27 de agosto de 2013

Fuzileiros navais brasileiros escoltaram senador em fuga da Bolívia

Senador fugiu da Bolívia em carro oficial escoltado por militares brasileiros
Informação é do presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro, Ricardo Ferraço (PMDB-ES)
O senador boliviano Roger Pinto, em foto de 2008 Foto: EFE
O senador boliviano Roger Pinto, em foto de 2008
Foto: EFE
O senador boliviano Roger Pinto, que chegou ao Brasil no sábado após 15 meses de asilo na sede diplomática brasileira em La Paz, escapou da Bolívia em um carro da embaixada, escoltado por militares brasileiros, revelou neste domingo o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Ferraço, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, disse à imprensa que Pinto viajou 22 horas entre La Paz e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, em um automóvel da embaixada brasileira, escoltado por fuzileiros navais e policiais federais do Brasil.
De Corumbá, Pinto seguiu em um avião particular da família Ferraço para Brasília, onde chegou na madrugada de domingo.
O governo boliviano, que negava o salvo-conduto a Pinto, declarou o senador "foragido da justiça" contra o qual "estão vigentes quatro proibições de abandonar o país por delitos comuns de corrupção pública com grave prejuízo econômico ao Estado Boliviano, um deles com sentença condenatória de primeira instância".
O Itamaraty informou neste domingo que "está reunindo elementos sobre as circunstâncias em que foi verificada a saída do senador boliviano da embaixada brasileira e sua entrada em território nacional", acrescentando que "tomará as medidas administrativas e disciplinares correspondentes".
Pinto, 53 anos, buscou refúgio em maio de 2012 na embaixada brasileira em La Paz, argumentando perseguição política após apresentar denúncias de corrupção contra o governo do presidente Evo Morales.
Durante 15 meses, Pinto esteve limitado ao prédio da sede diplomática brasileira em La Paz, onde recebia apenas a visita de três pessoas autorizadas: sua filha mais nova, Denise, um assistente e seu advogado. Pinto tem outras duas filhas, Paola e Jeanine, e a mulher, e as três vivem no Brasil. AFP
Terra/montedo.com