20 de outubro de 2013

Comentando a estratégia do EB até 2030

Paulo Ricardo da Rocha Paiva*
1) REAÇÕES INTERNACIONAIS AO PROTAGONISMO BRASILEIRO
O mundo convive com vários focos de instabilidade, como os conflitos no Oriente Médio, na Ásia e no Continente Africano, com consequentes riscos à paz global. Além destes, delineia-se no futuro uma disputa pelo controle de recursos estratégicos (hidrocarbonetos, água, minérios, biodiversidade, etc.), dos quais o Brasil é um dos grandes detentores.
Enquanto países desenvolvidos mantêm suas posições usando o poder que detêm ou construindo acordos internacionais favoráveis a seus interesses, nações em desenvolvimento têm de lutar por acesso a novas oportunidades.
PRRPAIVA_ Apenas com relação aos minérios, o Brasil está sendo "garfado” em suas riquezas não é de hoje. Dizer que, no futuro, se delineia disputa pelo controle de recursos estratégicos está soando como “estória para boi dormir”. O estrangeiro já está avançado sobre pesquisa mineral no País e empresas de outras nações têm direitos sobre área equivalente à de 'um Pernambuco'. No grupo das 50 maiores companhias, não brasileiros ficam com mais de um terço do total das terras. A riqueza de nossos filhos e netos está saindo pelo ladrão e as Instituições Militares continuam a fazer vista grossa aos crimes de lesa pátria, deixando o barco correr ao sabor do capricho das forças ocultas que, quem sabe, até a ABIN já tenha levantado, mas receia jogar no ventilador.
Embora não esteja envolvido em conflitos de vulto, o Brasil está inserido nesse contexto de desafios e pretende modificar sua posição no jogo internacional, superando barreiras típicas de quem se localiza na periferia do poder mundial. Esta atitude brasileira poderá propiciar o surgimento de situações conflituosas decorrentes de reações dos países forçados a ceder espaços e da própria cobiça internacional pelo grande volume de recursos naturais do País.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, as reações internacionais ao protagonismo brasileiro intensifiquem-se ao ponto de criar obstáculos à consecução dos interesses nacionais.
A Força Terrestre ainda não se deu conta de que, muito mais grave do que conflitos de natureza externa, a nação hoje está mergulhada até o “talo” em um movimento separatista indígena, apoiado por quilombolas e olhado com interesse nada confessável pelo MST. As reações alienígenas ao protagonismo brasileiro já se intensificaram de há muito, verdadeiramente ameaçadoras em 2013, haja vista a posição da tão decantada “comunidade internacional’, pressionando abertamente de molde a inibir qualquer esforço do governo em prol da manutenção da soberania do Estado na condução da política indigenista. Em realidade, antes mesmo de 2030, do jeito sem retorno que os índios estão sendo subvertidos pelas ONGS (muitas delas subvencionada pelos grandes predadores militares, que as utilizam como “quinta-coluna”), a consecução dos objetivos nacionais já terá sido comprometida pela própria “kosovonização” do território, e isto se já não o foi! A propósito, o EB tem mesmo “permissão” (parece piada mas não é) de entrar nas reservas indígenas de Roraima? Há quem diga que já teve comandante de grande unidade barrado por cacique quando quis pisar no “solo pátrio” (acredite quem quiser) de uma etnia. O EB já experimentou adentrar nas reservas Yanomamy e Raposa Serra do Sol para dar um basta no trabalho subversivo das ONGS? Quando foi que isto ocorreu mais recentemente? Com a palavra o CMA.

2) RECONHECIMENTO EXTERNO DO PODER NACIONAL BRASILEIRO
O processo decisório desencadeado nos organismos multilaterais ou nas relações bilaterais cria situações que podem restringir ou facilitar a inserção internacional do Brasil como ator global. Atendendo a legítimos interesses nacionais, a política externa brasileira se empenha para levar o Brasil a participar, significativamente, da elaboração da agenda internacional. Daí decorre o pleito por uma posição de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e a busca de acordos com blocos econômicos e grupos de países, visando à crescente inserção do País na construção daquela agenda..
As reuniões do G-20, pelo seu simbolismo político, parecem sinalizar para mudanças nas relações de poder mundial, cujos desdobramentos futuros poderão levar à emergência de novos polos de poder. Os líderes dos países mais ricos perceberam que o enfrentamento dos grandes problemas globais dependem de coordenação política que envolva os países emergentes.
Nas relações internacionais, os estados costumam ter êxitos quando dispõem de poder nacional que respalde suas posturas – o que ainda não é, efetivamente, o caso do Brasil, em especial quanto ao componente militar do poder nacional.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, o Brasil passe a dispor de poder nacional reconhecido internacionalmente ao ponto de ser capaz de respaldar suas pretensões de maior participação no processo decisório mundial.
Parecem... poderão...costumam são termos vagos, pastosos, que não assumem, não se comprometem e que não refletem o que naturalmente acontece, indicando previsão inconsistente, indecisão pela falta de noção da realidade e indicação de falta de determinação para alcance de objetivo nacional permanente. Até 2030, antes de se pensar em dispor de poder nacional em condições de respaldar pretensões de participação no processo decisório mundial, o EB precisa, sim, adquirir no mais curto prazo aparato bélico capaz de dissuadir qualquer pretensão estrangeira com relação à nossa grande região norte. A propósito, as antológicas “voadeiras”, utilizadas pelo Turno 1969/5 no CIGS, ainda são as mesmas que apoiam as operações fluviais dos BIS nos dias de hoje? Pobre combatente de selva, aquelas “pirogas de lata’ estão muito mais para “caixão flutuante” do que para embarcação de assalto anfíbio! Vale conferir!

3) NEUTRALIZAÇÃO DAS PRESSÕES INTERNACIONAIS SOBRE A AMAZÔNIA
As pressões internacionais sobre a Amazônia têm aumentado, sob a alegação de uma suposta defesa de “interesses maiores da humanidade”.
Países, autoridades e organizações estrangeiras ocultam suas pretensões em relação à importância geoestratégica e às riquezas da região, simulando preocupações com o desenvolvimento da área. Sugerem “direitos de ingerência”, insinuando não ter o Brasil capacidade de cuidar do patrimônio amazônico, com ênfase para o meio ambiente e a questão indígena.
François Miterrand, presidente da França, disse em 1989: - “O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia”. John Major, primeiro-ministro da Grã-Bretanha, declarou em 1992: - “Nações desenvolvidas devem estender o domínio da lei ao que é comum a todos no mundo. As campanhas ecológicas internacionais sobre a região amazônica estão deixando a fase propagandista para dar início a uma fase operativa que pode, definitivamente, ensejar intervenções militares diretas sobre a região”. Mikhail Gorbachev, presidente da ex-URSS, também foi enfático em 1992: - “O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais competentes”. General Patrick Hughes, chefe do Órgão Central de Informações das Forças Armadas dos USA, em 1998:- “Caso o Brasil resolva fazer um uso da Amazônia que ponha em risco o meio ambiente nos Estados Unidos, temos de estar prontos para interromper esse processo imediatamente.”
Face a estes pronunciamentos, francamente, a expressão “ocultam suas pretensões” é de uma ingenuidade sem igual à esta altura dos acontecimentos, não fazendo sentido com o que é dito no parágrafo que se segue. Mas “viver no mundo da lua” ainda não é transgressão disciplinar. Valha-me Deus! Eu fico pensando no meu “velho”, orgulhoso veterano da “FEB”, que se foi amargurado pelas limitações de soberania que o Exército passou a engolir.
A ameaça é de tentativa de imposição de soberania “compartilhada” mediante aplicação de diretrizes e pelo uso privilegiado dos recursos da região, deixando ao Brasil o ônus da administração sob fiscalização estrangeira.
A neutralização dessas pressões extrapola o campo militar, dependendo muito mais de ações governamentais nos campos político, psicossocial e econômico.
Essa extrapolação não exime a Força Terrestre, na situação de urgência e emergência em que se encontra a nacionalidade brasileira, de se impor como a “última ratio regis”, fazendo a lealdade à Pátria prevalecer, se assim for necessário, sobre a disciplina, particularmente no referente a chamar a si as ações para neutralizar a rebelião secessionista indígena/quilombola, que a governança e a politicalha não têm competência e vontade política para debelar.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, as ações implementadas pelo governo brasileiro no sentido da proteção e do desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira tenham sido eficazes ao ponto de neutralizar as pressões internacionais sobre a região.
Esperar até 2030 é “brincar com a verdade”. Na medida em que os três poderes se mostram incompetentes para deter o holocausto da” brasilidade”, somente o Exército, auxiliado pelas Forças irmãs, tem condições de tentar reverter a situação, se é que isto ainda é possível. Sinceramente, é de se duvidar quanto a existir ainda tempo útil para seu emprego efetivo e eficaz de forma a, se antecipando, recuperar pelo menos as descomunais reservas Yanomamy e Raposa Serra do Sol. O ¨direito de proteger”, reconhecido pela ONU, é apenas coisa de mais dia menos dia para ser invocado por um cacique tresloucado, legitimando o deslocamento de elementos de FE alienígenas (alguns até mesmo, é de indignar, brevetados pelo CIGS) para fomentar, armar e desencadear uma guerra como a que pulverizou a antiga Yugoslávia. Em verdade, o governo está completamente manietado. Agora, as ONGS, juntamente com a FUNAI, já convenceram os índios que a governança teme fazer cumprir a lei quando isto implicar na possibilidade de um índio sair ferido. Daí a valentia do gentio que, fiado neste temor, ameaça lutar até a morte pelos seu ideal separatista. As FFAA, ao que tudo indica, estão sendo ultrapassadas sem se aperceberem e vão “comer o pão que o diabo amassou” para conseguir segurar esta avalanche tupiniquim.

4) INTERESSE INTERNACIONAL SOBRE ÁREAS ESTRATÉGICAS DO BRASIL
É interesse vital das potências de primeira ordem assegurar o acesso às regiões do mundo de valor geopolítico e onde estejam recursos naturais necessários ao seu desenvolvimento e manutenção do status quo.
O Brasil, além da Amazônia, tem outras regiões que podem ser alvo da cobiça internacional, pela riqueza ou posição estratégica. Entre essas áreas, destacam-se: a faixa de fronteira, a plataforma continental atlântica (jazidas de petróleo, biodiversidade, minerais, etc.), o “saliente nordestino” e o Aquífero Guarani.
A liderança nacional atribui pouca importância e a sociedade tem dificuldade em perceber a ameaça embutida no interesse internacional, o que se reflete na baixa prioridade conferida ao setor de defesa do País.
Isto não exime a responsabilidade dos militares, não apenas de alertar, mas de propagar em palestras, estágios, painéis, envolvendo políticos, estudantes, sociedade em geral, de forma a que se dê uma reformulação dos conceitos viciados sobre a problemática da defesa nacional. Ficar apenas no que algumas autoridades transmitem nas comissões de defesa nacional do Congresso não vai mudar a opinião pública, não faltando, tanto na ativa como na reserva, instrutores capazes para tanto. Por que não se cria uma programação a cada semestre nas sedes de grandes comandos, com essa finalidade? Salvo melhor juízo não faltariam militares da reserva para ministrar os assuntos que a Força desejasse para motivar os civis e mantê-los constantemente ligados.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, as áreas estratégicas do Brasil sejam alvo de crescente interesse internacional ao ponto de suscitar ações por parte do Estado brasileiro para manter e reforçar sua soberania sobre essas áreas.
Sempre o “até 2030” para um interesse mais do que presente, escancarado, absurdamente ostensivo. Quem viu na GLOBOSAT/Canal 34 o documentário “VALE DOS ESQUECIDOS“ vai lembrar do americano (chapéu de “cowboy”) ditando cátedra nas comunidades indígenas, fazendo apologia da ação deletéria da FUNAI, indicando no mínimo a necessidade de uma ação coercitiva do comando militar de área, na medida em que, se depender da ABIN, atualmente, esta agência está mais perdida do que patinho em tiro ao alvo, enredada no vazamento dos “e-mails secretos” da presidenta, como se não existissem falhas na contra inteligência tiranicamente mais concretas, absurdamente reais no tempo e no espaço, para serem sanadas sem mais delongas. Que o diga o “cowboy” que, sem nenhum constrangimento, deu sua entrevista em inglês ao repórter da GLOBOSAT, e isto sem fazer uso de nenhum recurso cibernético. Este aí não vai ser convocado para depor na CPI DA ESPIONAGEM, por que? Com a palavra o Excelentíssimo Senhor Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

5) FORTALECIMENTO DA INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL
Coerente com princípio constitucional, a iniciativa brasileira de integração regional foi iniciada pela constituição do MERCOSUL e ampliada pelos macroprojetos de integração física da região, estruturados e implementados pela Iniciativa para a Integração Regional Sulamericana (IIRSA), e por empreendimentos de integração energética, dentre outros. O estabelecimento da UNASUL, que surge com o objetivo de construir um espaço de integração e união no âmbito cultural, social, econômico e político entre os países da América do Sul, é mais um marco do processo de integração regional. A criação do Conselho de Defesa Sulamericano (CDS) poderá contribuir para intensificar as medidas de cooperação e confiança mútua entre os setores de defesa dos países da região.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31 de dezembro de 2030, o processo de integração regional evolua ao ponto de permitir a efetiva consolidação da integração da América do Sul.
A possibilidade de que o CDS venha a tomar a forma de uma aliança militar defensiva regional já se alça ao nível da fantasia, máxime quando, em termos continentais e mesmo mundiais, se passa a conjeturar sobre prováveis oponentes que, individualmente ou em bloco, possuem poder militar visivelmente superior ao dos doze membros do CDS tomados em conjunto. Em sendo assim, esta pretensa aliança estratégica estaria capacitada a se defender de quem e face a que ameaças reais, enfrentando a um, a mais de um ou a totalidade dos membros do conselho? O grau de coesão existente hoje entre os países da região, até na escolha de seus parceiros externos, sabemos todos, constituiria por si só um fator impeditivo de sua mobilização em bloco, mesmo se aparelhados militarmente para tanto. Por isso mesmo, mais do que nunca, antes de tudo, urge fazer o nosso dever de casa estratégico, independente e sem constrangimentos protelatórios

6) OCORRÊNCIA DE CONFLITOS NA AMÉRICA DO SUL
A paz na América do Sul, considerada uma das regiões do mundo menos sujeita a conflitos armados, pode vir a ser ameaçada pela instabilidade política e social existente em alguns países, pela ação de movimentos de cunho ideológico que apelam para a violência e pelas tensões latentes entre países limítrofes. Com isso, considera-se a possibilidade do Exército Brasileiro vir a participar de conflitos na região, integrando ou não organismos internacionais, como Força de Paz ou em defesa dos interesses nacionais.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, ocorram conflitos na América do Sul ao ponto de envolver militarmente o Brasil.
Nos dias de hoje países hermanos envolverem as nossas FFAA em conflitos na América do Sul.... francamente: “é mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha’, máxime se for considerado que o trinômio MERCOSUL/UNASUL/CDS praticamente inviabiliza esta hipótese de guerra posto que, se acredita, veio para ficar e não apenas para “inglês ver”. O perigo real, concreto e iminente existe, sim, face à nossa grande região norte, pela cobiça escancarada dos “grandes predadores militares”. Interessante que o rei da Noruega ainda este ano esteve “pintando no pedaço amazônico” em apoio ao gentio, surpreendendo a todos. Este monarca, após estada em Boa Vista, seguiu no dia 21 de abril cheio de razão com uma comitiva para a Reserva Yanomamy, região Novo Demini. Segundo informações da Hutukara Associação Yanomamy, em Roraima, a visita à reserva teria sido um convite do líder indígena Davi Kopenawa. Curioso é que quem convida agora são os caciques, e isto sem nenhuma consideração com a presidenta que, quero crer, deve ter sido alertada pelo comando militar da área sobre a real presença E esse governo quer por que quer que este País integre o CDS/ONU, que grande piadão! Antes da guerra cibernética, seria de bom alvitre, pelo menos, saber quem está a pular o muro do nosso quintal. Meu Deus do céu, tenha piedade!

7) AGRAVAMENTO DA QUESTÃO AMBIENTAL
As questões ambientais têm adquirido importância crescente na agenda internacional, envolvendo temas como as mudanças climáticas, as catástrofes ambientais e as consequências sociais e econômicas decorrentes.
A ocupação e a exploração de recursos naturais nos principais biomas do território brasileiro, com reflexos no meio ambiente, poderão agravar a questão ambiental no Brasil, gerando inclusive reações internacionais.
No Brasil, a participação do Exército contra delitos ambientais, na faixa de fronteira terrestre, está prevista na Lei Complementar NR 117, de 2 de setembro de 2004.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, as questões ambientais e as mudanças climáticas tenham se agravado, ao ponto do controle e monitoramento ambiental venha a ser institucionalizado como atribuição, também, das Forças Armadas.
Em verdade, estamos seguindo à risca o preconizado pelo Consenso de Washington com vistas à “gendarmerização” das FFAA sediadas no quintal de “Tio Sam”. Aliás, ceder, entregar, aceitar, engolir afrontas já passaram a fazer parte do cotidiano dos militares. Que se diga: o engasgo da Comissão da Meia Verdade; a omissão que permitiu a exposição de companheiros da reserva ao escracho comunovandálico, em frente ao Clube Militar/RJ; a imposição de placa vexatória na AMAN, pela OEA, colocando em cheque a legitimidade da instrução ministrada em nossa Academia Militar; o abandono de combatentes que enfrentaram as guerrilhas urbana e rural na luta sem quartel dos anos 60/70, submetidos a interrogatórios humilhantes na Comissão da Meia Verdade por notórios revanchistas; a invasão do 1º BPEB/RJ por ferozes algozes da Instituição, expondo o comandante de unidade, que não contou com nenhum respaldo da parte de seus comandantes superiores; o encargo de proteção pelo EB do leilão entreguista da área (pré-sal) de LIBRA, em completo descompasso com o ideal nacional de preservação da soberania plena.

8) OCORRÊNCIA DE ATIVIDADES TERRORISTAS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO
O Brasil, até o presente, tem se mantido a salvo de ações terroristas, nos moldes praticados por grupos em conexão com redes internacionais, com a finalidade de desestabilizarem Estados ou deles se vingarem em proporções que causem a generalização do pânico em suas populações. Apesar disso, não se afasta a possibilidade de que iniciativas do governo brasileiro venham a gerar disputas e maior exposição do País no cenário internacional.
Essa exposição tende a ser ampliada em face dos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará os Jogos Mundiais Militares(2011), a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014), e as Olimpíadas (2016) e da crescente posição de proeminência do País no contexto mundial.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, atividades terroristas venham a ocorrer também no Brasil.
É mais fácil os BLAKBLOKS, apoiados pelos morubixabas e pelo MST que, agora sem nenhum receio de punição, estão, todos, a fazer suas tropelias. Pensar na ALQAEDA seria “filosofar sobre o sexo dos anjos”. Afinal de contas brasileiros não andam jogando bombas sobre mulheres e crianças muçulmanas.

9) AGRAVAMENTO DA PROBLEMÁTICA DA SEGURANÇA PÚBLICA BRASILEIRA
As limitações e carências dos órgãos de segurança pública e o aumento do poder e da violência de grupos ligados ao crime organizado, ou a ilícitos transnacionais, contribuem para agravar a problemática da segurança pública brasileira e criam um ambiente propicio à demanda para emprego das Forças Armadas em segurança pública, ainda que em caráter eventual.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, a problemática da segurança pública brasileira se agrave ao ponto de ser institucionalizado o emprego das Forças Armadas.
Do jeito que vão as coisas, no ano que vem, já teremos comandantes de grande unidade usando escudos policiais no comando de suas brigadas para debelar os arrastões monumentais nas capitais fluminense e paulistana. Alerta, o governo já atribuiu a segurança do leilão entreguista do bolsão de Libra (área de pré-sal) ao Exército. Que missão infame para os soldados de Caxias! Os “comunopetistas” estão apostando tudo no desgaste da Força. Afinal de contas, estar sempre na frente em pesquisas de confiança pela opinião pública é objetivo que as esquerdas não vão esperar até 2030 para extirpar das FFAA. Atenção! Munição real nem pensar! A PM já está satanizada pelo uso de “balas de borracha”! E agora José? Ah! Quem sabe a tia Joana aparece com as “mariolas” ...eu quero chorar...

10) DESENVOLVIMENTO DE UMA MENTALIDADE DE DEFESA NO BRASIL
A sociedade brasileira não demonstra grande interesse pelos assuntos diretamente ligados à defesa nacional e o tema não é prioritário para as lideranças e os formadores de opinião do País.
A Estratégia Nacional de Defesa apresenta dentre suas metas a de desenvolvimento de uma mentalidade de defesa na sociedade. Nesse sentido, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas vêm desenvolvendo iniciativas como programas de incentivo, congressos, seminários e simpósios, dentre outras.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, os assuntos de defesa passem a fazer parte da agenda nacional ao ponto de influenciar decisivamente as políticas governamentais.
REPORTAR AO COMENTÁRIO DO NR 4, acrescentando que, sem uma tomada de posição contundente por parte das autoridades militares, vai ser preciso o “caldo entornar” para se conseguir uma mudança decisiva das políticas governamentais. Mas aí já sem retorno, com a nação humilhada por uma amputação territorial ou na área do pré-sal. Governo, politicalha e mesmo a sociedade continuam descomprometidos com a manutenção da soberania nacional, cabendo às FFAA tomar as providências que se fazem necessárias em nome da sua própria sobrevivência. Desconfio que se esteja a clamar no deserto. Enfim, que Deus nos proteja!

11) FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA DE DEFESA DO BRASIL
O fortalecimento da indústria de produtos de defesa no Brasil se constitui em peça fundamental na redução das vulnerabilidades militares do País. Anseia-se que ela seja capaz de produzir parcela significativa dos materiais e equipamentos estratégicos com tecnologia agregada que atenda às necessidades das FA. Isso, no entanto, esbarra em desafios de toda ordem. Grandes conglomerados da indústria de defesa dos países mais ricos bloqueiam tentativas de desenvolvimento das empresas similares dos países menos poderosos.
O aumento dos investimentos em C&T, a competitividade dos materiais produzidos pela indústria de defesa, a transferência de tecnologia (offset) e o aumento do poder de compras das FA são os principais fatores para o fortalecimento da base industrial de defesa brasileira, contribuindo para a redução do hiato tecnológico e para a nacionalização dos materiais de defesa.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, ocorra o fortalecimento da base industrial de defesa brasileira ao ponto de suprir no mínimo 50% das necessidades de material de defesa das Forças Armadas.
Até que ponto se compromete a defesa nacional quando, entre outras vulnerabilidades, se admite que 40% das peças utilizadas nos blindados GUARANI devam ser fabricadas no exterior?
Ainda em outubro de 2011 foi levada a cabo, no Campo de Instrução de Formosa, Brasília/DF, uma exposição das possibilidades do marerial antiaéreo GEPARD para especialistas do metier. Ao que tudo indica, alguns oficiais-generais teriam sido de parecer que os 30 milhões de euros pedidos por 36 destes carros, necessários para “modernização” das nossas unidades antiaéreas, não deveriam pagar a obsolescência precoce dos “GEPARD. Não obstante”, de repente, no afogadilho, pressonado pela segurança exigida das arenas construídas para a copa de 2014, estes blindados aparecem no Brasil. Todavia, deve ser dito, já se admite a compra de um sistema antiaéreo de defesa russo de mísseis terra-ar (Tor-M2e) que, ao que tudo indica, de última geração, viria a comtemplar o EB com material mais recente, sem necessidade da já conhecida repotencialização, como foi o caso dos GEPARD, produto lançado na década de 1960 de tecnologia ultrapassada e que já foi retirado do serviço pela Alemanha, Bélgica e Holanda. Neste caso, no caso do material alemão, não teria sua negociação configurado uma” compra de gato por lebre”? Não teria sido prematura esta aquisição se considerado o TOR-M2e de última geração ?
Quanto ao SISFRON/-Sistema Integrado de Fronteiras e do SISGAAZ/Sistema de Monitoramento da Amazônia Azul, avaliados em US $15 bilhões, deve ser dito: grandes predadores militares, membros permanentes do “CS/ONU”, são atores suspeitos. Associações com empresas brasileiras inegociáveis, oferecendo parceria no desenvolvimento de tecnologia, com o intuito aparente de ajudar o País a queimar etapas, não escamoteariam, em tese, impedir qualquer avanço sem o seu aval?

12) CRESCIMENTO E SEGURANÇA DE FLUXO DO ORÇAMENTO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (EB)
A crescente projeção internacional do Brasil indica a necessidade de um poder militar bem equipado e adestrado.
A eficiência operacional das Forças Armadas é dependente de orçamento compatível e constante. Nas últimas décadas, a escassez dos recursos alocados para o Exército Brasileiro tem redundado em deterioração cada vez mais séria de sua operacionalidade.
Além disso, o orçamento do EB ainda sofre retardamentos, contingenciamentos e considerável volume de recursos são inscritos em restos a pagar, dificultando o cumprimento da sua destinação constitucional.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31 de dezembro de 2030, o governo aumente os recursos orçamentários e assegure um fluxo mínimo destinado a investimentos do Exército Brasileiro.
Que se saiba, novamente, com é de costume, este ano houve corte nos recursos alocados para a defesa. Qual a explicação para mais um saque no orçamento das Forças Armadas? Agora de 4 bilhões, porque em maio foram 3,7 bilhões. Está se vivendo um clima de “casa da mãe Joana” nas instituições militares. Olho vivo pé ligeiro! Todo mundo mete a mão e ninguém com autoridade se manifesta! Até 31 de dezembro de 2030! Ora bolas! Que grande embromação!

13) ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA CRÍTICA ÀS NECESSIDADES DE DEFESA
Os sistemas nacionais que constituem a infraestrutura crítica do Brasil, em especial energia, transportes e comunicações não podem entrar em colapso, pois são indispensáveis ao desenvolvimento do País, devendo também observar às necessidades de defesa nacional.
Atualmente, as obras de infraestrutura crítica não atendem na sua plenitude às necessidades de defesa, acarretando prejuízo ao planejamento estratégico operacional das FA, sobretudo no que tange a comando e controle, mobilização, logística, mobilidade estratégica e outras
O Exército dentre suas atividades subsidiárias executa obras da infraestrutura, mas não participa do planejamento de políticas públicas de forma a adequar as obras realizadas às necessidades de defesa.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, ocorra a adequação da obras de infraestrutura crítica do Brasil para atender às demandas de defesa do país.
Não participa porque não se impõe, podendo fazê-lo com muita moral pelos resultados que apresenta quando é guindado à obras de porte, as quais costuma entregar com qualidade total, antes do prazo estabelecido e com sobra de numerário. Esperar até 2030 é brincar com a verdade. Aliás ainda não foi engolido pelos sodados da nossa arma de engenharia aquele acordo que a CODEVASF celebrou com o “United States Army Corps of Engineers” para planejamento de hidrovia no Rio São Francisco. Será que o EB e a ABIN não desconfiam que “Tio Sam” vai aproveitar a exposição de flanco para fazer o levantamento estratégico da área. Chama atenção (ver NR4) o fato de que o chamado “saliente nordestino” também pode constituir alvo da cobiça internacional pela sua posição estratégica. O fato é que, hoje, além da 4ª FROTA estar “pescando lagostas” no Atlântico Sul, temos agora um efetivo de ‘yankees” fisgando piranhas no “Velho Chico”.

14) AGRAVAMENTO DA CRISE DE VALORES NA SOCIEDADE NACIONAL
A História da humanidade tem mostrado que um dos alicerces da grandeza das nações é o respeito a um código tácito de valores morais e éticos. Riqueza, desenvolvimento e poder político, isoladamente, não lhes conferem coesão, bem-estar ou autorrespeito, nem lhes sustentam em desafios extremos.
Nações com vocação de grandeza cultuam pátria, liberdade, honestidade, dever, justiça, vida, família, educação, dignidade e disciplina, entre outros, como sínteses de princípios morais inspiradores de nobres ideais.
A sociedade brasileira enfrenta uma crescente crise moral com desprezo por aqueles e outros valores, disseminada sensação de impunidade e desrespeito ao princípio da autoridade, afetando com isso a coesão nacional.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, a crise de valores na sociedade nacional se agrave ao ponto de contaminar as Forças Armadas.
O Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, por certo, já teria empregado a reserva, desde já ou o quanto antes, ao tomar conhecimento das ‘PORCARIAS” que estão sendo veiculadas nas cartilhas de nossas crianças que cursam o 1º Grau. Contaminar as FFAA não é absolutamente nada se comparado à hediondez perversa da desorientação sexual, diabolicamente pusilânime, que se está a fazer engolir goela abaixo dos filhos e netos de todos nós, civis e militares. A sociedade nos dias de hoje, visivelmente anestesiada, está sendo vítima da imposição de um código de valores imorais sem que haja nenhuma reação por parte das autoridades constituídas. Antigamente, as lideranças militares, em situações bem menos caóticas, costumavam dar um murro moralizador na mesa. Hoje nem protestam. Mas seus netos, também, estão sendo vítimas nas escolas da mesma doutrinação libidinosa a que estão submetidos os do cidadão civil. Nossos comandantes leram, viram na INTERNET e ouviram o lamento angustiado da Dra. Damares Alves, denunciando o desvario erótico. Ah! Mas isto não é da alçada do Exército! Pois eu digo que é! Se não for é melhor então acabar com esta baboseira de “braço forte, mão amiga”! Se a” reserva moral da nação” não é capaz de se impor para salvar nossas crianças da perdição então é melhor fechar para balanço! Que não se duvide, não tarda e no currículo da AMAN vão exigir a adoção de uma apostila com este mesmo teor “avesso aos preconceitos caretas dos mais antigos”. Estamos perdidos!

15) AUMENTO DA INFLUÊNCIA DE ATORES NÃO GOVERNAMENTAIS
Atores não governamentais – ONGs, empresas transnacionais, movimentos sociais e organismos internacionais – têm assumido papéis ativos em temas sociais, culturais, econômicos, ambientais, de direitos humanos e outros. Desvencilhando-se agilmente da burocracia, alguns aproveitam as fragilidades do Estado e ocupam espaço crescente na sociedade brasileira, como se fossem parte do aparato oficial.
Vários deles são prestigiados, pois declaram estar a serviço de causas nobres: culturais, religiosas, comunitárias, ambientalistas, educacionais, de direitos humanos ou de defesa de minorias. Embora alguns deles não se submetam à aprovação popular, procuram influenciar, cada vez mais, a opinião pública e as decisões políticas, trazendo reflexos para todos os campos do poder nacional.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, os atores não governamentais tenham poder sobre o governo ao ponto de influir nas decisões relativas à segurança e defesa.
Mas isto já está mais do que evidenciado. O País padece de forma cruel, sem que se oponha nenhuma resistência a estes atores nocivos. A sensação que se tem é a de que “está tudo dominado”. As medidas de urgência e emergência, ainda no papel, para a neutralização da ação nefasta destas ONGS já deviam estar sendo postas em execução de há muito. Medidas estas que, em última instância, só as FFAA podem coordenar, agora já em ritmo de afogadilho e correndo atrás do prejuízo.

16) AGRAVAMENTO DAS TENSÕES SOCIAIS
Apesar dos esforços de sucessivos governos e da perceptível melhoria da qualidade de vida da classe mais pobre da população – fator relevante para a paz social -, continuam a existir desigualdades sociais e regionais, motivadas por questões ligadas ao desemprego, déficit habitacional, saneamento básico, saúde pública e educação.
Além disso, a problemática das tensões sociais no Brasil envolve outros fatores, como a ausência do Estado em algumas áreas críticas, a luta pela terra, as questões indígenas e quilombola, os problemas ligados à violência urbana, o crescimento desordenado das grandes cidades e a questão da segurança alimentar.
A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, o agravamento das tensões sociais seja de tal vulto que venham a comprometer a lei e ordem no Brasil.
As tensões sociais já estão tão agravadas que, em 2030, um Brasil esfacelado, constituindo uma grande confederação. vai figurar nos mapas reunindo nações indígenas, cantões quilombolas e assentamentos de sem terras, ao que tudo indica, todos “microfeudos” sob a coroa da Rainha Marina da Silva. Eu me rendo! Fui!
* Coronel de Infantaria e Estado-Maior