5 de agosto de 2014

Futuro da Minustah é debatido no Chile


Reprodução Flickr Minustah/Logan Abassi

Representantes da Argentina, Brasil, Uruguai e Chile se reuniram em Santigo (capital do Chile) para debater o futuro da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah). Participam do evento aproximadamente trinta autoridades destes países, entre elas, Subsecretários de Relações Exteriores,de Defesa e Embaixadores.

O encontro tem palco pouco tempo depois de a Missão completar dez anos no mês de junho. Instituída em 2004 pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CS/ONU), com o objetivo de restabelecer a segurança e realizar à reconstrução institucional do país, após sucessivos episódios de violência e turbulência política, a Missão passa por um momento de avaliação.
Como consequência, a convocação da reunião ocorreu com o objetivo de promover a troca de opiniões entre as autoridades presentes sobre o processo de definição de seu futuro, em especial devido à mudança na conjuntura doméstica do país caribenho com a retomada dos processos democráticos, a exemplo das eleições* para renovação de seus representantes políticos.
Em 23 de julho, a Minustah,em comunicado conjunto com o Grupo Central (Core Group), este último também vinculado à ONU e formado por embaixadores de, dentre outros países, do Brasil, Espanha, Estados Unidos, França e Canadá, já haviam saudado a iniciativa do órgão eleitoral responsável no país pela realização dos pleitos e por iniciar as exigências burocráticas e técnicas para a gestão de todo o processo eleitoral nos próximos meses.
Além dos desafios na arena política, o Haiti passa por uma grave epidemia de cólera que assola o país desde 2010, logo após o terremoto que atingiu locais como Porto Príncipe e Jacmel, deixando milhares de desabrigados, mortos e feridos.
O Secretário-Geral da ONU, inclusive, em recente visita a Las Palmas, comunidade rural do país, lançou junto ao Primeiro Ministro Laurent Lamothe uma campanha sanitária total para melhoria da qualidade de vida dos haitianos, através do reforço às políticas de saúde e higiene, assim como com a vacinação de vários moradores contra a cólera, feitas em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
* A previsão é que os cidadãos haitianos devam ir às urnas para escolha de parlamentares em outubro e para presidente em 2015.
CEIRINEWSPAPPER/montedo.com