18 de setembro de 2013

Pelotão Esperança completa vinte anos em Criciúma

GAC: há 20 anos trazendo esperança para a vida de crianças
Projeto Pelotão Esperança comemora aniversário no próximo mês

Amanda Garcia Ludwig - amanda.garcia@engeplus.com.br
Foto: Amanda Garcia Ludwig
Um ambiente descontraído e disciplinado, com aulas normais e atividades diferenciadas, com exemplos militares para crianças que vivem em áreas de vulnerabilidade social. “É uma educação diferenciada”, dizem. É assim que o Pelotão Esperança vem melhorando a vida de centenas de alunos ao longo dos últimos 20 anos. O projeto é realizado em Criciúma pelo 28º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) e atende anualmente 30 crianças.
As aulas acontecem dentro do quartel para turmas de 4º e 5º anos, com professoras da rede municipal de ensino, que são cedidas pela prefeitura de Criciúma. O subtenente Erlei, coordenador do Pelotão Esperança, explica que os alunos são levados para ter aulas no quartel quando a escola onde eles estudam detectam problemas de comportamento por parte dos meninos – que têm, em geral, de oito a 12 anos.
As duas turmas são formadas apenas por meninos, principalmente por causa da falta de espaço físico. O Pelotão Esperança prega valores como obediência, respeito, dedicação e disciplina, e tem como crenças o amor ao próximo, a esperança e a perseverança. “Este é um projeto único no Brasil, e atendemos crianças de toda a cidade de Criciúma”, observa o subtenente Erlei.
O comandante do 28º GAC, coronel Antônio Ribeiro, explica que os meninos ficam no quartel em período integral, sendo que no período da manhã assistem às aulas regulares e no período vespertino participam de atividades como judô, tênis, aulas de cerâmica, música e informática. “Mais de 650 crianças passaram pelo GAC e participaram do pelotão ao longo dos últimos 20 anos”, se alegra o comandante.
Para que o projeto se mantenha, o GAC conta com o apoio da prefeitura de Criciúma e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. “O Exército cede as salas de aula e atividades complementares, enquanto a CDL arrecada dinheiro com lojistas e a prefeitura encaminha as professoras para dar as aulas regulares”, explica o coronel Ribeiro.
Além disso, o GAC mantém escolas particulares como parceiras, para que os meninos consigam bolsas de estudos em outros colégios. “Desta forma, eles conseguem estudar até o final do Ensino Médio. Temos como parceiros colégios particulares como Satc e Michel”, avisa o coordenador do projeto, subtenente Erlei.
No dia 12 de outubro, o grupo de artilharia promoverá um almoço para reunir todos os envolvidos no Pelotão Esperança e comemorar o aniversário do projeto. “Nosso desejo é reunir professoras e ex-alunos, para ver como eles estão depois de tanto tempo e como seguiram com sua vida. Convidamos a todos eles para participarem das comemorações”, convida o coronel Ribeiro.
ENGEPLUS/montedo.com