26 de julho de 2013

Milhões na lama: apesar de alerta das Forças Armadas, JMJ insistiu em realizar evento papal em Guaratiba

Rio foi alertado sobre risco de fazer JMJ em Guaratiba, dizem fontes

Rodrigo Viga Gaier
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Funcionários preparam o local onde aconteceria parte da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, em 17 de julho. Por causa da chuva, os eventos foram transferidos para Copacabana, já que o local em Guaratiba se transformou em um lamaçal. 
REUTERS/Sergio Moraes

Outra fonte revelou que os trabalhos em Guaratiba demoraram para começar e, por isso, o terreno encharcou e virou um lamaçal. "Tinha que há mais de um ano ter preparado o terreno, jogado brita e plantado grama", disse a fonte.
Segundo ela, além disso, as autoridades e organizadores envolvidos na JMJ sabiam da complexidade do terreno, já que há um valão próximo que deixa o local sempre molhado.
"Ali é complicado e eles sabiam disso", destacou a fonte.
Além da opção errada, teria pesado também na escolha de Guaratiba o fato de a JMJ de Madri, em 2011, ter sido realizada em uma base aérea. Para diferenciar os eventos, a organização optou pela construção do Campus Fidei.
O Campus Fidei é uma área de 1,362 milhão de metros quadrados, onde foi montada uma estrutura completa para receber os peregrinos, incluindo lanchonetes, banheiros, torre de vigilância e bebedouros.
Para chegar ao local, os fiéis fariam uma peregrinação de 13 quilômetros, cumprindo uma tradição da JMJ. Por causa da mudança para Copacabana, a peregrinação foi cancelada.
Reuters/montedo.com