16 de setembro de 2013

Cabo do Exército morre afogado após socorrer amigo em prática de rapel

Militar morre afogado depois de praticar rapel com amigos em Maratá
Douglas Anselmo, 25 anos, estava com um grupo na Cascata Vitória neste domingo
Militar morre afogado depois de praticar rapel com amigos em Maratá Marcelo Fiori/Especial
Jovem já havia descido o penhasco e atravessado o lago quando voltou para ajudar um amigoFoto: Marcelo Fiori / Especial
Vanessa Kannenberg
vanessa.kannenberg@zerohora.com.br
Maratá (RS) - Um militar de 25 anos morreu afogado neste domingo em Maratá, no Vale do Caí. De acordo com o Corpo de Bombeiros, Douglas Anselmo fazia rapel com um grupo de amigos de Montenegro na Cascata Vitória, quando desapareceu na água, por volta das 11h, e foi resgatado quase duas horas depois, já sem vida.
Segundo o soldado da Brigada Militar Marcelo de Vargas Deck, que atendeu a ocorrência, Anselmo, que era cabo do Exército, estava com mais dois amigos, um ex-colega e um sargento, e a mulher de um dos amigos. Ainda conforme ele, o cabo já tinha descido do penhasco e atravessado o lago, quando um dos amigos, identificado como Fernando de Oliveira, teria pedido ajuda.
— Ele (Anselmo) estava do outro lado já e voltou para ajudar o amigo, que também havia descido, mas estava sentido dores e tinha dificuldade para nadar. O Douglas acabou desaparecendo na água e o Fernando se salvou — conta Deck, com base no relato das testemunhas.
Acionados logo depois, os bombeiros de Montenegro iniciaram as buscas, com ajuda de um barco e uma garapeia (espécie de corda com um gancho na ponta). Às 12h55min, a equipe de resgate encontrou o corpo do militar.
— Ele era muito conhecido e um cara show de bola, que estava sempre disposto a ajudar os amigos — lamenta o colega no 3º Batalhão de Suprimento, sargento José carlos da Silva Bernardo.
A Cascata Vitória fica em um parque municipal com 38 mil metros quadrados e a queda d’água tem 30 metros de altura. No local, já funcionou uma usina hidrelétrica. A infraestrutura inclui restaurante, ponte pêncil, praça de brinquedos, camping, trilhas, entre outros.
Conforme o secretário de Turismo de Maratá, Dirceu Kirsten, o parque fica aberto o ano inteiro, mas só tem segurança durante o verão. Ainda segundo ele, o banho no arroio é proibido e há placas indicando isso.
— O local é muito perigoso e a profundidade da água deve ser de 10 a 15 metros. O rapel não é proibido, mas é bastante arriscado — afirma Kirsten.
ZERO HORA/montedo.com