15 de abril de 2014

PMs e militares confirmam ataques de traficantes no Complexo da Maré

Terezinha Justina da Silva, de 64 anos, foi morta na noite de segunda-feira após levar dois tiros no Complexo da Maré
Foto:  Fabio Gonçalves / Agência O Dia
De acordo com os agentes de segurança, não houve revide aos ataques da noite de segunda-feira

ATHOS MOURA
Rio - A morte de Terezinha Justina da Silva, de 64 anos, na noite desta segunda-feira, no Complexo da Maré, segue sendo investigada. De acordo com policiais militares, duas viaturas do batalhão de campanha das Forças de Pacificação, que tinha PMs a bordo, foram atacadas por traficantes com mais de 50 tiros de fuzil.
Ainda segundo o policial, não houve revide dos militares e nem dos PMs e Terezinha Justina teria sido atingida neste momento com dois tiros, no tórax e abdômen. A idosa deu entrada no Hospital Federal de Bonsucesso às 22h07, com a morte confirmada às 22h40. De acordo com informação do PM, há possibilidade de haver mais vítimas.
"Por volta das 22h uma viatura recebeu tiros de criminosos e a informação que nós temos é que a patrulha não efetuou nenhum disparo", diz o major Alberto Horita, relações públicas da Força de Pacificação, em entrevista à CBN.
Foi a segunda morte na região num período de 48 horas. Na mesma segunda-feira, foi sepultado Jefferson Rodrigues da Silva, de 18 anos, morto no sábado por homens da Força de Pacificação.
A Polícia Civil investiga a morte de Jefferson. Em depoimento na 21ª DP (Bonsucesso), que investiga a morte do jovem, três PMs contaram que horas antes de supostamente trocar tiros com os fuzileiros navais e ser morto, Jefferson e o suspeito que o acompanhava e fugiu também teriam atirado contra uma guarnição da polícia.
Jefferson não tinha antecedentes criminais. Os soldados alegam que ele atirou contra os militares. A família diz que ele apenas se assustou e correu com a presença deles. A tia do jovem, a camelô Silvana Siqueira Soares disse que ele trabalhava em um lava-jato.
O titular da 21ª DP, delegado Delmir Gouveia, aguarda os resultados do laudo para dar continuidade a investigação.
O Dia/montedo.com