8 de junho de 2013

Ágata 7: comandante faz balanço da operação no Acre


‘Resultados dentro do esperado’, diz comando sobre Operação Ágata VII
Operação foi finalizada na quarta-feira (5), após quase 20 dias de ações.
Apreensões mais consideráveis foram de contrabandos e descaminhos.
Militares 4 BIS (Foto: Duaine Rodrigues/G1)
Cerca de 1 mil militares do 4º BIS, de Rio Branco, e do 61º BIS, de Cruzeiro do Sul, foram mobilizados durante a realização da Operação Ágata VII (Foto: Duaine Rodrigues/G1)
Duaine Rodrigues Do G1 AC
Com o foco em defender o Brasil da entrada de produtos ilícitos como contrabandos, drogas e descaminhos, a Operação Ágata VII foi finalizada na quarta-feira (5), após quase 20 dias de ação ostensiva conjunta do Exército, Força Aérea e da Marinha em estradas e rios do país nas regiões de fronteira de norte a sul do país.
A avaliação do trabalho, segundo o comandante João Augusto Vargas Ávila, do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), de Rio Branco, capital do Acre, é positiva. “Tudo que estava planejado foi executado e os resultados alcançados ficaram dentro do esperado. Temos que focar no que deixou de entrar no nosso Estado”, ressalta.
A operação conduzida pelo Ministério da Defesa e coordenada pelo estado maior conjunto, em Brasília, empregou 25 mil militares do Rio Grande do Sul ao Amapá. No Acre, segundo o comandante Ávila, foram acionados o 4º BIS e o 61º BIS em Cruzeiro do Sul, ambos subordinados a 17ª Brigada de Infantaria e Selva sediada em Porto Velho, capital do estado de Rondônia.
“Somente dentro do nosso estado, em torno de 1 mil militares foram empregados. Essa operação se caracteriza pela presença ostensiva de força no terreno. Estradas bloqueadas, cursos de água bloqueados, isso inibe a criminalidade. Se havia alguma previsão de entrada de algum tipo de ilícito no nosso território durante essa operação, deixou de entrar”, garante o militar.
De acordo com o comandante, no Acre os principais gargalos para entrada de ilícitos são as fronteiras com Bolívia e Peru, nos municípios de Plácido de Castro, Assis Brasil, Brasiléia e Santa Rosa do Purus. “Além disso tivemos o controle maior no interior do estado, nas regiões das cidades de Tarauacá, Manoel Urbano, Sena Madureira e Feijó”, destaca.
Ávila ressalta que o acesso por estradas facilita a ação de criminosos, por isso, foram bloqueados pontos estratégicos nas regiões vigiadas. O comandante garante que nenhuma pista de pouso clandestina foi encontrada na área sob sua responsabilidade.
 “Sabemos que aqui no Acre há inúmeros ramais, então se não tiver a inteligência antes da operação dificilmente se faz alguma apreensão de vulto. Não localizamos pistas clandestinas na região em que atuamos. Sozinho, não fazemos nada. Contamos com o apoio da Força Aérea, da Polícia Federal, Ibama, ICMBio, Polícia Civil, Receita Federal. Sem essas agências não conseguiríamos trabalhar conforme estava planejada a operação”, enfatiza.
Durante a operação foram efetuadas algumas prisões, não relacionadas no relatório final, e os envolvidos presos foram encaminhados aos órgãos responsáveis por fazer a autuação.
“Foi uma operação longa. Não tivemos nenhum tipo de acidente com o pessoal empregado e também nenhum incidente da tropa com a população civil e ainda assim cumprimos a missão”, comenta.

Ações cívico-sociais
Além das ações de fiscalização em rios e estradas, a Operação Ágata VII atuou ainda prestando auxílio às comunidades nos postos de fronteira. “É um foco da operação, trabalhar com o viés de apoio a comunidade. Esse tipo de ação foi realizada nos postos de fronteira nos municípios de Santa Rosa do Purus, Marechal Thaumaturgo, Xapuri, na região da Vila Extrema, em Porto Acre”, relaciona o comandante Ávila.
Ao todo, segundo o relatório apresentado, foram efetuados 209 atendimentos médicos (clínica geral), 81 atendimentos médicos (pediatra), 89 atendimentos odontológicos, 40 orientações odontológicas, e 369 medicamentos distribuídos.

Outros números da Operação Ágata VII
Foram apreendidos durante a Operação Ágata VII, três tratores, um veículo leve, 45 gramas de maconha, R$ 15.660 em contrabando, R$ 64.580 em descaminho, R$ 33.016 em divisas e $ 58.580 também em divisas, 2444,6459 metros cúbicos de madeira, uma espingarda calibre 20, uma faca tipo mesa e sete cartuchos calibre 20.
G1/montedo.com