, o delegado Jobson Cabral, da polícia civil de Alagoas, apresentado como 'especialista no assunto' [drogas], não teve papas na língua ao defender o uso do Exército no combate ao tráfico de drogas nas fronteiras do país. Confira:
Delegado Jobson Cabral (Foto: Miguel Goes)

























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Exceto a maconha, a droga consumida no Brasil vem de fora. Não há como erguer barreiras nas fronteiras e impedir que ela entre no País?
Cabral: A maconha mais pura e mais procurada é a maconha paraguaia, de melhor qualidade, e nós aqui chamamos de manga rosa por causa do cheiro, da pureza dela e vêm caminhões e caminhões que passam as fronteiras e elas são vendidas no país também. O restante das drogas vem de fora porque são raros os laboratórios de refino de cocaína aqui, mas tem em Manaus, São Paulo e aqui mesmo, em Maceió nós já estouramos um laboratório de refino no Aldebaran. Agora, não há como impedir porque é humanamente impossível você acabar o tráfico de drogas porque é uma coisa que dá dinheiro. Se eles preparam o refino da droga é porque sabe que vai ter a procura da droga, mas é possível sim fazer um trabalho coerente, que una a Nação com maior contingente de policiais federais que atuem nas fronteiras para coibir junto com o exército. O que é o exército faz hoje? Nada. Deveria colocar o exército para trabalhar nas fronteiras, nós não somos um país de guerra, então qual o papel do exército? Se não tem guerra a gente tem que colocar essas pessoas para trabalhar nesta batalha – que não deixa de ser uma batalha – contra as drogas que esta acabando com os nossos jovens e adolescentes.
montedo.com, com informações do Primeira Edição